Admito: foi um YA que me surpreendeu. It Only Happens In The Movies apresenta-nos Audrey, uma jovem que, por uma série de circunstâncias da sua vida, deixou de acreditar no romance. De uma forma despretenciosa, acaba a trabalhar num cinema local enquanto se debruça sobre a artificialidade das comédias românticas: para ela, todas as premissas são previsíveis e as personagens, momentos e diálogos irreais. E é no seu trabalho que conhece Harry, o típico quebra-corações que está disposto a reavivar o gosto de Audrey pelas comédias românticas — as que valem a pena.
Premissa expectável, certo? Mas a verdade é que It Only Happens In The Movies foge a sete pés do cliché e consagra-se numa história jovem refrescante e recheada de assuntos pertinentes enquanto nos leva a crer que toda a narrativa será como prevemos. É um livro que fala sobre a amizade feminina (e o quão bom é termos um grupo de amigas, sem preconceitos patriarcais), sobre sexualidade, auto-conhecimento e, principalmente, sobre a jornada verdadeira de uma relação, que não é só água com açúcar e que envolve empenho e dedicação em equipa.
Admito que adorei o final (era o que eu desejava, embora saiba que isso é um pouco maquiavélico, mas justificado!) e que gostava que este tipo de livros existissem na minha adolescência. Já saturámos de livros em que a protagonista não quer ter amigas porque os rapazes são muito mais ‘descomplicados’, muda o badboy e tem uma primeira vez de sonho. Esta pitada de realidade tornou It Only Happens In The Movies um livro real sobre assuntos reais e isso nunca foi tão fantástico.
WOOK
Bertrand
Este artigo contém links de afiliado.
Eu também adorei o livro :)
ResponderEliminar