Sorrateiramente, como quem não quer a coisa, regresso com uma compilação de Favoritos de 3 meses. E não vou mentir: soube bem fazer uma pausa, especialmente porque mantinha esta rubrica consistente há muitos anos (apenas com pausa no Natal). 

São, por isso, uns Super Favoritos, e a preparação é fundamental: encontrar um lugar confortável, servir a bebida preferida, colocar o telemóvel em modo voo e recorrer aos óculos, se necessário. Há muita coisa. Mas se tinham saudades, esta é a minha única forma de compensar.


Um vestido que grita verão, não é? Tem detalhes tão delicados e femininos que me sinto sempre bonita quando o uso, além de que o tecido é fresquinho, perfeito para os dias quentes. É o tipo de peça que basta vestir e já parece que nos arranjámos muito, sem o mínimo esforço! 


Já perceberam que o meu guarda-roupa não abusa muito das cores, mas estas sapatilhas chamaram por mim porque acho que definem o meu armário na perfeição: aparentemente neutro e com cor nos momentos e lugares mais inesperados. Já estava rendida com a parte de cima do modelo – mais old school -, mas a sola arrebatou-me e combina muito com os meus coordenados de verão que são, geralmente, mais coloridos. 


Uma parte muito boa deste revivalismo dos anos 2000: recuperar algumas das graças de infância, entre elas, as molas coloridas e com formatos divertidos. Estas molas de flores lembraram-me os meus ganchos de miúda, com flores, borboletas e sempre muito coloridas. Adoro combiná-las com biquínis coloridos e sinto-me sempre a viajar no tempo quando as uso. A mini-Inês estaria a vibrar com este regresso! 


Presentes de mãe são sempre especiais, não é? Estes últimos tempos, tenho recebido muitas andorinhas – e tenho registado mentalmente o significado de cada uma, de cada voo que, através destes miminhos, me estão a sinalizar que devo fazer. O da minha mãe foi assim, neste colar delicado e tão discreto, como eu gosto! Um bom lembrete de que às vezes voa-se com o coração também, principalmente quando a andorinha vai ao peito. 


Sou mais aficionada pela lua e estrelas no céu do que em acessórios, admito, mas assim que vi este colar fiquei totalmente apaixonada. Adoro que tenha um formato diferente e original, perfeito para acompanhar decotes, e que seja minimalista (o meu tipo de preferido de acessório). 


Adoro encontros inesperados com peças perfeitas. Finalmente consegui visitar uma lojinha aqui na cidade para comprar um presente para uma amiga e, quando ia pagar, eis que me cruzei com esta tote bag, feita à mão pela lojista. O tecido de avozinha e delicado, o pormenor da bolsa (que dá tanto jeito e tanta falta faz em tote bags…). Trouxe este presente para mim também e já está a ser uma fiel companheira de praia/piscina! 


Eu sou a pessoa que não tem conjuntos de pijama. As t-shirts e calções de treino velhos sempre foram os meus pijamas de eleição, mas a minha paixão pelos tons lavanda levou a melhor e este conjunto tem sido o meu pijama preferido. É confortável, adequado para o verão e o padrão de malmequeres dá-lhe uma graça adicional. 


Se sei que me espera uma rotina de visitas à praia/piscina, gosto que o coordenado seja o mais prático possível e que, de preferência, seque depressa. Vestidos camiseiros são a minha aposta preferida e o que costumo usar é este, da Mo. O tecido é respirável, é comprido e tem manga o que, para pessoas muito branquinhas, é o ideal para quando queremos estar à esplanada ou almoçar na praia e proteger um pouco a pele do sol (sim, nem toda a alma pode almoçar de biquíni, infelizmente). Sinto-me um pouco com ‘mom look’ quando o uso, mas é tão simples e seca tão depressa que não me importo! 


A Inês de há muito poucos anos jamais usaria um vestido destes, principalmente porque tenho curvas. O nosso cérebro consegue ser muito cruel, às vezes, e sempre que experimentava uma peça destas, ficava com complexos por ficar tão solta e fluída na região do peito e cintura, e tão justa na zona das ancas. Este vestido preto é lindíssimo, simples e versátil para um dia de praia ou um jantar ao final do dia, sim, mas aquilo que mais gosto neste vestido foi a lição que me deu acerca da importância de a) relevarmos algumas das ideias que temos na nossa mente e b) ver mulheres com corpos diferentes a usar a mesma peça. 

Durante anos, vi nas redes sociais este tipo de vestido em mulheres sem curvas e fica lindo (e é curioso que elas sempre pousavam de forma a evidenciar a anca, mas eu nunca me concentrava nisso, claro...). Mas ver mulheres com a mesma fisionomia que eu – cintura fina, anca pronunciada – a usá-los e a ficarem lindas também fez-me pensar ‘caramba, se eu acho que fica espetacular e super atraente nelas, porque é que eu não posso ficar?’ e desencanei. Agora uso-o um exagero de vezes e sinto-me especial em todas elas, não só porque me sinto bonita e feminina, mas também porque é uma vitória. 

É estranho pensar que aos vinte e muitos ainda estou a aprender a abraçar o facto de ser mulher e ter corpo de mulher, mas isto é apenas o resultado de uma sociedade com padrão de beleza marcado. Estou a aprender a contrariar as lições erradas que retirei. Espero que vocês também. 


Peças delicadas e minimalistas são as minhas preferidas, principalmente quando reservam um significado especial – mesmo que incompreensível para os outros. Trouxe este colar da Ericeira e adoro que seja resistente a água salgada (não costumo usar joalheria quando vou para a praia, mas gosto de metais resistentes). Tem 7 pequenas pedrinhas e um significado especial, mas privado, para mim.

Não costumo investir em blush porque tenho tendência a corar por tudo e por nada, fazendo com que a maioria dos produtos apenas evidencie esse fenómeno com mais intensidade – e eu dispenso. Mas trouxe este blush em bastão (como eu mais gosto, porque adoro aplicar com os dedos) da KIKO, tom 08, porque não é excessivamente rosado e imita, na perfeição, aquele rosto beijado pelo sol, sabem? Adoro espalhar no topo da maçã do rosto e um bocadinho mínimo na cana do nariz. Fico com um ar mais saudável e bronzeado! 

Ainda na onda de maquilhagem para o verão, se quiser complementar o glow de verão com um batom, este Blossoming Beauty no tom 03 é a minha escolha. É um gloss holográfico e, quando li isto no rótulo, confesso que não achei grande graça, mas o tom é perfeito! Tem uma base coral rosada que combina imenso com uma pele de verão, e o brilho holográfico oferece ainda mais luz ao rosto. Depois de um dia de praia e com planos para jantar, fica lindíssimo. Se quiser um efeito mais discreto, retiro suavemente o excesso. 

Para o quotidiano, e depois de a KIKO ter alterado a fórmula do meu batom de boca preferido (e, consequentemente, o tom), encontrei a alternativa perfeita e que tem sido a minha escolha diária: o Blossoming Beauty Hidrating Lipstick no tom 02. É a escolha ideal quando quero apenas dar um tom saudável aos meus lábios e oferecer-lhes um aspeto hidratado, mas natural. Para mim, o único defeito é ser uma edição limitada, o que significa que a minha busca pelo tom de boca foi só momentaneamente interrompida. 

Cheguei tão tarde à festa que, quando finalmente pude ter contacto com os produtos da Glossier, descobri que a marca já teve melhores dias. Mas, hoje, venho defendê-la porque nunca experimentei uns batons do cieiro tão incríveis – e eu já testei muitos! 

Para mim, a maior prova de qualidade está na aplicação noturna: passo sempre batom do cieiro antes de dormir e, acho extraordinário quando acordo (depois de me mexer incessantemente) e sinto ainda o produto nos lábios. Nunca me tinha acontecido (eventualmente, o batom acaba por sair ao passar o rosto na almofada ou lençóis). O efeito nos lábios é incrível também: ficam hidratados, sem rachas nem pele morta. E o aroma de todos é delicioso! 

Quando visitei a Glossier, eles estavam com várias promoções e acabei por trazer três às cegas: birthday balm dotcom, cereja e lavanda. Uso o birthday balm dotcom para dormir por ser transparente (mas tem um glitter muito discreto que dá aos lábios um efeito giríssimo!) e os outros dois no dia a dia porque têm cor, e o meu alívio é ter três porque são tão fantásticos que vou ficar de coração partido quando já não tiver nenhum. 

A minha descoberta deste verão foi esta bruma para cabelo da The Body Shop. Têm dois perfumes disponíveis: limão e maracujá, mas eu adoro todos os perfumes e aromas de limão, portanto, a minha escolha foi imediata (mas o de maracujá é incrível também). Embora seja um perfume para aplicar no cabelo, eu confesso que até acabo por usar como perfume normal porque é suave e perfeito para o verão. E cheira a limão!!!


Já tinha partilhado convosco no meu artigo sobre auto-cuidado que tenho mergulhado no infindável mundo das máscaras e tenho encontrado algumas surpresas boas. Uma delas foi esta máscara para olheiras da Garnier, com efeito gelo. 
Mantendo a transparência habitual: não vos consigo garantir que noto efeitos tanto na redução de papos (que também não tenho muitos), como na suavização do tom. Mas a sensação que a máscara me proporciona naquela zona vale cada cêntimo. 
Sabem quando estão abatidos pelo dia e sentem a vista pesada e cansada, como se tivessem chumbo atrás das pálpebras? É quando mais gosto de aplicar esta máscara porque tem efeito gelado e o alívio é imediato. Além disso, não escorrega – perfeito para quem é bicho carpinteiro como eu e não consegue fazer uma máscara deitadinho – e tem um aroma cítrico tão bom…! 

 Para combater um pouco o desperdício das máscaras descartáveis (só uso mesmo as de olheiras ou quando recebo alguma de tecido como oferta), tenho optado pelas alternativas em creme quando quero uma máscara de rosto. A minha preferida tem sido esta máscara de hidratação noturna, da Gaulíe. Aplica-se como um creme normal e não é necessário enxaguar. Costuma ser dos meus últimos passos antes de dormir e adoro que seja prática e tenha um perfume suave. Quando acordo, sinto a pele mais firme e iluminada (mas não consigo garantir que não seja placebo?). Faço a máscara uma vez por semana. 
Fiz esta descoberta num supermercado em Berlim e vejamos: há alguém neste planeta que não concorde que isto foi criado para mim? Afinal de contas, é um chocolate com sabor a earl grey. E embora tenha provado isto com muuuuito medo, é tão delicioso que já só quero voltar a ter um pacote destes nas mãos (Ana!!! Bitteeeee!). 


Durante a nossa viagem a Berlim, apanhámos uma onda de frio tão inacreditável que chegávamos a casa estafadas e geladas. A rotina de chegada a casa tornou-se sempre a mesma: colocarmos os nossos pijamas confortáveis, sentarmo-nos à mesa e bebermos um chá antes de nos deitarmos. A Ana tinha um de eleição sem cafeína: manga com gengibre, uma combinação inesperada e improvável, mas que eu amei tanto que trouxe uma embalagem comigo. 

É o chá perfeito para quem está no processo de deixar de colocar açúcar porque é bem doce e tem o picante inesperado do gengibre para equilibrar. Ainda não experimentei frio, mas deve ser delicioso também. Se forem à Alemanha, recomendo-vos que experimentem – é tão baratinho, vale a pena! 

Agora, sempre que preparo uma chávena, sou transportada para aquele momento ao final da noite, em que digeríamos o dia juntas e com chávenas quentinhas, às vezes num silêncio confortável e provocado pelo cansaço, outras vezes ainda com um bocadinho de energia extra para falar ou rir sobre qualquer coisa. 


A minha relação com a culinária continua puramente utilitária, mas sinto que tenho arriscado mais a preparar pratos seguros e a testar combinações. E algo que adoro experimentar são temperos novos e diferentes. A Margão tem uma coleção gigante de temperos e os dois que trouxe são incríveis: Segredos do mundo (Itália) e Segredos para peixe

Na verdade, eu ignorei um pouco o rótulo e meto estes temperos em qualquer coisa que eu desconfie que combine, e faz toda a diferença! Vegetais, proteína, massas… Se acho que vai ficar bem, arrisco adicionar. E adoro ambos, enriquecem muito os sabores do prato sem precisar de acrescentar sal. 


Sou gulosa (e louca!) o suficiente para me deparar, por vezes, com algumas invenções gastronómicas e pensar ‘vou experimentar!’. A mais recente? Chá com sabor a tripa de Aveiro (para quem não souber o que é uma tripa de Aveiro: é o total contrário do que estão a imaginar. É uma espécie de panqueca, com uma massa mais densa e doce, onde se costuma colocar um recheio antes de ser fechada num quadrado. É o céu numa dentada). 

Esclarecido que não são entranhas, chá de tripa de Aveiro tinha tudo para dar certo ou errado. Estando aqui nesta rubrica, acho que conseguem antecipar o veredito, mas eu reforço: é delicioso. 

Sabe exatamente a uma tripa de Aveiro? Eu diria que não e que o aroma me remete muito mais para o strudel de maçã. Mas o travo abaunilhado faz do chá uma delícia. Inclusive, gosto de abrir o saco da infusão e deixar aberto enquanto preparo o chá, só para o aroma se espalhar na bancada. E como me recuso a comer tripa em qualquer outro lugar que não Aveiro, serve para matar saudades. Comprei na loja Zeca – experimentem porque vale a pena se gostam de chás docinhos!





Uma das minhas últimas aquisições de Londres, horas antes de partirmos para o aeroporto, foi esta placa de cerâmica. Estava à venda num mercado artesanal ao lado de Covent Garden, são feitas à mão e procuram imitar uns rebuçados muito típicos dos anos 90 que tinham tons pastel e mensagens. Entre todas as mensagens, acabei por escolher ‘Thank You’. Está provisoriamente pendurada, mas o significado é especial: não só é algo que valorizo muito (gratidão, mesmo que a palavra esteja em desgaste por tanto mau uso), como eu acho que a viagem a Londres foi tudo o que precisei, na altura certa. Foi algo que quis muito agradecer por ter estado ali. 


No mesmo mercado da placa de cerâmica, estava uma artista que faz art prints de Londres com base numa mistura de aguarelas e colagem. Um trabalho incrível e minucioso ao qual fiquei rendida. Este art print tinha de vir comigo: acho que transmite bem o caos colorido e planeado de Londres, cheio de vida. 


Não fiz muitas compras em Braga – aliás, só fiz esta! –, mas quando vi este porta-canetas numa pequena loja de decoração muito criativa, não resisti e trouxe comigo. Gosto muito do contraste entre a forma como me expresso a vestir e a forma como me expresso no meu ambiente de trabalho: sou muito clássica e neutra nos meus coordenados, não arrisco em grandes tons ou padrões, mas na secretária a conversa é outra e adoro misturar cores e elementos, num caos harmonioso e onde eu me entendo. Acho que, quando se trabalha com a criatividade, tem de se ter estímulos criativos e reservo-os todos para a minha mesa de trabalho.


Os próximos parágrafos que se seguem poderiam também ser apelidados de ‘Harry Potter Haul’. E se isto não denuncia melhor do que ninguém que estive em Londres, não sei o que mais fará. 

Uma das nossas primeiras paragens foi na House of Minalima, a loja oficial dos designers que idealizaram uma série de adereços da saga Harry Potter, conferindo à história ainda mais graça e personalidade. Entre uma coleção de artigos incrível, trouxe comigo um bloco de notas onde a capa é uma réplica do famoso manual de poções. 


Já partilhei por aqui que, no que toca a merch do Harry Potter, tenho um gosto muito específico por artigos discretos e que não gritem exageradamente que são do Harry Potter – porque a verdade é que, a grande maioria, acho foleira. 

E assim que vi estas etiquetas para bagagem, fiquei apaixonada. É algo tão simples, mas tão especial e divertido, especialmente para a minha geração, que tinha 11 anos quando os filmes arrancaram e que aguardou impaciente pela sua carta de Hogwarts. Acho que foi o souvenir que trouxemos para mais pessoas por termos achado uma gracinha! 


E ter ao dispor tantas lojas de merch do Harry Potter é ter concretizar algo que um Gryffindor ou Slytherin jamais terá de se preocupar: encontrar merch da sua casa. Sendo uma Ravenclaw, posso confirmar que nunca há nada da minha casa nas lojas em Portugal, portanto, foi o meu momento de vitória (aliás, nosso, porque a minha companhia também é um proud Ravenclaw). 

Assim sendo, cumpri o sonho e trouxe comigo um cachecol e uma camisola dos Ravenclaw. Ambos são perfeitos porque o logo da casa é discreto (aliás, no cachecol nem existe) e os materiais não gritam ‘merch a todo o custo’, sabem? Na verdade, tanto a camisola como o cachecol são feitos à mão na Escócia (achei curioso!). Ainda estou contente com o verão e não quero que vá já embora, mas quando o outono/inverno chegarem, vou totalmente sentir-me em Hogwarts


Por último, talvez a compra mais especial tenha sido também a mais barata: a carta para Hogwarts personalizada! 

Na loja oficial do Harry Potter em Kings Cross, podem comprar a vossa carta de Hogwarts personalizada na hora (e é dos artigos mais baratos que vão encontrar na loja, inesperadamente). Como ambos queríamos uma carta e a funcionária (portuguesa e adorável!) recomendou que fizéssemos uma morada criativa, como a do Harry, optámos por preencher a carta um do outro e a que ele fez para mim ficou sensacional. 

Ainda só a tenho aborrecidamente guardada, para já, mas o objetivo será emoldurar o envelope e a carta, para pendurar. Assim que estiver pronto, partilho convosco no Instagram porque acho que é uma ideia de presente engraçada. 


Não foi uma tradição planeada, mas dei por mim a reparar que alguns dos nossos artigos preferidos de cozinha oriental (pauzinhos, suportes para a soja, etc) foram sempre comprados em gift shops de museus de design. Há tanta coisa original e criativa e nós não resistimos. Em Londres encontrei mais um artigo para a nossa coleção tão inesperada: um suporte para pauzinhos a imitar um origami. É tão adorável e aleatório...!


Antes de partir para Londres, o meu weekly planner terminou e, por isso, quando entrei na Paperchase, fui com a missão clara de encontrar um substituto. Achei que este era perfeito, com pequenas abelhas e super adorável. Eu adoro a Paperchase – irei falar melhor sobre ela quando fizer o guia de compras de Londres -, mas posso adiantar que é uma loja de estacionário maravilhosa para quem adora artigos de papelaria e a um preço simpático (para libra).


Um detalhe que acho curioso na minha paixão por andorinhas – e respetiva coleção: foram-me todas oferecidas, sempre em momentos em que voei. Estas não foram exceção e apanharam-me totalmente de surpresa. Oferecidas pela Carolina, fiquei muito emocionada, principalmente porque foram-me entregues em tempos de grande vulnerabilidade e onde ainda não tinha percebido que era a altura de voltar a voar. Obrigada, Carolina!


E se vocês acham que todas as minhas amigas planearam indiretas para eu voar através de andorinhas, vocês estão certos. Esta chegou esboçada pelas mãos da Lyne, num presente de aniversário tardio. Uma vez mais, fiquei tão emocionada que sinto que não disse coisa com coisa, mas rapidamente arranjei-lhe uma moldura e um espaço de destaque em casa. A Lyne é uma verdadeira artista e motivou-se para aceitar as primeiras encomendas de esboços assim, simples e delicados – enviem-lhe mensagem com a vossa ideia, ela é um doce!


E para terminar esta saga de andorinhas, o museu Bordalo Pinheiro tem agora à venda as mesmas andorinhas que estão instaladas no pátio da entrada. São feitas especialmente para o exterior, para que possamos colocar nas nossas varandas, pátios e jardins. As minhas já estão penduradas e são uma gracinha sem igual.


O estilo orgânico na decoração não é muito o meu género, e artigos de linhas curvas e retros costumam não fazer parte da minha wishlist, mas este abajur foi uma aquisição muito desejada, precisamente pelo contraste. Acho que conversa muito bem com duas peças de cerâmica que estão neste móvel e que também têm uma linha orgânica. Além disso, a luz é perfeita, suave e ideal para dar ambiente. Tem sido um querido do Tiktok e eu entendo porquê.


Não trouxe grandes souvenirs de Berlim – pelo menos, não os convencionais -, mas não deixei escapar este: um pedacinho do Muro de Berlim. Comprei-o numa loja mesmo ao lado do Checkpoint Charlie (também vou fazer um guia de compras de Berlim, contem com isso!) e a parte mais incrível é que, além de poderem assistir através de uma janela ao processo de extração destas pedras, recebem também um certificado a autentificar o vosso pedaço de Muro de Berlim. 

Acho que tem um simbolismo incrível, um lembrete de que a força da liberdade quebra barreiras e faz dos muros (os reais e figurativos) aquilo que são: um pedaço de pedra frágil. 


O jardim da casa da minha avó cheirava sempre a lúcia-lima, especialmente depois de chover. Lembro-me de ser miúda e me entreter a apanhar as folhas e coloca-las num copo de água para fazer perfume. É uma memória olfativa muito forte e nostálgica, ao ponto de sentir sempre um conforto especial quando bebo chá de lúcia-lima (sem verbena!).

Quase vieram as lágrimas aos olhos quando descobri uma vela de lúcia-lima em Aveiro, a casa-mãe. Agora, sempre que a acendo, o meu espaço fica a cheirar ao jardim da minha avó. Uma casa que já não existe, um jardim que se perdeu, mas que ainda vive na minha memória e coração, especialmente com esta vela.


Há momentos no meu Instagram em que eu tenho a confirmação de que estou bem acompanhada por uma comunidade de almas velhinhas. E este jogo foi um exemplo perfeito disso. Nada mais, nada menos do que um sudoku de tabuleiro com cores ao invés de números. Foi a absoluta loucura na minha caixa de mensagens porque me esqueci de onde tinha desencantado esta ideia genial: da Tiger, pois claro. 

Contem comigo para todos os jogos de tabuleiro e mais alguns e, aparentemente, podem também contar com o pessoal que me segue. Para quando uma maratona de jogos de alminhas velhas, malta? 


Trouxe do concerto do Harry Styles – falo mais sobre isso no resumo dos meses – este poster a celebrar a cidade e a data do concerto, e não podia estar mais feliz. Cada vez mais adoro decoração com personalidade e, como supracitei, gosto de artigos com cor e que contem uma história. E este poster vai sempre evocar uma memória muito boa, de um concerto especial e que eu estava mesmo a precisar.
Que resumo fazer de 3 meses que pareceram milhares de anos? Foram milhares de anos, para mim. 

Foi um misto de coisas tão boas e tão más, que resultaram numa salada de acontecimentos agridoce e da qual acho que ainda estou a processar, como um carrossel absolutamente louco que teve momentos incríveis, mas também segundos em que achei que ia sair disparada borda fora. Eu saí agora desse carrossel e ainda tenho a visão desorientada e as pernas bambas. 

Mas já sei que a técnica é sempre infalível: tirar o penso e os elefantes da sala. Um término, uma gripe e uma pneumonia silenciosa (desculpem, médico/as que me acompanham, eu sei que vocês detestam este termo). A Belka doente e outras notícias tristes. Tudo em catadupa, virando a cabeça e o coração ao contrário. Há momentos em que parece que somos testados e este foi um deles. 

E é em grandes momentos de fragilidade que descubro grandes consolos e fontes de força. E é sobre eles que me quero alongar neste resumo de maio, junho e julho. 


A começar por aquilo que mais me deixa feliz a fazer na vida: viajar. Em maio, fomos juntas para Berlim visitar o 4º elemento do nosso Quarteto Fantástico e tive tudo o que precisava: amigas que me fazem rir mesmo quando tenho vontade de chorar, cultura, rolos de canela, chai latte e muitas cantorias pelas ruas. E se elas me aturam com fome e de coração partido, então sei que são elas que levo comigo para as trincheiras.


O destino seguinte foi Braga, uma viagem curta mas igualmente especial: a primeira vez que viajei de carro para o Norte sozinha. Uma experiência que não estou louca por repetir, mas que foi muito importante para mim, uma prova a mim mesma. E embora tenha estado muito pouco tempo sozinha – afinal de contas, havia tantas saudades para matar com a Carolina e um aniversário para celebrar em grande com a Joaninha – os momentos de solitude foram fundamentais naquela altura para arrumar a cabeça e encontrar um pouco de alívio numa cidade diferente, entre passeios, mergulhos e sestas despreocupadas. Foi o fim de semana que precisava e não sabia. 


Londres foi o penúltimo destino de tantos passeios e teve sabor a casa, a colo. Foi um regresso muito esperado por mim e uma estreia para a minha companhia. Verdadeiros dias de aventura e, embora eu ainda queira voltar e fazer um roteiro menos turístico, foi incrível poder mostrar-lhe os lugares icónicos da cidade e criarmos memórias e histórias juntos (algumas muito cómicas!). Além disso, sinto sempre que pertenço quando estou em Londres e isso era o conforto de que precisava.


Por último, Aveiro. Mais um regresso com sabor a casa, como sempre tem. Sabe sempre a pouco, e o toca-e-foge tem sido a nossa assinatura, embora não adore. Ver a família, matar saudades das ruas, das comidas, das lojinhas, da minha amada tripa. Não há melhor curativo do que este. 


E entre estas viagens? Houve muita rotina, muito foco no trabalho, momentos de convívio e festa com os meus colegas, caminhadas com as amigas ao final do dia para descontrair, jantares de despedida e leituras na piscina. 


Celebrei o aniversário da Belka, voltei aos treinos devagarinho, passeei por mercaditos e feiras, experimentei o cinema 4D pela primeira vez, tive direito a muitas sopas da avó, saboreei os meus adorados almoços de domingo e fui à praia dar os primeiros mergulhos de mar. As primeiras férias de descanso puro chegaram e, embora curtas, foram deliciosas. 


Tive direito a momentos de brunch, jantares, passeios nas noites quentes de verão e até a embarcar num novo projeto sobre o qual ainda não posso adiantar muito, mas que já podem começar a acompanhar em @thecharactersclub. Recebi um poema escrito com base no que estava a sentir e celebrei vitórias de amigos.


Para terminar  e sair deste carrossel como acho que já merecia, tive direito a um milagre: 2 dias antes do concerto do Harry Styles, consegui um bilhete e lá fui eu, em rosa e excitação, ver aquele que está no meu TOP5 de concertos preferidos de sempre. Ter tido o privilégio de assistir a tantos dos meus artistas preferidos ao vivo tornou-me cada vez mais exigente em concertos e ver um artista interagir com o público, entreter e encontrar elos de ligação fez-me admirar ainda mais o Harry Styles, não só enquanto intérprete, mas também enquanto artista - ao ponto de me emocionar no seu concerto.

E ainda tive a oportunidade de dar um xi-coração à minha Leonor – a quem o ano também tem sido ingrato. Se existem duas pessoas no mundo que mereciam a boa energia que aquele concerto proporcionou, éramos (e somos) nós. E o Universo tratou de nos recompensar.

Agosto, faz-me voar.

8 comentários

  1. Amiga, que favoritos bonitos, necessários e calmos. Como te senti em todas e cada uma das palavras. Adoro-te. Tinha saudades e foram os meus favoritos.

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  2. Foi tão bonito e puro ler estes favoritos...espero que voes alto sem medo do futuro.

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  3. Sinto que tenho tanto para comentar sobre este mega favoritos mas acho que o vou resumir na palavra que resume a sensação que a leitura deste artigo me proporcionou: leveza. A tua escrita é fluida, querida Inês, mas ao mesmo tempo nota-se a escolha cuidadosa de cada palavra. Ler-te é (cada vez mais) como ouvir uma música da qual se gosta muito.😊
    Gostava de te sugerir um canal de YouTube que gosto bastante e que, acredito, irás gostar também. Chama-se "Simple Victoria" e, por vezes, chego a encontrar muitos elos de ligação entre a Victoria e tu, Inês.
    Um beijinho de quem aguarda já os próximos favoritos! 🤍

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  4. De todos os favoritos de sempre, estes são os meu favoritos <3 Ansio por ler tudo-tudo das tuas super-viagens e fiquei vidrada nas tuas descobertas culinárias e aquisições potterescas!

    E que bem soube o nosso abracinho naquela ânsia pré-Harry, merecíamos muito, obrigada por isso. É hora de abrir as asas e voar, vamos?

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  5. Que post espetacular!!! Acho que o vou revisitar imenso! Estes favoritos acho que foram os meus preferidos <3 E o Harry! Acho que vou andar imenso tempo com o feeling de "Isto aconteceu-me!". Quis o destino que também 2 semanas antes conseguisse bilhete! Senti-me tão eu e foi tão especial com muita emoção à mistura <3
    Inês posso-te perguntar de onde são o colar da lua e o pijama lilás? São um verdadeiro mimo <3
    Obrigada por este post que passa tão bem a tua dedicação e amor para este lado <3

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    1. O pijama é da Primark e o colar da lua é de uma marca artesanal chamada 'Tesoura e Pincel' da Edite Fidalgo :)

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  6. Espero que Agosto tenha sido incrível, dentro do possível e que esse coraçãozinho se esteja a curar aos poucos. 🤍
    Tripa de Aveiro é maravilhosa!🤭

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