Qual é o custo da ambição e a unidade de medida do talento? São duas perguntas que atravessam os séculos e gerações de artistas, com várias tentativas de resposta. Balada para Sophie é mais uma abordagem possível.
Esta novela gráfica conta-nos a história de Julien Dubois, um pianista absolutamente talentoso e aclamado pelo público, mas com uma vida privada muito reservada.
Sophie, uma jovem promissora jornalista, vai atrás desta história e nem acredita quando consegue uma entrevista com o músico, mas está determinada em conseguir contar a verdadeira história de como Julien Dubois se tornou no extraordinário artista que é reconhecido nos dias de hoje – mesmo que ele tenha uma visão contrária.
Balada para Sophie é uma história que nos faz mergulhar pela criatividade e pelas dores de artista, as comparações, rivalidades, gratidão e ambição de chegar ao topo – ou perder-se assim que a meta é atravessada. Não há nada na resposta às duas perguntas com que arranquei este artigo que seja propriamente fresco nesta história, mas a forma como é contada reforça que, às vezes, não precisamos de narrativas diferentes e sim de contar a história à nossa maneira, com a nossa arte e assinatura. Talvez as respostas não se encerrem apenas na história do livro, mas também na produção da história em si.
A ilustração é magistral e o ritmo da leitura é irresistível e envolvente, onde simpatizamos e antagonizamos com as personagens. Um trabalho verdadeiramente bem conseguido e que explora a mente e criatividade humana (com toda a sua genialidade e fragilidade).
É uma história que todos deveríamos ler
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