FAVORITOS | Janeiro, 2023


Janeiro. O ponto de partida para mais um ano, para escrevermos uma história nova, para vivermos o que de especial ainda está por vir. Janeiro é sempre infinito, mas é também cheio de esperança e renovação. E, claro, é o mês de regresso dos Favoritos. Vamos a eles?

Poucas coisas são mais reconfortantes do que desembrulhar um pijama no Natal. Tudo parece fazer sentido, não é? 

Sobre pijamas, há pouco a dizer e muito para adorar; adoro que seja um conjunto com este padrão quase 'toalha de piquenique' – que, de uma forma ilógica, deixa-me contente quando o visto – e tem o corte em camisa, um dos meus preferidos. Foi, sem dúvida, um parceiro para noites felizes. 


Calças de fato de treino são umas das peças em que sou mais exigente para comprar. Têm de ser confortáveis, a costura impercetível e têm de me fazer sentir segura para correr, ficar de cabeça para baixo ou fazer agachamentos com peso. 

E quando vos digo que quase quero um 2º par destas calças, é real. O material é suave, completamente confortável e além de me sentir bem, sinto-me segura também. Tive de fazer bainha porque têm um cumprimento original quilométrico, mas para pessoas altas isso pode ser um plus. Ah, e a parte mais importante: têm bolsos.


Podemos falar do entusiasmo partilhado que foram as vossas mensagens no meu Instagram sobre o sucesso desta mochila? É caso para dizer: obrigada, Pai Natal. 

Para quem está fora do loop, esta mochila é ideal para viagens low-cost (podem levá-la como a mala pequena que está incluída no preço do voo – não confundir com a mala de cabine). Tem mil compartimentos e, se forem estratégicos a arrumar, vai ser a vossa melhor amiga. 

É certo que a minha marca é Inês de Mala Rosa, mas adoro este tom lavanda (existem vários tons. Atenção para escolherem sempre o modelo pequeno). Foi comigo na viagem para Dublin e aqui está o relatório de tudo o que consegui trazer na volta: pijama, roupa interior, uma camisola extra, uma mochila mais pequena para poder andar pela cidade, carteira, bolsa de higiene, uma câmara profissional com duas lentes + uma câmara digital portátil, carregadores e 5 livros. Vou chamá-la de Mary Poppins. 


Um facto sobre mim: adoro corações. Chamem-me lamechinhas, romântica incorrigível… adoro-os. E gosto ainda mais quando estão beeem minimalistas na joalharia. Discretos, um apontamento. Acho que é mesmo por isso que gosto desta pulseira. Só olhando ao pormenor é que os vemos. É uma peça delicada e simples que combina com todo o guarda-roupa e que dá um toque fun e romântico para o dia a dia (não sei porquê, mas acho os corações divertidos também. Talvez porque não acredite em amor sem risos).

Infelizmente, o meu lip balm preferido de todos os tempos terminou e, não podendo voltar a comprá-lo tão cedo, decidi experimentar o lip mask da Laneige. Eu já usava as máscaras de rosto em creme da marca e adoro-as, portanto, estava confiante que o bálsamo também seria eficaz. 

Na minha opinião, não é melhor do que o da Glossier (controverso, eu sei), mas gosto muito. Além de ter imenso produto e um cheiro nostálgico (recorda-me a infância), o efeito glossy nos lábios é lindíssimo e é bastante hidratante. Gosto até de o passar no dia a dia, depois de colocar um batom com cor, só para dar um acabamento mais brilhante. Fiquei com curiosidade com a versão com sabor a chocolate.  
Não posso começar a falar sobre este favorito sem antes pedir perdão à Inês que fundou este blog em primeiro lugar. Quando teve a ideia de criar estes Favoritos, há quase 10 anos, ela imaginava que iria recomendar imensas coisas incríveis, mas nunca esperou que a velhice atingisse de supetão e estivéssemos, hoje, a falar sobre air fryers

Inês, prometo que a tua alma jovem permanece intacta. 

Depois de ter cedido ao culto da bimby, descobri que existe uma sucursal para o culto da air fryer e é maravilhoso. Poder fazer batatas fritas sem ficar a cheirar a óleo no cabelo durante um mês ou correr o risco de ter uma queimadura de 3º grau é um must. Parecendo que não, fritar a óleo já fez o meu fogão pegar fogo 3 vezes – e foi aterrador em todas elas. 

Não tenho a menor crítica; tudo o que coloco lá sai crocante, sequinho, saboroso e posso deixar lá enquanto preparo outras coisas. Ainda quero experimentar outras receitas que tenho guardadas – mais na lógica de forno do que de ‘fritadeira’ -, mas, para já, é das melhores coisas que já recebi. Pai Natal, muito obrigada, uma vez mais. 


Da saga de restaurantes que eu gostava de poder trazer para Portugal ou ter um botão de teletransporte para poder ir comer lá sempre que quisesse, trago-vos o Xi’an Street Food, em Dublin. Se se cruzarem com ele na rua, não dão nada por ele. Mas a gula de um e as três medalhas à porta convenceram-nos a experimentar num dos jantares e foi incrível. 

Recomendo-vos que, se não quiserem o take-away (que é o core do serviço deles), cheguem cedo para garantirem um lugar. A comida é excecional. Uma verdadeira viagem à Ásia, cheia de sabor (e picante!), onde as doses são generosas e o preço é muito okay. Recomendo-vos tudo o que comemos: noodles com frango, dumplings, pad thai e frango frito spicy (estes dois últimos são bastante picantes). Se só puderem pedir uma coisa, peçam uma dose do frango frito spicy – é diferente de qualquer frango frito que já tenham comido na vida.





Já queria encomendar os marcadores de livro da Daniela há imenso tempo, mas foi só na reta final do ano que finalmente tirei um momento para avançar com a compra – por serem personalizados. O design imita um talão e todos os detalhes podem ser customizados ao vosso gosto. Decidi que queria ter dois talões temáticos: um com os meus livros preferidos e outro com as minhas músicas preferidas. 

Ambos são um amor e dizem muito sobre o que gosto de uma forma subtil. É um gosto poder apoiar o pequeno negócio da Daniela e o cuidado com que ela deposita em cada encomenda. Já me perguntaram duas vezes em cafés de onde eram os meus ‘talões tão giros’ e fico sempre com muito orgulho quando mostro o perfil dela.


Como acreditar que só lia O Coração Ainda Bate, sem saber que também havia em podcast? Só me restou redimir. Adoro a sensibilidade e o pensamento da Inês, é uma mulher que fala sobre tudo com uma poesia que me comove e reconforta. 

O Coração Ainda Bate (podcast) é uma crónica auditiva que a Inês conceptualiza como ‘o seu diário’, onde cada episódio tem uma reflexão sobre a vida, o amor, a amizade, a família e outros universos e emoções que nos são tão próximos. Os episódios são curtinhos e a minha companhia enquanto preparo o earl grey da manhã. 


Vamos falar sobre o revivalismo das câmaras digitais? Esta é a minha cybershot. Uma companheira que tem estado comigo neste pós-pandemia para registar os meus concertos. É uma das minhas parceiras preferidas de viagem e eventos. É leve, a bateria dura imenso, cabe em qualquer lado, posso levá-la a concertos e festivais e tem um zoom surreal – pela foto, conseguem ver onde estava em relação ao palco e aqui podem ver as fotografias que consegui captar - devia tê-la levado comigo no Harry Styles, não era?). O meu modelo já faz parte da gama que permite a importação das fotografias para o telemóvel através de wifi. 

Diverte-me imenso tirar as fotografias com ela, há quase uma essência nostálgica de voltar a ir a eventos de câmara na mão, libertando o telemóvel (da minha mente e da memória dele) para captar as coisas que me fazem feliz e que estarão lá se alguma vez a memória (neste caso, a minha), me trair. 


Já sabem que ainda gosto ainda de ler revistas e, embora só seja mesmo fiel ao Observador Lifestyle, às vezes gosto de trazer outros fascículos para casa, maioritariamente pelo meu interesse ou relevância no tema. Em janeiro, encontrei duas edições da National Geographic que tinham tudo a ver comigo: uma só sobre a história da Sissi e outra com imensas curiosidades da história, desde a cultura, moda ou tradições. 

Ambas estão sensacionais e estive entretida nas tardes de chuva entre mantas, chávenas quentes e curiosidades. Se gostam de história, são duas edições que valem muito a pena! 


Não fiz muitas compras em Dublin – a mochila é extraordinária, mas não abusemos -, por isso, tudo o que trouxe foi cautelosamente ponderado e muito desejado. Para além dos cinco livros, trouxe comigo este postal da New Yorker, que é maravilhoso. Pretendo emoldurá-lo e colocar junto da minha estante – parece-me apropriado. Comprei-o na Hodges Figgis e tinha imensas edições diferentes à escolha.


Um outro souvenir que trouxe foi da Søstrene Grene, uma das minhas lojas preferidas de sempre. Descobri-a na minha 1ª ida a Dublin e agora, neste regresso, soube que tinha de lá voltar. 

É preciso um grande autocontrolo naquela loja, por uma simples razão: tem uma curadoria de decoração e papelaria muito alinhada com o estilo escandinavo, mas a preços estilo Tiger. Percebem a parte do autocontrolo? 

Trouxe apenas comigo esta bolsa. É maior do que os meus necessaires e mais simpática para poder levar em escapadinhas de fim de semana. E o padrão faz-me lembrar a delicadeza da primavera. Não resisti. 


Este era o souvenir que eu sabia que queria trazer. A banda The 1975 convidou um designer para cada uma das datas da tour US e UK/IR para que fizessem um poster exclusivo – e alinhado com o estilo visual de cada designer – para cada cidade. O resultado foram uma série de posters, todos eles com estilos distintos e feitos unicamente para cada cidade. Era sempre uma surpresa para o público, que só descobria o design no dia do concerto. 

O que é que eu não sabia? Que os posters não só eram exclusivos, como seriados. A maioria das datas só com 300 unidades, Dublin com 100 – não percebemos porquê. Quando vimos as pessoas a dirigirem-se apressadas para a linha de merch, não percebemos a urgência. Só quando estava a enrolar o meu poster é que percebi o detalhe. É o meu 27, num design urbano, grosseiro, colorido, 90s e muito divertido. Esta é a essência de Dublin e foi perfeitamente captada, junto com a energia dos 1975. Que recordação bonita de uma noite memorável.


O meu último souvenir de Dublin é especial. Gosto de The 1975 desde os seus primórdios e tinha toda a discografia com exceção do primeiro. Já o tinha tentado comprar várias vezes em Portugal e a encomenda era cancelada por falta de colaboração dos fornecedores. Quando entrámos na Tower Records (um must se gostarem de música e estiverem em Londres ou Dublin), vagueei mais por curiosidade do que por sentido de missão em trazer alguma coisa. Mas ali estava ele. Imaginem os cartoons que esfregam os olhos para se certificarem de que é real: fiz isso mesmo. E em promoção. Era o único, perdido e abandonado. E deixou de o ser muito rapidamente. Tenho, finalmente, a coleção completa.

O arranque do ano foi diferente de tudo o que já estava acostumada há alguns anos a fazer. Sei que foi por isso que fui instantaneamente abraçada pela minha amiga ao terminarmos a contagem decrescente para 2023 e invadiu-me uma sensação de otimismo, como há muito não sentia. Janeiro seria o começo de um ano bonito e iria fazer por isso. 

Janeiro durou uma vida – não dura sempre? -, mas esteve em constante movimento. Foi o regresso à rotina depois do caos saudável das festividades, a luz verde para voltar a treinar, as primeiras férias marcadas e o retomar do trabalho em força. Porém, houve espaço na rotina para descansar, desligar, para ver filmes, estar com a família, perder-me num livro, celebrar aniversários e fazer programas com amigas. 



No primeiro mês do ano, emocionei-me a assistir a Todas as Coisas Maravilhosas, celebrei uma etapa profissional que desejava muito, comi doses proibitivas de bolo rainha de chocolate sem o menor remorso, recebi muito carinho desse lado, da vossa parte (obrigada, de coração inteiro) e… fiquei sem lágrimas. Um percalço um pouco incomodativo, mas que me fez rir algumas vezes ao pensar que desejei um 2023 com mais risos do que choro e, enfim, cumpriu-se (cuidado com o que desejas, certo?). Agora devidamente resolvido (não se preocupem), acho que foi um bom lembrete de que a vida sem lágrimas também pode ser desconfortável. 



Janeiro terminou numa combinação daquilo que mais amo: viajar e música. Voámos até Dublin para uma curta viagem sem roteiro, onde saboreámos a energia da cidade, caminhámos muito, visitei muitas livrarias e tive uma descompensação cardíaca ao trocar o olhar com o Ross a menos de 1 milímetro de mim - ainda estou a recuperar, malta. Talvez nunca recupere (drama). Depois de estarmos anos desencontrados, este foi, finalmente, o ano em que assisti a The 1975 ao vivo e que pude cantar a plenos pulmões a minha música preferida de sempre, Somebody Else, e (possivelmente) lavada em lágrimas também (veem? Estou curada). 

Adoro meses em que faço este balanço e só contigo pensar ‘que sorte que tive’. Não sei se foi luck of the irish, mas espero que não desapareça. 

Fevereiro, sê feliz.

3 comentários

  1. Vim só deixar amor pelos the 1975 🥰 e pela tua mochila, que também fiquei a namorar quando partilhaste no Instagram!


    A Sofia World

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  2. Janeiro parece ter sido incrível. Espero que Fevereiro continue assim!

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  3. A máquina aparece esgotada na Amazon :(

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