Creio que falo por todos quando digo que o Sol de fevereiro nos salvou depois de dias incessantes de chuva — climáticos e mentais. Os primeiros raios de Sol anunciam o aproximar da primavera e de momentos melhores. Este mês, os destaques são poucos, mas muito bons. Fazemos o balanço juntos?
Os dias de Sol e um pouquinho mais quentes permitiram-me estrear algumas peças que recebi no Natal, especialmente esta blusa, pela qual morri de amores. Tem um aspeto bem vintage, quase Vitoriano, mas tenho conseguido coordenar com várias peças no meu armário; jeans e sapatilhas brancas compõem um look mais casual mas também gosto de brincar com correntes diferentes, usando a blusa com umas jardineiras, por exemplo. É uma peça com presença mas sem excessos.
Este casaco da Quebramar também estava carinhosamente embrulhado para mim e à espera dos dias a chamar a Primavera. Não irrita nem faz comichão, tem um tecido suave e ideal para aconchegar. Gosto de o combinar com blusas e camisas mas também é uma boa opção com t-shirts. Recorda-me os coordenados de domingão, quando todos saíamos para ir laurear a pevide, sabem?
O desinfetante de mãos da Haan é o meu go-to desde que o experimentei pela primeira vez. Funciona como spray, não é pegajoso e tem uma fórmula hidratante que não seca as minhas mãos nem as deixa a escamar. Adoro o formato ergonómico, que dá para manter nos bolsos sem atrapalhar e (para mim, uma das melhores vantagens) tem uma extensa gama de perfumes em que 90% são fragrâncias suaves. Já não aguento o cheiro dos desinfetantes mas, honestamente, as alternativas eram terríveis — lembro-me de estar tudo louco com a marca Bow, mas experimentei e odiei o cheiro. O que eu tenho é o mais suave de todos e o perfume não fica nas minhas mãos durante muito tempo, perfeito para não interferir. É recarregável e 20% dos lucros da marca são revertidos para projetos de combate à crise hídrica. Encontram em farmácias ou no site da Haan. Fica a sugestão para quem tem mãos e narizes sensíveis.
Agora que modelo o cabelo com mais frequência, quis apostar num protetor de calor. No verão passado, a minha amiga Joana usava este da TRESemmé e recomendou-mo, portanto, foi a minha aposta e estou rendida. Passo por todo o meu cabelo seco, especialmente nas pontas, uns minutos antes de modular e sinto que fica mais brilhante e cuidado. E o perfume desde produto é maravilhoso!
Cinco Voltas na Bahia e Um Beijo para Caetano Veloso
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"Cinco Voltas na Bahia e um Beijo para Caetano
Veloso tem a música perfeita — e lê-se a ouvir essa
música — tem cheiro de mar e toque de tecidos
de algodão branco. Li no começo gelado do ano
mas, enquanto o tive nas mãos, saboreei de um
calor tropical que espero, um dia, voltar a sentir.
Talvez não por palavras tão perfeitas como a
autora soube escolher, mas através dos meus olhos.
Seguramente, um dos melhores livros de 2021."
Love Letters of Great Men
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"(...) o mais fascinante destas cartas é que não
encerram só romantismo: há testemunhos de
paixão, ciúme, desilusão, obsessão, mágoa, admiração
e tristeza. No fundo, nestas simples cartas de amor,
conhecemos um lado muito mais humano de
personalidades que se destacam e permanecem
na nossa memória por outros feitos. Mas para
alguém, eles eram simplesmente... humanos.
Alguns, o seu amor. Noutros, um homem
perdidamente ciumento e manipulador."
Faz a Tua Cama
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"Embora não tenha o mínimo fascínio pelo
universo militar e considere algumas das suas experiências
questionáveis para a minha realidade, os seus dez
princípios podem ser transversais à vida e
compreensíveis. Dei por mim, durante a leitura,
a resgatar quais foram as minhas próprias
experiências que me fizeram chegar aquela lição,
um exercício muito interessante."
The Brain: The Story of You
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"(...) da autoria do neurocientista David Eagleman,
que responde a curiosidades como, por exemplo,
como tomamos decisões? Como é que temos
auto-perceção? Qual é a lógica das necessidades
sociais? Porque é que vemos tudo em câmara
lenta quando estamos a presenciar um acidente
ou um evento traumático? Qual o futuro da
relação da tecnologia com humanos?"
Deus Cérebro
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"Com uma fotografia e edição sublimes e a locução
muito original e arrojada de Inês Meneses e Luís
Pacheco, cada episódio tem a duração média de 1
hora e é a série que eu gostava que toda a gente —
sem escapar ninguém! — assistisse. Porque aproxima
a ciência, porque desconstrói alguns mitos e
preconceitos com doenças mentais ou doenças de
espectro, ajuda-nos a compreender como é que
certos mecanismos se operam no cérebro de forma
a tornar-nos... quem somos. Tudo isto com uma
linha de partida muito poética e filosófica, o que
acaba por envolver a ciência na arte, uma ideia
em que acredito há muito tempo."
Pretend It's a City
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"É uma produção muito original e sem grandes
pretensões. Não há planos dinâmicos, edições
estrondosas nem um storytelling excêntrico, deixando
todo o protagonismo na cidade que nunca dorme
e em Fran Lebowitz, que enche toda uma casa
com as suas opiniões corrosivas e muito cómicas.
Em vários momentos, senti que esta série era um
podcast visual por me proporcionar os mesmos
estímulos e sensações."
Naveguei pelo Clubhouse nos primeiros passos da app para fins profissionais mas só tenho um perfil pessoal há pouco tempo e estou em modo turista total! A dúvida que mais impera é se a app vale a pena e eu penso que, se já são consumidores e apreciadores de podcasts, vão desfrutar. O Clubhouse tem salas de chat dos mais variados temas e não é obrigatório que participem — podem simplesmente ser ouvintes e, se alguma vez vos apetecer contribuir para a conversa, enviar um pedido ao moderador para participar. Nunca participei mas tenho sido ouvinte em muitas salas e sinto que é uma mistura entre podcast e conferência. A verdade é que a estratégia da rede foi absolutamente brilhante mas não deixa de ser uma rede social: é fundamental que usufruam da app com consciência e que compreendam que, como em qualquer rede, há conteúdo fantástico e conteúdo medíocre. Mas tenho gostado de "turistar" por lá! Se estiverem por lá e quiserem seguir-me, o meu user é @innmartinsm.
Um miminho que eu amei e não tenho largado. Este é um estojo pequeno mas que me permite transportar os materiais de escrita mais imprescindíveis. Continuo a trabalhar por casa mas, quando estivermos mais livres para circular, vai estar na minha carteira para qualquer eventualidade. O couro é falso mas o material é fantástico e casa bem com a agenda — foram feitos um para o outro!
As playlists
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É mais fácil pensar no que fevereiro me privou do que agregou, mas esforço-me para contrariar esse exercício. Fevereiro foi um mês modesto, com pequenos sustos mas que, no geral, se comportou tal e qual o tempo: sem grandes promessas no início e com dias bonitos na reta final.
Em Fevereiro, fiz muitas maratonas de Gilmore Girls, de leitura e joguei jogos de tabuleiro para colorir as tardes monocromáticas de chuva. Não foi um mês pautado pelos disfarces, os corsos nem as músicas animadas, mas tive direito a uns pequenos dias de férias para arejar a mente.
Celebrei 6 anos com o Diogo sem uma comemoração apropriada, celebrei 7 anos de Bobby Pins com muita música (obrigada!) e celebrei as pequenas vitórias do trabalho.
Os dias de Sol foram aproveitados com caminhadas pelo campo, sestas na relva com a Belka, chá gelado à varanda e as primeiras túlipas na jarra. Senti saudades, iniciei a reta final do meu estudo, participei em formações, agarrei novos desafios e adormeci em chamada, com o coração com demasiadas saudades para ter coragem de desligar.
Fevereiro foi assim, pequenino, um pouco luminoso e subtil, onde os momentos altos do dia foram as chamadas das pessoas especiais, as atividades em que me fui metendo para abrir a mente, as caixinhas do take-away e as caminhadas a céu azul me salvam, um pedacinho de cada vez, das fronteiras.
Março, sê bonito.
Uso o mesmo protector de calor há uns anos e adoro! 😍 Não conhecia esse desinfectante, mas vou pesquisar sobre ele.
ResponderEliminarA Sofia World