All About Love


Se há tema que irei sempre gostar de ler, entender e acompanhar – independentemente do meu estado civil – é o amor. Na sua versão mais romântica também (não me importo de ter um lado mais ‘lamechas’, como tradicionalmente é descrito), mas adoro muito o lado científico e sociológico do amor. All About Love alimentou-me essa curiosidade. 

Este livro é um ensaio composto por 13 partes que exploram determinados fatores que têm impacto na forma como amamos as nossas pessoas. Bell Hooks afirma peremptoriamente que, embora se fale muito sobre relações e exista uma expectativa de formação de casais para subir na escala social, não somos ensinados a amar, e que cuidar é apenas uma das esferas do amor – sendo que há mais para ser ensinado. Achei a observação interessante e dei por mim a sublinhar e refletir sobre várias passagens do livro. 

É, previsivelmente, muitas vezes comparado com o Conversas Sobre o Amor e, embora o tema seja o mesmo, acho que o foco é diferente. Da minha experiência de leitura com ambos os livros, achei Conversas Sobre o Amor mais transversal, debruçando-se sobre os vários tipos de amor (romântico, parental, amizade, fraternal, entre outros), enquanto que o All About Love pode ser um pouco mais conservador, no sentido de se debruçar unicamente no amor romântico. Por outro lado, All About Love parece-me ter alguns insights muito importantes sobre as influências externas que influenciam a nossa forma de amar, regras e pressupostos sociais que não questionamos. Achei isso mesmo muito interessante e relevante, 

Pela versatilidade do Conversas Sobre o Amor e pelo excesso de capítulos relacionados com a religião do All About Love (que não é um tópico com que me sinta particularmente conectada ou interessada), a minha preferência, quando comparados, vai para o primeiro, mas eu recomendo-vos a leitura dos dois – estou convencida de que retiram ideias diferentes e complementares de ambas as leituras. 

Li All About Love num sopro e com vontade de que não acabasse. Como qualquer boa história de amor.

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Bertrand

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1 comentário

  1. Desde a terapia que também me tenho aberto a conhecer mais sobre o amor, sob o ponto de vista científico. De tudo o que me explicaram nas sessões, é fascinante como determinadas reações químicas, estimuladas por diversos fatores, nos faz sentir algo. Assim resumido, perde o brilho......mas não é lindo na mesma? Perceber que o nosso corpo produz sentimentos tão bonitos (quando bem cuidados)?
    Não conhecia o livro, mas obrigada pela sugestão 💋

    Lyne, Imperium Blog

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