Admito que tenho sempre um carinho especial em escrever os Favoritos de agosto, independentemente de como esse mês decorre. É que agosto assinala o aniversário desta rubrica que tem tantos anos como o próprio Bobby Pins. 6 anos de uma das vossas rubricas prediletas e que já se transformou tanto...! Dá para acreditar que o meu primeiro Favoritos da Inês de sempre era assim

Agosto foi um mês de saltos. Uns bem físicos, outros metafóricos. Um deles agridoce. Mas todos intensos e especiais.


Amo de paixão o corte deste vestido. É romântico, fresco e com uma fluidez de movimentos maravilhosa, que faz com que cada caminhada pareça saída de um conto de fadas. É um vestido diferente de tudo o que tenho e confesso que tinha receio que não me assentasse bem. Mas o formato do top, a costura abaixo da anca — arriscado, mas genial! — e a fita para marcar a cintura acabaram por resultar num vestido de verão alegre, que não exige grande esforço por parte de quem o veste e que casa com inúmeras ocasiões.


Numa linha mais simples, este é o vestido de todas as mulheres, sem segredos mas que combina com os tempos quentes e cujo tom branco destaca o melhor dos nossos bronzeados (mesmo quando continuamos branquinhas). É confortável, não é transparente e a costura na cintura ajuda a marcar as formas do corpo. Deixo apenas uma ressalva: se têm o mesmo biótipo que eu, optem pelo XS. Foi o tamanho que selecionei mas, ainda assim, tive de ajustar a bainha — para a minha altura, ficava demasiado comprido — e apertar na região do peito — fica absurdamente largo. 


Não sou fanática por sandálias mas reconheço as suas vantagens no verão. E por só ter umas — que perdi, em Junho — achei prudente ter algum par a postos para os dias de calor. E agora tenho o melhor par de chinelos de sempre! Têm um tom que casa com quase tudo o que tenho no armário, são práticos e muito confortáveis! Calcorreei Évora inteira em pleno calor de agosto com estas amiguinhas calçadas e nunca me senti desconfortável, com marcas ou com feridas. Companheiras incríveis!


As sandálias mais confortáveis do mundo são estas. Gosto dos detalhes metálicos e azuis, de como me assentam no pé mas, acima de tudo, amo o conforto no andar. Tal como os chinelos, andei por todo o lado com elas sem bolhas, marcas ou desconforto. É tudo o que se quer num calçado fresco.
Agosto foi o mês em que realmente regressei aos espaços de restauração. Embora tenha ficado muito desapontada com alguns serviços de atendimento e com um restaurante japonês badalado (que não superou as expectativas), houve, sim, momentos que quero recordar neste segmento. 

O João foi comigo para Aveiro, por isso, passámos pelo roteiro gastronómico de sempre e levei-o a provar todas as coisas que me dizem muito: as tripas, os cartuxos, as natas da Ramos, os pratos da Pizzarte, comer à beira-mar...! 


Não são novidades, porém, houve três estreias que quero muito recomendar; os gelados da Fábrica dos Gelados e a carne de porco à Alentejana d’O Cruz (ambos em Évora e vou falar deles em breve!) e Ginger Ale. Parece impossível que só aos 25 é que tenha provado este refrigerante de gengibre que fica perfeito com uma rodela de limão, mas eu confirmo que é mesmo verdade. Como mantenho a minha meta de não beber refrigerantes e já não estou habituada ao doce dos sumos, não fui capaz de terminar e não vai ser a bebida de todos os dias, mas numa ocasião especial — ou quando me apetecer — será uma escolha certeira!


O Fabricante de Bonecas 
de Cracóvia
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"É quase paradoxal reunir num livro conceitos 
tão inocentes como magia e brinquedos e outros 
tantos tão amargos como segregação, ódio e guerra.
 Mas O Fabricante de Bonecas de Cracóvia acaba 
por ser uma opção suave e infantilizada de os 
mais novos conhecerem um época difícil de 
descrever sem violência. No final, os valores 
são claros: a importância da lealdade, ter 
coragem (mesmo quando temos medo), ser justo 
e ter esperança de que tudo melhore."

REVIEW COMPLETA


Anexos
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"(...) uma história que se passa em 1999 e que 
nos apresenta Lincoln, um jovem expert em 
cibersegurança contratado por um jornal para 
assegurar o cumprimento das regras de boa 
conduta online e bloquear todos os e-mails que 
não satisfaçam os padrões de qualidade. É assim 
que Lincoln descobre e rende-se às editoras 
Beth e Jenniffer que, sem suspeitarem que os 
seus e-mails são sinalizados pelo sistema de 
segurança (e, por isso, lidos por Lincoln), 
partilham as suas aventuras e desabafos."

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Histórias de Adormecer 
para Raparigas Rebeldes
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Um dos meus miminhos para a Carolina foi 
este livro tão original de histórias de embalar.
 A biografia — adaptada para o público infantil 
— de 100 mulheres extraordinárias que vingaram 
nos mais variados ramos (ciência, cultura, política...).
É certo que, agora, ainda é pequenina para histórias 
de embalar (ainda é pequenina para tudo!), mas sinto
que não há presente mais bonito para uma bebé do 
que lhe oferecer sonhos e a inspiração para lutar
por eles (de preferência, contados pelas vozes dos
pais antes de adormecer).

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Diário Girls Magapaper
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O meu novo bloco de notas para o dia-a-dia
é nacional e absolutamente lindo. Os produtos
da Magapaper estão cheios de bom gosto e 
qualidade. Entre agendas, cadernos, postais e
t-shirts, não faltam opções para os apaixonados
pela literatura e papelaria — além de que podem
personalizar todos os artigos. Adoro o padrão do
meu caderno, a qualidade das folhas e a simplicidade
no seu interior.

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Acho que não há ninguém que já tenha visto o meu quarto e não se recorde das minhas andorinhas — uma preta e outra branca — a voar na parede. E embora o sonho seja, um dia, ter uma parede cheia de andorinhas, não estava nos meus planos adquirir outra tão cedo. No entanto, esta pequenina é especial. A última semana de agosto foi uma semana de voos. Não apenas do meu salto tandem mas de outros que exigiram a mesma coragem e que foram tão intensos quanto saltar de paraquedas. Não foi propositado acontecer tudo na mesma semana mas acabei por abraçar a coincidência como um sinal de que, por mais pequena que seja, posso cruzar os céus que quiser. Um lembrete de até onde posso chegar. Para já, não vou juntar esta pequena às minhas outras andorinhas mas já, já terá o seu lugar. 


Sou apaixonada pelo traço da Adriana Fontelas e, no início do mês, durante uma visita à Lovely Concept Store, trouxe para casa esta Frida Kahlo amorosa. Explorei um pouco mais o projeto da Adriana aqui e estou completamente rendida às ilustrações da Amália Rodrigues, Van Gogh e às opções personalizadas. Repito-me mas acho que é uma sugestão de presente fantástica! 


Há muito tempo — anos! — que queria uma fachada da Costa Nova em cerâmica. A oportunidade surgiu enquanto fazíamos tempo na rua mais popular e cheia de casas coloridas. Entre tantas opções, acabei por escolher a azul, pintada à mão e que agora habita no meu quarto. Uma recordação da minha segunda casa, onde me sinto segura e muito feliz.



playlist
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Agosto passou num sopro e sinto que não houve um único dia em que algo não estivesse marcado na agenda — a maioria, coisas boas. Curiosamente, nunca foi o meu mês predileto por, no passado, simbolizar o fim; fim do verão, das férias, da liberdade. E este ano, agosto também simbolizou o fim mas não foi tão assustador. 


Foi um mês de recordações bonitas; regressei a Aveiro e, pela primeira vez, os meus primos estiveram todos juntos. Conheci a doce Carolina, regressei aos recantos do norte e rumei para sul para voar e passear por Évora. Estive com amigas pela primeira vez desde o caos da pandemia — e estar com elas fez-me perceber o quanto a responsabilidade da minha profissão e das circunstâncias que estou a viver isolou-me — e celebrei voos que não foram meus. 


Trabalhei afincadamente e aproveitei os fins de semana com sofreguidão. Regressei ao cinema e passei mais pela cidade. Li livros à beira da piscina sem controlar as horas e senti-me de férias, mesmo sem nunca ter estado. Houve praia mas, infelizmente, não tanta quanto a que eu esperava — e eu gosto tanto da praia em agosto. Celebrei vitórias e aniversários — alguns inesperadamente, não é, Cherry


O destaque do mês vai, claro, para o meu salto de 4200m. Uma loucura que precisei de cometer e em que adorei cada segundo. 


Agosto foi um verdadeiro salto de paraquedas e, por alguns momentos, julguei que me iria atraiçoar como fez em março — um golpe que me custou muito a processar. Mas, desta vez, o desfecho foi outro e encontro-me à beira do avião, com o coração acelerado, algum medo mas a certeza de que ficar no avião não pode ser opção. Pronta para voar, outra vez.

Setembro, sem des(ilusões), por favor.

2 comentários

  1. Achei o primeiro vestido lindissimo, e fica-te muito bem mesmo.
    Quanto as tripas do Porto nubca experimentei, mas tem um aspecto tao bom.

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    1. Não são tripas do Porto, são de Aveiro (os aveirenses levam isso a sério! :b)

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