terça-feira, 30 de abril de 2019


Quando pedi sugestões e recomendações para a minha viagem a Dublin, recebi dezenas de dicas, muitas delas repetidas, mas nenhuma a fazer referência a este tesouro que qualquer amante de bibliotecas vai amar. Cabe-me a mim partilhar convosco um 'segredo' da capital: a Biblioteca Nacional.

Foi construída em 1877 e abriga mais de 10 milhões de itens, entre livros, jornais, manuscritos, fotografias, mapas, música (...). Está divida entre dois pontos de atração principais: uma exposição sobre literatura irlandesa, com um espólio muito rico sobre alguns dos autores mais famosos da literatura clássica, e — o lugar que ansiava visitar — o Reading Room, uma sala de estudo com uma cúpula extraordinária que nos faz ficar de boca aberta ao entrar.

O lugar é de tal forma pouco popular que éramos os únicos turistas na biblioteca. No meu guia, a menção é curta e desprovida de fotografias, com a indicação de horários incorrecta— o Reading Room não está aberto às segundas) — pelo que senti que este momento era inteiramente privilegiado. Não nos é permitido entrar na área das secretárias sem um cartão de leitor e também não era permitido fotografar, mas esse sinal só dei conta depois de ter feito os meus registos. A cúpula luminosa e esverdeada, o classicismo da biblioteca e o cheiro dos livros torna o lugar encantador.

A entrada é gratuita e recomendo vivamente este ponto secreto de Dublin que está bem no centro da cidade. Magnífico!

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Uma produção portuguesa, estreada em 2015 que funciona como um género de paródia ao Estado Novo. Gonçalo Waddington veste, assim, o papel de Capitão Falcão, um super-herói apoiante de Salazar que procura defender o país das 'forças negras' do Comunismo. O filme remete para um clássico de BD, entre cenas editadas, ângulos dramáticos e diálogos robóticos com voz colocada, e o resultado final é um filme de comédia altamente irónico e non-sense. Sou suspeita porque fico sempre rendida aos papéis que o Waddington protagoniza mas é um must com cunha nacional — não só na produção mas também no contexto histórico em si. Um filme leve para darem umas risadas.

Jobs
Protagonizado por Ashton Kutcher, Jobs é um filme sobre a figura que dá origem ao título e identidade a uma das marcas mais célebres e poderosas do mundo: a Apple. O percurso controverso desde a sua desistência da Faculdade até ser readmitido na empresa que o próprio fundou, é retratado sem faltarem pormenores da estratégia da marca e de desenvolvimento dos seus produtos. A luta de Jobs por manter a Apple fiel aos seus princípios iniciais é verdadeiramente interessante, embora não tenha ficado fã do final, que pareceu terminar em cima do joelho. Também acredito que o filme teria ganho se tivesse dado mais atenção aos produtos inovadores que relançaram a marca para ribalta — embora compreenda que procura ser uma biografia do criador da Apple e não dos produtos. No entanto, não deixa de ser um filme fantástico e no qual Kutcher merece todas as felicitações pela caracterização exímia do magnata.

Special Correspondents
Este filme original da Netflix apresenta-nos um jornalista de rádio e um técnico de som que, para melhorar a audiência da sua estação, partem para uma missão na América do Sul a fim de reportarem, em direto, todos os acontecimentos de uma rebelião. No entanto, por obra do infortúnio, nunca chegam a sair dos EUA e, com receio do fracasso — deles e da própria rádio — decidem esconder-se num apartamento e fazer as transmissões como se estivessem, de facto, no local, inventando as maiores peripécias e notícias, sem que ninguém desconfie.
Special Correspondents é uma comédia disparatada e com momentos que me fizeram gargalhar. Leve e descontraída, é a escolha perfeita se estiverem num domingo de ronha e quiserem escolher um filme com (bom) humor.

domingo, 28 de abril de 2019

 DUBLIN

Em qualquer pub em Dublin, existe um elemento praticamente garantido: música ao vivo. Alguns lugares apostam mais na música tradicional irlandesa e outros têm uma vertente mais comum e acústica. Seja qual for a escolha, é certo que o pub estará cheio mas que vão passar um bom serão.

sexta-feira, 26 de abril de 2019


O Museu Nacional da Irlanda acolhe o maior património arqueológico e pré-Histórico da Irlanda, entre jóias e tesouros, heranças Viking e uma exposição de História Natural. Foi um dos museus onde tivemos maior azar, uma vez que a maior parte das galerias estavam encerradas para manutenção ou permanentemente, pelo que tivemos apenas duas salas de História Natural para explorar.

quinta-feira, 25 de abril de 2019


Apresentei-vos o Duolingo — uma aplicação para aprender línguas de forma gratuita — em 2017, no entanto, só me dediquei a levar uma rotina de aprendizagem a sério em 2018, com a escolha do Alemão. Fiz uma lição por dia, todos os dias — exceto aos fins-de-semana — que pouco mais durava do que dois minutos, mas vencia pela consistência. Paralelamente, a meio de 2018, resgatei os manuais de alemão da minha tia para treinar ainda mais e comecei a pesquisar por músicas alemãs. Agora, em 2019, dou por terminadas todas as lições e não podia deixar de partilhar convosco o feedback. Será que vale a pena?

As opiniões dividem-se, principalmente devido à tradução se fazer em português do Brasil que, embora seja pouco natural para nós — especialmente na sintaxe —, não considerei um obstáculo, até porque as diferenças entre as duas línguas não se verificam em todas as frases. Inicialmente, certifiquei-me com quem já falava alemão de que as lições estavam corretas e não induziam em erro mas, ao fim de tantos selos de aprovação, segui com as lições já confiando na aplicação.

No que é que o Duolingo é brilhante? Na extensão de vocabulário. Entre comida, países, direções, profissões, ciência, arte (...) reúnem-se uma série de palavras fundamentais para uma compreensão global da língua, o que torna a aprendizagem rica e prática para o dia-a-dia. A existência do Clube — um separador da aplicação com vários exercícios práticos como responder a uma pergunta ditada ou iniciar uma conversa na língua, legendar imagens em alemão (...) — também auxilia no treino.

Onde acho que o Duolingo perde? Na construção de frases. A aplicação sofreu uma atualização major a meio do ano e o modelo de aprendizagem também se alterou. Se, inicialmente, o Duolingo apostava muito na escrita e apelava a que construíssemos frases e palavras em alemão na própria lição, agora, esses exercícios estão apenas reservados a níveis superiores a 1. O facto de o nível de compreensão também já não decrescer, como acontecia na versão anterior, obrigando-nos a repetir a lição para 'refrescar' os conceitos também era incrível para reter melhor a aprendizagem. Assim, os níveis iniciais focam-se bastante na compreensão de vocabulário e pouco na escrita. Considero as duas componentes fundamentais. Foi também uma das razões pelas quais comecei a apostar no manual. No entanto, uma vez que já terminei todas as lições e não tenciono deixar a aprendizagem morrer, vou continuar a fazê-las num nível superior e os exercícios de escrita surgirão, novamente. 

Em forma de conclusão, sinto que compreendo melhor alemão do que falo — embora isso seja uma característica comum quando aprendemos uma nova língua — e que o meu vocabulário está bastante rico mas que a sintaxe precisa de mais treino. Estou satisfeita com a aplicação e continuo a defender que é uma excelente forma de se introduzirem numa nova língua e até de perceberem se é uma aprendizagem na qual tencionam investir mais tarde. Continuarei com as minhas lições enquanto os níveis assim o permitirem e estou a considerar — agora que já tenho uma rotina — aprender também italiano, uma língua mais fácil de aprender — gostava muito de continuar o japonês mas é uma língua igualmente exigente e conciliar alemão com japonês não se revelou tarefa fácil.

E vocês? Qual é a vossa experiência com a aplicação? Que língua estão a aprender?

quarta-feira, 24 de abril de 2019


Vermelho. Icónico. Imperdível. Assim é The Temple Bar, o pub mais famoso de Dublin, cujo nome se deve à zona onde se encontra, chamada Temple Bar. Sobre o pub, recebi vários feedbacks diferentes: uns aconselharam-me a não ir, a apreciar apenas o espaço por fora visto que, por dentro, dada a sua popularidade, era impossível de se estar; outros defenderam que deve de ser uma experiência vivida, pelo menos, uma vez. Confiámos na segunda opinião. 

terça-feira, 23 de abril de 2019


O ex-libris de Dublin encontra-se na lindíssima Trinity College e obviamente era uma das visitas mais aguardadas da minha viagem, ou não fosse eu uma apaixonada por literatura e bibliotecas: estou a referir-me à Old Library, claro!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

 LISBOA

Há gostos e características que só descobrimos em nós próprios quando estamos num lugar do mundo diferente. Sei que parece irrealista, mas já tive inúmeras provas desta afirmação que partilho convosco. Uma das mais simples são os donuts; eu nunca gostei de donuts até ter provado os verdadeiros que, até à data, não existiam em Portugal. Não gosto da maior parte dos que há no supermercado, com o seu aspeto e sabor artificiais e sempre suspirei por uma casa de donuts de verdade na capital.

Aproveitei um sábado à tarde em boa companhia para conhecer o The Coffee Library, um espaço que se caracteriza por ter dois grandes protagonistas: donuts e livros. Pequeno e luminoso, conquista pelas pequenas estantes com livros e pelo espaço na enorme janela para nos sentarmos a ler. Atrás do balcão, a magia acontece, com dezenas de donuts, das mais incríveis variedades: Kinder, amendoim, Oreo, caramelo, pistácio, creme de leite (…).

Para a nossa mesa veio um donut com recheio de creme de leite e outro com cobertura de amendoim e caramelo. Um chá preto a acompanhar e para equilibrar o doce. E estavam uma verdadeira delícia! 

É muito fácil reconhecer um donut pasteleiro e um industrializado: tudo se resume à massa. Fofa, leve, doce, ligava na perfeição com a cobertura gulosa. Escolher o melhor foi um desafio difícil e injusto mas acabámos por dar o veredicto de que era o creme de leite. Mas podem apostar nos dois sem medo de serem felizes! 

Saí com vontade de levar uma caixa e saborear os donuts de uma forma que me é mais familiar. Não me é comum sentar no café para os comer, acho que é um bolo muito dinâmico. Da próxima vez, serão vários para levar e provar no jardim, mas se quiserem um bom local para comer um docinho e se perderem num livro, recomendo, de coração aberto, o espaço!

Fotografia
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Avenida de Paris 22, 1000-191
Lisboa

sábado, 20 de abril de 2019


Mandado construir em 1204, o Castelo de Dublin apresenta-se diante de nós com um convite a viajar no tempo. Rapidamente se tornou na fortificação mais importante na Irlanda e apresentou várias funcionalidades ao longo das épocas, desde sede do governo colonial a centro de poder político e militar. Hoje em dia, acolhe os eventos mais formais da república, sendo a tomada de posse da presidência um deles.


sexta-feira, 19 de abril de 2019

 DUBLIN

Escolhemos a lindíssima zona de Portobello para fazermos uma pequena recarga de energias e  nos abrigarmos da chuva. O café Grove Road é pequenino, localiza-se numa esquina e convidou-nos a desfrutar do ambiente quentinho com pastelaria de fazer crescer água na boca. 

quinta-feira, 18 de abril de 2019


Uma das maiores referências turísticas de Dublin, para alegria de todos os amantes de fachadas e arquitetura, são as portas de Portobello, um bairro lindíssimo com ruas de perder de vista, cada uma com uma fachada relativamente banal, se me permitem a ousadia, e onde a protagonista é mesmo a porta.

quarta-feira, 17 de abril de 2019


Uma coisa que o basquetebol me ensinou muito depressa é que os jogos não esperavam pelo meu estado de espírito ou os acontecimentos da minha vida. Todos os fins-de-semana, fizesse chuva ou sol, tivesse uma semana incrível ou péssima, tivesse centenas de compromissos ou não, sentisse ótima ou miserável, havia jogo. E era convocada. E porque não somos apenas jogadoras mas também humanas, com preocupações, pensamentos que nada têm a ver com uma bola no cesto e, por vezes, até atritos de equipa, havia uma mensagem habitual dos treinadores no balneário: “deixem tudo fora da linha de campo”. 

Deixar tudo fora da linha de campo. Significava que, assim que pisasse as limitações do campo, eu deixava ali, arrumadinhas, a minha ansiedade, as minhas derrotas, as minhas vitórias, as coisas que devia ter dito e não disse, as coisas que queria dizer, as divagações, a checklist de tarefas que tinha de tratar mais tarde, os afazeres e as pessoas. A Inês ali ficava, fora da linha, assim como qualquer atrito possível. Entrava apenas em campo o meu número e a minha performance. Tudo o resto ficava para lá da linha e não interferia nas minhas capacidades de jogo. 

Curioso que foi uma mensagem que impregnou tão bem que ainda a aplico, mesmo já não jogando há anos. Incrível como tem um efeito tão benigno na minha ansiedade. Tenho várias linhas de campo nas esferas da minha vida, e deixo tudo fora antes de entrar. A linha de campo da minha casa não traz o trabalho. A linha de trabalho não traz a vida pessoal. A linha social não traz as tarefas que tenho ainda de tratar. E assim vou jogando com a certeza de que, mal termine, elas voltam a reunir-se comigo. Mas isso não me faz sentir mais ansiosa ou preocupada. Faz-me sentir que estou simplesmente a ser competente. 

Nem sempre resulta, tal como nem sempre resultava nos jogos. Ser humana também é ter estes pequenos deslizes. Mas devo dizer que é bastante eficaz e que me faz sentir mais estável, especialmente num trabalho que requer muita força emocional. Abro a porta de casa. Passo a linha. E deixo tudo lá fora.

terça-feira, 16 de abril de 2019


Do alto do nosso privilégio, é um pouco insólito imaginar um mundo onde a maior causa de morte era a fome. Hoje em dia, morremos precisamente pela epidemia contrária mas, durante praticamente toda a História da Humanidade, a fome era um medo que perseguia as populações como uma sombra. O assunto sempre me sensibilizou. Não ter garantias de quando, como e o que vamos comer hoje e amanhã é um assunto arrepiante que nunca nenhum de nós viveu — pelo menos, não como eles viveram — e foi desta forma que eu admirei cada traço deste Memorial: grata por não saber sequer imaginar o que é passar fome.

Entre 1845 e 1849, a Europa foi assolada por uma onda de fome e doenças resultantes da contaminação, em larga escala, da batata, um alimento que estava na base diária da alimentação de toda a população, especialmente nas comunidades mais empobrecidas, que dependiam deste tubérculo para sobreviver. Aliado à situação política, económica e social precária do país — especialmente nas suas relações com o Reino Unido — a Irlanda tornou-se num dos países mais afectados por esta contaminação, sendo de tal forma um período negro que resultou em mortes e emigração em massa. A época denominou-se, assim, A Grande Fome.

É uma das principais razões por existir uma comunidade tão forte de Irlandeses nos Estados Unidos e no Canadá e, ainda hoje, é um período trágico abordado com muito respeito, sensibilidade e algum debate polémico, nomeadamente, a ajuda tardia e pobre por parte de Inglaterra. Os dados são emocionantes e catastróficos: um milhão de mortos; mais de um milhão de irlandeses que precisaram de fugir das suas casas à procura de um lugar, uma vida, um país melhor. Uma fatia generosa da população Irlandesa decrescida.

A fome, o abandono e a pobreza estão, infelizmente, muito enraizados na cultura Irlandesa, ao longo dos séculos. Porém, A Grande Fome foi um dos períodos mais negros da História. O país optou por o recordar para sempre na forma de um Memorial simples, mas muito cru, em Dublin, à beira-rio. O aspecto decadente e desesperado das esculturas representadas não passa despercebido, assim como o olhar sem a mínima esperança.

Confesso que não acompanho a série televisiva Victoria mas, há um ano, assisti a um episódio que se referia precisamente à Grande Fome da Irlanda e esta cena final, ainda hoje, me emociona. Acho que transmite na perfeição todo o contexto desta catástrofe. Também demonstra, como já a História tem vindo a provar, que com grandes atos de terror, vêm grandes atos de Humanidade. A música, um cover de uma canção tradicional irlandesa cuja letra é, precisamente, sobre A Grande Fome, está repleta de significado. Assistam, vale a pena.

domingo, 14 de abril de 2019

 
 DUBLIN

Para enorme felicidade desta pequena Inês que vos escreve, Dublin está tão repleta de salões de chá quanto  de pubs — bom, talvez seja uma proporção injusta, já que existem mais de 600 pubs na cidade... —, e o Queen of Tarts surgiu diante dos nossos olhos numa tarde em que desejávamos abrigar-nos no interior de um café quentinho e desfrutar de um chá preto.

quarta-feira, 10 de abril de 2019


Amor: O sentimento mais nobre que posso ter e dar, que se manifesta de tantas formas! Cada vez mais faço questão de dar o meu amor às pessoas que estimo e admiro. A Inês que, há uns anos, se sentia muito desconfortável em verbalizar mensagens de carinho e amor, em partilhar afetos, que era muito metafórica e que se escondia nas piadas e subtilezas para demonstrar que gostava está a dar lugar a uma Inês cada vez mais madura nas suas emoções e cada vez mais lúcida de que o melhor que temos a fazer é manifestar amor pelas pessoas de quem gostamos. E se, inicialmente, me soava pouco natural, hoje, é totalmente sentido e orgânico dizer que amo, dizer aos meus amigos que gosto deles (dizer mesmo!) e ser mais carinhosa. A nossa presença é tão curta…! Deixemos a marca mais bonita na vida de quem gostamos. 

terça-feira, 9 de abril de 2019


A Dublinia é uma exposição permanente que procura apresentar-nos, de uma forma muito interativa, como era Dublin durante a época em que foi ocupada pelos Vikings e na Idade Média. A ponte que referi no artigo sobre Christ Church permite-lhe o acesso caso queiram fazer a visita às duas — compensa a nível de preço. No entanto, podem visitar ambas em separado.

segunda-feira, 8 de abril de 2019


After Life é uma série original da Netflix com a assinatura de Ricky Gervais que aqui se apresenta como Tony, um recém viúvo que, com a ausência da sua mulher, entra numa espiral de melancolia que resulta numa depressão profunda e num constante desespero e frustração com o mundo ao seu redor, que não compreende o seu cinismo, acidez e desinteresse geral pela vida. 

Com uma introdução destas parece difícil extrair que esta é uma série britânica de comédia, mas a verdade é que se revelou um sucesso, conquistando a audiência (eu incluída). Além dos episódios de curta duração – que saudades que eu já tinha de séries com episódios de 20 minutos!! – e do familiar humor negro, gostei da pertinência do tema: falar sobre depressão de uma forma crua, por vezes cruel, sem filtros ou paninhos quentes. Arrisco-me a dizer que a personagem principal verbalizou aquilo que muitas pessoas, que se sentem aprisionadas pela doença ou pela melancolia, sentem e não têm coragem de dizer. As respostas são duras, as conversas são muito racionais e o Tony vai reagindo à doença de forma lógica, sem se aperceber do quanto a vida não precisa de seguir aquele rumo desprovido de significado.

After Life poderá ser disruptivo no sentido em que nunca vi uma série que fosse tão aberta e sincera a falar sobre as nossas escolhas, incluindo as mais duras e tabu. É uma série que aflora outros temas sem se desconcentrar do foco principal da história: mostrar a Tony que a sua vontade de fazer o que lhe apetece pode ser levada para um lado bom e enriquecedor e não para um lado escuro, sombrio e triste de onde nada cresce e amadurece. É uma série de comédia, mas não é para rir.

domingo, 7 de abril de 2019


Bastou-me um dia em Dublin para caracterizar a cidade com o mesmo humor climático de Sintra, entre flutuações meteorológicas imprevisíveis. Mas nada nos fazia prever que iríamos apanhar neve!

Estávamos na National Gallery, em ótima companhia com Picasso, Rodin, Monet (...) quando me chamaram a atenção para espreitar a janela no fundo da sala, ampla e luminosa. Inicialmente, julgava que era chuva, mas imediatamente os meus olhos se arregalaram em espanto e encanto total: caía neve em Dublin!

sexta-feira, 5 de abril de 2019

 DUBLIN

"Com queijo ou sem queijo?" é esta a premissa do Bunsen, uma cadeia de hambúrgueres Irlandesa com vários espaços em Dublin — sendo um deles mesmo em frente ao pub Temple Bar — e que se pode considerar uma pérola local, uma vez que não vimos qualquer turista à mesa a não sermos nós. O lugar enche com relativa facilidade, pelo que vos recomendo que cheguem cedo.

No Bunsen, não existem menus, combos ou variedades. Em todas as mesas, encontram um cartão de visita com os dois hambúrgueres disponíveis: um com queijo, outro sem queijo. Resta-vos escolher. Isto, para uma esquisitinha como eu, pode revelar-se um fator de ansiedade social, mas não se preocupem: podem fazer todas as modificações que precisarem nos vossos hambúrgueres, que vêm com ketchup, mostarda, maionese e pickles.

O acompanhamento é batata frita e podem decidir se querem em palito, enroladas ou doces. Para beber, as tradicionais bebidas, sendo que também têm a opção de milkshake. As decisões são automáticas e o pedido é muito rápido! Todos quisemos queijo, batatas palito e eu decidi aventurar-me por um milkshake de morango — que estava divinal. O espaço é descontraído e o ambiente é muito agradável — embora tenha ficado um pouco incomodada pelo excesso de proximidade das mesas. É uma implicação pessoal mas não gosto de ser obrigada a participar nas conversas do lado, acho invasivo — com música e empregados bem dispostos. 

Os hambúrgueres estava deliciosos, as batatas eram crocantes e o meu milkshake combinou, na perfeição, com o meu pedido. Terminámos a refeição a concluir que não fazia sentido termos pedido uma dose de batatas para cada um porque, sendo uma quantidade enorme, podíamos ter partilhado e é por isso que também acho que o Bunsen é uma ótima opção se quiserem comer fora em Dublin e tiverem o orçamento mais apertado; tendo em conta que a água é gratuita e que podem dividir uma dose de batatas — não existem menus, portanto, pagam à unidade —, a refeição pode permanecer deliciosa e muito em conta. Uma sugestão a considerar, já que saímos do Bunsen de barriga cheia e feliz, prontos para mais uma tarde de passeio! Um grande selo de aprovação!
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22 Essex St. E, Temple Bar, D02, NA09
Dublin
Contacto: +353 155 995 32

quarta-feira, 3 de abril de 2019


Estarei em Hogwarts?! É esta a pergunta que todos farão ao verem a catedral Christ Church erguer-se em plena cidade. É impossível não reparar nas semelhanças e não ficar de olhos a brilhar com as torres, as cornucópias nas janelas, os tons acinzentados da pedra, e pela sua imponência.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Qual foi a melhor fantasia do Carnaval 2019? | Uma vez que o Carnaval passou por mim de raspão, este ano, uma parte de mim sentiu falta e não se contentou em apenas visualizar os stories e fotografias dos que cá ficaram para registar os momentos e criatividade alheia. Eu adoro a originalidade dos disfarces e não resisti a este vídeo do Felipe Neto com as melhores máscaras registadas no Brasil. Fico sempre inspirada a ser mais arrojada, a cada Carnaval!

Era uma vez um mundo sem Internet | Escuto muito que a minha geração não conheceu um mundo sem Internet nem telemóveis e franzo muito a testa porque, embora ambos já existissem quando nasci, a verdade é que não os conhecia. Acho que mexi na Internet, pela primeira vez, aos 10 anos — eu ia à biblioteca com a minha mãe para aceder a uma sala de computadores e jogar um jogo do Harry Potter que estava no site da RFM, olhem a antiguidade! Recebi o meu primeiro telemóvel aos 14 anos. Não me sinto parte de uma geração que nasceu a conhecer tais coisas e identifiquei-me muito com este vídeo da Karol, que recordou um quotidiano onde nada estava à distância de um click, onde tudo tinha um preço absurdo e um tempo limitado. Há detalhes com que não me identifico — como assim ligar para pedir pizza é obsoleto? Ainda o faço! — mas, regra geral, é uma nostalgia boa que nos faz recordar de forma leve e divertida como o mundo já mudou tanto. Eu tenho sempre curiosidade e olhos postos no futuro mas já devem saber: volta e meia gosto de remexer na caixa das recordações!

Movie theater employees reveal secrets about movie theaters | Sou obcecada por factos. Adoro descobrir curiosidades, pormenores, segredos sobre tudo. Não sabem o que conversar comigo? Contem-me curiosidades sobre a vossa profissão, a vossa vida, sobre coisas que tenham lido random. Já me ganharam. E o Youtube apanha-me sempre na curva com estes vídeos de segredos de insiders. Adoro ir ao cinema e embora alguns factos sejam um pouco lamentáveis e não se apliquem para as salas de cinema nacionais, é sempre divertido conhecer um novo ponto de vista laboral, especialmente de um lugar que visito com frequência!



Qual foi o vosso vídeo preferido?

segunda-feira, 1 de abril de 2019


Wow... Março. Sinto que vivi três meses diferentes dentro destes 31 dias. Que mês longo e cheio de acontecimentos. Uma viagem. Uma nova rotina. Um curso. Uma nova estação. Aniversários. E pequenos momentos. Foi um mês onde, definitivamente, os pequenos momentos foram fundamentais para tornar o quotidiano mais especial. Como sempre, convido-vos a fazerem o balanço do melhor que o mês me ofereceu. Vamos lá?

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