Amor: Sei que está tudo certo quando a palavra ‘amor’ é chave na retrospetiva. E recebi tanto, com tantas manifestações diferentes...! O amor da minha família, o amor dele, o amor dos meus amigos, o carinho com que tanta gente se manifestou neste cantinho. Só por isso sei que não me falta nada.
Aprender: Cada vez mais adoro aprender sem pretensões, e o resultado disso foi um curso concluído sobre investigação da felicidade, que eu achei fascinante, e um curso concluído de Música Clássica da Universidade de Yale que me relembrou o quanto eu já tinha saudades de estudar música.
Aveiro: Voltar a casa. Regressar a Aveiro é sempre reconfortante. E embora este regresso tenha tido um toque amargo – a minha casa de infância, onde recordo a minha avó, deixou de existir – continuo a emocionar-me em cada despedida e a desejar voltar a sentir a nostalgia que me envolve sempre que lá estou.
Berlengas: Fui, pela primeira vez, às Berlengas e a experiência foi espetacular. Com direito a snorkeling, aventuras no barco e recordações bonitas desta visita.
Burnout: Nunca tinha ouvido falar em burnout pós-caos, mas acho que reflete a forma como lido com qualquer crise: cabeça fria e objetividade no momento, e só depois da tempestade é que absorvo todas as emoções. E depois do caos que vivi em pura endurance nos últimos anos, o meu cérebro decidiu enviar a fatura. O resultado? Uma amiga que teve de vestir a bata branca comigo e fazer cara de má para eu parar. Só parar. Não acho que esteja ‘curada’, mas sei que recuperarei. Estou muito melhor.
Cerâmica: Um acaso tão bom…! Sempre que falo sobre cerâmica com alguém, sinto que os meus olhos brilham, mas é mesmo uma atividade que me traz conforto e que me tem dado lições preciosas sobre controlo (e a falta dele) e paciência. Espero que no próximo ano consiga continuar a manter esta arte perto de mim.
Coragem: Não sei se é o termo certo, mas foi assim que me senti. Corajosa por pedir ajuda e cuidar da minha saúde mental, por conduzir em Lisboa, por dizer ‘sim!’ a convites de podcasts, por abraçar mais desafios profissionais… Nem sempre foi fácil, mas no final senti que valeu a pena!
Criatividade: Na minha profissão, no journal, no guarda-roupa, na cerâmica, nas artes manuais, nos registos quotidianos e até no desporto! Acho que este foi o ano em que mais explorei a minha criatividade, que esteve tanto tempo adormecida num estilo de vida muito objetivo, científico e rigoroso. E que bom deixar esta criatividade fluir…
Férias: Férias, férias, férias…! Entre 2019 e 2021, só tive 15 dias de descanso não consecutivos. Estava exausta. Ter, pela primeira vez, direito a férias, direito a descansar, a poder gozar disto como já não vivia desde que estudava foi uma experiência perfeita. Devorei cada momento.
Frustração: Entre sustos de hospital, o carro avariado por uma cobra, um isolamento profilático durante as férias (correu tudo bem, foi só por precaução), um susto com a Belka que me fez chorar baba e ranho em pleno veterinário, uma viagem de balão cancelada, uma escapadinha cancelada, um computador morto e outros assuntos realmente sérios que não quero detalhar, sinto que a quantidade de contrariedades acumuladas ao longo do tempo resultaram em alguma frustração.
Inquietação: Mas, ao contrário da letra, eu sei porquê. Em 2021, cresceu dentro de mim uma pressa e uma agitação para ser, estar e ter. Embora nem sempre tenha sido positivo este aperto no peito e este medo do tempo, é inegável que marcou o meu ano.
Redescoberta: Há um ano disse que estava a conhecer a minha nova versão, mas que ainda não estava terminada. Hoje, sei que este processo nunca termina e que estamos em constante mutação, mas estou mais segura de quem sou neste momento. Desde os interesses aos quais permaneço leal, aos meus novos gostos. Às circunstâncias em que já não faço frete e às coisas em que ainda acho que vale a pena investir de alma inteira. Sinto que estou a descobrir uma nova amizade comigo própria.
Reencontros: A pandemia está longe de terminar, mas em determinadas fases senti-me mais confortável para voltar a rever pessoas que tanto estimo. Algumas, de forma totalmente inesperada (mas tão bom!), outras com todo um planeamento de invejar! Em todos eles, percebi o quanto sentia saudade de ver amigos, de ver pessoas que me querem bem (e eu o dobro para elas). Não deu para rever todos, mas a seu tempo voltarei a abraçar e a olhar olhos nos olhos cada uma das minhas pessoas.
Rotina: Em parte, provocado pela pandemia, este ano foi muito marcado pela rotina. Nem sempre foi mau; entre tanta incerteza e instabilidade do mundo, a rotina trouxe conforto. Mas eu gosto do equilíbrio, e senti falta das quebras, dos momentos mais especiais. Sinto tantas saudades de viajar…
Seis: Seis anos de amor, amizade, lealdade e aprendizagem. Crescer em conjunto é uma experiência única, e eu saboreio cada momento. Ainda dou por mim com brilho no olhar quando falo de nós (aquele parvinho de quem está apaixonado, sabem?) e não poderia ser de outra forma. Este ano, as celebrações foram comedidas (obrigada, limitações de circulação!) mas somos a prova de que nos bastamos para que tudo seja mais especial.
Tavira: O momento mais verão deste verão que – pelo menos no Oeste – não se sentiu. Os dias de Sol, o calor, ombros descobertos, dias de praia, jantares ao ar livre, momentos em família. Disse sim a esta viagem à última hora, mas foi a melhor decisão deste verão!
Uneventful: Sem grandes eventos. 2021 foi assim, e embora isso pareça uma observação negativa, eu acho que foi precisamente o que precisava. Sem picos de euforia nem visitas ao poço, 2021 foi um ano apaziguador e que decorreu a velocidade cruzeiro, com alguns momentos reconfortantes e especiais pelo meio.
Qual foi a vossa palavra-chave de 2021?
Bom 2022!
ResponderEliminarMuitos sucessos, pessoais e profissionais! :)
Que 2022 seja ainda melhor e que te traga muitas coisas boas!
ResponderEliminarAcho que posso traduzir o meu 2021 em várias palavras, sendo as principais amor, coragem e recomeço.
A minha palavra chave é "família", nasceu o meu segundo filho em dezembro de 2021 e sinto que a família está completa!
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