O Real Alcázar é uma das paragens obrigatórias em Sevilha — seja numa primeira visita ou num regresso. Foi fundado na Idade Média para D. Pedro de Castela e levou mais de 500 anos a ser construído, sendo por isso alvo de inúmeras influências arquitetónicas e estilísticas, como a mudéjar, gótico, renascentista e romântica. No entanto, não há vestígios do seu estilo primordial.
Este enorme complexo é composto por palácios, pátios e jardins, sendo que alguns andares superiores ainda são utilizados como residência oficial da família real. O destaque vai para os padrões, detalhes e ornamentos que compõem cada espaço, sendo o azulejo o maior protagonista. O seu aspeto labiríntico combina com o excesso de informação que nos obriga a olhar para todos os recantos — sem esquecer o tecto! — e a nos deixarmos perder entre corredores e pátios. É considerado Património da Humanidade pela UNESCO e assim que entram entendem o porquê.
Embora tenha sofrido alguns danos pelo terramoto de 1755 de Lisboa, a sua recuperação foi extraordinária e vale a pena perder uma manhã para contemplar cada recanto com calma. Os elementos de cor e da água estão presentes em quase todos os lugares e os jardins estão ao nível da beleza dos interiores dos palácios. Tive pena que, à data desta visita, o labirinto do jardim estivesse sob manutenção — entrei nas minhas duas últimas viagens e é muito divertido!
Dada a popularidade e grandiosidade do espaço, recomendo-vos que façam a visita cedo e com reserva de bilhete através do site, uma vez que isso vos dá prioridade de entrada — e as filas, já antes da hora de abertura, são consideráveis. Tendo em conta a enormidade dos jardins e o clima de Sevilha, também não vos recomendo que reservem a visita para as horas de maior calor.
Só pelas fotos dá mesmo para ver que é um espaço grandioso!
ResponderEliminarBeijinhos
Blog: Life of Cherry