Robin S. Sharma ficou na memória e coração do mundo inteiro através deste best-seller que muitos prometem ser um livro transformador. O Monge que Vendeu o Seu Ferrari apresenta-nos Julian Mantle, um ex-advogado, colega de profissão de Robin, que vivia uma vida de excessos e excentricidade, pautada pela obsessão pelo trabalho. Depois de um episódio decisivo na sua vida, Julian desaparece da vista dos seus colegas e Robin volta a encontrá-lo em circunstâncias que jamais imaginaria: monge, rejuvenescido e vivendo uma vida simples e humilde. O autor compromete-se, assim, em partilhar a conversa em que Julian revelou todo o seu percurso e as aprendizagens para a vida que retirou depois de uma transformação absoluta no seu modo de viver.
Embora de narrativa muito simples, agradável e de fácil ritmo de leitura, não posso dizer que tenha terminado este livro arrebatada ou juntando-me aos demais que consideram ‘o livro da sua vida’. Com lições e analogias pertinentes, há um certo conforto no lugar comum mascarado de filosofia oriental que me soube a pouco (para não dizer a desejar). Em nenhum momento senti que este livro era autêntico: os timings do diálogo e o desencadeamento da conversa parecem oportunistas, e a regularidade com que o autor admite não compreender premissas simples para servir de gancho ao desenvolvimento da ideia traz uma sensação de imbecilidade e não de oportunidade.
Não há absolutamente nada de incorreto nas partilhas do monge. São, aliás, muito importantes de adaptar ao nosso quotidiano e de as mantermos sempre presentes. Mas também não são surpreendentes — embora as analogias sejam originais.
Não foi uma extraordinária surpresa mas não desaconselho a leitura. Recomendo a gestão de expectativas.
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Bertrand
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Este livro já me foi sugerido por várias pessoas, que dizem ser um dos seus preferidos, tal como mencionaste, pelo que já me senti tentada a lê-lo. No entanto, não me parece ser muito o meu estilo e depois de ler a tua opinião, fiquei ainda com menos vontade de o ler, pois sou muito crítica relativamente ao estilo de escrita e construção do enredo e, não sendo autêntico, sinto que não vale muito a pena.
ResponderEliminarFinalmente alguém que partilha da mesma opinião que eu!
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