Existem livros, lugares e experiências tão especiais para mim que, se pudesse, ia de porta em porta melgar-vos a todos para que os pudessem ler, visitar e experimentar também, sem me cansar. Todas as Coisas Maravilhosas é uma dessas experiências.
Estivemos desencontrados nas primeiras sessões, mas assim que abriram novas datas soube que era a 2ª oportunidade que precisava.
Esta é uma peça diferente de tudo o que já pude assistir: adaptada a partir do original de Duncan Macmillan, Ivo Canelas assegura um monólogo (mas desenganem-se se pensam que é monótono ou unilateral) emocionante e muito interativo, com uma premissa única: um menino decide escrever uma lista de todas as coisas maravilhosas que fazem a vida valer a pena para oferecer à mãe, que sofre de depressão e tem ideações suicidas.
É um tema pesado e muito sensível, sim. Mas às lágrimas e à emoção do que estamos todos a testemunhar, juntam-se desafios, muita interação do público e uma energia e alegria de viver palpável. Não quero entrar em detalhe porque espero que tenham o mesmo efeito surpresa que eu tive, mas posso dizer-vos que foi completamente original, criativo e inesquecível.
Todas as Coisas Maravilhosas quebra todos os protocolos que possam imaginar no teatro, com o próprio ator a receber-nos e a quebrar várias vezes a barreira de palco e plateia de uma forma enternecedora, desafiante e divertida. Não sei quantas vezes ri e emocionei-me, mas é nisto que se encerra viver, certo?
O espetáculo vai estar no Estúdio Time Out, em Lisboa, até março. Estou confiante de que o resto do país tenha também uma visita, mas recomendo-vos que aproveitem e que se permitam a ter esta experiência – é mesmo especial.
Desconheço por completo.🫣
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