A Vida Invisível de Addie LaRue


Histórias de personagens que não envelhecem e atravessam a amortalidade ao longo de gerações não são novidade nos livros nem no cinema – de memória, recordo-me do livro How to Stop Time e do filme A Idade de Adaline, um dos meus preferidos. Mas nem por isso deixo de gostar de ler este tipo de histórias e de me deixar envolver por elas. 

A Vida Invisível de Addie LaRue transporta-nos até França do séc. XVI, onde uma camponesa, Addie LaRue, tenta fugir ao seu destino patriarcal e procurar a liberdade através de um pacto – descobre ela, tarde demais – com um diabo. 

Addie ganha, assim, a imortalidade – e a liberdade que advém dela -, mas com um senão: assim que qualquer pessoa saia de perto de Addie, esquece-a por completo. Addie conforma-se com o destino do seu pacto ao longo de 300 anos até um dia, numa livraria velha em Nova Iorque, se cruzar com Henry, que não se esquece dela. 

Ler A Vida Invisível de Addie LaRue enquanto o outono se instalava fora da janela de casa foi um bálsamo, e talvez por isso mesmo o número de páginas nem o andamento lânguido da história me tenham afastado ou demovido. A verdade é que, honestamente, o livro poderia ter mais 200 páginas (mesmo reconhecendo-lhe o exagero) que eu continuaria a ler pela prosa tão poética. Tenho todo o livro sublinhado com passagens bonitas demais para as esquecer mal deixe o livro na estante. 

A história tem as suas fragilidades – existem épocas que eu gostaria que estivessem mais exploradas ou a atividade da protagonista ao longo de 300 anos, que é passível de discussão saudável (que o fizemos no The Characters Club) -, mas numa apreciação geral, a história transportou-me para as épocas e reflexões de Addie, para a angústia do seu pacto e a sua dinâmica com o diabo, num conflito de emoções que desperta a nossa empatia. Senti-me totalmente envolvida nesta história e sei que será uma das mais marcantes deste ano. 

O livro foi bastante popularizado no ano passado e, na minha opinião, justificadamente. Outonal e muito poético - perfeito para um fim de semana com poucos planos e muitas mantas.

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Bertrand

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3 comentários

  1. Já ouvi falar (neste caso li) por aqui no blog mas ainda não o li.

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  2. Estou a reler este livro e gostava tanto de voltar a sentir o que foi lê-lo pela primeira vez. Esta história encanta-me de uma forma que não consigo explicar 🥰

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