On Earth We're Briefly Gorgeous


Iniciei esta leitura durante os dias quentes de junho e os mergulhos frescos na piscina, e embora este ambiente veranil despreocupado não combine, de todo, com a profundidade sombria de On Earth We’re Briefly Gorgeous, foi benéfico para me ajudar a digerir cada passagem. 

Tudo o que sabia sobre este livro antes de mergulhar na sua história era de que se tratava de uma narrativa muito poética e de que era uma carta de um filho para uma mãe que não sabia ler. Mas o que me estava reservado nesta leitura era muito mais. É uma história profunda sobre a relação entre mãe e filho, a descoberta e exploração da orientação sexual – e das relações controversas -, toxicodependência, emigração, stress pós-traumático (…) um conjunto de temas pesados e carregados de dor emoldurados em passagens absolutamente sensíveis, repletas de poesia e impossíveis de não sublinhar. 

Não posso dizer que a minha experiência de leitura com On Earth We’re Briefly Gorgeous tenha sido linear; se houve momentos em que me senti completamente conectada, tive também passagens em que percebi que a minha mente não estava lá, que me sentia desligada. Acho que, agora com alguma distância e a devida análise, o que mais gostei foram dos momentos de reflexão acerca do que o narrador sentia ou pensava e não tanto os relatos de ação – que eram inevitáveis para dar um sentido de continuidade e propósito à história. 

É uma prosa poética perfeita para quando precisamos de momentos em que o narrador pára e pensa em detalhe de que forma é que aquilo que está a contar encaixa na sua visão de mundo e vida. Como todos nós fazemos, volta e meia.


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Bertrand

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1 comentário

  1. Não conhecia, mas gostei da tua foto e parece uma leitura interessante. 😌

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