O recorte da Grössmunster (tradução literal para ‘grande catedral’) distingue-se dos restantes edifícios da cidade pelas suas duas torres gigantescas. É uma igreja evangélica e, desde a sua edificação no séc. XII, sofreu inúmeras reconstruções e renovações.
A influência inicial é romântica, mas são as características neogóticas que mais se destacam no interior da nave. Não sendo permitida a captação de fotos no seu interior, são os vitrais de Sigmar Polke que lhe dão alguma vida, encanto e cor (mas sou suspeita, uma vez que não sou uma fã particular do período neogótico).
Um dos detalhes mais interessantes e surpreendentes da visita, foi a visita à cripta. Esperamos sempre alguns clichés quando visitamos património religioso, mas uma instalação de arte contemporânea em néon na cripta de uma das catedrais mais emblemáticas da Suíça… não! Esta é uma pequena surpresa que demonstra um pouco aquilo que senti, em geral, acerca deste país: uma seriedade muito polida e um certo conservadorismo por fora, e um modernismo colorido por dentro, reservado apenas aos que se atrevem a conhecer a fundo o povo suíço.
Mas o ex-libris é, sem dúvida, a visita à torre Karl onde, após 187 degraus, espera-nos uma vista extraordinária para a cidade velha, com o recorte de Zurique a combinar com a paisagem montanhosa no horizonte. É uma subida para corajosos – as escadas são em caracol e são bem claustrofóbicas, fica a advertência – mas compensa pelo miradouro lindíssimo.
Nada em Zurique é barato – um alerta que já partilhei convosco aqui – e uma das dicas que partilharam comigo e que partilho, agora, convosco é que selecionem apenas uma torre das inúmeras igrejas de Zurique para subir e se abstenham de subir as restantes. Todas as subidas às torres são muito caras e, por as igrejas se situarem todas na mesma zona, a vista não muda. Pela perspetiva 360º e por ser a torre mais alta, a Grössmunster foi a nossa escolha. Mas se só quiserem ficar pela nave, a visita é gratuita (aproveitem, é coisa rara!).
Que bonito! Fiquei com vontade de visitar.
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