Bobby Pins

 

Não posso ser a única a sentir que setembro foi um mês estranho. Tão depressa sinto que passou num sopro como, ao mesmo tempo, demorou uma vida a passar. Foi um mês cheio, em geral, mas com poucos favoritos. Este mês, temos um destaque mais modesto, mas não menos importante.

Comecemos por aquela que foi, talvez, a minha melhor ilusão de ótica dos últimos tempos. A ida à Ópera de Viena deixou-me em total bloqueio do que levar, e embora tenha recebido no meu e-mail um dresscode, a variedade de indumentárias naquela noite foi absolutamente eclética.

Ainda assim, fiquei totalmente paralisada no que vestir: não queria uma peça que só iria usar naquela noite, mas também não queria algo que fugisse ao preceito. E a quantidade de pessoas que achou nas fotografias que estava de vestido? Perfeito. 

Na verdade, é uma combinação body com calças que eu amo e já quero repetir em outras ocasiões. O body é perfeito para as estações mais frias (de manga comprida) e o decote é original, elegante e confortável para mim. Consigo imaginar outras mais ocasiões em que o conseguirei usar, talvez com combinações diferentes como saias, ou umas calças coloridas, por exemplo. 

Já as calças, são o meu modelo preferido: clássicas, a corte direito e cintura subida, com um tecido incrível para o tempo mais frio, mas com fluidez de movimento, o que fez um efeito incrível a andar com este conjunto (e que reforçou a ideia de vestido). São super versáteis: combinei-as para esta ocasião mais formal, mas usei-as no resto da viagem com malhas, t-shirts e ficam geniais com um top. Muito confortáveis e favorecem bem os corpos pêra.

Estava há imenso tempo curiosa para testar esta fórmula matte do protetor solar da Nívea, mas acabava por nunca o trazer comigo porque tem FPS 30 – que não é muito interessante para mim, uma vez que implica reaplicar mais frequentemente do que o 50. Porém, o meu protetor solar terminou em Viena e, numa visita à DM (uma espécie de Wells da Áustria e da Alemanha, estão a ver?) encontrei precisamente esta fórmula no fator 50! 

Tenho imensa pena que seja tão difícil de encontrar o FPS 50 em Portugal porque, agora que já experimentei, vou ter de arranjar um método para voltar a comprar, quando terminar.

A fórmula é rica e bem hidratante – senti que é mais hidratante do que o meu preferido da ISDIN, por exemplo -, mas não deixa de todo a pele oleosa. O efeito não é tão matte como o da ISDIN – mas esse é imbatível! – no entanto, por uma fração do preço, conseguem ter um bom protetor solar, com um ótimo efeito de hidratação e dá um acabamento à pele muito bonito (no meu rosto, pelo menos, gosto muito). Não se esqueçam de usar protetor solar no outono e inverno também!

TALVEZ DEVESSES FALAR COM ALGUÉM

THE DREAMERS

BALADA PARA SOPHIE

MALIBU RENASCE

O universo dos videojogos (sinto-me uma velha a dizer este termo, qual é o que se usa agora??) foi algo que esteve adormecido desde os primórdios da minha adolescência e que voltei a explorar muito timidamente no ano passado. Estou longe de ser uma gamer (mais atual, não?) e a verdade é que pouco tempo tenho para fazer um serão de jogos, mas, no outono e inverno, descobri que gosto muito (especialmente jogos que não me causam ansiedade e que não têm missões contra ao tempo). 

O Disney Dream Valley foi a minha mais recente escolha, depois de ter passado semanas atrás de reviews e feedback sobre o jogo – principalmente porque a Disney não tem um histórico de fazer jogos bons. No Disney Dream Valley, vamos parar a uma espécie de Disneyland onde todas as personagens Disney e Pixar estão sob a opressão dos vilões. O objetivo do jogo é, através de pequenas missões, ir repondo a ordem no lugar e restabelecer a paz.

A maioria do feedback diz que Disney Dream Valley junta um pouco das referências de Animal Crossing e Stardew Valley. O primeiro ainda não joguei (lá chegarei), mas o segundo sim e posso confirmar que tem elementos muito semelhantes, como as missões sem deadline, criar amizade com as personagens do jogo, criar inventário para a casa, cultivar os próprios recursos… Eu adoro este tipo de jogos porque posso jogá-los à noite sem me sentir ansiosamente estimulada (é a única altura do dia em que posso, de facto, jogar) e porque consigo criar o meu progresso de jogo ao meu ritmo (nuns dias faço imensas missões, noutros estou só a tratar da minha horta, sabem?). 

Devo advertir, no entanto, que o jogo é super alinhado para iniciantes, o que para mim é excelente porque nem sempre sou muito autónoma nos conceitos e dinâmicas de jogo, mas se forem gamers experientes, talvez não achem tanta graça. Para a minha rotina, necessidades e preferências resulta totalmente, além de que é um imaginário que eu adoro. Tem sido um bom aliado para desligar e não pensar em mais nada, sabem? 

Eu pertenço ao clube que associa velas ao outono, e embora a minha vela de chai latte do Mercadona seja a tal, complementei-a com este lançamento do IKEA de abóbora e canela – embora isto tenha aroma de maçã e canela, na minha opinião. É outonal e transporta-me sempre para as receitas que costumam ser feitas no forno, por esta altura – as bolachas, bolos e tartes que nunca dispensam estes ingredientes.

Para minha surpresa – mesmo! – não fiz muitas compras na Áustria, mas uma delas é-me muito especial: um enfeite de violino. 

Comprei-o numa loja de música que encontrámos ao acaso enquanto passeávamos por Viena e tinha uma série de enfeites de quase todos os instrumentos musicais, numa criação fiel. E o violino tinha de vir comigo, claro. É igualzinho ao meu (e sei que estão a pensar: ‘mas os violinos não são todos iguais?’, mas, se tocam um instrumento, especialmente com acabamento em madeira, percebem o que quero dizer – o verniz, as manchinhas naturais da madeira, a pintura…) e, embora isto pareça um enfeite de Natal, ele está pendurado na minha secretária. É um souvenir simples, mas muito especial para mim.

A playlist

______________________________

Setembro foi eclético, cheio. Não houve um dia da minha agenda em branco e, embora adore meses preenchidos, a falta de tempo para mim deixou-me um pouco assoberbada e com a ansiedade nos picos. Foi um mês com grandes destaques, mas também muita inquietação. 

Setembro marcou um mês de notícias okay e de pequenas contrariedades que, no contexto de uma pessoa exausta e inquieta, tornaram-se maiores do que eram e mais avassaladores do que o suposto – e que geri da forma possível. Senti-me cansada na maior parte dos dias e sem grande energia ou carisma para momentos sociais. 

Porém, é nestes momentos que eu consigo enfiar (qual tetris!) momentos que me elevam o espírito e dão conforto: setembro teve visitas aos avós, um jantar com as amigas depois de três meses a alinhar agendas, caminhadas no parque, passeios e alguns (mas não tantos quantos gostaria) momentos enroscada no sofá a ler ou a fazer puzzles para um reset mental. 

No mês que marca o outono, tive direito a duas visitas à Feira do Livro, desafios de desenvolvimento que colocaram as minhas vulnerabilidades à prova, trabalhos profissionais que adorei fazer, jantares em casa onde a mesa pede extensão, muitas sopas (como eu adoro…), um escape room onde fomos a equipa da semana, preparativos de aniversários, o espetáculo da Rupi Kaur (muito obrigada, Carolina!) e pequenas comemorações, como um milhão de visitas a este cantinho (obrigada não chega e confesso que me escorreu uma lagriminha – um milhão de visitas num blog em pleno 2022? Não vos mereço...). 

No meio deste comboio alucinante que foi este mês, setembro reservava-me ainda dois momentos muito especiais: a entrada nos quadros da empresa (às vezes, recordo-me que, há dois anos, achava que isto acontecer na minha vida - efetivar na área que me deixa realizada - era uma miragem e agora aqui estou eu!) e a minha viagem a Áustria com elas. E para esta última, senti um otimismo que se verificou em toda a viagem: foi o culminar perfeito de setembro, onde estive com pessoas com quem me sinto 100% confortável para ser eu, num lugar onde me imaginaria a viver mil vidas e com um sentido de recompensa pelo caos dos últimos meses (que foram ligeiramente mauzinhos comigo). Senti que setembro terminou em tréguas, com as pessoas certas e uma inspiração renovada para terminar o ano alucinante que tem sido 2022. 

Outubro, sê o meu mês, por favor.