terça-feira, 31 de março de 2020
Begin Again introduz-nos Gretta, uma jovem cantora que apenas quer encontrar a sua oportunidade, e Dan, um produtor musical que se deixou cair na desgraça depois de inúmeros sucessos e descobertas musicais. O encontro dos dois, de uma forma inusitada e melancólica, transforma as suas vidas.
Se desconfiam que tem todo o perfil da típica comédia romântica e com um plot previsível, vão ter uma agradável surpresa. Begin Again deixou-me com a sensação de que a verdadeira história de amor é a de todas as personagens à música. É um filme que fala sobre esta arte de uma forma realista, contemporânea e com a qual me identifico profundamente. Se querem um filme leve mas com substância, para assistirem num domingo à tarde, esta é a recomendação perfeita. Fez-me pensar que está no mesmo espectro que o La La Land (não estou a dizer que são iguais).
Acho que já partilhei convosco que não sou louca por filmes ou séries teen mas vou encontrando algumas surpresas boas e que merecem a partilha. Uma delas é o All The Bright Places, cujo tema central é a saúde mental.
All The Bright Places conta a história de amor entre Violet e Theodore. Ambos sofrem de distúrbios mentais diferentes e, na angústia de encontrarem conforto no mundo, acabam por encontrar consolo um no outro, apoiando-se nas diversas fases da vida — e da doença.
Não acho o filme excessivamente pesado, mas pode ser perturbador para quem esteja numa fase sensível — principalmente a cena inicial e final. Inclui, naturalmente, muitos segmentos típicos de história teen mas, no global, é um filme com uma história muito interessante, melancólica e com que muitos se podem identificar. Não passa paninhos quentes sobre um assunto real e que condiciona a vida de tantos jovens. No fim, a mensagem é clara: podemos encontrar felicidade e conforto nas pequenas coisas. E que, às vezes, as pessoas de quem precisamos, precisam mais de nós.
segunda-feira, 30 de março de 2020
Nos tempos idos em que o Facebook era a rede social de eleição, a página Humans of New York fez o maior sucesso (e ainda faz). Era absolutamente fã do projeto, onde um fotógrafo ia passeando pelas ruas de Nova Iorque e fotografando desconhecidos que lhe chamavam a atenção. A publicação das fotografias fazia-se sempre acompanhar de uma descrição com a história da pessoa retratada ou com uma citação derivada da conversa entre o fotógrafo e o desconhecido.
A ideia convenceu o mundo inteiro e acabou por sair do digital e apresentar-se como um livro — também antigo, por sinal. Porém, só tive oportunidade de o ter nas mãos recentemente.
Já sabem que não sou louca por coffee table books, portanto, os que tenho, gosto que agreguem algum significado ou que, de facto, enriqueçam a experiência de leitura. E embora o livro não se desvie, de todo, do formato que nasceu no Facebook — e nem fazia sentido que o fizesse —, observar que as fotografias e as citações têm um outro destaque por estarem eternizadas nas páginas de um livro tem um gosto mais especial. Os temas das descrições e conversas são tão aleatórios quanto as pessoas que figuram nas fotografias e é isso que torna Humans of New York tão especial: nunca sabemos o que esperar.
Mudanças de vida ou de carreira, confissões bizarras, desabafos sobre a cidade, observações do próprio fotógrafo, histórias de (des)amor e de superação... há um pouco de tudo, com a certeza de que umas vão marcar mais do que outras. É uma verdadeira homenagem a uma cidade multicultural e onde tantas pessoas a pisam com objetivos diferentes. Recomendo muito!
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domingo, 29 de março de 2020
Na procura duma série leve e cómica que me transportasse para uma realidade melhor do que a que estamos a viver, decidi ceder à popularidade de The Good Place e não saí arrependida. Afinal de contas, a premissa é genial, só há quatro temporadas (e a série já terminou) e os episódios são curtinhos (nunca com mais de 30 minutos).
The Good Place é a série que nos apresenta a vida depois da morte, num Céu utópico onde só as melhores das melhores pessoas podem ter acesso aos seus privilégios. Eleanor Shellstrop é uma delas. Depois de morrer, descobre que foi boa o suficiente para poder viver toda a eternidade no Lugar Bom, com frozen yogurt para sempre, bairros espetaculares, pessoas interessantes e uma casa de sonho. Só que Eleanor tem a certeza de que alguém se equivocou: o portfólio que guardaram dela em vida não corresponde aquilo que ela, efetivamente, foi e viveu.
A produção é extraordinária e a comédia é simples mas sofisticada, com referências perspicazes e que nos fazem soltar algumas gargalhadas. Entre uma história divertida e com humor, não deixam de ser partilhadas boas mensagens com alto valor moral. O enredo é intrigante e faz-nos querer saltar de imediato para o próximo episódio (as pontas soltas também ajudam a despertar a nossa curiosidade). Num período tão pesado, não podia ter escolhido melhor altura para assistir nem melhor momento para vos recomendar esta série. Imperdível!
sábado, 28 de março de 2020
Em Fevereiro, decidi lançar o tradicional desafio de aniversário do Bobby Pins e escolhi as suposições. Pedi-vos para que partilhassem comigo aquilo que suponham que eu era e comprometi-me a responder se era verdadeiro ou não — de forma criativa. Este é um desafio bem popular noutras plataformas, mas ainda não o tinha visto no universo dos blogues. Dei o meu melhor para ser algo diferente. Espero que gostem e que partilhem comigo se ficaram surpreendidos com os resultados ou não!
sexta-feira, 20 de março de 2020
A nossa última paragem em Sevilha foi para visitar o famoso Parque Maria Luísa. Este enorme espaço verde é um dos lugares mais populares da cidade e faz-se acompanhar pelo rio Guadalquivir. É o ponto de encontro de eleição de muitas famílias, casais e amigos, que se reúnem para passear, andar de bicicleta ou fazer um passeio a cavalo.
quinta-feira, 19 de março de 2020
Adicionei este livro à minha lista de leitura depois de ter visto a capa da edição. Se a silhueta do Buzz Lightear já me parecia irresistível e o título promissor, o autor de Creativity, Inc. convenceu-me de imediato.
Ed Catmull é um perito em computação gráfica e o presidente da Pixar e Walt Disney Animation Studios. Todos os filmes da Pixar que fazem parte da nossa infância e adoração, nasceram graças à sua coordenação e a uma equipa exemplar que materializou a criatividade e transformou ideias em filmes de culto.
Se esperam um livro a abordar a criatividade da forma típica com que o assunto é tematizado noutras obras, vão sair desiludidos. Ed Catmull foca-se muito pouco em aprofundar as componentes neurológicas e artísticas da criatividade. Por outro lado, pega na sua empresa de sucesso e nos filmes de animação mais famosos do mundo para fazer chegar a mensagem de que as ideias mais criativas são preparadas com disciplina, confiança e trabalho em equipa.
Diria que Creativity, Inc., mais do que um livro sobre criatividade, é um livro sobre coordenação de pessoas. De tirar partido das hierarquias, confiar nos colaboradores, aprender a ser um bom líder e a ceder quando a ideia não tem pernas para andar. Tem uma componente muito lógica e empresarial que, confesso, algumas vezes foi entediante demais (alguns capítulos podiam ser mais curtos). O presidente da Pixar acaba por usar muito do seu percurso profissional para fazer um exemplo prático das aprendizagens que foi agregando e, para quem a programação de computadores não é um sonho de tema, pode ser difícil arrancar com a leitura. Mas, ao longo do livro, somos presenteados com uma série de curiosidades sobre a Pixar e a Disney que nos enternecem, além de que ele faz questão de nos relevar qual era a história original de muitos dos filmes que lançaram — e é surpreendente o quanto as ideias se transformam à medida que são limadas, trabalhadas e partilhadas entre colegas. No fundo, criatividade é isso, certo? Como bónus, a importância da intervenção de Steve Jobs no sucesso da Pixar é também explorado ao longo das páginas do livro — o que nos traz também um conceito da criatividade, que é ser um visionário.
A leitura foi vagarosa — e com muitas pausas — mas extremamente enriquecedora. É um livro que eu recomendo muito se têm interesse em compreender qual é a dinâmica necessária para se manterem uma empresa de sucesso e como é que uma equipa de tantos funcionários pode fazer uma ideia ganhar pernas. Se procuram uma conceptualização mais operacional e menos psicológica da criatividade, estão a selecionar o livro certo. E terão um bónus se são fãs da Disney e da Pixar, uma vez que os exemplos principais são os filmes.
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quarta-feira, 18 de março de 2020
A Plaza Del Cabildo é a secreta recompensa para os turistas que gostam de explorar e desviar-se da rota. Longe dos olhares e com um acesso difícil de descobrir, esta discreta praça é observada com desdém pelos locais mas, para nós, é um ponto de visita encantador que não podemos descartar do roteiro. Fica bem pertinho da Catedral de Sevilha.
A sua popularidade deve-se aos pormenores pintados na praça que lhe conferem um charme especial e reforçam o estilo da arquitetura espanhola. No interior da praça, vão poder encontrar lojas, uma fonte e a ruína da antiga muralha que resguardava a cidade de Sevilha. Aos domingos, decorre também uma feira de antiguidades.
Para a encontrarem, vão ter de passar por uma galeria, portanto, mantenham os olhos abertos — ou um GPS a postos. Como passa despercebida aos mais desatentos, a praça costuma estar vazia e sossegada, além de ter uma ótima sombra para descansarem do clima abrasador desta cidade.
terça-feira, 17 de março de 2020
Fui à Disneyland com 10 e 24 anos • Visitei a Isla Mágica • Andei de gôndola em Veneza • Subi ao topo da Torre Eiffel • Fiz uma roadtrip por Cuba • Conversei com moradores de uma aldeia no deserto de Niaga • Visitei uma ilha virgem na República Dominicana • Assisti a um espetáculo de flamenco em Sevilha • Meti o pé em cada meridiano, em Greenwich • Assisti a uma ópera, em Praga • Nadei no mar à chuva, em Punta Cana • Fiz uma roadtrip para Andorra • Viajei sozinha na cidade do amor • Celebrei o meu aniversário em Madrid • Vi neve em Dublin • Provei cerveja de chocolate em Glasgow • Nadei num lago rosa no Senegal • Encomendei entrega de pizzas para um hotel, em Málaga • Jantei numa igreja, em Dublin • Observei o Sol da Meia Noite em Tromsø • Celebrei o Halloween em Edimburgo • Fui a um bar de gelo em Oslo • Nadei à noite num lago enquanto observava a Via Láctea definida no céu, em Portugal • Trouxe a Laika para casa.
Publicação inspirada no artigo da Andreia Moita
segunda-feira, 16 de março de 2020
A minha segunda — e última — estreia em Sevilha foi a visita ao Las Dueñas, um palácio do séc. XV de estilo renascentista, com influências góticas e mouriscas. O seu nome deriva da construção do palácio no terreno onde outrora estava edificado o Mosteiro de Santa Maria de Las Dueñas, que foi demolido. Todo o espaço é absolutamente magnífico e conta com um número de pátios e jardins impressionante, sendo que a influência árabe nos espaços exteriores é muito evidente. As protagonistas dos pátios são as fontes, embora também exista muita presença de esculturas clássicas. Além de encantar todos os visitantes pela sua beleza inquestionável, os jardins são de particular importância por darem abrigo a mais de 100 espécies de fauna e flora — e alguns exemplares são os mais antigos do mundo.
domingo, 15 de março de 2020
Há alguns anos, adorei uma série que, através de desafios que os espetadores podiam realizar a partir de casa, explicava alguns conceitos e operações que o nosso cérebro realizava. Desde emoções à tomada de decisões, cada episódio explorava um tema em específico — e podia jurar que já tinha falado no blog sobre isto, mas as minhas pesquisas e o arquivo não o corroboram.
Este mês, descobri que Brain Games desenvolveu-se como programa de televisão e dei por mim rendida, de novo, ao conceito. A dinâmica do programa alterou-se um pouco face ao original; temos um novo apresentador, um estúdio com público e convidados para protagonizarem os desafios. Embora acabe por sofrer um pouco dos excessos típicos dos talk shows americanos, a essência do Brain Games permanece a mesma e mais cativante do que nunca.
O que faz com que tenhamos certos comportamentos ou que tomemos algumas decisões? Há um tipo de cérebro mais predisposto ao sucesso do que outro? Que operações é que a nossa mente faz ao nível da perceção, concentração e intuição? O programa vai-se desenrolando através de experiências e de explicações claras sobre como é possível prever os nossos resultados e atitudes. Sendo completamente fascinada pelo cérebro, Brain Games não podia ser mais incrível, além de adorar testar a minha própria mente através dos desafios destinados ao público em casa. Transmite todas as segundas-feiras no National Geographic.
sábado, 14 de março de 2020
Uma das minhas duas estreias em Sevilha localizava-se bem em frente ao nosso apartamento e foi terminada um mês depois da minha última visita à cidade, antes deste regresso.
Metropol Parasol — popularmente conhecida como Las Setas de La Encarnación — surgiu como o projeto vencedor de um concurso promovido pelo município para restaurar a Plaza de La Encarnación.
Da autoria do arquiteto alemão Jürgen Mayer e terminada em 2011, a estrutura de madeira é aclamada como uma das maiores do mundo e é composta por seis guarda-sóis com cinco níveis, sendo o último um ponto de observação para a cidade de Sevilha.
sexta-feira, 13 de março de 2020
Uma das componentes mais fundamentais no Marketing é a escrita. Em pequenas descrições ou para descrever a identidade de uma empresa, o copy — a componente escrita de uma publicidade — é um dos pontos-chave que define uma venda bem sucedida ou uma campanha infeliz.
Desde storytelling à mensagem direta para que o consumidor compre determinado produto, espera-se que um bom copywriter obedeça a algumas técnicas estruturais e simbólicas para que o destino final seja uma aquisição, uma subscrição, um clique ou uma partilha. Tudo o que é escrito para marcas, redes sociais, sites de venda, revistas e até guiões de anúncios é preparado de forma otimizada e estratégica.
How to Write Copy That Sells desconstrói todas as técnicas para que seja possível compreender qual o propósito de cada bloco de palavras. Sabiam que a estrutura linguística de um site não é organizada ao acaso? E que cada uma tem uma missão diferente a cumprir?
Desde a criação de um site à preparação de um e-mail de pré-lançamento de um produto, Ray Edwards explica cada passo de forma esclarecedora e muito prática (uma componente que sinto que muitas vezes fica em falta em livros de Marketing. A aplicabilidade de uma teoria é essencial para se compreender certos conceitos). Na verdade, foi um dos livros mais acessíveis que já li ao nível da linguagem e proximidade dos conceitos a exemplos práticos.
A leitura revelou-se rápida mas dei por mim a sublinhar várias ideias e técnicas que quero rever ou consultar mais tarde. Gostava que o autor tivesse explorado a temática das redes sociais (que praticamente não tocou, mesmo sendo um lançamento recente), mas tirando esse pormenor, não tenho quaisquer reclamações. Foi um livro rico em aprendizagens e que agregou muito ao meu conhecimento. Não sei se será um livro fundamental para experientes (talvez seja interessante para consolidar conceitos que já foram aprendendo na sua vida profissional) mas é um livro interessantíssimo para quem quer inteirar-se mais sobre esta área do Marketing ou para quem está ligado, de alguma forma, à comunicação (bloggers e jornalistas incluídos). Recomendo muito!
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quinta-feira, 12 de março de 2020
La Casa de Pilatos continua a ser uma pérola discreta de Sevilha — um local que muitos turistas desconhecem ou não incluem no roteiro. Mas a sua imponência e beleza são inquestionáveis. Nasceu no séc. XV com o propósito de cumprir o estilo arquitetónico típico da região de Andaluzia mas — à semelhança de quase todos os edifícios de Sevilha — acabou por sofrer uma mescla de correntes, sendo a principal a fusão entre estilo renascentista italiano (na componente estrutural) e o mudéjar (nos elementos e na decoração).
quarta-feira, 11 de março de 2020
Jeans | Sou a miúda das calças de ganga — embora, mais recentemente, esteja a gostar de experimentar outros modelos e tecidos. Privilegio as lavagens mais escuras e aposto em diferentes modelos, sendo as skinny e straight as minhas preferidas.
Acessórios minimalistas | Acessórios pesados ou muito coloridos não funcionam para mim. Gosto de peças mais simples e sofisticadas. Adoro o metal neste tipo de acessórios e dou preferência a pendentes mais intemporais e chiques — para dar um contraponto na casualidade de muitos dos meus visuais. Para mim, os acessórios são detalhes discretos apenas visíveis aos olhos mais atentos. Quando são colares, prefiro fios delicados.
Peças sem padrão | Ou com padrões muito simples e pequenos. Talvez abra a maior exceção no verão — onde tenho algumas peças com padrão — mas as minhas peças de eleição não têm padrões. Além de enjoarem menos, são mais fáceis de combinar com os restantes elementos do meu armário. Embora goste de me sentir bem vestida, detesto perder tempo em combinações, e peças monocromáticas são a palavra-chave para garantir esse conforto e agilidade na hora de vestir.
Batons gloss | Não necessariamente aquele gloss-gordura-de-galinha mas prefiro muito mais os lábios com efeito preenchido e hidratado aos matte. A durabilidade de um matte é imbatível, mas o aspeto final nos nossos lábios deixa a desejar — por mais truques com batom do cieiro que implementemos. Prefiro retocar e ter um ar mais saudável e luminoso.
Tecidos fluidos | Nada bate uma peça de tecido fluída e que se adapte aos movimentos naturais do meu corpo. Blusas, camisas, calças e saias... Tudo parece mais dinâmico e elegante com uma peça fluída, além do conforto ser imbatível.
Cores neutras e tons claros | Preto, bege e branco são as cores centrais da minha paleta, embora eu incorpore outros tons mais coloridos — especialmente nas estações mais quentes. Os tons mais vibrantes que estão no meu armário são os vermelhos e azuis. As minhas peças de roupa tendem a gravitar para tons mais claros e de fácil combinação.
Malas pequenas | A minha reputação gravita entre Mary Poppins e Bolsinha da Hermione porque tenho a capacidade de ter tudo dentro duma mala pequena. E assim quero continuar. As malas pequenas são práticas, proporcionais à minha estatura franzina e adaptam-se perfeitamente ao meu quotidiano. É muito improvável que me vejam com uma bolsa grande ou uma mala avantajada. Nos momentos em que preciso de levar o mundo comigo, dou preferência às mochilas (mesmo que elas arruínem toda a mensagem do visual).
Cintura marcada | Por causa do meu biótipo — pêra — sou fã de peças que marquem a cintura. Sendo pequena e tendo cintura fina, peças que marcam essa região ajudam a dar forma ao meu corpo e a não deixar que ele fique engolido pelas roupas. É uma forma de reequilibrar a minha estrutura e, por isso, sou fã!
E vocês? Quais são as peças que são a vossa imagem de marca?
terça-feira, 10 de março de 2020
Bem pertinho do Alcázar de Sevilha, poderão encontrar a maior catedral de Espanha: a Catedral de Sevilha. O galardão pela sua enormidade não termina aqui; é também a 3ª maior do mundo — apenas perdendo para a Basílica de São Pedro, Vaticano, e Basílica da Nossa Senhora Aparecida, Brasil — e, a nível estilístico, a maior catedral gótica do mundo. Por isso mesmo, ser considerada Património da Humanidade pela UNESCO não parece surpreendente. Mas a sua história e todos os tesouros que guarda no seu interior são.
domingo, 8 de março de 2020
Não conhecia a youtuber Arden Rose mas o lançamento do seu livro Almost Adulting foi um sucesso tão grande que não me passou despercebido e convenceu-me a adiciona-lo à wishlist. Quando chegou às minhas mãos, arrisquei iniciar a leitura sem ter feito pesquisas sobre a Arden e com as expectativas bem baixas. E revelou-se uma agradável surpresa.
Almost Adulting desvenda de imediato o propósito do livro pelo título, mas a sua obra é muito mais do que saber meter uma máquina a lavar e não deixar as contas acumularem. Com uma boa dose de humor, Arden vai partilhando connosco quais foram os momentos-chave na sua vida que a fizeram crescer e ficar mais consciente da responsabilidade de se ser adulto. A parte incrível é que são episódios pelos quais nós já passámos ou podemos perfeitamente vir a passar.
Num discurso franco e desprovido de pretensões, Almost Adulting é uma compilação dos desafios de crescermos sem a bolha de proteção dos pais. Mas o livro aborda muito mais do que emancipação; doenças mentais, sexualidade, namoro à distância e rotina são alguns dos inúmeros temas que Arden vai partilhando de forma leve mas com substância. Como uma conversa de amiga que deseja o melhor para nós.
Fazendo-se acompanhar de ilustrações amorosas, Almost Adulting lê-se num ápice e acho que combina na perfeição com uma leitura de verão. Não creio que seja necessário estarmos familiarizados com o trabalho da youtuber para gostarmos do seu livro — ela é tão carismática que podemos conhecê-la pela primeira vez através da sua obra. E embora o conteúdo seja despreocupado, fico feliz por agregar boas mensagens, conselhos válidos e propostas de reflexão pertinentes. Para todas as minhas leitoras assustadas com a mais recente subscrição não solicitada na vida adulta!
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sábado, 7 de março de 2020
A minha primeira visita de sempre a Sevilha incluiu no roteiro um dia inteiro no seu parque de diversões: a Isla Mágica. É significativamente mais modesto que outros parques temáticos mas nem por isso deixa de ser incrível e divertido. Entre montanhas russas, divertimentos aquáticos, espectáculos e outras atrações, a Isla Mágica adequa-se a toda a família e vê-se perfeitamente num dia.
A memória corre sempre o risco de ser traiçoeira mas a minha passagem pelo parque foi marcada com muito entusiasmo e alegria. Algumas atrações foram inesquecíveis, como o El Desafio, Iguazú, Jaguar e uma outra atração que, segundo a minha pesquisa, já não está no ativo, assim como o espectáculo de piratas.
Ao contrário da maioria dos parques de diversões, a Isla Mágica tem época de abertura e, se faz parte dos vossos planos uma visita, faz sentido consultarem o calendário. O parque abre sempre em finais de Abril e fecha no início de Novembro, mas mesmo nos meses de abertura, não funciona todos os dias. Os preços de entrada são também mais modestos do que os seus semelhantes e, ao longo do ano, estão disponíveis várias promoções e ofertas. Se gostam de emoções fortes e de dias divertidos, a Isla Mágica merece fazer parte do vosso roteiro (de preferência, na altura da Páscoa, para sobreviverem ao clima).
sexta-feira, 6 de março de 2020
Uma das maiores vantagens de ter um e-reader é poder sublinhar as minhas passagens preferidas sem comprometer o estado original do livro. O Kindle armazena todas as passagens sublinhadas numa só pasta que podemos consultar posteriormente. Entre os tantos livros com temas diversos, dei por mim a reler algumas das minhas citações favoritas e a ponderar se não seria uma partilha interessante. Deixo-vos, então, algumas delas.
quinta-feira, 5 de março de 2020
O Real Alcázar é uma das paragens obrigatórias em Sevilha — seja numa primeira visita ou num regresso. Foi fundado na Idade Média para D. Pedro de Castela e levou mais de 500 anos a ser construído, sendo por isso alvo de inúmeras influências arquitetónicas e estilísticas, como a mudéjar, gótico, renascentista e romântica. No entanto, não há vestígios do seu estilo primordial.
Este enorme complexo é composto por palácios, pátios e jardins, sendo que alguns andares superiores ainda são utilizados como residência oficial da família real. O destaque vai para os padrões, detalhes e ornamentos que compõem cada espaço, sendo o azulejo o maior protagonista. O seu aspeto labiríntico combina com o excesso de informação que nos obriga a olhar para todos os recantos — sem esquecer o tecto! — e a nos deixarmos perder entre corredores e pátios. É considerado Património da Humanidade pela UNESCO e assim que entram entendem o porquê.
Embora tenha sofrido alguns danos pelo terramoto de 1755 de Lisboa, a sua recuperação foi extraordinária e vale a pena perder uma manhã para contemplar cada recanto com calma. Os elementos de cor e da água estão presentes em quase todos os lugares e os jardins estão ao nível da beleza dos interiores dos palácios. Tive pena que, à data desta visita, o labirinto do jardim estivesse sob manutenção — entrei nas minhas duas últimas viagens e é muito divertido!
Dada a popularidade e grandiosidade do espaço, recomendo-vos que façam a visita cedo e com reserva de bilhete através do site, uma vez que isso vos dá prioridade de entrada — e as filas, já antes da hora de abertura, são consideráveis. Tendo em conta a enormidade dos jardins e o clima de Sevilha, também não vos recomendo que reservem a visita para as horas de maior calor.
terça-feira, 3 de março de 2020
Laranjeiras | Sevilha é a cidade com mais laranjeiras no mundo! As laranjeiras paralelas pelas ruas são uma imagem de marca da cidade e o cheiro cítrico que paira no ar, também conhecido como azahar, é inesquecível. Tudo fica mais pitoresco com elas por perto e embora seja apetecível apanhar uma das árvores, não será uma boa decisão; além de estarem vulneráveis à poluição da cidade, a espécie plantada nas ruas é de laranja amarga, tornando-se desagradável ao consumo. Começaram por surgir durante a ocupação árabe, quando plantavam laranjeiras nos seus pátios e mesquitas por associarem a laranja à felicidade. Ao longo do tempo, as laranjeiras foram-se alastrando não só nos espaços oficiais mas também pelas ruas da cidade até ganharem a popularidade que as mantém de pé até aos dias de hoje. Sempre que cheiro laranjeiras, lembro-me de Sevilha.
segunda-feira, 2 de março de 2020
Recentemente, tem-se verificado no mundo digital o crescimento da chamada Cancel Culture, um movimento de interrupção ao apoio de uma figura pública, empresa ou até produto por apresentar ideologias ou comportamentos considerados inadequados para a opinião pública. A Cultura do Cancelamento é um fenómeno das redes sociais que parte da iniciativa de boicote à pessoa através do linchamento virtual: normalmente, hashtags que geram milhares de interações reforçando a importância de não apoiar mais tal figura pública ou através de perseguições nas redes sociais da própria pessoa, do seu círculo social e dos meios ou empresas com que trabalha, com a finalidade de encerrar (‘cancelar’) a sua carreira. O resultado, muitas vezes, traduz-se em perdas profissionais e até sociais.
A Cultura do Cancelamento nasceu com um propósito de responsabilização. Inicialmente, mais dum ponto de vista criminal, quando muitas figuras públicas e até empresas sentiam-se protegidas contra os seus crimes pelo escudo da fama. A Cultura do Cancelamento gerou-se, assim, pela vontade do público em demonstrar que tem voz e que não permite que comportamentos ou posicionamentos criminosos saiam impunes. Mas rapidamente o fenómeno tem-se alastrado para aspetos ideológicos e/ou comportamentais, o que levanta o debate sobre as questões éticas deste movimento.
Cada vez mais a nossa passagem pela Internet tem-nos ensinado sobre a importância da forma como fazemos a nossa abordagem no digital. A Internet democratizou a informação e tem dado voz a uma série de consciencializações fundamentais para evoluirmos enquanto sociedade. No entanto, exige também que nos responsabilizemos mais pelo que dizemos e expomos na Internet. O que publicamos fica lá para sempre e o ideal seria que a nossa passagem refletisse sensatez, conhecimento e respeito pelo próximo. É importante ponderar se temos conhecimento e informação suficiente para expor determinada opinião, pesquisarmos e inteirarmo-nos sobre o assunto. Talvez a palavra-chave seja empatia, tanto para quem partilha uma opinião ou lança um projeto quanto para quem interpreta esses posicionamentos.
Porém, parece-me que existem soluções menos cruéis do que o Cancel Culture para responsabilizar uma pessoa ou marca pelos seus comportamentos ou declarações. A Cultura do Cancelamento tem-se traduzido num comportamento de grupo que se manifesta através de interações digitais marcadas por violência verbal, humilhação, ridicularização e (quase) atingindo uma vertente sádica. O movimento acaba por se traduzir como um fenómeno de intolerância, arrogância e crueldade, desumanizando e isolando a figura pública, distorcendo a realidade ao ponto de resumir um ser humano a um ato de vilania que todos querem aniquilar (e o comportamento de grupo reforça a ideia de que o ‘lado certo da história’ é o deles, do qual ninguém que se prima pelos valores da decência pode ficar de fora).
O facto de não concordar com a abordagem do Cancel Culture não anula a importância de debatermos o assunto do erro. Existe sempre uma razão ou um contexto para tal declaração, comportamento ou campanha terem sido feitos e não invalida uma discussão saudável. Mas não posso, pelos meus princípios de decência, concordar com julgamento e humilhação pública. Tamanha natureza revela falta de empatia pela realidade da pessoa e anulação do espaço que permitir-lhe-ia amadurecer e evoluir. Não estamos a ajudar a pessoa a corrigir o seu erro nem estamos a ser tolerantes com algo que nos acontece recorrentemente: errar (e se acham que nunca vão errar ou expressar-se mal, a única questão que me resta é perguntar-vos a que horas vão apanhar o autocarro para o Olimpo).
É fundamental chamar a atenção de quem faz um comentário impróprio, de quem tem uma abordagem incorreta, de uma marca que faz uma campanha infeliz, de um produto desadequado, de uma figura pública que tem um comportamento desonesto. Mas através de uma abordagem civilizada, saudável e com tolerância e paciência para haver redenção do outro lado. Caso contrário, não estamos a contribuir para uma Internet mais agradável. Estamos a arruinar a vida de alguém, perdidos na ilusão de que estamos a mudar o mundo ou a fazer justiça.
Há justiça numa cultura de medo? Há mudança numa transformação superficial movida pelo receio das perdas financeiras e sociais? Existe longevidade num movimento movido pela intolerância? Onde está a eficácia em obrigarmos as figuras e empresas a dizerem o que consideramos estar certo quando, num contexto mais profundo ou offline, elas não o compreendem?
Insistimos na Cultura do Cancelamento como se fosse uma ode à transparência quando o resultado é o contrário, além de que nos afasta da noção de que o ser humano é plural e de que é possível discordarmos com a perspetiva de alguém e continuarmos a admirar ou identificarmo-nos com outros aspetos da sua personalidade. Ninguém é unicamente o seu erro.
Não acordamos a sociedade nem a tornamos mais inteligente ou aberta através da incapacidade de entender o lado do outro, muito menos através de gestos desumanos e cruéis como a perseguição por alguém (e a História já nos explicou isso de várias formas, em contextos distintos). A responsabilização ou a chamada de atenção podem acontecer de uma forma mais civilizada e têm uma eficácia comprovada. Mas a discussão saudável não é imediata, não é tão fácil nem é tão popular como um ‘cancelamento’. Exige mais Humanidade.
Admiro e gosto de muitas pessoas com perspetivas diferentes da minha. Com estilos de vida com os quais não me identifico. Com abordagens que não vão ao encontro das minhas. Se for algo diametralmente diferente do que valorizo, detenho todo o direito de não seguir, não acompanhar, não consumir o conteúdo. E isso não é um reflexo de cancelamento porque não estou a atacar, sem pudor, a pessoa com a qual discordo. Mas quando admiro outras características das pessoas com quem discordo num ou outro tema, sinto que é saudável cercar-me dessa realidade. Ouvir perspetivas diferentes da minha e explicar as razões pelas quais não concordo com elas, se fizer sentido. A Internet dá uma ilusão de que uma pessoa só é uma coisa e parece-me que as mentes mais sagazes são as que caem mais facilmente nesta armadilha. Sejamos melhores, sejamos mais inteligentes. Mais humanos. Se é necessário cancelar alguma coisa, que seja esta intolerância desumana que nos transforma a todos em caçadores de bruxas.
domingo, 1 de março de 2020
Fevereiro foi um mês ainda mais agridoce que Janeiro e, honestamente, ponderei muito se estes Favoritos iriam ver a luz do dia. Entre salas de espera para médicos, oportunidades perdidas, um mês proibida de beber chá preto — juro. —, a minha ausência do único dia de Carnaval que conseguia ir e ainda um assalto no final de uma viagem incrível, o espírito que restava para dizer que 2020 era o meu ano deve estar perdido no meio da bagagem que se foi. Mas quero contrariar-me porque Fevereiro trouxe muita coisa boa, muita coisa especial, boas notícias e momentos que me fizeram sorrir muito — mais do que chorar. É para isto que os Favoritos servem, para fazer o exercício inverso e despedir-me de cada mês com mais leveza no coração. Façamo-lo, então.
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