domingo, 29 de novembro de 2020


Admito: foi um YA que me surpreendeu. It Only Happens In The Movies apresenta-nos Audrey, uma jovem que, por uma série de circunstâncias da sua vida, deixou de acreditar no romance. De uma forma despretenciosa, acaba a trabalhar num cinema local enquanto se debruça sobre a artificialidade das comédias românticas: para ela, todas as premissas são previsíveis e as personagens, momentos e diálogos irreais. E é no seu trabalho que conhece Harry, o típico quebra-corações que está disposto a reavivar o gosto de Audrey pelas comédias românticas — as que valem a pena. 

Premissa expectável, certo? Mas a verdade é que It Only Happens In The Movies foge a sete pés do cliché e consagra-se numa história jovem refrescante e recheada de assuntos pertinentes enquanto nos leva a crer que toda a narrativa será como prevemos. É um livro que fala sobre a amizade feminina (e o quão bom é termos um grupo de amigas, sem preconceitos patriarcais), sobre sexualidade, auto-conhecimento e, principalmente, sobre a jornada verdadeira de uma relação, que não é só água com açúcar e que envolve empenho e dedicação em equipa. 

Admito que adorei o final (era o que eu desejava, embora saiba que isso é um pouco maquiavélico, mas justificado!) e que gostava que este tipo de livros existissem na minha adolescência. Já saturámos de livros em que a protagonista não quer ter amigas porque os rapazes são muito mais ‘descomplicados’, muda o badboy e tem uma primeira vez de sonho. Esta pitada de realidade tornou It Only Happens In The Movies um livro real sobre assuntos reais e isso nunca foi tão fantástico.

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Bertrand

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020


O meu primeiro relógio desportivo foi este da Decathlon, o meu companheiro de treino e dia a dia. O relógio incluía uma banda para colocar na região torácica e nunca foi desconfortável mas, com o passar do tempo, comecei a achar pouco prática e decidi procurar outras opções. 

A escolha recaiu para o Fitness Thunder, vendido na Sportzone. É um smartwatch muito intuitivo que, além de dar horas — sempre importante lembrar da parte mais fundamental destes aparelhos! — permite-me continuar a controlar os bpm sem ter de usar banda (embora seja importante referir que relógios com banda torácica são sempre mais precisos do que smartwatches de pulso), selecionar entre várias modalidades de treino, atender chamadas, receber mensagens e ainda outras funcionalidades, como contador de calorias (que não faz contagem eficiente de gasto calórico em repouso, portanto, é um dado que eu vos recomendo a não dar grande importância), contador de passos e km, obturador de câmara, player de música e monitor do sono. Podem, ainda, fazer download da app e controlar todos os vossos dados e progressos.

Tem boa autonomia, é discreto e de visor quadrado — os meus preferidos são os redondos ou quadrados, não gostos dos de banda com visor estreito — e com inúmeras opções de personalização, incluindo o mostrador. Continuo a adorar os relógios tradicionais — e a achá-los mais bonitos em alguns aspetos — mas o Fitness Thunder tem sido um bom companheiro de treino e aliado no quotidiano.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020


Desde que a Carolina partilhou a capa maravilhosa deste livro, fiquei rendida e determinada a lê-lo. Mas nunca pensei que por detrás de uma ilustração colorida e amorosa, estivesse um livro com uma história destas

Uma Questão de Conveniência introduz-nos Keiko, uma mulher que se sente completamente desenquadrada da sociedade — e respetivas convenções — e que encontra no seu emprego (uma loja de conveniência) o conforto de que necessita para se sentir encaixada no mundo e feliz. Keiko não é casada, não tem filhos e as suas opções de vida são incompreensíveis para a maioria das pessoas que a rodeiam. 

Numa leitura muito rápida e sem grande elasticidade na narrativa, Uma Questão de Conveniência é um livro sóbrio, sem grande dinamismo mas que nos concentra por inteiro na personalidade de Keiko e na estrutura social que montámos, ao longo dos anos, e que da qual muitos dependem para se sentirem completos e realizados. Num certo sentido, esta história recordou-me O Fabuloso Destino de Amélie Poulain; as premissas não são, de todo, iguais e o filme tem um encanto que é muito difícil de extrapolar de Uma Questão de Conveniência, mas ambas são protagonistas únicas, invulgares, um pouco incompreendidas e que não querem seguir o mesmo caminho que todos os outros (e nem sequer o entendem). 

Não é o livro do ano, para mim, embora já tenha recebido alguns prémios, e o final não foi surpreendente (esperava-o, confesso), mas coloca as questões certas através de personagens fora do comum e que nos obrigam, também, a sair da nossa bolha de conforto e olhar para uns quantos chavões que tomamos como certos e inquestionáveis.

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Betrand

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020


Partilhei convosco aqui que uma das coisas que gostava de experimentar era cerâmica. Não tinha nenhuma experiência anterior a não ser as atividades da infância e confesso que foi um pouco difícil de encontrar um espaço que tivesse workshops para adultos aos fins de semana. O espaço Mitó Creative Site foi o primeiro, de todos os que estava a acompanhar, a abrir essa oportunidade. 

sábado, 21 de novembro de 2020


Cedi à popularidade deste thriller young adult e deixei-me levar por uma premissa intrigante e macabra: um jovem estudante morre na sala de aula e quatro colegas são considerados suspeitos. 

Numa narrativa muito Cluedo-ish, cada capítulo é narrado na perspetiva das quatro personagens e, assim, vamos acompanhando as suas reflexões, anseios e remorsos. Com diálogos e parágrafos carregados de mistério (ou assim a autora o promete). 

Embora não tenha considerado Um de Nós Mente um livro bom, reconheço que a leitura é rápida e cativante, incitando-nos a ler mais um capítulo para reunir mais informações e pistas para solucionar o caso. No entanto, achei o livro absolutamente previsível em relação aos quatro protagonistas e esse fator impediu-me de ser tão surpreendida — ou desconfiada — quanto seria suposto. Se procuram algo leve mas com mistério, deixo a proposta (já com sequela, que não me chamou particularmente a atenção).

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Bertrand

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020


Porque o segredo está na intenção. E quando se oferece com carinho, não importa o preço. A minha seleção de Lembrancinhas chegou mais cedo do que o habitual, a pedido vosso e das circunstâncias atípicas que têm pautado este ano. Precisamos de planear melhor o nosso Natal e acredito que esta antecipação possa ajudar a trazer alguma da normalidade à época. 

Como sempre, são miminhos até 10€ e onde procuro provar que podemos oferecer artigos cheios de personalidade sem destruir a carteira. Esta seleção conta com mais de 100 sugestões e foi a mais difícil de sempre — as coisas estão muito caras este ano, malta, não vou mentir. Encontram de tudo exceto meias sem graça, máscaras e piadas manhosas alusivas a 2020. Reuni alguns produtos de marcas nacionais também (lamentavelmente, não muitos mas dei o meu melhor para os encontrar). Como sempre, espero que gostem e que vos seja útil! E por curiosidade, e ao fim de três edições de Lembrancinhas, contem-me: já vos ajudei nalgum presente?

segunda-feira, 16 de novembro de 2020


Já repararam que um dos elementos mais imutáveis duma casa são molduras e quadros? É curioso o quão facilmente mudamos uns móveis, damos um refresh à divisão, trocamos elementos mas mantemos as molduras e quadros no sitio. 

Numa altura em que ficar em casa tem sido fundamental, cresce em mim a necessidade de dar uma nova cara às minhas paredes. Afinal de contas, elas têm ouvidos. O que diriam sobre mim? Sobre a minha personalidade, desejos, interesses? Penso muito nisso quando olho para as paredes dos outros. Se está, ou não, espelhada a identidade da pessoa. 

E não estive nesta transformação sozinha. A Posterlounge ajudou-me a dar uma cara nova ao meu espaço. Podem encomendar online e aquilo que mais acho diferenciador na marca é que comercializa as fotografias, ilustrações e reproduções de obras de arte em alta qualidade para qualquer material. Eu escolhi posters mas a verdade é que qualquer imagem pode ser reproduzida em tela, madeira, PVC, alumínio... e com moldura já incluída, se quiserem, para poderem decorar o vosso espaço logo que chegue! 

O catálogo é muito extenso e variado, o que acaba por abraçar quase todas as correntes decorativas; se têm uma ideia para uma linha visual que gostassem de seguir, há com certeza uma sugestão perfeita na loja!
Ilustração Quebra-Nozes | Ilustração de Natal

Já a pensar no Natal, escolhi duas ilustrações temáticas que vos convido a ficarem atentos para verem como vão ficar no artigo de decoração de dezembro (ou nos pequenos previews que vou partilhando no Instagram @innmartinsm). Para antecipar já os desejos, trouxe comigo uma ilustração e um cartaz. Já tinha visto algumas variantes da ilustração destes olhos mas esta em particular conquistou-me porque tem uma linha Miró que eu identifico e adoro — conseguem encontrar também? 


Num encontro com tonalidades mais neutras, o cartaz com o Patinho Feio vai casar bem com os tons frescos e claros do meu espaço. Quero-o alternar com o meu mapa de Londres porque acho que ele vai combinar muito bem com as minhas andorinhas. 

A qualidade da impressão é sublime, precisa e fiel aos tons do catálogo. E a relação qualidade-preço é a cereja no topo do bolo! O Natal está aí à porta! 

O plano será ir trocando de molduras e imagens consoante as vontades. Porque preciso de ir dando um novo ar às minhas paredes, trazer algum dinamismo à minha decoração. Às vezes, trocar a moldura é tudo quanto basta para o espaço ganhar outra vida — uma que casa melhor connosco. 

Este artigo foi escrito em parceria com a Posterlounge.

sábado, 14 de novembro de 2020


Tinham saudades? Para esta sexta edição, trago-vos sono (outra vez! Já perceberam que adoro o tema?), literatura e vida profissional. Três conversas especiais e que me enriqueceram de alguma forma — e que, agora, espero que sejam úteis para vocês. Vamos a isto?

quinta-feira, 12 de novembro de 2020


A Netflix já nos influenciou em milhares de sentidos mas este é um prémio difícil que a empresa acabou de arrecadar: fazer a malta gostar de xadrez — eu que o diga, já que toda a gente na escola achava isso um jogo de 'losers e velhos' e, portanto, nunca queriam jogar.

The Queen’s Gambit é uma história fictícia — também me dói a mim escrever isto — sobre uma jovem, Elizabeth Harmon, que desenvolve desde cedo um extraordinário talento para jogar xadrez. Por outro lado, também desde cedo desenvolve dependência química.

A mini-série de 7 episódios acompanha, assim, Beth (como prefere ser apelidada) pela sua jornada nas competições de xadrez enquanto se debate na sua relação com o álcool e drogas. Uma premissa simples e em que toda a magia se revela nos ângulos fantásticos de toda a cinematografia da série, na prestação sublime da atriz Anya Taylor-Joy, nos figurinos de sonho e cheios de referências e na banda sonora com timing magistral. Parece impossível que uma mini-série simples possa render milhares de espectadores a acompanhar uma jogadora de xadrez mas o primeiro episódio apresenta, de imediato, as razões pelas quais conquistou o mundo. 

Uma produção fabulosa da Netflix que nos deixa a suspirar pelo guarda-roupa e cabeleireira de Beth e nos faz querer limpar o pó ao tabuleiro de xadrez que anda perdido em casa. Não vão resistir em saber se ela vai conseguir.

terça-feira, 10 de novembro de 2020


O título arrojado convenceu-me a mergulhar nesta leitura rápida, da autoria de Tansel Ali, o campeão da memória australiano. Temos tendência para observar a nossa capacidade de memorização como um talento (ou a ausência dele) definitivo e imutável, onde alguns são verdadeiros mestres na arte de lembrar tudo o que assimilaram de forma rápida e eficaz e outros esquecem-se dos óculos no frigorífico (estou a apontar para mim). 

Mas a verdade é que a nossa capacidade de memória é trabalhável e muitas vezes só depende da técnica certa. Somos ensinados a trabalhar a memória através da repetição, sem darmos conta de que nem todas as informações são fáceis de decorar desta forma e que existem outras alternativas que poderão poupar tempo e frustração. De uma maneira muito prática e exemplificativa, Tansel Ali enumera as suas preferidas. 

Seja para estudar para os exames, nunca mais esquecer um nome ou onde deixámos as chaves do carro, aprender combinações numéricas num ápice ou dominar uma nova língua em tempo recorde, há um método de memorização ideal e How To Learn Almost Anything In 48 Hours diz-nos qual e a média de tempo que leva a que o processo fique completo com sucesso. Em jeito bónus, seguimos ainda o relato de como o autor foi capaz de memorizar as páginas amarelas australianas — e de as enumerar para um anúncio publicitário. 

Sendo um livro com muita componente prática, senti que é um exemplar a que vou recorrer regularmente no futuro e não me senti defraudada. Achei curioso que alguns dos métodos eu já fizesse, mesmo sem os conhecer formalmente (eu fazia muitos apontamentos de humor para memorizar conceitos de fisiologia e anatomia). Recomendo!

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Bertrand

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020


E se Hitler voltasse e observasse o mundo tal como ele é agora? Conseguiria moldar-se aos desafios e evoluções do momento? Adaptaria o seu discurso? Continuaria a ter popularidade entre fanáticos? Parece uma pergunta absolutamente macabra — e é — mas é esta a história de Ele Está de Volta. 

Numa narrativa completamente bizarra e cheia de parágrafos com visões arrepiantes, Ele Está de Volta coloca-nos no interior da mente de Hitler ao acordar no mundo tal como ele é hoje e esforçando-se para emergir, de novo, nas forças políticas. 

Embora não seja um livro extraordinário e tenha, ao longo dos capítulos, acontecimentos um pouco irrealistas (além da já tão improvável premissa), sinto que Ele Está de Volta vai um pouco mais além do caso insólito do regresso de Hitler e explora, isso sim, a conformidade com que toleramos o intolerável, como facilmente mascaramos os discursos de ódio, corrupção e censura para nos protegermos de observar as coisas (as intenções, as ideologias, as pessoas) tal como elas são, sem floreados (neste caso, humorísticos).  

É uma chamada de atenção brilhante para o facto de existirem muitas (e mais do que zero já é a mais) pessoas ao nosso redor que acreditariam. Que votariam. Que realmente achariam que aquela pessoa é de confiança porque ‘diz as verdades’, sem grande interesse em aprofundar quem está a dizê-lo e que verdade é essa. E é também um dos possíveis desfechos do que ficar de braços cruzados, fingir que não se vê e não se ouve, não denúnciar ou reportar, pode resultar. 

Foi uma leitura absolutamente desconfortável, onde ler aquilo que uma mente retorcida é capaz de acreditar mexeu comigo. Mas também levantou algumas questões sobre a minha função e importância enquanto cidadã ou simplesmente consumidora de conteúdos. O que é que eu deixo que transmitam? O que é eu aceito que transmitam? Até onde podemos acobertar o ódio?

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Bertrand

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terça-feira, 3 de novembro de 2020


Depois do sucesso — e terror para os pais — que foi Frozen, a sequela chegou para agitar as águas de uma Arendelle aparentemente serena. Frozen II está significativamente mais focado nas origens dos poderes de Elsa, afinal de contas, só assim ela os poderá dominar por inteiro. O grupo de sempre parte, então, para mais uma aventura cheia de músicas (a mais, na minha opinião, mas uma delas bem gira: All Is Found), Backstreet Renas, um Kristoff completamente abandonado pelos produtores e as duas irmãs a personificarem a importância dos laços de família e amizade para ultrapassar as fases mais difíceis (mesmo quando achamos que temos de aguentar tudo sozinhos). Não é melhor do que o filme original mas tem valores e mensagens bonitas e aquece o coração. Um bom filme para assistirem numa tarde fria de inverno. 

Este documentário da National Geographic destaca-se dos demais trabalhos sobre a Princesa Diana por uma razão: todo o documentário é narrado pela própria. Disponível no Disney+, através das gravações secretas que realizou para a escrita de um livro auto-biográfico muito polémico à data de lançamento, na altura, foi possível construir um documentário inteiro conduzido pela Princesa do Povo, desde a sua infância até aos seus últimos anos de vida. Assim, acompanhamos cada etapa com as suas reflexões e emoções. Confesso-me uma grande fã da princesa e, mais do que voltar a ouvir uma história que já conheço na primeira pessoa, houve um tema em particular que se destacou ao longo de todo o documentário e que me colocou a refletir muito: a sua saúde mental. Era uma figura pública, da realeza e teve o apoio profissional e familiar mais medíocre que podemos imaginar, deixando-a isolada e refletindo-se em outros comportamentos e doenças como consequência. Se até uma figura pública era encarada assim, que dizer do cidadão comum? Recomendo muito que assistam. 

Wonder é uma produção de 2017 que nos apresenta Auggie, um miúdo de 10 anos carismático, apaixonado por Star Wars e pelo espaço e que esteve toda a vida escondido dentro do seu capacete de astronauta por sofrer da síndrome Treacher Collins, que lhe deformou por completo o rosto. O filme explora a dinâmica familiar e os desafios de Auggie para se encaixar na sociedade. A história vai sendo contada a partir do ponto de vista de várias personagens que, de uma forma ou de outra, veem as suas vidas transformadas pela presença de um menino que só quer ser como os outros. Os valores de amizade e aceitação estão presentes neste que é um filme emocionante e muito bonito. Mas a dinâmica familiar, a gestão da atenção para os filhos e os sonhos que ficam para depois em detrimento de outras prioridades também estão muito bem retratados numa história que está repleta de personagens e emoções reais. No final, a mensagem é clara: a beleza das pessoas sempre esteve do lado de dentro.

Já assistiram a algum?

domingo, 1 de novembro de 2020

 


Sou só eu que fiquei feliz por Outubro ter parecido mais longo do que o habitual? O meu mês preferido do ano chegou e despediu-se com calma, momentos bons e alegria. Ao contrário dos outros anos, em que sentia que ele passava num sopro, Outubro começou sem pressas e deixou-me saborear cada dia com deleite.

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