O nascimento deste livro tem uma história muito curiosa e que realmente demonstra o poder da influência do público; grandes fãs de Sexo e a Cidade certamente lembrar-se-ão de um momento em que a Carrie e o Mr. Big liam um para o outro um livro que compilava cartas de amor de celebres figuras da História e da cultura. A cena foi um sucesso tão grande que, no dia seguinte, todas as livrarias norte-americanas acusaram uma afluência inesperada do público da série a pedir para encomendar o mesmo livro. O detalhe curioso: o livro não existia.
Foi o que motivou Ursula Doyle a satisfazer as massas e realmente compilar cartas de amor das mais variadas figuras que marcaram a História, arte e cultura. Neste livro pequeno e de rápida leitura, cada carta apresenta uma breve descrição biográfica do redator e um contexto de como, porquê e para quem essa carta foi redigida. De Napoleão a Mozart, passando até por Pierre Currie, o mais fascinante destas cartas é que não encerram só romantismo: há testemunhos de paixão, ciúme, desilusão, obsessão, mágoa, admiração e tristeza. No fundo, nestas simples cartas de amor, conhecemos um lado muito mais humano de personalidades que se destacam e permanecem na nossa memória por outros feitos. Mas para alguém, eles eram simplesmente... humanos. Alguns, o seu amor. Noutros, um homem perdidamente ciumento e manipulador.
Mais do que um livro sobre amor, acho que é um livro sobre a Humanidade das emoções, onde nem o mais poderoso imperador consegue escapar. Sendo eu uma grande defensora da palavra escrita para os outros, passei toda a leitura a torcer para que as cartas de amor nunca morram, mesmo que o digital esteja mais vivo do que nunca. Dei por mim a fazer algo que nunca faço nos livros: sublinhar.
Com o dia de S. Valentim à porta, não consigo imaginar um presente mais bonito e simbólico para a ocasião. Melhor só mesmo se colocarem no interior do livro uma carta de amor escrita por vocês. Algumas das cartas que mais gostei foram as de Alexander Pope, Denis Diderot, Schiller e Napoleão. Obrigada, Joaninha, por este presente tão incrível!
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Bertrand
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Confesso que não conhecia o livro mas fiquei curiosa (:
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Não foi bem um presente de São Valentim, mas foi um presente cheio de amor daqui até aí. Beijo enorme, querida Inn, ainda bem que gostaste, mesmo!
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