LIVROS || The City Baker's Guide to Country Living


Iniciei esta leitura pouco tempo depois de ter terminado a minha aventura por Gilmore Girls, que deixou a vontade de continuar a pautar os meus serões com uma história leve e quentinha no coração. 

Admito: The City Baker’s Guide to Country Living convenceu-me pelo pequeno selo na capa, dizendo que este livro era 100% Gilmore Girls e não é, de todo, mentira: Olivia, a protagonista, provoca um pequeno acidente no restaurante onde era uma Chef consagrada e foge de Boston para uma cidade pequena, residência da sua melhor amiga, onde tudo é pitoresco e tudo se sabe; os habitantes daquela cidade interagem entre si como se todos pertencessem à mesma família, e tudo obedece a certas tradições e idiossincrasias. E se isto não nos convence de onde a história deste livro é inspirada, a personalidade principal não deixa margem para dúvidas, fazendo-nos trocar as voltas e chamá-la de Lorelai, de vez em quando. 

Estavam reunidas as condições para uma leitura leve e aconchegante, que devorei em pouco tempo pela fluidez de leitura e pela facilidade da narrativa. No entanto, o sensação final que restou desta leitura foi de desilusão. Creio que a inspiração é aquilo que salva e que resgata magia e carisma para uma história que, sem todos estes apetrechos, é expectável, desinteressante e um pouco irritante. Todas as personagens estão balizadas com uma série de traços, comportamentos e pensamentos pouco originais e também pouco humanos, na minha opinião. Nenhuma é devidamente desenvolvida, assim como as relações que Olivia vai desenvolvendo ao longo da história. Todas as dinâmicas apenas existem para servir a protagonista, uma estratégia que roça sempre à preguiça. 

Não é uma história terrível: tem os elementos aconchegantes e fala, de uma forma subtil, sobre amor, sobre irmos atrás das nossas ambições, sobre luto, amizade e sobre sermos mais assertivos nas nossas capacidades. Mas não é um livro inesquecível (tive, aliás, de reler a sinopse antes de escrever este artigo) e serve um propósito muito específico: fazer companhia numa noite de outono, sem agregar muito mais do que isto.

Fotografia: Louise Miller

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Bertrand

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