sábado, 29 de fevereiro de 2020


O meu grande favorito aos Oscars, confesso, era 1917 o que, tendo em conta as minhas preferências no cinema, revelou-se uma surpresa. Não sou grande apreciadora de filmes de guerra ou batalha mas a premissa de um filme de plano único — onde parece não existir cortes — convenceu-me a ir assisti-lo ao cinema. Na verdade, penso que é precisamente a técnica de gravação que dá toda a intensidade ao filme. Uma vez que 1917 não podia ter planos dinâmicos (como é comum neste tipo de produções), retratar um filme de guerra desta forma poderia correr o risco de se revelar aborrecido ou aquém das expectativas, o que não aconteceu. A câmara focada no protagonista e em plano-sequência deixa-nos de coração nas mãos sem sabermos o que está para lá dos olhos do ator que deu vida ao valente soldado que teve de atravessar território inimigo para deixar uma mensagem ao segundo batalhão que está a postos para embarcar numa armadilha. Venceu — e bem — as categorias técnicas e acho que o Oscar de Melhor Filme está bem entregue a Parasite, mas confesso que era por este que estava a torcer. É uma obra prima, já para não falar da banda sonora, que é magistral!

Um sucesso de bilheteira de 2014 que só tive a oportunidade de ver este mês. A história conta o desaparecimento de Amy no dia de aniversário do seu casamento com Nick. Sem pistas do seu paradeiro, Nick dá por si afundado na especulação dos media e nas memórias de um casamento que não estava a caminhar a bom porto. O filme destaca-se por ter uma narrativa surpreendente e inesperada, no entanto, por ser um filme antigo e com muita popularidade, mesmo nunca tendo visto reviews ou opiniões, previ todo o plot. Ainda assim, não deixa de ser um thriller extraordinário que nos remete para reflexões sobre fidelidade, proteção da vítima e a desumanização provocada pelos media. 

O Feiticeiro de Oz sempre foi um dos livros clássicos que eu adoro e durante muito tempo fui apreciadora do filme também. Porém, há alguns anos, descobri os horrores a que Judy Garland — atriz que interpreta a famosa Dorothy — foi submetida pela indústria do cinema e nunca mais consegui assistir à produção da mesma forma. Judy acaba por ser uma bonita homenagem a esta atriz que foi altamente escravizada pela indústria que sempre amou. O filme passa-se na fase final da sua carreira (e vida) e retrata os danos que Judy reflete após anos e anos de trauma. É a melhor personificação do quanto uma indústria consome um ser humano em busca do rosto, do corpo e da interpretação perfeita. É um filme altamente carregado às costas por Renée Zellweger — e que mereceu distintamente o galardão de Melhor Atriz —, com uma caracterização extraordinária, um figurino de sonho e um tributo honesto a um dos rostos mais acarinhados pelo público e mais maltratados pelo cinema. 

Admito que, embora seja uma ávida consumidora de música, raramente acompanho a vida profissional ou pessoal dos artistas. Separo a arte do artista tão profundamente que, muitas vezes, dou por mim a ser fã da música de um artista com o qual não tenho qualquer familiaridade. É um pouco o caso da Taylor Swift; sou muito fã das suas músicas embora pouco ou nada soubesse da sua vida ou dos escândalos e polémicas que insistiam em rodeá-la. Assisti a Miss Americana sem expectativas mas saí muito convencida. É um documentário típico — excertos de gravações caseiras, momentos de espetáculo, segmentos de entrevista, clipes de infância... — que explora a reputação de Taylor Swift depois de uma temporada mais em baixo. Miss Americana retrata o percurso de Taylor, a sua transformação pessoal e profissional e a reviravolta desde a desilusão de não ter sido nomeada para os galardões de música mais importantes até à sua ascensão de novo à ribalta e, desta vez, com posicionamento político sem culpa. Não sei se será um documentário imperdível para quem não tem particular apreço pelo reportório da cantora mas aborda temas muito interessantes como a pressão dos media, a toxicidade da indústria da música, distúrbios alimentares e sobre ter voz ativa quando se é uma figura pública. Terminei o documentário com alguma admiração pela artista. Foi muito interessante.

Já assistiram a algum destes filmes? Opiniões?

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020


Escrevo-te com a certeza de que lerias esta carta no curto espaço de tempo que te sobra para te equipares e apanhares o cabelo numa trança. Escolhi-te a ti porque sei perfeitamente como te sentes e o quanto gostavas que alguém do futuro te desse algo palpável com o que esperar e sonhar.

Ainda estou um pouco perdida

Perdoas-me por isso? Sei perfeitamente que me idealizavas de outra forma e com mais sucesso do que o que arrecado, hoje em dia. Receio que talvez o teu primeiro impacto seja a desilusão. Não precisas de mo cobrar porque é algo que já faço insistentemente (e luto para não o fazer). Mas estou a dar o meu melhor e a aprender com o meu pior. Não perdi a fé de que vai correr tudo bem. Ainda te vais orgulhar de mim.

Abraça muito a Laika

Faz isso por mim, fazes? Abraça-a muito, sufoca-a de abraços, beijinhos, festinhas e declarações de amor. Aproveita cada minuto com ela e permite-te sempre a dar mais uma festinha, mais um biscoito, mais um abraço. Quando achares que já a amaste demais por hoje, ama mais um pouco.

Esse rato careca gordinho que só sabe dizer ba-ba

Vai ser um miúdo incrível e não vais conseguir lembrar como era a tua vida antes dele surgir. Vais adorar cada fase e etapa. Não te preocupes: ele vai gostar de ti.

Pensa bem na área que estás a escolher 

Não te precipites. Olha melhor para o que estás a excluir porque vais querer resgatar mais tarde. Não é um aviso de arrependimento mas é um aviso de que a tua caminhada profissional vai ser uma maratona. Começa a aquecer.

Esse nome que paira na tua cabeça... 

Esse Bobby Pins... vai nascer. Vale a pena a espera porque será um projeto incrível e do qual te orgulharás muito.

Vais viajar muito!

Sei que é algo que te inquieta porque a sensação permanece em mim. Damos por nós a olhar para tantos lugares incríveis e a perguntar ‘será que um dia os vou ver com os meus próprios olhos ou só os irei conhecer pelas histórias dos outros?’. Não te vou estragar a beleza de descobrires quais são os lugares que vais pisar mas prepara-te: vais conhecer muitos destinos incríveis.

Vais encontrar o amor muitas vezes

E de muitas formas. Num beijo apaixonado, num abraço da mãe, no companheirismo de amigos de verdade. Aproveita cada momento e aprende com cada gesto de amor. Acima de tudo, nunca tenhas medo de amar, seja quem for. Não tenhas medo de te entregar, de ir mais além e de dizer que gostas. Há sempre nobreza no amor.

Isso de estranho que sentes...

Chama-se transtorno de ansiedade e não estás sozinha. Não nasceste com defeito. Não és anormal. Há milhões de pessoas no mundo com o mesmo peito pesado que o teu e, embora saibamos que isso não é animador, quero que saibas isto para não te sentires isolada. Mas vai melhorar. Posso dizer-te que ficámos muito melhores a lidar com esse monstro!

O teu sonho

Sei que te idealizas a trabalhar nutrição no ramo da neurologia ou cardiologia e fiz questão de cumprir o teu sonho. Não conseguiria prosseguir o meu caminho sem te dar aquilo que sempre achaste que serias boa a fazer. E vais ser muito boa. Vais ajudar dezenas de pessoas. Vais fazer a diferença.

Miminhos do futuro

Vais poder ir à internet pelo telemóvel. Vais usar lentes (juro, não estou a gozar. E gostava de te dar um par agora mesmo, sei que teria melhorado muito a tua auto-confiança). Vais ter um estilo sem ser apenas fato de treino. Vais amar Lisboa como uma Lisboeta (juro, de novo! Eu sei que odeias Lisboa mas... o amor acontece!). Vais celebrar um aniversário em viagem, como sempre sonhaste, e vais regressar a um sítio que adoramos. Não vais fazer Erasmus (sei que é duro mas prefiro que tenhas já essa desilusão. Para onde vais, não há protocolos). Vais ter saúde e os teus também (alguns sustos, nunca nada de grave).

Gosto muito de ti

Perdoo-te todos os erros, amo todas as tuas fragilidades. Acho-te bonita como és. Gosto de ti porque não seria quem sou hoje sem as tuas passadas. Porque não estaria onde estou hoje se não fosse por ti. Não vou perder o teu gosto pela vida, o teu sentido de humor, a forma bonita como observas o amor, a tua paixão pela leitura e pelos Coldplay... Há muito de ti em mim. E que bom! Gostava que te visses da forma como eu te vejo.

O amadurecimento não traz certezas

Pelo contrário, só traz dúvidas. A cada passo e conquista que dou, a cada resposta que alcanço, surgem novas dúvidas, inseguranças e incertezas. Aquela fixação radical típica da tua idade em que achamos que temos as respostas todas do mundo é uma ilusão. Mas eu sei que, embora teimosa nalgumas ideias, já tens consciência de que muito de ti são perguntas. Lamento dizer-te que o envelhecimento não traz mais clareza. Mas isso faz com que tenhamos mais abertura de espírito para confrontarmos outras realidades, oportunidades e opiniões. Isso torna-nos mais tolerantes e capazes de aprender.

E por fim, deixo-te um miminho de uma artista do futuro, a Maro. Dedico-te esta letra inteirinha, com muito amor. 


P.S. - Há sempre boas notícias ao virar da esquina.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020


O neuromarketing é um dos ramos que mais me fascina por toda a sua componente comportamental e psicológica. É uma área da qual gostava de investir mais o meu conhecimento e, desde que a Carolina o recomendou, o Invisible Influence estava na minha lista de livros a ler.

Invisible Influence é um livro que explora a forma como o ser humano é influenciado, desde aspetos mais comerciais e triviais a grandes decisões e etapas de vida. Vivemos um pouco na ilusão de que, no geral, somos pouco influenciáveis e que as nossas decisões partem de uma iniciativa própria e espontânea quando, na verdade, a ciência tem provado o contrário. Desde o que escolhermos vestir, que carro optamos por comprar, que carreira profissional decidimos seguir ou até a pessoa com quem iniciamos uma relação, todas estas decisões passam por uma cadeia de influências que nem imaginamos.

Quão influenciáveis somos? Diríamos a resposta errada (mesmo sabendo a certa) só porque os outros dizem-na também? Mudaríamos de opção só porque os outros querem o mesmo? Podemos antecipar tendências e sucessos? O ambiente influencia as nossas decisões de vida? Sabemos identificar quais aspetos vão gerar imitação em massa e quais vão gerar a necessidade de diferenciação? E como é que as marcas poderão tirar proveito de cada uma destas particularidades? Numa narrativa fluída e repleta de casos práticos e histórias verídicas, Jonah Berger dá a resposta a cada uma destas perguntas de forma pragmática e muito acessível. 

O livro é curto mas fiz questão de fazer uma leitura vagarosa para consolidar bem a informação. Foi uma aprendizagem incrível que me permitiu ter muita consciência dos meus próprios comportamentos. Não é um livro exclusivamente interessante para quem esteja no ramo da publicidade, muito pelo contrário; recomendo totalmente a qualquer pessoa que tenha curiosidade em saber que operações psicológicas moldam os nossos hábitos de consumo e as nossas escolhas pessoais.

WOOK

Bertrand

Este artigo contém links de afiliados.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

São poucas as contas relacionadas com nutrição que eu opto por acompanhar nas redes sociais, mas uma das minhas preferidas é integrante do projeto Bite Back 2030, uma iniciativa britânica que se propõe a defender um mercado e uma indústria alimentar mais transparente e com opções mais seguras e saudáveis para os jovens. O direito à saúde em qualquer condição social e/ou financeira, a vontade de remar contra a corrente de alimentos processados ou campanhas enganosas e a necessidade de não baixar os braços e de agir são alguns dos valores da missão. 

Se procuram um feed harmonioso, coeso e com estímulos visuais idílicos de uma alimentação saudável e orgânica, talvez esta não seja a conta ideal, mas a verdade é que @biteback2030 tem feito a diferença na literacia em saúde, mais em específico, literacia em nutrição. Elucidar o público em relação a porções, rótulos, estratégias de marketing e políticas alimentares através de conteúdo real, prático e acessível tem feito a diferença no movimento. Mais do que alertar para más políticas alimentares, é importante que as pessoas compreendam de que forma essas estratégias estão a ser feitas e manipuladas para que também elas possam posicionar-se. 

Com o devido espírito crítico (sempre!) e a adaptação da realidade britânica aquilo que são as nossas circunstâncias em Portugal, @biteback2030 é uma conta que considero extremamente didática e que faz um serviço de saúde pública incrível. Sendo uma defensora da educação alimentar e de fazermos um consumo consciente — mesmo que seja a consciência de que o que estamos a comer não é saudável —, esta conta tem correspondido às minhas expectativas.


sábado, 15 de fevereiro de 2020


Um regresso inesperado e planeado na própria semana de partida. A escapadinha perfeita, num lugar para onde regresso as vezes necessárias. E se em 2018 estivemos lá com rota programada, previsões de neve e uma ideia mais definida do que queríamos fazer, desta vez seguimos ao sabor do vento.

A aventura começou oficialmente em Viseu, numa paragem rápida para passear pelas ruas e revisitar alguns dos lugares mais emblemáticos, mas o destino final era a Serra da Estrela. Sem previsões de neve e com o clima a nosso favor — sem chuvas nem tempestades — aproveitámos este fim-de-semana para visitar o Parque Ecológico — que tem um preço simbólico e que, depois da devastação da última tempestade, bem merece a nossa visita e investimento — onde estivemos rodeados por uma fauna incrível. Os nossos destinos seguintes foram Gouveia e Seia mas, na verdade, onde passámos mais tempo não tinha localização definida a não ser coordenadas.

Dei muitos miminhos a cães Serra da Estrela — enquanto chorava de saudades pela minha —, voltei a vestir a minha parka amarela e caminhei pelas rochas, segui trilhos, encharquei-me várias vezes — cair nos riachos é comigo! — e descobri pérolas escondidas. Muitas vezes aproveitámos os sons reconfortantes da floresta e dos pássaros para partilharmos silêncios confortáveis, outras aproveitámos bem a companhia um do outro para tagarelar. Seguimos a dieta das sandes e das barritas nos intermédios mas, já cansados e bem sujos, aproveitávamos o refúgio da casa para acender a lareira, fazer uma refeição caseira e descansarmos. Fizemos da rotina algo só nosso, tirámos poucas fotografias e arrecadámos novas histórias de aventura para contar e recordar. 

Nunca é uma fuga ao caos do quotidiano ou à ansiedade mas, numa fuga com data de regresso, eles ficam para trás e não entram na nossa bagagem. Num Janeiro que se revelou alucinante e num Fevereiro que está a ser uma caixinha de surpresas, foi especial termos conseguido desligar-nos do mundo e reconectar às coisas que realmente importam: o património natural que temos, as conversas aleatórias entre caminhadas, as gargalhadas a cada pata na poça (literalmente) e a certeza de que, embora miúdos independentes, somos capazes de passar horas e horas na exclusiva companhia um do outro sem nos cansarmos. Fica aqui o pequeno registo fotográfico.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Sou fã assumida da Youtuber Victória Rocha, cujo conteúdo do seu canal e do seu Instagram — que também é uma fonte de inspiração — é dedicado à moda de uma forma descontraída, criativa e acessível. O carisma e simpatia da Victória transparecem logo desde o primeiro vídeo e aproxima-nos enquanto público. Já estava rendida às suas plataformas digitais quando decidi aderir à Semana do Look Certo, um projeto criado e conduzido pela própria.

A Semana do Look Certo decorreu no início de Fevereiro e constituiu numa plataforma online gratuita onde a Victória partilhou quatro vídeos conduzidos pela própria e que se propunham a ajudar as mulheres a identificarem o seu estilo e a vestirem-se melhor. Com cada vídeo a protagonizar um tema diferente, Victória desconstruiu tudo o que aprendeu na sua licenciatura em moda e traçou um atalho para que todas nós identifiquemos qual é o estilo que melhor reflete a nossa personalidade e como reproduzir esse estilo naquilo que já temos no armário sem cometer excessos na carteira, um dos muitos erros que a própria chama a atenção durante estes quatro vídeos.

Sabiam que toda a gente tem, em média, entre 2-3 estilos (mesmo quem diz que não tem um estilo definido)? E como potenciar aquilo que já temos no nosso armário para refletir a mensagem que queremos passar quando nos vestimos? Qual é a nossa paleta de cores? Quais são os cinco mitos mais comuns relacionados com moda? E quais as ferramentas que podemos aplicar para aprimorarmos o olhar? Embora algumas ideias do vídeo possam ser um pouco repetitivas e a Semana do Look Certo seja, na verdade, um gatilho para um segundo projeto que a própria desenhou — o curso Se Enxerga, que aprofunda esta transformação de moda de uma forma mais personalizada — os vídeos são efetivamente didáticos e dão resposta às perguntas que supracitei. No final, temos acesso a um manual digital com a compilação de todas as ideias, conceitos e dicas partilhados em cada vídeo e ainda alguns exercícios, tarefas e desafios (algo que a própria também vai dinamizando nos vídeos). 

Aderi à Semana do Look Certo sem expectativas mas com a certeza de que não tinha nada a perder e saí muito surpreendida com os conceitos simples que aprendi. Fui capaz de consolidar alguns assuntos que já eram do meu conhecimento e reconquistei a segurança para refletir a imagem que quero passar. Descobri que os meus estilos principais são o casual e o clássico com apontamentos ocasionais de contemporâneo e romântico. Sinto-me mais consciente na forma como me visto. 

Por agora, o projeto terminou, mas podem assistir ao primeiro vídeo da Semana. Aconselho-vos a seguirem a newsletter ou as redes sociais da Victória para se inscreverem numa próxima sessão — ela divulga sempre as novas datas que estão por vir! Num ano em que me propus a conhecer melhor por fora, esta Semana do Look Certo chegou no timing perfeito.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020


... Que de pequenas nada têm. O ato singelo de uma jura de amor. A genuinidade da entrega e dedicação que temos por quem não quer menos do que o nosso bem. O significado que um pequeno 'amo-te' reserva na sua essência. O romantismo escondido num abraço, num beijinho na testa, num carinho de polegar na mão dada. No jantar feito sem termos pedido. Nos miminhos e surpresas simples que elevam o quotidiano. Nos cafunés depois de um dia não  — e depois de um dia sim também.

Dividir o lado bom da vida com quem estimamos quer-se simples, honesto e apaixonado (sem pudor!). E no mês do amor, vale tudo, desde os maiores atos de romantismo aos pequenos gestos de carinho. Todos traduzem o mesmo: que bom é ter-te aqui comigo.

Ao longo dos anos, tenho partilhado sempre algumas sugestões amorosas para o dia de S. Valentim e este ano não podia ser exceção. Porém, desta vez quis caprichar e decidi dar uma mãozinha aos preparativos de última hora, a quem não se vê a inundar o parceiro ou parceira com chocolates e peluches, a quem quer fugir da loucura dos restaurantes e a quem quer... só ter uma descupinha para assinalar a data, sem dramas. Preparei algo para vocês.

Foi um dos meus primeiros presentes para o Diogo, sem loucuras no orçamento mas com todo o meu coração. Fiz tantos que ainda hoje os conseguimos utilizar e confesso: é muito divertido surpreendermos o outro com um vale inesperado. No amor vale tudo e eu trouxe vales carregadinhos de amor. Para descarregarem, imprimirem e sinalizarem a data. Para dar o toque final ao presente já selecionado. Para desencantar um miminho de última hora. Ou até para enviarem por e-mail e tornarem a caixa de entrada da vossa pessoa muito mais gostosa de visitar. Não há originalidade no conceito mas foi preparado com carinho por mim (tudinho!). E quem não gosta de um vale? É para usarem e abusarem. Feliz São Valentim, meus pirosões!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020


Há seis anos, o Bobby Pins nasceu. Não veio com um propósito mas sim como sendo o propósito. Eu só queria comunicar, descobrir pessoas que tivesses gostos semelhantes aos meus, trocar ideias, sugestões e experiências. Queria divertir-me. Trabalhar em algo meu e ver até onde podia chegar. E estou tão contente com esta viagem.

A Inês que deu arranque a este projeto não é a mesma que lhe continua a dar vida, dia após dia, contrariando a tendência desta plataforma. Mas eu fico sempre feliz por saber que alguns de vocês foram crescendo comigo e que outros me apanharam a meio da jornada e gostaram de mim. Sinto-me honrada quando o meu círculo pessoal fala do meu blog como se fosse algo sério. Porque, para mim, é.

Esforço-me muito — mas sem me cobrar — para dar vida ao Bobby Pins e comovo-me sempre que descubro que alguém já não dispensa o meu blog da sua rotina. Que deposita credibilidade nas minhas sugestões ou posicionamentos. Que olha para este cantinho como uma (boa) companhia. A cada novo comentário, mensagem ou e-mail, sinto-me inspirada para continuar, com a certeza de que iria continuar a fazê-lo mesmo que o fizesse para ninguém. Vivo para escrever e partilhar as minhas ideias. O Bobby Pins é uma extensão do que sou, acredito e gosto.

O desejo para estes 6 anos é continuar. Experimentar sempre coisas novas mas manter-me fiel aos princípios iniciais do meu blog — esses, não mudaram. Continuar a trazer algo novo, mesmo que sejam pedacinhos singelos do quotidiano. Quando é sincero, tem sempre magia. 

O meu grande obrigada a todos os que fazem do Bobby Pins uma comunidade bonita. Obrigada por tudo o que representam num sonho que iniciei com esperança no olhar.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020


No que toca a produtos de cabelo, não sou fiel a nenhum e gosto de me deixar surpreender pelas propostas das marcas. No entanto, costumo procurar produtos dedicados a fornecer volume ao cabelo (além de o deixarem saudável e cuidado, claro). Mantenho-me fiel à minha espuma de volume e ao meu texturizador, mas sentia necessidade de trabalhar o volume do meu cabelo logo desde o banho.

Foi a primeira vez que testei a marca Aussie e selecionei produtos de linhas diferentes: o champô Aussome Volume e o condicionador Miracle Light. O champô propõem-se a levantar a raiz e a deixar o cabelo com corpo e volume. É especialmente pensado para cabelos finos e com a raiz muito junta ao couro cabeludo — que é precisamente o meu caso. O condicionador, embora de uma linha diferente, tem uma premissa semelhante: cuidar e amaciar o cabelo sem o pesar, prometendo um cabelo mais leve e volumoso. Também é indicado para cabelos finos e lisos.

Nas primeiras utilizações, fiz questão de apenas aplicar estes dois produtos no meu cabelo para observar se realmente resultavam e se notava diferenças. O veredito é muito positivo. Com apenas a aplicação do champô e do condicionador, sinto o cabelo encorpado e volumoso, a raiz mais solta e o cabelo mais leve — uma leveza que só tinha conseguido experimentar quando ia ao cabeleireiro. Nunca tinha conseguido recriar em casa. O cabelo ganha mais vida e movimento. O brilho, suavidade e cuidado não ficam comprometidos com estes produtos, pelo contrário; continuo a senti-lo brilhante, saudável e macio. Como bónus, o cheiro frutado é maravilhoso — mas bem discreto após a secagem, ideal para quem não aprecia mistura de perfumes. Saber que posso atingir o efeito que aprecio no meu cabelo sem ter de adicionar mais passos na minha rotina foi o elemento diferenciador para me apaixonar por estas duas linhas da Aussie — que, se me permitem a sugestão, funcionam maravilhosamente bem em conjunto. A minha estreia com a marca australiana não podia ter corrido melhor. Recomendo!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020


Fevereiro é um mês muito especial para mim. Marca uma série de eventos especiais, entre eles, o aniversário do Bobby Pins. Encaminhamo-nos para o 6º ano de blog — 10 de Fevereiro, já apontaram na agenda? —, e, como já é tradição, gosto de preparar algo divertido para marcar a ocasião e conhecerem melhor que está deste lado, todos os dias, a preparar conteúdo por aqui. Para quem é recente, já fiz um Q&A de aniversário no Snapchat, desafio do Preferias, compilação de fotografias vossas (a minha preferida, até à data)...!

Para este ano, proponho um desafio já bem conhecido pelo universo do Youtube e Instagram mas que não me recordo de ter visto alguém arriscar pela blogosfera: suposições sobre mim! Deixo esta caixa de comentários aberta para partilharem algo que pressuponham que eu seja ou faça. Quanto mais criativo, mais divertido será. Ainda estou a ponderar como vou apresentar as respostas mas vou dar o meu melhor para que fique algo giro e dinâmico! 

Já sabem, até dia 10, partilhem aqui tudo o que acham que eu sou ou faço e responder-vos-ei se o vosso instinto está certinho ou não. Vamos celebrar juntos mais um aninho?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

How To Apply Eyeliner — Hacks, Tips & Tricks For Beginners! | Sempre julguei que eyeliner não valorizava o formato dos meus olhos. Quando mo faziam, não sentia que ficava tão bonito como nas outras pessoas. Porém, decidi-me a explorar a minha beleza este ano e um dos assuntos que quis aprender melhor foi o eyeliner. Já fiz em mim própria, já partilhei convosco qual o produto que me ajudou bastante mas devo dizer que sem este vídeo, teria continuado a achar que eyeliner não era para mim. Um verdadeiro tutorial para iniciantes, com todos os passos explicados ao pormenor e ainda dicas de como aplicar eyeliner em dois formatos diferentes de olho. Eu nem desconfiava que, para cada formato de olho, há um eyeliner mais indicado! No meu caso, nunca gostava porque não faziam o eyeliner certo para mim. A prova de como aprender um pouco mais — sem a necessidade de ser um expert — nos ajuda a conhecer melhor e a gostarmos de nós. 

A Importância de Falar Sobre Distúrbios Alimentares | Sobre distúrbios alimentares, enquanto sociedade, julgamos saber tudo e sabemos muito pouco. Enquanto profissional de saúde, é um ponto que me preocupa e que vejo facilmente mascarado quando o distúrbio da pessoa não se encaixa no padrão que aprendemos incessantemente na escola. Nesta entrevista, a Mirela abriu o jogo e contou tudo aquilo por que passou ao longo da doença e como as outras pessoas reagiam à sua perda de peso progressiva — e devo dizer-vos que não sei o que é mais assustador: as coisas que infligia em si própria ou as reacções absurdas das pessoas.

4 Questions You Must Ask Your Doctor | O título cativou-me de imediato porque confesso que me considero uma chata em consultas médicas. Não tenho qualquer deleite em dificultar a vida do profissional de bata branca que está do outro lado da mesa mas faço muitas perguntas. Tento compreender o propósito e as fases da terapêutica e gosto de sair totalmente informada em todos os pontos. Achei incrível que um médico fizesse uma Ted Talk a frisar a importância deste comportamento. Embora seja uma palestra mais direcionada para médicos e pacientes, a verdade é que podemos extrapolar as suas conclusões para inúmeras áreas profissionais que envolvem clientes ou atendimento público. Há questionamentos que são válidos de fazer para puxar o profissional à Terra e relembrar dois pontos importantes: do outro lado, há um cliente e um ser humano.

Vamos Ter Um Bebé | Esta recomendação é puramente pessoal. Parece que foi ontem que descobri a Karol e que a partilhei convosco. É, desde então, a minha youtuber preferida e com quem mais me identifico. É este o poder da internet: desenvolvermos empatia, carinho e admiração por alguém que não faz ideia da nossa existência. Não tenho este fascínio por praticamente nenhum youtuber mas abro todas as exceções para ela e isso reflete-se nas minhas lágrimas de emoção a cada conquista. De certa forma, cresci com ela e acompanhei várias fases da sua vida — e fez-me companhia em outras tantas fases minhas. Vê-la crescer e amadurecer, passar daquela "garota" para uma mulher apaixonada, casada e com bebé a caminho não me permite ficar indiferente. É como se fosse uma amiga, embora saiba que não é recíproco — ou racional. Não é um vídeo indispensável se não a acompanham mas... quis deixar registado!


Qual foi o vosso preferido?

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020


Conseguimos...! Conseguimos. Esperávamos, desejávamos, conseguimos! Vitória! Sinto que é inevitável citar a brilhante intervenção do nosso atual Presidente para refletir sobre o infindável Janeiro. Embora adore começos, recomeços e segundas, confesso que não morro de amores por Janeiro, que se demonstra quase sempre anémico depois de um clima de festividades. No entanto, é sempre o mês onde regresso com mais gana pelos Favoritos — as saudades não são só vossas! Vamos recordar Janeiro com leveza?

sábado, 1 de fevereiro de 2020


Sobreviver ao vento gelado do Oeste é um ato de coragem reservado aos mais bravos guerreiros locais. E por mais que esta dupla seja perfeita, compreendi que precisava de um aliado mais forte para os dias mais agressivos — ou simplesmente para os passeios de inverno por Santa Cruz (quem sabe, sabe).

A Cien já comprovou que até os produtos mais acessíveis podem ser incríveis, e a sua linha de cremes para o inverno é mais um exemplo disso. A minha escolha recaiu para o creme de rosto, embora a linha inclua mãos, corpo e pés. Compromete-se a proteger e hidratar a pele seca e agredida pelos meses mais frios.

A fórmula é à base de água e o cheiro é neutro, sem interferir com outros perfumes. Embora o creme seja mais espesso do que estou acostumada, basta-me uma noz de ervilha para cobrir o rosto (tendo em conta que a embalagem tem 100ml, este creme durará uma vida). O ponto menos positivo é a absorção tardia, que poderá atrasar um pouco a maquilhagem. Sinto a pele mais protegida, elástica e suave. É um creme que efetivamente reservo para estes tempos mais frios — e é esse o seu propósito — e tem feito maravilhas para manter a pele saudável e uniforme, sem sinais de agressão pelo inverno. O preço é imbatível — nem chega a 2€ — e tornou-se num bom parceiro para a rotina de pele invernal.

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