Friends

quarta-feira, 24 de março de 2021


Viver a experiência de ter uma penpal em plena Era digital é quase como um regressar às raízes e ter a devida desforra depois de o clube de inglês ter encerrado no ano em que entrei na minha escola básica — onde a dinâmica dos penpals era realizada. 

Começou de uma forma natural e inesperada, mas já aguardo ansiosamente pela minha vez de preparar a correspondência. Fazemo-lo com imenso primor e carinho; sem que o esperássemos, ambas gostamos de esmerar-nos no letterting das cartas, de enviar pequenos miminhos — stickers, cards, objetos minimamente lisos e não perecíveis que possam chegar intactos na correspondência. Trocamos livros, reflexões (a mesma idade e algumas experiências em comum ajudam no processo) e algumas das melhores coisas dos nossos países. 

O digital potenciou esta experiência mas esta não é a nossa via preferencial de comunicação. Há muito que o correio não só simboliza encomendas e contas, mas também o mergulhar noutra cultura e universo que nos aproxima através do inglês que privilegiamos no papel (com algumas palavras-mãe que já somos capazes de partilhar uma com a outra). 

É uma atividade rejuvenescedora, onde reservo o planeamento da minha carta com calma e capricho em todos os elementos, até no envelope. Numa época onde as nossas casas são fronteiras, onde o único mundo que posso conhecer e desbravar é através das histórias, fotografias e memórias, e onde as nossas pontes sociais estão atrás de aplicações, não há nada mais libertador do que ter uma folha de papel nas mãos onde tudo começa com um ‘Dear...

sexta-feira, 5 de março de 2021


Cards Against Humanity 
O predileto e o mais controverso. Funcional para grupos de várias dimensões e com um humor negro irresistível, o Cards Against Humanity é o jogo perfeito para descobrir quem é o vosso amigo mais maquiavélico. A partir de uma carta de pergunta retirada do deck, devem escolher a melhor resposta entre as cartas de resposta disponíveis na vossa mão. A melhor resposta (ou, sendo mais rigorosa, a pior!) ganha o ponto. Impossível terminar este jogo sem rir. 

Sushi Go 
Provavelmente um dos jogos de cartas mais amorosos (e baratinhos!) do mercado. Funcionando através de um sistema de pontos, o objetivo é criar a melhor combinação de sushi possível e, assim, conquistar a maior pontuação. Cada jogador recebe uma mão de 10 cartas e escolhe a peça que quer que pertença à sua combinação. Depois... trocam de mão! E assim sucessivamente até já não restar nenhuma carta da mão. Com jogadas rápidas e uma duração de jogo de três rondas, nada está garantido e cada nova mão pode vir com uma surpresa venenosa! É um jogo mais exigente para os mais pequeninos mas uma boa opção para um grupo de amigos que não quer um jogo de cartas que provoque ansiedade. E é super portátil. 

UNO 
O clássico dos clássicos, destruidor de amizades. Acho que não conheço ninguém que não tenha as suas próprias regras para jogar UNO. É o meu go to para a praia e, por mais anos que passem, não deixa de ser a opção certeira e democrática, já que todos conhecem o jogo. Também gosto da versão UNO Flip!, uma alternativa mais diabólica! 

Pick Your Poison 
Fãs dos desafios de ‘preferias X ou Y?’ têm de ter este jogo. Fácil de transportar para qualquer lugar, é o protagonista perfeito de um encontro entre amigos, uma viagem de grupo ou um jantar animado. Há opções muito questionáveis mas essa é a magia do jogo: perder mais tempo a idealizar cada cenário do que, efetivamente, a escolher. 

Speed Jungle 
Impróprio para cardíacos, perfeito para grupos pequenos — e até para duas pessoas! O baralho é dividido em partes iguais e cada jogador deve revelar uma carta ao mesmo tempo. Todas as cartas são compostas por símbolos coloridos diferentes, mas se dois ou mais jogadores apresentarem cartas com o mesmo formato (mesmo que cores diferentes) devem disputar para ver quem agarra primeiro no totem! Cartas especiais alteram estas regras, levando a que todos disputem o totem ou que procurem por símbolos da mesma cor (e não formato). Desimpeçam tudo ao vosso redor e não joguem com amigos com unhas de gel. 

Double 
Tenho um amor inexplicável por este jogo, que gosto de definir como um filho do UNO com o Monopólio. Todas as cartas estão repletas de figuras e o objetivo é identificar figuras iguais em cartas diferentes. O vosso primeiro instinto será dizer que as cartas são todas diferentes mas um pouco de atenção vai provar que todas — todas! — têm uma imagem em comum. Com cinco formas diferentes de jogar, preparem-se para perder amigos, esquecerem-se do nome de coisas tão triviais como ‘gelo’ e para perderem as cordas vocais. É um jogo portátil, excelente para grupos grandes (mas com opções de jogo que também funcionam para duas pessoas) e para jogar com crianças, já que as regras e a premissa do jogo são simples. Recentemente, adquiri a versão do Harry Potter e tenho amado!

Também podem encontrar os meus jogos de tabuleiro preferidos aqui! Quais são os vossos jogos de cartas prediletos?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021


Trivial Pursuit 
Um clássico que não sai de moda. 6 categorias de perguntas — História, Arte e Literatura, Desporto e Lazer, Ciências e Natureza e Entretenimento — onde o mais importante é acertar a pergunta que nos garante um queijinho (há seis queijinhos, um por cada categoria). O primeiro jogador a reunir os 6 queijinhos, é o vencedor. Não é querido por todos — nem toda a gente gosta de jogos de tabuleiro só com perguntas — mas eu confesso que o sentido de desafio à minha cultura geral me entusiasma para jogar este jogo, sempre! Agora, já existem algumas expansões que nos permitem jogar o Trivial de forma temática (Harry Potter, Friends...) 

Party & Co.
Para os que preferem um jogo mais dinâmico. Neste caso, embora o Party & Co. tenha uma modalidade muito parecida ao Trivial Pursuit, reúne mais atividades, como desenho, mímica ou palavras proibidas, por exemplo. Já existem algumas variantes mas admito que o que mais me agrada é o original. 

Dixit 
Um jogo onde a imaginação impera! Cada jogador possui um baralho de cartas com ilustrações invulgares e aleatórias. À vez, um jogador (chamado narrador) seleciona uma dessas cartas e lança uma pista que remeta para a ilustração (pode ser uma frase, onomatopeia, um verso de uma canção... tudo é possível!). Os restantes jogadores deverão selecionar uma carta do seu próprio baralho que julguem combinar com a pista lançada. No final, todos votam na carta que acham que é a do narrador. Mas atenção: ser demasiado óbvio ou vago pode custar pontos ao narrador! É um jogo que exige sair da caixa e que dá para jogar com um grupo grande amigos. As ilustrações são maravilhosas e já existem inúmeras expansões com mais cartas e ilustrações para colecionar (quero todas!) 

Cluedo 
O meu jogo de tabuleiro preferido de sempre! Um crime, seis suspeitos, seis potenciais armas e nove divisões onde poderá ter ocorrido o crime. Quem acerta na combinação certa? Cada jogador tem um conjunto de informações valiosas que podem ajudar a desvendar o que aconteceu. Este é um jogo onde a astúcia e a atenção a todas as perguntas, propostas e comportamentos dos jogadores são fundamentais para se sair vencedor. Tal como a maioria dos jogos que apresentei, também já tem outras versões temáticas (estou muito curiosa com a versão de mentiras!!!) mas o original continua a ser o meu predileto! 

Mancala 
Porque nem sempre temos — ou precisamos — de uma mesa cheia de amigos para ter um bom serão de jogos de tabuleiro. O mancala é um jogo bem antigo mas um dos meus prediletos. Joga-se a dois (e apenas a dois) e é composto por 12 poços pequenos (6 para cada jogador) e 2 poços principais (1 para cada jogador). Dentro de cada poço pequeno estão 4 pedras, e o objetivo é movê-las de poço em poço até chegar ao principal. Ganha o jogador que ficar com os poços pequenos vazios primeiro. É um jogo que envolve contagem e tem algumas regras de subtração e adição (que, dito desta forma, não podia parecer mais aborrecido) mas que são muito simples de memorizar e que dão dinâmica ao jogo. É um bom jogo para adultos e crianças em idade escolar (ajuda a estimular o raciocínio matemático simples). Não fujam já dele e dêem uma oportunidade.

Quais são os vossos jogos de tabuleiro preferidos? Gostariam que eu fizesse uma versão para jogos de cartas?

sexta-feira, 11 de setembro de 2020


A felicidade só é bonita, só é profunda, quando a partilhamos. E isso inclui a alegria de voar, de dar asas para novos lugares, projetos e casas. Para os nossos sonhos. Admito que, por muito que seja tentador ter alojamento gratuito, eu nunca adorei a ideia de ver amigos emigrados. O meu lado egoísta — mas com a promessa de que tem um bom fundo — não suporta a ideia de não ter as pessoas que estimo por perto (mesmo estando eu tão habituada a amar à distância). 

Chegou o dia em que a minha Matos — a minha doce Matos — decidiu voar. Rumo aos seus sonhos, desejos e ambições. E por mais que esconda as lágrimas de saudade — que já sinto sem ela ter partido — não consigo esconder, isso sim, o imenso orgulho que tenho nela. De ir atrás, de tentar, de experimentar, de arriscar. De ir onde realmente lhe apetece ir. É uma alegria imensa saber que ela vai para ser feliz — e, assim, eu sou feliz por ela. 

Sei que na sua bagagem leva mais do que um estetoscópio e uma bata branca; leva a sua doçura e sensibilidade, a grande Humanidade que tem dentro de si e o seu mundo que tão simpaticamente está sempre de portas abertas para nós. A medicina é que tem sorte de a ter e nunca será o contrário.

Resta-me abraçar, saudar, olhar para o calendário e pensar que o regresso será breve. Planear um #Berlim2021, se o covid assim o quiser. E torcer. Torcer por ela, pela sua nova casa, rotina, língua e realidade. Sem nunca duvidar que ela vai conseguir e que terá sempre um Quarteto Fantástico para aparar os golpes. 

Bis bald, coração. Voa, andorinha bonita.

domingo, 14 de junho de 2020


Preferias isto ou aquilo? Um dos desafios mais simples e fraturantes surgiu na forma de jogo de tabuleiro para animar — e agitar! — uma mesa cheia de amigos. Pick Your Poison é um dos jogos da imensa gama de cartas da Player Ten que eu estou desejosa de meter as mãos e que se centra na preferência entre duas opções — geralmente, muito rebuscadas e impensáveis de concretizar. 

O jogo funciona por pontos e estratégia, com um júri (cujo seu objetivo é deixar a mesa dividida e nunca unânime, ganhando mais pontos) e até cartas para duplicar a pontuação. Ganha quem atingir primeiro os 30 pontos mas devo dizer, por experiência, que a certa altura o grupo perde-se na pontuação e simplesmente alinha em mais uma ronda e mais um desafio. 

Super compacto e portátil, é o jogo perfeito para levar numa jantarada ou numas férias com amigos. Não é tão kid-friendly como outros jogos que já recomendei mas não tem limite de jogadores (um ótimo plus!) e é mais entusiasmante de se jogar se o vosso grupo for adepto da argumentação e de transportar os cenários sugeridos pelas cartas para contextos reais, instigando ao debate e às discussões (saudáveis!) acesas.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019


Não duram para sempre | Ao longo dos anos, fui aprendendo a aceitar que muitas amizades não nascem ‘para sempre’ e que o contrário de amigo não é inimigo. As amizades podem acabar sem existir um fator de conflito ou inconciliação. As rotinas mudam, os interesses e gostos, as circunstâncias. E, por vezes, deixa de fazer sentido ou já não nos reconhecemos. E está tudo bem. Há amizades que existem para determinadas etapas da nossa vida e que não foram menos profundas e especiais por terem existido unicamente nessa fase. Não é necessário — ou saudável — tentar encontrar defeitos e erros na pessoa para justificarem a saída dela na vossa vida. Foram amizades bonitas e sinceras. Simplesmente seguiram rumos diferentes. Sem rancor. Sem inimizade. 

Tipos de amigos | Amigos para tudo são raros e não faz sentido que lhes cobremos isso. Porque é natural. Há amigos para sair, há amigos para passear, há amigos para experimentar coisas novas, há amigos para chorar... É evidente que um só amigo pode encaixar em várias destas características mas não exijo que eles sejam tudo. E eu também não sou. 

Não têm de estar sempre juntos | Desde muito cedo aprendi que não temos de ser inseparáveis e a conversar a toda a hora para a nossa amizade ter valor. Tenho amigos que vejo com pouca regularidade e continuam a ser meus amigos, mesmo. Não falo todos os dias com os meus amigos. Não lhes cobro combinações a toda a hora. E tenho amigos que moram bem longe de mim e que só consigo ver em circunstâncias especiais mas que não considero menos amigos por isso, de todo. 

Tempo não é determinante | O tempo de uma amizade é bonito e curioso. É bonito acompanhar tantas das minhas amizades ao longo dos anos e perceber que, embora tenhamos crescido, amadurecido, iniciado e terminado várias etapas da nossa vida, evoluído certos gostos e interesses, não deixámos de nos acompanhar nem de estarmos de braço dado a traçar novos caminhos. Mas o tempo não é determinante numa amizade. São as pessoas e os momentos que dividem juntas que definem a importância e o significado de uma amizade. Não é menos profunda ou especial por ter menos tempo de existência. E não é fundamental permanecer amigo de alguém só porque o conhecemos desde pequenos. Não é o tempo que define um amigo. Amigo é quem te respeita, te valoriza, te acrescenta. Essa pessoa faz-te feliz? Torce (de verdade) pelo teu bem? É honesta? Aceita as vossas diferenças? Agrega algum valor na tua vida? Esforça-se por fazer parte da tua vida? Não tem preconceito pelo teu tom de pele, orientação sexual ou emprego? Então essa pessoa é tua amiga. Sem qualquer fator de tempo associado. 

Honestidade | Ser sincera para dizer o que não gosto. O que me magoa. O que não acho certo. Para pedir ajuda, nas coisas simples ou mais difíceis. Para ouvir quando sou eu que erro. Para pedir desculpa quando sou eu que piso a bola. Para dizer que gosto. Para dizer que adoro. Para mostrar o meu apoio e disponibilidade. Para por as cartas na mesa. Para mim, honestidade é tudo numa relação e a amizade não podia ser exceção. Eu valorizo, mais do que tudo, ter alguém do meu lado que é tão sincero comigo quanto eu sou com ela. Nas circunstâncias boas e más. 

Empatia | Falei acima de honestidade mas tão importante quanto o que queremos dizer, é a forma como o dizemos. É fundamental que a relação esteja assente numa base de confiança e honestidade mas sem nunca esquecer a empatia. A forma como dizemos as coisas demonstra respeito e carinho pelo outro. Antes de dizermos o que quer que seja — e por mais sincero e bem intencionado que seja — devemos calçar os sapatos de quem vai ouvir e considerar o nosso amigo, sempre. 

Existe amizade entre homem e mulher | É insuportável ouvir que relações de amizade entre homens e mulheres (héteros) não existe. Porque acreditam que há sempre um interesse amoroso e sexual que alimenta a relação. Não podia discordar mais. Tenho amigos do género oposto com quem posso contar para qualquer coisa e por quem eu tenho o maior carinho, admiração e consideração. Mas também por quem não tenho qualquer tipo de interesse amoroso — nem eles por mim. Vivemos os nossos namoros e trocamos impressões com a mesma naturalidade com que trocamos com amigos do mesmo género e eu adoro poder ter amigos de géneros diferentes. Não são mais nem menos especiais do que as minhas amizades com mulheres (e tenho um ódio de estimação por quem diz que ‘amigos rapazes são melhores’. Não compreendo esse ‘valor acrescentado de género’. Eu estimo seres humanos, não géneros) mas são especiais e sem espaço para hipóteses de romance ou ciúmes parvos (da nossa parte ou de quem está numa relação amorosa connosco). 

Existe amizade online | E aprendi esta com a Blogosfera (que especial!). Tenho de admitir que amizade online era algo que me deixava muito cética. Observava a ideia e julgava-a muito fictícia, abstrata, superficial e com prazo de validade curto. Até porque quem é da minha geração cresceu com uma estimulação de desconfiança perante outras pessoas na internet, portanto, não era uma ideia que me parecesse natural ou segura. Mas a Blogosfera (ou melhor, algumas pessoas que fazem parte dela) provou-me o contrário. Foi uma lição demorada, gradual e super natural. Identificava-me profundamente com algumas das pessoas que fazem parte deste universo e nasceu um carinho especial entre nós que só podia passar para o offline. Hoje, tenho amigas (offline!) que nasceram aqui, nestas páginas e que têm tanto valor e significado quanto uma amizade que surge em circunstâncias mais comuns. Quando estamos juntas — mesmo que não seja todos os dias e mesmo que não vivamos ao virar da esquina umas das outras, mas isso vai ao encontro ao ponto número 3 — não falamos sobre os posts que vamos escrever, estratégias de parceria ou fotografias de instagram. Falamos sobre nós. As nossas famílias, amigos, empregos. As nossas inseguranças e vitórias. Trivialidades da vida. Situações que nunca são expostas nos ecrãs. E, se nos apetecer, falamos sobre blogs. Como qualquer outra conversa entre amigos. É tão real e concreta como qualquer outra amizade e devo-lhes essa lição. 

Cultura | Eu já aprendi tanto com os meus amigos. Sobre cinema, música, desporto, literatura. Sobre arquitetura, medicina, nutrição, biologia, turismo, arte, saúde (...). Já aprimorei tantos gostos e interesses graças às suas contribuições. Aprendo coisas novas, descubro géneros, artistas, títulos, filmes e séries que, doutra forma, não conheceria, ganho uma nova visão do mundo através da visão deles. Por vezes, são sugestões personalizadas — conhecem-me e apostam com confiança de que vou gostar disto , outras vezes são mesmo as diferenças que nos aproximam. Talvez nunca fosse dar uma oportunidade a determinada série se a minha amiga não a tivesse visto e adorado tanto que eu preciso de saber o que há nela para ser tão acarinhada.

Não és Deus | Eu admiro, amo e apoio os meus amigos de forma incondicional e profundamente sincera. Torço por eles e não espero que eles sejam outra coisa que não desmedidamente felizes. O meu desejo para eles é que encontrem sempre o sucesso pessoal e profissional. E eles sabem isso. Mas não sou Deus. Ou o Destino. Mesmo que ache que aquele caminho talvez não seja o ideal, que aquela pessoa não seja a certa para ela ou que determinada decisão não seja adequada, eu não posso interferir. Não faz sentido. Eu admiro os meus amigos por vários fatores e um deles é a inerente capacidade que eles têm de tomarem as suas decisões e de terem o livre-arbítrio para optarem por aquilo que mais faz sentido para eles. Mesmo que não concorde ou que julgue que há um caminho melhor. E posso sugeri-lo, se eles assim o considerarem mas, em última instância, eu confio nas decisões deles e eles confiam nas minhas. Por vezes vão bater com a cabeça, vão-se magoar, vão-se arrepender. Como eu bato, magoo e arrependo. Mas faz parte e não posso passar-lhes um atestado de incompetência para viver ou decidir porque nenhum de nós o tem. Somos competentes para tomarmos as nossas próprias decisões porque ninguém nos conhece melhor do que nós. E de uma decisão que nenhum amigo recomenda, podem surgir oportunidades e desfechos extraordinários que ninguém apostaria que sim. Não sou ninguém para decidir o que o meu amigo pode fazer ou escolher. Sou, isso sim, amiga para apoiar em qualquer circunstância e dar o meu aplauso se tudo correr bem ou dois ombros para chorar, na eventualidade de correr mal. Eles sabem o que fazer e eu sei como os apoiar. E vice-versa.

Aprendizagens bonitas e importantes, que me fizeram evoluir enquanto ser humano, mulher e amiga. Espero que eles possam ter aprendido um pouco comigo também. Agradeço-lhes todas estas lições e torço para que possa aprender muitas mais do lado deles. Se possível, entre gargalhadas e fatias de pizza.

Desde 2014

Instagram


P.S: HÁ SEMPRE BOAS NOTÍCIAS AO VIRAR DA ESQUINA
_______________________
Bobby Pins. Theme by STS.