Às vezes, fico incrédula com o facto de os Favoritos da Inês existirem há 7 anos. Com muitas abordagens e identidades pelo caminho, é certo, mas esta é uma rubrica que nasceu praticamente com o Bobby Pins e que é muito querida por vocês (e por mim). Dá para acreditar que este foi o primeiro Favoritos da Inês de sempre?!

E cá estamos. Mais um mês, mais um balanço e mais recomendações especiais para vocês. É só lerem mais!


Pode parecer estranho recomendar um protetor solar em pleno início do outono, mas este nunca foi um produto sazonal; não importa o tom da vossa pele: manter a proteção solar na vossa rotina o ano inteiro é a melhor forma de cuidarem da pele e prevenirem o seu envelhecimento (mesmo quando estamos em casa — os raios solares continuam a passar pelas janelas). 

Agora que já tentei convencer-vos a não arrumarem os protetores solares no fundo do armário da casa de banho, quero mostrar-vos este protetor solar de rosto, da Nívea. Enquanto aguardava pela chegada do meu preferido, da ISDIN, decidi experimentar este e fiquei positivamente surpreendida! Promete uma sensação 0% de oleosidade e acho que cumpre. A textura é mais rica e densa do que o da ISDIN, e enquanto o último absorve por completo e deixa a pele matizada, o creme da Nívea dá uma luminosidade e um efeito hidratado — que não é, de todo, um efeito oleoso. Dá uma luz ao rosto! Não fico desesperada para lavar as mãos após a passagem do creme, não fico com o rosto branco e, embora não tenha testado, li muitas reviews a afirmar que não reage com a maquilhagem. A cereja no topo do bolo é o seu perfume leve a verão, o SPF 50, proteção UVA, UVB e também da luz azul (sim, ela também danifica e envelhece a pele). Parece-me ser kid friendly também, já que não fica desconfortável na pele.

O protetor da ISDIN continua em 1º lugar, mas vou utilizar mais este da Nívea no outono/inverno, precisamente por me parecer mais rico e hidratante — o da ISDIN, numa pele seca, pode precisar de um reforço de creme hidratante. Um outro ponto a favor da Nívea, é que é mais acessível de encontrar e custa metade do preço do da ISDIN. Não podia deixar de vos recomendar esta alternativa!
Não sei se isto também vos aconteceu, mas se antes tinha uma vontade avassaladora de conhecer sítios novos, agora tenho vontade de ir aos lugares que me reconfortam e que já conheço. Acho que o ideal é sempre o equilíbrio — a harmonia entre ir experimentar algo novo umas vezes e comer os pratos preferidos noutras vezes. Mas ainda não estou lá. Por agora, balanço-me nos extremos. 


Regressei a dois lugares que adoro em Lisboa: o Ground Burger (até agora, o meu hambúrguer preferido da capital) e o Chirashi. Do primeiro, fui atrás do Lobster Burger, ou não fosse eu uma apaixonada por lagosta e muito curiosa com combinações improváveis. Soube logo no menu que o ‘lobster’ só está mesmo no nome, portanto, não vão ao engano. A lagosta, na verdade, é um lavagante, mas fiquei fã! Dispensava o hambúrguer de vaca incluído (e, numa próxima vez, irei pedir sem), mas gostei da combinação fresca e inusitada de um hambúrguer de marisco! 


Do Chirashi, neste regresso, voltei a querer os meus deliciosos baos e experimentei o bao de camarão. É maravilhoso! Se gostam de camarão e marisco, convido-vos a provar. O recheio é delicioso! 


Regressei também ao Amanhecer do Martim Moniz — para quem não está por dentro, é um dos supermercados mais recomendados para comprar produtos orientais em Lisboa, com uma variedade imensa! — e, desta vez, fomos mais ambiciosos e trouxemos mais produtos. Ainda não provei tudo, mas quero recomendar estes rebuçados de leite. Lembram-se do gelado Mini Milk? Era um dos meus prediletos, em criança, e o sabor é igual nestes rebuçados. Controlo-me muito para não comer mais do que um!


Para finalizar, tenho de recomendar este chá preto com limão da Lord Nelson (compro no LIDL). A verdade é que eu faço batota no que toca ao chá preto: segundo a tradição, o Earl Grey é misturado com leite e o English Breakfast leva uma rodela de limão, mas na minha rotina eu acrescento leite nos dois. Estava curiosa para provar esta combinação do chá preto mais forte com o limão e decidi ser um pouco preguiçosa e comprar já as saquetas prontas. 

Sabes que o chá é bom quando deixa perfume na cozinha. Acontece com todos os da Twinings e aconteceu com este também. O sabor é delicioso, o que não é de espantar (o chá preto, normalmente, tem óleos frutados, que ligam bem com o limão, neste caso). É uma combinação entre o sabor forte e intenso do chá preto com a frescura cítrica do limão. Aqui entre nós: eu adiciono leite nesta mistura também. Se vocês não contarem aos britânicos, eu também não conto.

Este é, provavelmente, um dos objetos mais estimados que tenho. Não é um hábito escrever nos meus livros, com exceção da data e local onde li cada livro. Mas este carimbo é absolutamente perfeito. Adoro-o em todos os detalhes, desde a identificação, ao pormenor da saqueta de chá. É uma forma original e amorosa de marcarmos os nossos livros. Este foi feito na Staples — podem levar um design e eles personalizam o carimbo em minutos — mas outras pessoas já partilharam esta marca, que é mais barata (embora não tenha experiência de compra com ela).

Only Murders In the Building
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"O que é que um diretor falhado da Broadway, uma 
jovem introvertida e um ator que vive na sombra 
do seu sucesso têm em comum? Para além de serem 
vizinhos, partilham uma obsessão por podcasts de 
true crime. E é precisamente um estranho homicídio 
no seu prédio que vai unir estes três 
protagonistas improváveis."

REVIEW COMPLETA

Não sou a maior aficionada de jogos de computador, mas fiquei tão rendida a este que até já fiz uma recomendação prévia aqui. Stardew Valley é um jogo perfeito porque não estimula a ansiedade e podemos jogar ao nosso ritmo. As missões não têm uma deadline para serem cumpridas e o jogo opera ao sabor das estações. É um jogo que posso jogar à noite ou depois do trabalho, por exemplo, com a certeza de que vou conseguir desligar das pequenas preocupações que às vezes me atormentam. É um jogo amoroso e com um mapa incrível para explorar! E os sons ambiente? O som dos pássaros, da chuva, da lareira a crepitar... amo! 


Acho que perdi a conta do número de vezes que já disse que gostava que existisse um perfume e uma vela de Earl Grey. A vela eu já descobri, mas enquanto não tenho uma dessas em minha casa, descobri esta vela de bergamota à qual fiquei rendida! O Earl Grey é feito com base de óleo de bergamota, o que significa que todos os perfumes e velas que tiverem bergamota vão remeter, de alguma forma, para o aroma do chá (embora depois possam ficar deturpados se misturados com outros aromas). Neste caso, como a vela é apenas de bergamota, é perfeita. É um cheiro original, floral e pouco enjoativo, que preenche a atmosfera com um aroma muito familiar e reconfortante. 


Uma das técnicas que mais quis treinar na cerâmica foi a modelagem, mas percebi que, além das aulas, podia treinar essa técnica em casa através da pasta de modular — se tiverem curiosidade com as aulas de cerâmica, espreitem este artigo, onde respondi às vossas dúvidas! Entre mil objetos que modulei, decidi recriar as minhas duas cadelas, a Laika e a Belka. Elas nunca se conheceram — a Laika morreu antes da Belka nascer. Com base nas fotografias, na memória e numa pintura acrílica um pouco livre (sem me preocupar com detalhes, mais focada na visão macro), fiz uma miniatura de cada uma e juntei-as, pela primeira vez. Sei que isto é ridículo para muita gente, mas emocionei-me a fazê-lo e não desminto que verti umas lágrimas. 


Ainda em pasta de modular, criei este envelope para guardar os meus postais e cartas. Tenho uma caixa onde guardo todos os que já recebi, mas tenho postais tão bonitos e especiais que ficava desconsolada por não ter onde os expor. Não é um envelope perfeito, mas eu confesso que gosto do seu ar amassado por me fazer lembrar os pacotes do correio e porque quebra um pouco a minha linha muito geométrica — a minha decoração tem identidade, mas a minha preferência pela simetria e ângulos deixa-a um pouco austera. Acrescentar estas peças mais rústicas e imperfeitas ajuda a equilibrar a atmosfera e a trazer um pouco de acessibilidade ao ambiente. Achei que complementou muito bem com o espaço e agora tenho onde expor os meus postais preferidos!


Entrei no universo das colunas Divoom um pouco cética, mas saí rendida. A Divoom é uma marca de colunas que tenta recuperar um pouco da imagem retro e pixelada, onde o ecrã é todo composto por pixéis e podemos criar animações na nossa própria coluna — ou utilizar animações que outros utilizadores vão criando e partilhando na app. Eu escolhi o modelo sem teclado e tenho de admitir que fiquei boquiaberta quando experimentei o som. É inacreditável como algo tão pequeno consegue ter um som tão fantástico. Tenho uma coluna generosa — já a partilhei aqui — e continuo a gostar muito dela, mas o som do Divoom Tivoo é incomparável. Além das animações amorosas e da rapidez com que se conecta via Bluetooth com outros dispositivos, a funcionalidade que realmente me deixou apaixonada foi os sons ambiente para despertador. Já tinha partilhado convosco que tinha arranjado um despertador para não ter de acordar com o telemóvel — atrasando o mais possível o momento em que pego no telemóvel —, mas o som do despertador era insuportável. Decidi experimentar o som de chuva e trovoada do Divoom Tivoo e é a minha coisa preferida da vida. Tinha muito medo de não acordar, mas o som é suave e em crescendo, e desperto sempre (e com bom humor, já que não sou atormentada por um som irritante logo ao acordar). Isto parece um preciosismo, mas faz tanta diferença no meu despertar...! 


Todas as minhas peças ficaram, finalmente, concluídas e pude trazê-las do atelier para casa. De tudo o que criei — e com o devido contexto da curva de aprendizagem — a minha peça preferida foi esta jarra com uma andorinha. Não só porque foi muito desafiante de fazer — exigia muitas técnicas diferentes e algum domínio da execução em lastra, já que, normalmente, jarras são feitas em roda de oleiro, sem contar com o desafio de modular uma andorinha pela primeira vez na vida —, mas também porque foi a minha primeira peça com identidade. 

Tudo o que fazemos à mão tem, inevitavelmente, uma identidade (afinal de contas, foram vocês que fizeram aquela peça. Com mais ou menos jeito, a vossa forma de criar e percecionar o mundo está ali), mas esta foi a primeira peça onde eu quis que a minha identidade estivesse mesmo à vista. O meu amor por andorinhas, aquilo que representam para mim, os tons que escolhi, o formato que optei... sinto que é uma peça Inês e isso deixou-me muito realizada. Foi a peça final das minhas aulas e acho que se nota bem que houve uma progressão. Não está perfeita, mas tendo em conta que só tenho quatro aulas de cerâmica, fiquei orgulhosa.
playlist
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Setembro foi, provavelmente, um dos meses mais chatinhos deste ano, e no momento de fazer o balanço mensal, foi difícil colocar um filtro que deixasse apenas passar o bom. Foi o mês em que as coisas não saíram nunca como planeado, onde tudo aconteceu ao mesmo tempo, onde planos foram cancelados, todos os equipamentos do mundo avariaram e onde os dias terminaram de uma forma desconsolada. 


Há muito tempo que deixei de me forçar a olhar para um mês mau e obrigá-lo a ser bom. Setembro foi insípido, chato e pautado pela contrariedade. Não fica à altura daquilo a que sempre me recordo dele, mas há sempre momentos, pessoas e pequenas vitórias que salvam o mês. E é isso que quero recordar. 


Setembro marca o início da minha estação preferida, que recebo sempre entre carrinhos de mão com as colheitas de abóboras. Mas também marcou jantares a meio da semana que quebraram um pouco a rotina, visitas produtivas à Feira do Livro, novidades especiais e aniversários importantes. 


O nono mês do ano testemunhou muitas vitórias profissionais, onde a evolução e a dedicação têm revelado os seus frutos (que, confesso, ainda colho com alguma incredulidade. Penso sempre que, brevemente, vou despertar deste sonho). 


Entre passeios pela cidade, flores frescas, desafios que me tiraram da zona de conforto e muito colo do meu núcleo, houve espaço para cuidar da minha saúde. Curiosamente, no Setembro Amarelo, também houve um marco na minha saúde mental — decidi que não vou continuar esta jornada sozinha. Se isto, de alguma forma, der força a alguém desse lado para pedir ajuda, então já não me arrependo de me expor. 


Votei com consciência, fui mimada pelas pessoas que tanto estimo, tomei pequenos-almoços na esplanada, fiz visitas de estudo (nesta profissão, não existem semanas aborrecidas, definitivamente!), celebrei as vitórias dos meus, dei abraços sentidos de despedida (já com a saudade cravada), refugiei-me nos meus livros e torci por dias mais luminosos. 

Outubro, és o meu mês, certo? Vamos juntos?

2 comentários

  1. Gosto sempre tanto de ler os teus Favoritos, são de um conforto inexplicável.
    Achei a coluna com imagens em pixel e os carimbos para os livros a coisa mais querida de sempre!
    Bom Outubro, Inês :)

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  2. Que mês tão bom e bonito! Que Outubro seja ainda melhor. Beijinhos

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