Adoro Martha Medeiros. Acho que, de todos os cronistas que já li, ela é a minha preferida. A forma astuta e sensível com que pega nos temas mais aleatórios do quotidiano e transforma em reflexões tão tangíveis sobre a vida nunca deixa de me surpreender — e reconfortar.
Não é uma autora com repertório fácil de encontrar em Portugal a não ser que estejamos a falar de um lançamento, e por isso não leio tanto dela quanto gostaria. A minha primeira visita à Dèjá Lu deixou-me encantada porque encontrei dois livros dela que nunca tinha lido: um deles foi este, Coisas da Vida, uma compilação das suas melhores crónicas para os jornais Zero Hora e O Globo entre 2003 e 2005.
Pela margem temporal, alguns dos seus pontos de partida são datados, mas as reflexões permanecem intemporais. Com Martha Medeiros, faço todas as exceções e sublinho as minhas citações preferidas dela. Entre amor, amizade, solidão, feminismo e outras tantas aleatoriedades, são raras as vezes em que não me encontro no mesmo comprimento de onda da autora (e quando não estou, compreendo o dela e aceito as diferenças).
Coisas da Vida tem um sotaque do outro lado do Atlântico e dá um enxergar fresco à rotina, à forma como observamos as nossas relações e aspirações. Deixa-me sempre a pensar. Quando for grande, quero ser como ela.
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Bertrand
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Martha Medeiros é tudo de bom! :)
ResponderEliminarNão conhecia, confesso.
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