A felicidade só é bonita, só é profunda, quando a partilhamos. E isso inclui a alegria de voar, de dar asas para novos lugares, projetos e casas. Para os nossos sonhos. Admito que, por muito que seja tentador ter alojamento gratuito, eu nunca adorei a ideia de ver amigos emigrados. O meu lado egoísta — mas com a promessa de que tem um bom fundo — não suporta a ideia de não ter as pessoas que estimo por perto (mesmo estando eu tão habituada a amar à distância).
Chegou o dia em que a minha Matos — a minha doce Matos — decidiu voar. Rumo aos seus sonhos, desejos e ambições. E por mais que esconda as lágrimas de saudade — que já sinto sem ela ter partido — não consigo esconder, isso sim, o imenso orgulho que tenho nela. De ir atrás, de tentar, de experimentar, de arriscar. De ir onde realmente lhe apetece ir. É uma alegria imensa saber que ela vai para ser feliz — e, assim, eu sou feliz por ela.
Sei que na sua bagagem leva mais do que um estetoscópio e uma bata branca; leva a sua doçura e sensibilidade, a grande Humanidade que tem dentro de si e o seu mundo que tão simpaticamente está sempre de portas abertas para nós. A medicina é que tem sorte de a ter e nunca será o contrário.
Resta-me abraçar, saudar, olhar para o calendário e pensar que o regresso será breve. Planear um #Berlim2021, se o covid assim o quiser. E torcer. Torcer por ela, pela sua nova casa, rotina, língua e realidade. Sem nunca duvidar que ela vai conseguir e que terá sempre um Quarteto Fantástico para aparar os golpes.
Bis bald, coração. Voa, andorinha bonita.
Escreves com tanto carinho acerca das tuas pessoas, com tanta admiração que se torna contagiante! Mesmo não a conhecendo, desejo-lhe tudo de bom, um imenso sucesso e torço esperançosamente por um #berlim2021 (e também por um #QualquerSítiodeItália2021 :p) Gosto muito do significado que tens atribuído a "voar" este ano, muito cheio de ti, cheio de amor, repleto de liberdade e significado <3
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