quarta-feira, 30 de março de 2022


O ASSASSINO DE CLOVEHITCH
Baseado em factos reais, O Assassino de Clovehitch conta a história de como um jovem, de forma totalmente inesperada, descobre que o seu pai pode ser um serial killer procurado há anos. A descoberta parece não fazer sentido, já que o rapaz sente que vive numa família estruturada e com um pai que lhe transmitiu todos os valores e que é parte ativa da comunidade. 

segunda-feira, 28 de março de 2022


Depois da jornada incrível com a leitura de Cosmos e (mais suave, mas menos poética) de Astrofísica Para Gente com Pressa, decidi ir às raízes para ler Uma Breve História do Tempo, de ninguém menos que Sir Hawking. 

Uma Breve História do Tempo é um livro curtinho onde o astrofísico reflete connosco algumas das questões que, ainda hoje, a física procura responder com rigor. O que havia antes do Big Bang? O Universo é infinito? Vai, alguma vez, acabar? E, se sim, como? 

Todo o livro foi desenvolvido para sentirmos que estamos numa amigável conversa com Stephen Hawking, e o seu célebre carisma e bom humor estão, de facto, presentes ao longo do livro. No entanto, não foi o livro mais simpático de astrofísica para ler. Não o recomendaria como uma primeira viagem literária. Cosmos, embora muito mais extenso, tem uma narrativa mais simpática e acessível, por exemplo. 

Devo confessar que, não desmerecendo o extraordinário trabalho de Hawking para descomplicar conceitos, teorias e equações tão robustas, o que realmente me fascinou é que, ao longo do livro (dependendo da edição), vão encontrando inúmeras notas de revisão pelos mais variados motivos: falta de atenção do astrofísico, troca de nomes, conceitos demasiado simplificados, imprecisões ou até mesmo pequenas gralhas. Para mim, foi o simbolismo perfeito de que devemos aceitar que não somos sempre perfeitamente claros, corretos ou rigorosos, mesmo quando de um livro se trata, e de que é importante aceitar e receber os inputs dos outros. Quando um livro (com dezenas de edições), vai na 15ª nota de revisão sobre ninguém menos que Hawking, tiramos daqui a maior lição: não estaremos sempre certos. 

É uma leitura massuda, não tem a sensibilidade poética do Sagan, mas, se gostam de astrofísica, deve definitivamente fazer parte da vossa TBR.

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Bertrand

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sábado, 26 de março de 2022


 ZURIQUE
A Suíça partilha algumas heranças alemãs, e uma delas é, sem dúvida, a bratwurst, uma salsicha muito típica. Devo confessar que salsichas nunca me deixaram com água na boca, e depois de uma traumática aula de indústria alimentar – onde tive de ver como eram feitas passo a passo – estive muito tempo sem as comer. Mas em Roma, sê Romano, e tivemos a sugestão perfeita para experimentar as melhores salsichas de Zurique: o Sternen Grill. 

Na dúvida de onde se localiza, é só procurarem a gigantesca fila que se forma na rua logo nas primeiras horas do almoço. É uma das casas mais antigas e tradicionais, e aqui existem qualidades de salsicha para todos os gostos, sendo que eu optei pela mais típica. Podem acompanhar com batatas fritas e escolher alguns molhos – a nossa escolha foi para a famosa mostarda picante do restaurante, mas devo alertar que é mesmo picante. 

Podem comer numa das mesas disponíveis dentro e fora do estabelecimento, mas é uma excelente opção para levarem e comerem enquanto passeiam pela cidade – ou para se deliciarem junto ao lago, caso não apanhem cisnes gulosos! As salsichas eram saborosas, mas, para quem realmente não gostar ou for vegetariano, existem outras opções no menu.
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Theaterstrasse, 22
Zürich
Contacto: +41 432 682 080

quinta-feira, 24 de março de 2022


Uma das nossas primeiras paragens em Zurique foi o Kunsthaus (museu de belas artes) que é uma verdadeira celebração da arte em toda a sua expressão, onde várias correntes e artistas se juntam num só lugar e fazem as delícias dos amantes da pintura, escultura e design em geral. 

segunda-feira, 21 de março de 2022


A minha sensibilidade para o estudo e higiene do sono foi tardia e, como quase toda a gente, também eu tinha inúmeros preconceitos e mitos associados ao ato de dormir. Tive o privilégio de ter um contacto regular com especialistas do sono que me abriram a mente e o conhecimento em relação ao tema e, desde então, gosto de ir investigando e sabendo mais. 

Sinto que sou uma privilegiada porque faço parte da pequena percentagem que considera que tem um sono de qualidade na maior parte do tempo – e, quando o sono não é reparador, consigo sempre associar a um momento que me esteja a causar mais ansiedade e sei que é uma situação aguda e não crónica. A maior parte das pessoas não subscreve esta observação e identifica vários problemas associados ao sono, desde sentirem que não dormem bem, que acordam várias vezes, não sentem sono (…). As queixas são tão variadas quanto as soluções que vemos por aí – muitas de natureza questionável – e foi isso que serviu de gatilho para o médico especialista do sono Rafael Pelayo escrever How to Sleep

O título já entrega um pouco da premissa da obra: o médico explora algumas técnicas para melhorar os hábitos do sono, disseca outras tantas que já são vastamente partilhadas e, no final, a mensagem é clara: não existem dicas milagrosas para tratar um problema de sono crónico, mas uma consulta com um especialista do sono pode ajudar muito mais do que qualquer sugestão. 

E acho que foi isso que mais adorei em How To Sleep; sendo ávida pelo rigor científico e pela transparência médica, o autor não falha. É tentador – especialmente, com um título destes – fazer promessas impossíveis e garantir a banha da cobra, mas cada capítulo é altamente sustentado e o grande objetivo do autor é reduzir a pressão dos leitores para o momento de irem dormir. Algo que deveria ser o sinónimo do descanso é tão associado a rotinas, passos, gadgets e medicamentos que acaba por ser esgotante e assolador pensar em dormir. Rafael Pelayo explica também como funcionam as consultas do sono e o que é que um paciente pode esperar delas. Sendo uma área tão pouco popular para a população e sendo as consultas médicas ainda um "bicho-papão" para muitos, achei que esta partilha poderia ajudar a desconstruir um pouco os medos e preconceitos face a esta tipologia de consulta. 

Numa leitura simples, totalmente descomplicada e sem chavões médicos que afastam a população, How to Sleep é um livro informativo, interessante e transparente, que enriqueceu os meus conhecimentos e que é a sugestão perfeita para quem tem estado às voltas na almofada.

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Bertrand

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sábado, 19 de março de 2022


O recorte da Grössmunster (tradução literal para ‘grande catedral’) distingue-se dos restantes edifícios da cidade pelas suas duas torres gigantescas. É uma igreja evangélica e, desde a sua edificação no séc. XII, sofreu inúmeras reconstruções e renovações. 

quarta-feira, 16 de março de 2022


1. Se, para a Noruega, encorajei-vos a poupar, para a Suíça eu recomendo um pé-de-meia ainda mais avantajado. Embora os preços no supermercado sejam relativamente parecidos (surpreendentemente, mais baratos em alguns bens) com os de Portugal, tudo o resto é exorbitantemente caro. Zurique é considerada a cidade mais cara do mundo e serviços como restaurantes, ginásios ou cabeleireiros são encarados como um luxo. Não recomendaria o destino para quem vai com um budget apertado. 

segunda-feira, 14 de março de 2022


Quando julgamos que já vivemos e experimentámos os melhores tempos da nossa vida, é quando mais somos surpreendidos e desafiados. É o ponto de partida para a história d'O Café dos Gatos e que nos apresenta Nagore, uma mulher de 40 anos que sente que falhou em todas as esferas da sua vida. Está desempregada, falida e acabada de sair de uma separação muito dura. No desespero de encontrar uma saída (pelo menos, financeira), aceita um trabalho como funcionária do Neko Café, um espaço muito especial: é um café com gatos disponíveis para adoção. Detalhe: a protagonista detesta gatos. 

Numa leitura bem curtinha e muito suave, mergulhamos numa história descomplicada, ternurenta e que explora o arco de evolução da protagonista ao longo da sua saída do fundo do poço, acompanhada por amigos felinos. Não é um livro inesquecível: há componentes desta história absolutamente irrealistas (a começar pela saída preguiçosa da situação financeira da protagonista). Entendo que não era o foco da narrativa, mas fico aborrecida quando os autores trazem informação para a história e não se esforçam para a resolver de uma forma mais robusta e real, focando-se apenas na linha principal do plot

Houve momentos em que me apeteceu contextualizar a autora de qual é a realidade de um salário  e horário de uma funcionária de café, de que uma pessoa na situação financeira da protagonista nunca estaria a viver num apartamento no centro de Barcelona. Porque se tudo isto fosse verdade - e ainda com gatos à mistura - estaríamos todos, neste momento, a apanhar um voo para Espanha e viver a nossa melhor vida. 

Num aparte, este é, na verdade, um tema que vejo recorrentemente na literatura contemporânea e que até gostava de o explorar num artigo separado: a romantização de certos empregos 'idílicos' em que o salário é tão imaginário quanto a fantasia, mas que são o verdadeiro suporte para tornar a história do/a autor/a possível.

O próprio enredo principal, por vezes, pecou pelo excesso de simplicidade, mas é a história ideal quando só queremos um livro reconfortante, pouco denso, que nos faça sorrir e nos transporte para fora da nossa realidade.

Foi a minha companhia numa tarde de praia e acredito que também poderá ser a vossa, num serão de sofá com chuva lá fora ou em cima de uma espreguiçadeira ao Sol. E se estiverem acompanhadas por um/a amigo/a de quatro patas, ainda melhor.

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Bertrand

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sábado, 12 de março de 2022


Imaginem dormir num hotel repleto de estantes, com literatura para todos os gostos e onde se sentem numa autêntica biblioteca; já não é preciso imaginar muito: o hotel The Literary Man abriu portas para alimentar os sonhos dos maiores amantes de livros. 

quinta-feira, 10 de março de 2022


Publicado em 2018, Estar Vivo Aleija é uma compilação das melhores crónicas publicadas por Ricardo Araújo Pereira para o jornal brasileiro Folha de S. Paulo. Como já é habitual, das suas crónicas podemos esperar as mais variadas reflexões sobre o mundo e a atualidade, onde temas triviais convivem em perfeita harmonia com assuntos e figuras da maior relevância. 

Uma desvantagem que encontrava nestas compilações do humorista – e, na verdade, neste tipo de livros com crónicas de jornal compiladas – era a validade de certos temas. Não foram raras as vezes em que li compilações de crónicas já datadas, sem relevância à luz dos dias de hoje. Estar Vivo Aleija foi, de todos, a compilação mais intemporal que já li do RAP, e alguns textos com uma sensibilidade poética que ainda não tinha identificado no autor, até então. 

Textos simples, análises sempre com o seu sofisticado toque de humor e reflexões que nos convidam a pousar o livro depois de acabar um texto e deixá-lo ‘marinar’ no nosso cérebro. Foi o meu preferido dele, até à data!

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Bertrand

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segunda-feira, 7 de março de 2022

Fotografia: autor não identificado
Vamos tornar cada mês mais especial em conjunto? Lanço muito poucas rubricas novas, mas quando finalmente acredito que uma ideia pode resultar, não cabe em mim o entusiasmo por a partilhar! 

Todos os meses, irei partilhar convosco 6 sugestões – das mais simples às mais especiais e exclusivas –  para aproveitarem melhor o mês. Algumas podem ser desfrutadas em casa e nem sempre irão precisar de produtos, locais ou elementos especiais para as realizarem. Talvez até sejam ideias que já estavam na vossa fun to do list há imenso tempo, sem sair do papel. Este é o sinal para experimentarmos coisas novas (ou resgatarmos algumas que já não fazemos há muito tempo) todos os meses! Começamos com este março em grande! 

sábado, 5 de março de 2022

 


Fevereiro trouxe tantos acontecimentos especiais que eu sinto que passou num sopro e, ao mesmo tempo, mil vidas. Foi um mês de agenda cheia, de Inês de Mala Rosa – não me canso de dizer as imensas saudades que tinha destas aventuras – e de dias bem aproveitados. Fazemos o rescaldo juntos?

sexta-feira, 4 de março de 2022


Se o Cluedo fosse um filme, seria este. Bem sei que existe uma adaptação do próprio jogo – inclusive, encontram a minha review aqui – mas Knives Out tem a dinâmica e o twist próprios do jogo. Tudo começa com uma suspeita de homicídio de um magnata e respetivos suspeitos. Tirando esta premissa tão simples, não há nada que eu possa dizer que não vá estragar o efeito surpresa do filme: e esta é a melhor parte da produção, a matrioska de surpresas que vão surgindo ao longo do filme. É leve, toca en passant em alguns temas muito atuais e sensíveis e é a recomendação perfeita para um filme de domingo à tarde simples, mas com substância. Conseguem adivinhar o que realmente aconteceu? 

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