Tate Modern

Adorei o Tate Modern desde a primeira vez que me deitei na enorme rampa, em miúda, e sorri para o teto em espelho que refletia centenas de visitantes e entusiastas de arte. É, no meu roteiro, um museu que repito com gosto, não só pela sua curadoria mais moderna (passo a redundância) e contemporânea, correntes de que sou muito apreciadora, mas por toda a experiência arquitetónica e pela vista soberba sobre o horizonte de Londres no piso de cafetaria, com a St. Paul’s Cathedral a protagonizar o postal ao vivo. 

Se são fãs de Arte Moderna, o Tate Modern é visita obrigatória, ou não fosse um dos museus mais famosos do mundo (mais visitado do que o MoMA e o Museu Reina Sofía) pelo seu acervo magnífico onde figuram nomes como Picasso, Mondrian, Klein, Andy Warhol, Salvador Dalí ou Munch. 

A cor impera em todas as salas e estimula-nos com algum surrealismo, muita geometria e um sem fim de críticas sociais que nos inquietam, intrigam ou reconfortam. 

Três das minhas obras preferidas habitam no Tate Modern e recomendo que as encontrem: Composition C with Red, Yellow and Blue, de Mondrian, IKB 79, de Yves Klein (um dos maravilhosos e imensos quadros azuis que o pintor criou e que deu origem ao International Klein Blue, um ultramarino único que foi patenteado nos anos 50 e que agora associamos como Azul Klein) e Babel, de Cildo Meireles (uma instalação extraordinária onde vários rádios analógicos foram empilhados para formar uma torre monumental. Os cerca de 800 rádios que compõem a escultura estão todos ligados e sintonizados numa estação e com o volume no mínimo. É caótico e harmonioso de uma forma mágica). 

A entrada para a coleção permanente do Tate Modern é gratuita, com admissão paga para coleções temporárias. Recomendo que seja uma visita complementar à St. Paul’s Cathedral, no vosso roteiro, pela proximidade entre os dois pontos.