EVENTOS || "Surpresa!"


Às oito da noite de quarta-feira, o Diogo veio buscar-me para jantarmos juntos no meu aniversário. Afinal de contas, eram 25 anos e, embora este mês esteja a ser registado por caos, stress, estudo e papelada — e uma melancolia à mistura —, não podia passar incólume. Estava sem energia para preparar qualquer festa, especialmente a uma quarta-feira à noite, mas o Diogo convenceu-me a irmos jantar juntos. Ao longo da semana, fui tranquilizando os meus amigos de que, embora não houvesse festa na agenda, encontrar-me-ia com eles brevemente. Eu não suspeitava de nada

A primeira surpresa da noite foi um arranjo com cinco rosas vermelhas. Simbólico, romântico e especial. Um gesto que divide a sociedade entre amo/odeio, mas que eu adoro e me deixou encantada. Foi o meu primeiro arranjo de sempre e já fazia com que a entrada para os 25 fosse especial e bonita. 
 

A segunda — e mais inesperada — surpresa da noite estava à minha espera no final do túnel que dava lugar ao pátio do restaurante. O ‘surpresa!’ foi alto e entusiasmado, mas rapidamente substituído pelo silêncio do meu choque e pelas gargalhadas dos meus amigos que ali se encontravam. Presentes, disponíveis, prontos para festejar. Sem eu suspeitar. Foi, possivelmente, o jantar de aniversário onde eu me senti mais atordoada intelectualmente. A primeira meia hora foi passada com olhar de espanto, sorriso aberto e uma curiosidade avassaladora de entender como é que tudo resultou tão bem. Eu que sempre consigo antecipar surpresas ou fazer bons palpites; que tinha falado com quase todos eles — alguns cara a cara sobre o meu aniversário!!! O plano foi simples e genial, o que me deixou tão surpreendida quanto maravilhada: o facto de tão bons amigos, com vidas (agora) tão distintas uns dos outros, lugares tão diversos conseguirem reunir-se a uma quarta-feira à noite numa cidade que, para muitos deles, nunca foi/já não é cidade Natal foi o gesto de amor e generosidade que eu não sabia que precisava para encarar este novo ano com o espírito renovado e uma nova motivação. Só faltaram as minhas miúdas, que estavam em pleno jogo naquele momento!

Houve quem pensasse que todo este plano nasceu desta publicação — eu inclusive. Mas, aparentemente, tudo estava mais do que planeado na altura em que publiquei aquele desabafo, o que me faz crer ainda mais que tenho alguém do meu lado que não precisa de ler o meu blog para deduzir o que preciso para ser (mais) feliz.

Não me lembro do último serão onde estive tão feliz. Uma felicidade pura, daquelas que nos preenche por dentro e que não permite a ocupação de mais nada. Nenhuma aflição, nenhum pensamento incómodo, nenhuma tristeza. Dei por mim a meio da noite com as maçãs do rosto doridas de tanto sorrir, de poder partilhar este momento à mesa — como eu tanto gosto — com os meus bons amigos entre histórias, memórias, algumas novidades, abraços e brindes. A cereja no topo do bolo — neste caso, as velas! — foi o red velvet cake que nos aguardava para cantarmos os parabéns — e eu que achava que no meu próprio dia de anos não ia ter bolo nenhum?!

Sinto que tudo ainda está à flor da pele mas desconfio que nunca deixará de ficar. Por ter sido tão especial, num timing tão certo, para uma idade que eu acredito que pode ser muito bonita (os 25!!!). Foi o melhor presente de aniversário que podia receber e que me levou das lágrimas aos risos numa questão de segundos. É provável que esta seja a frase mais previsível do universo mas a verdade é que nunca achei que algo assim fosse acontecer comigo, o que torna a surpresa ainda mais importante, para mim.

Resta-me agradecer a todos os que estiveram presentes (e às que não puderam estar presentes mas guardaram-me no pensamento!) e tornaram o meu dia melhor, com mais significado, com mais carinho e beleza. Obrigada por alinharem sempre em qualquer plano, mesmo quando não tem a minha assinatura mas é dirigido a mim. A vossa rede e encenação foi magistral! 

E um destaque especial ao Diogo, por ter planeado tudo isto com o maior cuidado e carinho. À Bia por o ter ajudado nas pontes que ele precisava. Agradeço por ele ter proporcionado a festa que eu não sabia que necessitava. Por ter pensado em todos os pormenores para que nada me faltasse, desde as flores delicadas ao bolo delicioso, um dos meus preferidos. Por todo o empenho nos preparativos, para que nada falhasse. A sua dedicação, amor e amizade naquela noite foi imensurável. Eu sempre achei que tinha de entrar nos 25 em grande e ficarei eternamente feliz por, no momento em que me senti sem forças para fazê-lo, ele e os meus amigos trataram de tornar um desejo antigo realidade. Obrigada.

2 comentários

  1. O giro é que, ao ler a publicação acerca da desmotivação quanto ao aniversário, pensei no quão brutal era teres uma surpresa enorme sem estares à espera. Pelo que descreves, o Diogo é muito especial e certeiro, guarda-o bem! <3

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    1. Pensei o mesmo, Nô!

      Nês, fico de coração derretido por te saber tão bem acompanhada, disse-to no teu dia de aniversário, disse-to quando vi que tiveras uma festa surpresa, e vou dizer-to enquanto estivermos na vida uma da outra, hopefully, sempre. Além disso, acho aquilo que vocês têm muito especial. Fico feliz!

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