quinta-feira, 30 de abril de 2020
O único filme que tive tempo — e vontade, honestamente — de assistir, em abril, foi Call Me By Your Name, especialmente por ter terminado e livro e estar desejosa de ver a adaptação da história para o grande ecrã. Sobre o livro, podem ler a minha review aqui.
Assisti ao filme com a sensação de que é o complemento perfeito do livro e que nenhum supera o outro. O livro transparece reflexões e sentimentos que é mais difícil de transmitir apenas pela fotografia e filme; o livro tem Roma; o filme traz as paisagens e os cenários italianos que nos fazem suspirar, atores incríveis que dão vida às personagens e um final mais adequado (para mim, terminou onde o livro tinha de ter terminado). A banda sonora — para lá de soberba! —, a serigrafia, a química das personagens e a recriação fiel dos momentos e diálogos mais importantes do livro foi essencial para o filme conquistar os espetadores (onde estou incluída).
Call Me By Your Name faz-nos suspirar pelos amores de verão que morrem em setembro, pelos verões secos de Itália e por um terraço lindo como o do Elio. É uma história encantadora, triste e terna de um amor puro. Recomendo muito. Later!
sábado, 25 de abril de 2020
Na última publicação, desafiei-vos a partilharem comigo algumas unpopular opinions que tivessem para eu comentar. E vocês, como sempre, nunca me desiludem e alinham sempre em todas as minhas propostas — obrigada! Este desafio já não é original noutras plataformas digitais mas ainda não tinha visto na blogosfera e decidi transportá-lo para aqui e torná-lo dinâmico de alguma forma. Eu espero que gostem, se divirtam e que debatam nos comentários as opiniões que virem por aqui — não consegui partilhar todas, tive de fazer uma seleção!
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Vamos fazer um desafio juntos? Partilhem nos comentários unpopular opinions que tenham — sobre qualquer coisa! Eu vou compilar e comentar se concordo ou não (e dar algum insight porque não consigo ficar calada!). Como sempre, vou adaptar o melhor que conseguir este desafio para o blog de forma a permanecer dinâmico! Vamos?
terça-feira, 21 de abril de 2020
Há uns tempos, escutei uma pessoa referir — com um subtil tom de orgulho e valorização — que nunca saía do trabalho a horas. Ficava sempre até mais tarde porque era um funcionário muito ocupado. Discussões laborais à parte, sinto que existe uma romantização da ocupação. Que não ter tempo para estar com amigos, ler um livro, treinar, estudar algo novo, investir num projeto ou simplesmente viver se traduz num status superior. Que quem tem tempo — ou faz por ter tempo — para viver uma vida além do trabalho é pouco dedicado, não é apaixonado pela sua profissão ou é um desocupado. O estado busy eleva o valor da pessoa, uma associação que não compreendo.
Talvez seja importante não confundirmos ocupação com produtividade. Uma pessoa produtiva não tem de ser uma pessoa ocupada, mas cultivamos muito esta ideia exaustiva e altamente auto-destrutiva de que quem está ocupado é produtivo. Cada vez mais acredito que uma pessoa verdadeiramente produtiva sabe gerir o seu tempo — e isso inclui tempo para si e para ser feliz.
Não é expectável que estejamos sempre disponíveis para todos os cafés ou jantaradas, que vamos conseguir diminuir a lista de livros para ler numa semana, que vamos conseguir ir a todos os treinos sem faltar. Mas significa que a gestão do tempo está no nosso controlo e que, quando é possível, fazemos. Que não há mal algum em picar o ponto na hora que está contratualizada para sair porque já terminaram as tarefas. Que há mais para além da secretária do escritório. Ser ocupado não é sofisticado, é triste. Não estar presente não vos distingue, isola. Por vezes, também somos produtivos e ocupados. E tudo bem. A vida é, e sempre será, uma questão de prioridades e nem sempre conseguiremos estar em todo o lado, como gostaríamos. Mas não o vendam como algo maravilhoso ou traço positivo de personalidade porque... não é.
domingo, 19 de abril de 2020
Senhor dos Anéis | Uma promessa que devo ao Diogo. Quando nos conhecemos, descobrimos que éramos fãs de sagas diametralmente diferentes; eu era (e sou) louca por Harry Potter, ele era (e é) doido por Senhor dos Anéis. Prometemos apresentar o universo um ao outro e assistir com boa vontade. A parte dele já foi cumprida, mas a minha ainda está por se realizar...
Mean Girls | O (pior) filme de culto que me passou completamente ao lado. E embora queira assistir para me sentir mais integrada nas referências, sinto que, à medida que o tempo passa, o filme vai perdendo ‘força’. Uma coisa era ter assistido na época e recordá-lo — ou referenciá-lo — com nostalgia. Outra é assistir agora. Será que o considero uma obra prima, nestas circunstâncias?
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain | Sei perfeitamente que vou adorar este filme e, por uma qualquer razão, ainda não assisti! Talvez esta confissão ajude a arrancar, finalmente, este filme desta lista. Já a banda sonora é outra história: conheço muito bem e sou apaixonada!
O Padrinho | É o clássico que nunca vi e que não me atrai. Mais um filme cheio de referências que acho que nunca vou assistir por iniciativa própria. Fico-me pelas falas mais famosas. Não me puxa nada!
Pulp Fiction | Parece quase crime dizer que sou fã de Tarantino e nunca ter visto este clássico! Mas houve uma altura em que a minha geração descobriu Pulp Fiction e foi puro sufoco. Era o filme preferido de toda a gente, posters por todo o lado, o Tumblr era insuportável e acabei por me distanciar do filme. Talvez este seja uma pequena batota porque eu conheço a história e a verdade é que já o fui apanhando em cenas intercaladas. E talvez seja por isso, também, que não avanço de uma vez para o assistir de uma ponta à outra.
Esta é uma ínfima porção da enorme lista de clássicos que tenho por assistir! Quais são os clássicos que vocês nunca assistiram?
sábado, 18 de abril de 2020
Manter uma rotina diária | Mesmo que não tenham o mesmo tempo todos os dias, reservem sempre algum para aprender a língua. Estimula a memória e o treino. Um ou dois dias sem rever a língua fazem muita diferença. Nem que sejam cinco minutos, façam uma revisão.
Palavras-chave | O ideal quando começamos a aprender uma língua é começarmos sempre pelas palavras-chave mais comuns — olá, adeus, como te chamas, homem, mulher, água, ajuda, bom dia/tarde/noite, almoço, jantar, números.... — e a partir daí transitar para vocabulário mais elaborado e regras gramaticais. É por isso que gosto tanto do Duolingo (ele já faz essa programação por nós).
Música e podcasts | Perder a vergonha e dizer em voz alta o vocabulário é importante para treinar a dicção — e para avaliarmos quão confortáveis estamos com a língua. Ainda tenho muita vergonha de o fazer à frente de alguém (e tudo bem se sentirem o mesmo, nada de errado em treinarmos sozinhos) mas gosto imenso de usar a música e podcasts para treinar a componente auditiva e oral. A música ajuda-me a memorizar melhor algumas palavras — ou a treinar a dicção — e os podcasts de repetição são ótimos para treinarmos a oralidade (existem alguns de cinco minutos, apenas para repetições).
Assistir a filmes que já conhecem na língua que estão a aprender | Como já conhecem a história, conseguem estar mais focados no vocabulário. Recomendo que inicialmente assistam com legendas em português e depois experimentem sem legendas. Assistir a filmes com legendas na língua que estão a aprender também é um bom método.
Paciência | Aprender uma língua não é fácil e a curva de aprendizagem fica mais lenta à medida que avançamos, o que pode iludir-nos. Pensamos que estamos estagnados e desmotivamos, há vocabulário que desmemorizamos e sentimos que estamos a desaprender tudo. É mentira. Não desinvistam e sejam pacientes. Cada língua tem um grau de dificuldade e temos de respeitar o nosso ritmo de aprendizagem. O importante é não desistir.
Escrever | Escrevam tanto quanto falam. A escrita ajuda a consolidar a memória para o vocabulário e para as regras gramaticais. Também é uma forma de estimularem a vossa aprendizagem. Escrevam frases curtas e corriqueiras. Não precisa de ser uma composição. Comecem por frases simples (que, sim, vão ter erros) e vão ver que ao fim de algum tempo já se sentem mais confortáveis para arriscar.
Aulas? | A inscrição numa escola ajuda a criar uma rotina e a dar-nos alguma disciplina para separarmos um tempo do nosso dia para aprendermos a língua mas, numa avaliação sincera, não considero um passo crucial (mas se for com crianças, a minha opinião muda). Com toda a oferta de materiais de aprendizagem, é perfeitamente possível aprenderem uma nova língua sem gastar um cêntimo. Exige, sim, disciplina e dedicação (como em todos os nossos investimentos pessoais, se pensarem bem).
Notícias | Gosto de ler algumas notícias em alemão e tentar traduzir, como se fosse um ditado, procurando a tradução das palavras que não entendo (mas só faço isto mais recentemente. Inicialmente, pode ser desmotivador). Obviamente que ao início, é um processo moroso porque não entendemos muito do vocabulário. Mas com o treino, chegam lá. Faço o mesmo com letras de música (especialmente porque é na música que encontramos muitas abreviaturas e vernáculo) e com receitas.
Não existe talento para aprender línguas | E quem vos disser tal coisa, está apenas a espalhar charme. Línguas aprendem-se com treino e muito esforço. E, como já disse, cada língua tem um ritmo de aprendizagem diferente. É mais fácil memorizar vocabulário que deriva da mesma Língua-Mãe que a nossa (experimentem decorar vocabulário em italiano e vocabulário em alemão e observem qual é que memorizam mais depressa...). Há línguas onde temos de aprender caracteres novos, há línguas com muitas regras e verbos irregulares. Não existe talento nem ‘jeito’. Existe treino e foco. Qualquer pessoa pode aprender uma língua. Não está reservado aos moradores do Olimpo.
Ainda nem vou na metade da minha lista de dicas mas não quis estender demasiado a publicação! Reuni algumas das mais importantes mas não me importo nada de fazer um parte II, se fizer sentido para vocês! Se estão a aprender uma língua nova, partilhem aqui em baixo quais são as vossas dicas também. Espero que vos seja útil!
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Num mundo imediato e instantâneo mas, por vezes, também muito solitário, é incrível conhecer projetos mundiais que nos aproximam enquanto comunidade global e que contrariam a tendência do isolamento digital. Um dos que fiquei a conhecer — e que já me candidatei para ser redatora — é o The Letter Project.
The Letter Project é uma organização de mulheres que escrevem cartas para crianças e mulheres que estão a passar por um período difícil. O projeto não é elitista e reconhece que, se está a ser difícil para vocês, então nada mais precisa de ser justificado: merecem uma carta. Dos 5 aos 35 anos, qualquer mulher pode pedir uma carta escrita à mão e receber apoio de qualquer canto do mundo a partir de outra mulher (cuja idade mínima de participação para a redação da carta é 13 anos).
Podem participar no The Letter Project tanto como redatores ou destinatários. Se vão redigir a carta, recebem instruções sobre o nome, idade do destinatário (para que possam adaptar a mensagem à faixa etária) e morada que o destinatário selecionou para receber. Se precisam de receber uma carta, basta inscreverem-se no formulário disponibilizado pelo site (por vezes, os pedidos são muitos e podem ter de entrar em espera, mas são sempre atendidos). Todas as cartas são escritas à mão e com uma mensagem de carinho que combate a solidão de sentir que só nós estamos a passar por um período difícil. É especial.
O projeto é movido por uma comunidade cristã mas não têm de ter qualquer afiliação com a religião para participar. Desde que tenham 13 anos, todas as mulheres são bem vindas para participar no projeto. Achei inspirador e amoroso.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
No que toca a nutrição, gosto sempre de privilegiar canais de informação científicos e rigorosos — como as revistas científicas ou plataformas de artigos científicos — mas também aprecio ler o que se tem feito sobre nutrição em Portugal e explorar temas de nutrição num registo mais descontraído — não tão formal como um artigo científico, diga-se — e conciso. É sempre uma excelente forma de nos inteirarmos melhor sobre algum assunto ou aprendermos a desconstruí-lo o suficiente para nos sentirmos confortáveis, também, para o explicar aos outros.
Desde que estou na Ordem, sou assinante da revista Viver Saudável, um projeto editorial mensal totalmente dedicado à nutrição. Dirige-se aos profissionais de nutrição e, por isso, a assinatura é totalmente gratuita para qualquer nutricionista inscrito na Ordem ou a cumprir estágio à Ordem. No entanto, qualquer leitor de outra profissão (ou estudantes de nutrição) pode ser assinante, mediante o pagamento da assinatura.
Todos os meses, recebo no meu correio uma nova edição com a atualidade no que toca aos profissionais de nutrição e à nutrição per se. Numa linha editorial minimalista e bem conseguida, tenho num só lugar toda a informação relativa aos últimos eventos, às opiniões e posicionamentos de grandes rostos da profissão e segmentos sobre as questões mais atuais que se colocam nesta área científica — e no público em geral — com rigor e perícia na comunicação — algo que, como já tenho vindo a dizer, faz falta.
Facilmente pode ser descartada como uma revista exclusiva para profissionais de nutrição — e alguns conteúdos realmente só a eles fazem sentido — mas no que toca à abordagem de temas muito contemporaneos no mundo alimentar, creio ser um periódico bastante completo a expor a informação tal como ela é — nunca descurando a necessidade de se aprofundar o tema nos canais iniciais que referi, claro. Tem sido uma agradável surpresa.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Estamos cientificamente mais preparados e atentos para notícias de tragédia e os jornais sabem-no como ninguém, especialmente nos dias que correm. E embora seja importante acompanharmos a realidade do mundo em todas as vertentes (sejam elas positivas ou negativas), a atualidade não se faz só de manchetes pesadas. Foi a pensar nisso que surgiu o perfil que vos recomendo, hoje: @goodgoodgoodco.
Esta conta de Instagram partilha, diariamente, boas notícias. Apenas boas notícias. Tal como num noticiário convencional, as notícias são variadas e abrangem o mundo inteiro mas, neste perfil, podemos lê-las sabendo que o desfecho é positivo.
Tenho-me esforçado para que a minha experiência nas redes e na Internet seja mais feliz, saudável e positiva, e acerco-me de contas como esta para que isso aconteça. Não substitui a minha leitura diária das notícias todas as manhãs mas é gratificante saber que, no Instagram, eu realmente vou ter aquilo em que acredito: boas notícias ao virar da esquina. Uma dose de esperança que recomendo seguirem.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
2017 ficou marcado pelo sucesso da adaptação em filme do livro Call Me By Your Name, que derreteu os corações do público e... que me passou completamente ao lado, nesse ano. Três anos depois e com um tremendo desejo de viajar para qualquer lugar fora do meu sofá, decidi ir para o norte de Itália e confiar na popularidade da obra.
O jovem Elio e o académico americano Oliver são os protagonistas do romance de verão que dá origem a Call Me By Your Name. Mas a obra está longe de ser simplista ou juvenil; a narrativa é intensa e apaixonada — como se espera de um amor de verão —, bem desenvolvida, emotiva e sensorial. A aldeia remota em Itália abrilhanta o cenário idílico para o amor (discreto pelos receios do preconceito) acontecer de forma inesperada e bonita. Sentimos que cada parágrafo é escrito com o coração nas mãos e não temos outra alternativa senão sentir o mesmo que eles. Não vou mentir, houve trechos da narrativa onde me senti a mais, mas a sensação final foi de fascínio e emoção pelos sentimentos que os dois nutriam um pelo outro.
Admito que não chorei e que criei muitas expectativas não correspondidas em torno do famoso diálogo entre Elio e o pai — mas acho que isso vai mudar quando assistir ao filme, que ainda não vi — mas Call Me By Your Name transportou-me para um verão em Itália e para as sensações à flor da pele típicas de um adolescente que tudo quer sentir e tudo quer anular, para a intensidade de um amor que sabemos que dura até Setembro. As introspeções, à falta de melhores palavras para as descrever, dizem tudo aquilo que sentimos quando amamos sem rédeas nem pudor. Não me deixou com uma vontade voraz de ler o novo volume que dá continuidade à história — acho que o livro tem finalidade — mas foi inesquecível. Uma boa sugestão para ler no verão.
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domingo, 12 de abril de 2020
É em circunstâncias como as que vivemos que os melhores projetos surgem — de qualquer lugar, para qualquer vertente. Um deles foi desenvolvido pela newsletter Girls’ Night In (que já falei aqui) e que se destina a todas as pessoas que estão a cumprir o seu dever de saúde pública e a ficar em casa.
O Stay Home, Take Care é uma página web com sugestões de atividades para fazer em casa. Divididas entre seis categorias principais — quero sentir-me reconfortada, quero entreter as crianças, quero ajudar os outros, quero estar entretida, quero conectar-me com os outros e quero cuidar-me —, a página conta com as sugestões de milhares de pessoas que estão a encontrar formas de passar a quarentena de forma mais positiva e enriquecedora.
O design é giríssimo e emana energias positivas. As sugestões são simples mas para todos os gostos — muitas delas gratuitas. Mesmo não podendo usufruir da quarentena, tenho espreitado as propostas do site para me inspirar nos tempos livres. Recomendo!
sábado, 11 de abril de 2020
O meu segundo livro do Ricardo Araújo Pereira traduz-se — numa definição escolhida pelo próprio — como ‘uma espécie de manual de escrita humorística’. Ao contrário da maior parte da sua coleção de livros publicados — crónicas que correm sempre o risco de ficarem datadas — A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar é um livro intemporal de reflexão ao humor e aos ingredientes que tornam o trabalho de um humorista eficaz: soltar uma gargalhada.
Nesta obra, Ricardo Araújo Pereira explora desde os tempos imemoriais a forma como produzimos humor — às vezes, não intencionalmente — e a estrutura que faz de uma piada aquilo que ela é. Não deixa de ser curioso que ele tenha escrito um livro sobre humor que não seja propriamente para rir (com exceção dos seus comentários sarcásticos ou dos próprios exemplos de piadas que vai partilhando entre capítulos). Pode acusar algum name dropping — o que, para mim, é sempre interessante porque me permite ter mais referências para explorar, mas sei que nem toda a gente aprecia — mas, no geral, é uma leitura rápida e muito interessante. Quem diria que existe tanta estrutura científica e semântica por detrás de uma piada? Sendo uma curiosa por natureza, foi um livro enriquecedor.
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sábado, 4 de abril de 2020
Tinham saudades? Eu admito, embora só tenha feito, ainda, dois artigos sobre esta nova rubrica — três, a contar com este —, adoro sugerir-vos episódios de podcasts. E já não partilhava três sugestões há algum tempo porque, honestamente, ainda nada se tinha destacado o suficiente. Assim, vou partilhando quando faz sentido e quando sei que vos vai acrescentar alguma coisa — ou entreter. Estas são as minhas sugestões: amor, pós-pandemia e luto.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Pouco sei o que dizer acerca de Março que não esteja relacionado com o assunto do momento. Mas, como disse a Cherry muito sensatamente, é impossível ignorar o elefante na sala na hora de fazer uma reflexão mensal — mesmo quando pretendo que esteja recheada só de coisas boas. Março começou com a esperança de tudo e tudo se foi (direta e indiretamente) graças a esta pandemia. Perdi pessoas — que muita honra tive em conhecer e cuidar —, tive de coordenar muito mais pessoas do que aquelas que imaginava, saí de casa todos os dias enquanto o mundo se recolhia, recebi um e-mail que me partiu o coração, estou privada de ver a minha família e o meu amor, num gesto de amor e proteção. O saldo é significativamente negativo e a minha cara acusa cansaço e tristeza. O ano que tanto me prometia coisas novas, tem-se revelado o mais cruel.
Mas há sempre qualquer coisa. Uma pequena coisa que nos faz ser gratos. Um gesto que nos faz pensar que o dia valeu a pena. Um artigo que facilita o nosso dia-a-dia. Uma recomendação que aligeira estes momentos. E assim, estes Favoritos de Março são um ato de resistência. Resistência à minha vontade de atirar a toalha ao chão, às minhas olheiras e à minha desmotivação que, na maioria das vezes, se derrete nas lágrimas. Isto foi tudo a que me agarrei, em Março, e me arrancou sorrisos no meio do caos. Agora eu espero que arranque a vocês.
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