PASSAPORTE | Porta de Brandemburgo


Inaugurada em 1791, a Porta de Brandemburgo é o prémio de consolação de todos os que atravessam corajosamente a infinita rua Unter den Linden. O seu recorte ao fundo – ainda mais especial ao pôr do sol – deixou-nos maravilhadas. 

A Porta de Brandemburgo é o ex-libris da cidade de Berlim e um símbolo reconhecido da paz. Com uns imponentes 26 metros de altura, apresenta um estilo neoclássico e 6 colunas com 5 entradas, sendo que a central, em tempos, era de exclusivo acesso à família real e a algumas figuras emblemáticas. 

No topo, podemos encontrar a deusa Vitória numa carruagem puxada por cavalos. Esta estátua é também ela irreverente, uma vez que, ao contrário da maior parte das portas espalhadas em várias capitais da Europa, em que as estátuas estão de costas para a entrada da cidade, a deusa Vitória está posicionada com o olhar para dentro da cidade, como se se dirigisse para Berlim, num sinal de proteção à cidade – olha por ela

Esta já não é uma estátua original, uma vez que foi destruída durante a II Guerra Mundial, a par da restante estrutura, que foi bastante destruída. Em 1956, os dois territórios da Alemanha uniram-se numa surpreendente colaboração para reparar os danos, ficando a Berlim Ocidental com a responsabilidade de reerguer uma nova estátua da deusa Vitória, que ficou concluída em 1969. 

Porém, com a construção do Muro de Berlim, a Porta de Brandemburgo ficou praticamente abandonada, presa entre os dois lados e sem que ninguém a atravessasse. Foi só depois da reunificação da Alemanha que foi devolvida toda a glória a este monumento. 

Quando nos aproximamos da Porta de Brandemburgo, percebemos o quanto este monumento viveu e testemunhou; é possível observar as diferenças de tom da pedra, sinalizando os locais onde a guerra danificou a estrutura. Atravessá-la é uma atividade obrigatória numa primeira visita a Berlim. Abaixo, na fotografia, conseguem ver as zonas danificadas nas colunas.


Aquando da nossa visita, testemunhámos um pedido de casamento ao pôr do sol e por baixo da passagem central. Fez-me pensar que não havia nada mais real do que isto: sobreviver ao caos do mundo e abrigar momentos em que nada mais importa do que a ternura. 


Ainda regressámos lá à noite e tem o seu encanto – com muito menos turistas. Recomendo as duas visões e que aproveitem a caminhada para, após passarem a Porta, se dirigirem a Groβer Tiergarten.

(qualquer semelhança com as renas rodolfo é real: Berlim estava gelada em maio)

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