Poupar | Nova Iorque é a 6ª cidade mais cara do mundo, mas acreditem que quando lá estiverem vão achar que é a 1ª. Se estão a programar uma visita, independentemente do vosso tipo de viagem, recomendo vivamente que poupem. Não é de todo uma cidade que sugira ir com um budget apertado e todos os anos fica mais cara. O alojamento será a vossa maior despesa (de longe), mas, em geral, e sendo uma cidade que vive do capitalismo, não me parece realista conseguir desfrutar da cidade em pleno e contando cada cêntimo em simultâneo. Existe também muita coisa que compensa comprar nos Estados Unidos quando comparado com Portugal (ou mesmo Europa), por isso, pode ser uma boa oportunidade para se permitirem a alguns caprichos. É preferível salvaguardarem um bom pé de meia.
Wall Street | Teve mesmo um muro, quando aquela zona ainda pertencia aos holandeses (e Nova Iorque chama-se Nova Amsterdão). Tinha 4 metros de altura e servia como proteção contra os ataques britânicos. O muro acabou por ser derrubado em 1699.
Big apple | De onde vem este nome? Existe um sem fim de versões, com a certeza de que o nome só ganhou a reputação que todos conhecemos nos anos 70, graças a uma campanha publicitária para promover o turismo na cidade. No entanto, não foram os marketeers que inventaram o termo; já nos anos 20 existiam referências à ‘Big Apple’, principalmente de trabalhadores afro-americanos nos estábulos de Nova Orleães. A aspiração era poder correr nas pistas de Nova Iorque e o prémio era conhecido como... Big Apple.
VISA | Não vão poder entrar nos Estados Unidos sem um visto de turista, que é solicitado e preenchido online. Eu recomendo que o façam quando já tiverem o alojamento escolhido reservado porque é-vos solicitada a morada do lugar onde vão ficar. A aprovação do visto é muito rápida (o meu, por exermplo, foi aprovado no próprio dia, embora não recomende que o peçam em cima da hora).
Marcar online | Sempre que for possível marcar online, façam-no. Uma coisa que é tão típica em Nova Iorque quanto a Estátua da Liberdade são as filas, e vão querer sofrer o mínimo possível com elas (já que evitar parece-me utópico). Normalmente, as marcações online têm alguns descontos exclusivos e também ajuda a garantir que vão visitar o que querem no horário da vossa preferência. Um exemplo: no Museu de História Natural, já tínhamos os bilhetes, chegámos no horário de abertura (a hora que marcámos) e ainda assim estivemos 30 minutos à espera. Mas a fila para comprar os bilhetes no próprio museu chegava além de Central Park e tinha um tempo de espera avaliado de 4 horas.
CityPass | Uma opção muito interessante para quem vai visitar Nova Iorque pela 1ª vez e tem uma série de pontos turísticos que não quer perder. Funciona numa modalidade de pacote onde, por um preço fixo (e ligeiramente mais em conta do que comprando cada bilhete individualmente), têm acesso a 5 atrações: 2 obrigatórias + 3 à vossa escolha (da lista disponível).
As taxas | Gostava de vos ajudar melhor, mas a verdade é que o sistema de taxas deles é uma terra baldia. O certo é que devem sempre contar que o que vão pagar na caixa é superior ao valor da etiqueta. Em quanto? Vai depender da percentagem, mas se vão ficar mais de 3 dias em Nova Iorque, a certa altura vão fazer os cálculos LSV: Logo Se Vê. Porque não há pachorra para tanta conta.
Ao contrário da maioria das cidades Norte-Americanas, Nova Iorque tem a vantagem de que a maioria dos estabelecimentos e lojas já têm o preço final (verdadeiramente final) na etiqueta - em grande parte, acredito eu, pela insatisfação dos turistas europeus. Mas só acreditava depois de ir confirmar no Revolut que não me tinham cobrado mais.
As tip | A gorjeta é um elemento inquestionável nos restaurantes e cafés de Nova Iorque (e dos Estados Unidos) e não é discutível. A tip é calculada entre 15 a 25% do valor total da vossa refeição. Em casos muito excecionais, podem escolher qual a percentagem que querem dar (sendo que serão severamente julgados quando escolherem a opção dos 15%), mas na maioria das vezes a conta já vem com a percentagem que o funcionário escolheu e, bem, nunca tive coragem de mandar a conta para trás (desejo-vos sorte se o fizerem). Uma vez mais, o preço no menu não é o preço real que vão pagar na conta.
Segurança | Quando me perguntam se Nova Iorque é segura, a minha resposta é sempre a mesma: não tive medo, andei sozinha várias vezes, mas não seria a minha viagem a solo e não amei andar nas ruas à noite. Como em qualquer grande área urbana, há zonas mais recomendadas que outras (numa das vezes, saímos na estação de metro errado e acabámos numa dessas áreas não tão recomendadas e aí vemos a Nova Iorque que o Sinatra não canta). É preciso saber para onde se vai andar à noite e, durante o dia, ter cuidado com possíveis carteiristas. Faria uma viagem totalmente sozinha em Nova Iorque? Não. Mas tive vários momentos a passear só eu e a minha playlist e foi incrível. É uma questão de saberem onde estão, para onde vão e por onde vão.
Moda | Confesso, foi a minha maior desilusão da viagem. Tinha no meu imaginário esta Nova Iorque cool, onde podia observar a liberdade de as pessoas expressarem a sua criatividade através da moda, mas acho que Berlim estragou qualquer expectativa de liberdade e Viena estragou qualquer expectativa de estilo. A maioria dos Nova Iorquinos anda de fato de treino ou leggings e as pessoas mais bem-vestidas eram turistas a quem lhes venderam a mesma ideia que a mim. Pelo menos, foi assim durante toda a minha estadia.
As ruas | Os U2 não estavam a mentir, as ruas não têm mesmo nome, o que é fabuloso. Todas as ruas estão numeradas ao invés de nomeadas (isto é, em vez da Avenida da Liberdade, seria Avenida 5). Por que é que isto é bom? Porque há uma lógica matemática: se querem ir para a rua 48 e estão na rua 46, basta procurarem a placa da rua 45 e da rua 47 para saberem a direção – não têm de decorar o nome das ruas em si. É perfeito!
Inclusividade | Nova Iorque tem um nível de inclusividade e representatividade que ainda não vi na Europa (nem mesmo no seu jeito performativa). Na publicidade, casas de banho, jornalismo e até mesmo nas cheerleaders dos jogos, a variedade de tons de pele, corpos, representações de orientação sexual e etnia é inigualável ao que quer que tenha visto antes.
Os táxis | Sabiam que, originalmente, eram vermelhos e verdes? Só se tornaram nos yellow cabs em 1912.
*Pousa o chá, tira a tampa da caneta e procura a secção do caderno chamada: recomendações da Inês*
ResponderEliminarNY está nos meus planos futuros então é sempre bom ter estas dicas para nos orientar 🙏
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