His Majesty’s Royal Palace and Fortress of the Tower of London, é o seu nome oficial, mas por autopreservação chamamos todos de Tower of London, ou Torre de Londres. E podemos dizer que é uma verdadeira Disneyland para qualquer entusiasta de História.
Só existem dois lugares no planeta onde eu defendo até ao fim que vale muito a pena fazer a visita com guia: o castelo de Edimburgo e a Torre de Londres. Ambos por motivos muito semelhantes: os guias são sempre criteriosamente escolhidos e todos têm um sentido de humor extraordinário e os dois sítios têm tantos pormenores, lendas e detalhes com história que, numa visita livre, iriam perder dezenas de curiosidades.
Recomendo-vos que recomendem uma manhã completa para que possam ver o quanto a Torre de Londres tem sido relevante e um complexo fundamental ao longo da História, adaptando as suas funções e propósito à medida das épocas (um feito extraordinário, na minha opinião).
Da Torre de Londres, destaco os meus 3 elementos preferidos da visita: os Beefeaters (sabiam que os guardas e as suas famílias vivem lá? Acho fascinante), o busto da rainha Elizabeth I (na verdade, o busto em si não é significativo, mas sim toda a história que o envolve: esta foi a única rainha que teve direito à sua armadura – algo que estaria reservado unicamente para reis -, mas foi destruída. Restou apenas uma pintura da armadura e o busto do manequim quando a rainha não envergava a armadura, que é o que podemos ver numa das salas da Torre), e os corvos. Vamos falar sobre eles?
Existem sempre 7 corvos a guardar a Torre de Londres (atualmente, chamam-se Jubilee, Harris, Gripp, Rocky, Erin, Poppy e George). Reza a lenda que se alguma vez os corvos abandonarem a Torre de Londres, a White Tower e, por conseguinte, a monarquia, caem. Por isso, logicamente, vão encontrar vários corvos a passear pelo complexo. Mas porque é que os corvos gostam tanto da Torre de Londres?
A parte menos gira desta lenda é que ninguém sabe porquê. A parte mais gira desta lenda é que diz-se que os corvos faziam ninhos e proliferavam a um ponto tal que o astrónomo da White Tower, John Flamsteed, fez uma queixa formal ao então rei Charles II de que a espécie estava a tornar-se uma praga. O rei iniciou, então, medidas para que os corvos fossem exterminados no local, mas, ao ouvir a profecia, retratou a sua ordem, ofereceu proteção real às aves e mandou construir um local na Torre onde os corvos pudessem ter abrigo e cuidados.
A verdade é que não existe qualquer registo desta história. Podemos apenas concluir que foi uma brilhante campanha da proteção de aves da altura, digna de caso de estudo.
Esta é apenas uma das várias lendas, histórias assombradas e contos que este lugar esconde – ou deixa bem à vista, dependendo do que vamos encontrando. Vou confessar que não está mais no meu roteiro para regresso (já absorvi e aproveitei todos os detalhes que desejava deste lugar), mas não dispensem uma primeira visita. E se forem cedo, talvez até consigam aproveitar o truque do Render da Guarda que vos sugeri.
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