segunda-feira, 29 de junho de 2015
Era quase Outubro de 2012 e estava prestes a entrar na Faculdade. Não sabia nada de nada. Não haviam Tempos de Antena na altura, os meus amigos eram todos da mesma faixa etária e as vivências de Universitários eram todos de família que tinha Licenciatura há mais de 20 anos. Na blogosfera, que seguisse, só existiam duas bloggers universitárias que raramente falavam da Faculdade e que nunca colocaram posts do tipo "Têm questões sobre o ensino superior?". Entendam que estas iniciativas para caloiros são todas muito, muito recentes e foi por isso mesmo que, quando vi o título deste livro e um ficheiro PDF fornecido pelos próprios autores com o primeiro capítulo gratuito, foi um milagre. Não havia mais nada e estava aqui um livrinho à minha espera.
Este livro, para mim, foi uma bíblia porque desmistificou todos aqueles grandes mitos da Universidade em que o pessoal dá cabo do couro a estudar e não tem vida. Ensinou-me a encarar o Ensino Superior não de uma forma desleixada mas mais tranquila. Ensinou-me os truques, os segredos, como me organizar e a não embarcar em tudo o que ouvia e isso, sinceramente, ajudou-me muito a ter uma postura crítica e de confiança nos meus instintos na Faculdade, não só no início como também agora. Ainda hoje, ao fim de 3 anos, colegas meus questionam determinados estilos de estar na Faculdade por acharem que não resultam. Podem não resultar com eles, mas comigo sim! E o livro não é uma regra inflexível, o próprio diz que podem e devem adaptá-lo à vossa experiência académica.
A linguagem é como se estivessem a conversar com alguém num café, simples, com grandes exemplos pessoais dos autores e com imensos tópicos e chamadas para que a compreensão de todos os capítulos seja total. Ensina-vos quais são os mitos de Universidade, os pecados dos alunos e como os mudar, a noção de quando devemos fazer avaliação contínua e quando faz sentido ir a exame, a que aulas ir, como superar tudo enquanto trabalhador-estudante, como gerir estudos e calendários de exame e muito mais, tudo de uma forma simples e com muitas histórias que têm piada. Nenhum dos autores era um "cromo" mas fizeram a Universidade com distinção sem abdicar de saídas, encontros com os amigos, associativismos ou trabalho. Um pouco como o triângulo, que já falei aqui ser uma peta, eles não falam sobre ele directamente mas no final concluís que é possível ter o melhor dos mundos todos. Eles só te ensinam a gerir as prioridades e como geri-las sem pareceres um hamster académico assustado.
Há uns dias voltei a ler e há imensa coisa que hoje faz muito mais sentido (porque já passei por montes das coisas descritas no livro e porque a própria vivência te dá estaleca) e se há três anos absorvia tudo com imensa curiosidade e dúvida, hoje dou por mim a acenar para o próprio livro ao ler montes de coisas, em concordância. Há uns anos, foi o meu alento, o meu tira dúvidas e está a permitir-me fazer o curso na maior. Porque estou a fazê-lo.
Autores: Nuno Ferreira e Bruno Caldeira
Disponível na WOOK (ao comprares este livro através deste link, estás a contribuir para o crescimento do Bobby Pins)
Autores: Nuno Ferreira e Bruno Caldeira
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sexta-feira, 26 de junho de 2015
Este é um livro que mistura umas mil vidas distintas mas que, na narração, foca principalmente duas: a vida de Josey, uma rapariga com alguma baixa auto-estima e sentimento de culpa ligado à mãe, rica, com uma paixão secreta pelo carteiro e com um armário que tem uma parede falsa onde esconde todos os chocolates e doces que quer comer às escondidas da sua mãe - apesar de ter 27 anos - romances e revistas de viagens. É nesse armário que vê, inesperadamente, uma mulher escondida. Cheira a água do rio e a cigarros, está imunda, suja e além de suplicar pelo sossego de Josey, cujo o seu primeiro instinto é ordenar que a mulher saia imediatamente dali e perguntar-lhe porque está escondida no seu armário, implora-lhe por ajuda.
A segunda história é sobre Cloe, uma rapariga que trabalha num quiosque de sanduíches e que vê o seu coração partido quando descobre que o seu namorado a traiu num caso de uma noite. Além de ter de lidar com uma separação que não desejava - mas que se obrigou a fazê-la, pela traição - lida também com algo mágico: os livros, que perseguem-na em diferentes divisões da casa e aparecem nos cantos mais inóspitos, sempre com um tema muito ligado à sua situação de vida. Durante semanas vê-se perseguida por um livro de título "Como Encontrar o Perdão", acto que ela não quer fazer em relação ao Jake, o seu ex-namorado.
Todos estes enredos acabam por se misturar e mostrar que nada é o que parece. Há uma revelação chocante (duas, mas a primeira já desconfiava, a segunda não fazia a menor ideia) e algo de encantador na forma como Sarah descreve as relações que fazem o meu coração palpitar de alegria e ansiedade. Com uma grande alusão a doces e magia, é um livro simpático, com humor, leve e muito amoroso, que nos faz pensar no quão interligadas estão as nossas vidas com outras pessoas sem o imaginarmos e o quão difícil é tomarmos decisões definitivas.
Apesar de odiar de morte as capas que têm figurado os livros de SAA (e a tradução do título, acho que o original "The Sugar Queen" é muito mais giro), continua a ser uma das minhas escritoras de romance favoritas, por ter aquela dose q.b. de tudo o que nos faz sonhar: história, comida, amor, enredo. As folhas são amareladas e de textura enrugada, que nos fazem querer saltar de capítulo para capítulo a uma velocidade voraz. Dá um excelente foco a todas as personagens, o que nos permite que não enjoemos demasiado com a história de cada um deles.
Autora: Sarah Addison Allen (cujo outro livro já falei aqui)
Nº de páginas: 275
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quinta-feira, 25 de junho de 2015
Hoje trago-vos um post que eu penso (ou pelo menos espero) que possa ser útil para esta estação. São truques que fui aprendendo ao longo do tempo com os meus pais ou conselhos de amigos e cheguei à conclusão que já tinha uma lista bastante simpática deles para partilhar convosco, portanto pensei, porque não?
Telemóvel protegido: É certo que temos sempre uma bolsinha privilegiada para colocarmos o telemóvel e até capas mas nós acabamos por não deixar o telemóvel nunca sossegado na mala. Para responder a mensagens, atender chamadas, tirar fotos, aceder a aplicações... E a areia, as mãos bezuntadas de creme ou do próprio suor do calor, a água, não dão muita saúde ao telemóvel. A minha sugestão são saquinhos de plástico com fecho (para não terem de andar a fazer nós e porque é muito mais prático para tirarem e porem) dos mais pequenos - onde geralmente se guardam aperitivos ou fruta cortada -. O melhor deste truque é que continuam a conseguir mexer no telemóvel sem ter de o tirar do plástico, a sensibilidade do telemóvel para o touch não é comprometida e fica seguro de quaisquer poeiras (e o ecrã fica definitivamente limpo!)
Carregador portátil: Um life saver, especialmente se for um telemóvel que consome bateria à velocidade da luz e vão ficar muito tempo na praia... Quando estamos na praia com forte luz do Sol é típico termos de aumentar a luminosidade do ecrã para conseguirmos enxergar alguma coisa (eu pelo menos tenho de fazer isso mas dêem-me desconto, eu tenho visão de toupeira), que dá cabo da saúde da bateria, a utilização constante, a gravação de vídeos ou tirar fotografias, ouvir música, a procura de wi-fi ou utilização de dados, tudo isso esgota a bateria num ápice e por isso mesmo é que um carregador portátil é uma mais valia. Há alguns bastante baratos (nem aos 10 euros chegam - o meu por exemplo), pequeninos e que são bastante úteis para quando temos o telemóvel a dar as últimas. Apostem num carregador portátil não só no Verão.
Termo: Se forem como eu, na praia não se alimentam só de sanduíches ou saladinhas de frutas. Aliás, penso que os rapazes vão facilmente concordar comigo, uma sandes de ovo mexido não é um almoço, é um mini-lanche. Ou eu como umas três sanduíches ou vou ficar completamente esfomeada e a questão de digestão é o menos para mim. Prefiro ter de estar uma hora e meia sem ir à água mas de barriguinha cheia. É certo que o Verão puxa para comida mais leve mas, por vezes, mesmo na praia e com o calor, apetece-me comida "a sério" apetece-me picar o garfo em alguma massa com um molho agradável ou carne picada e arroz (yes, I'm weird). O meu truque para quando tenho este tipo de apetites (ou quando vou ter longas horas de praia) é levar o que levo todos os dias para a Faculdade: a minha marmita, que é termo, ou seja, conserva a temperatura dos alimentos, o que é excelente quando estamos em locais com forte exposição de calor que podem estragar facilmente os alimentos. A minha é relativamente pequena mas leva boas quantidades e têm isso disponível em qualquer supermercado sem pagarem rins. Costumo levar lá algumas massas/arroz ou comidas em que possa comer facilmente com uma colher ou um garfo, sem grandes manobras de diversão. Pode parecer picuinhas mas quando a minha fome aperta, só comida for real é que me alenta.
Protector... Mas não solar: Se vão para a praia com poucas pessoas (ou até mesmo sozinhos) acontece a típica sensação de não quererem ir ao mar ou ao bar e deixar os vossos pendentes mais preciosos expostos. É típico colocarmos a toalha por cima dos pertences mas, sejamos sinceros, isso não protege um roubo, certo? Aliás, costuma ser o melhor chamariz porque garantidamente sabem que vocês não estão por perto. Então o truque que vos apresento é super bom para evitar estes chamarizes. Têm uma embalagem grande de protector solar a acabar? Boa, não deitem fora! Cortem a embalagem pelo gargalo, lavem o interior muito bem e garantam que continua a ficar fechado e selado com a tampa. E assim podem colocar os vossos pertences como alguns trocos, chaves do carro, telemóvel, o que quiserem. É super discreto! Outro truque é fazerem precisamente o mesmo com um batom do cieiro (retiram o resto do batom, limpam tudo) e onde podem guardar uma nota de emergência (dobram-na ao meio e depois enrolam-na como um típico cigarro) caso alguma coisa aconteça ou mesmo porque é bem mais fácil de transportar! Experimentem, vale super a pena.
Peeps do bronze falso!: Okay, este truque eu conheci através da Bimby... Exacto. Eu não sou a única pessoa no planeta super branca mas eu não arrisco em auto-bronzeadores porque tenho propensão para desastres como acontece com montes de amigas minhas que é ficarem com manchas de auto-bronzeador. É demasiado arriscado para eu sequer pensar em auto-bronzeadores e por isso prefiro o meu bronzeado natural (que é mais conhecido por finalmente-ganhar-cor-de-um-comum-mortal, enfim) mas se algumas vez isto vos acontecer, mesmo que seja uma mancha intensa misturem bicarbonato de sódio (que há em todo o supermercado deste planeta porque é um ingrediente de cozinha) com água e esfreguem nessa zona com uma toalha húmida. Acreditem, resulta, uma amiga minha uma vez pediu-me para ir a sua casa ajudá-la a pôr auto-bronzeador para garantirmos que conseguia ter o produto em todas as partes do corpo (mesmo as que ela não alcançava) e aquilo resultou muito mal, do estilo, uma vaca castanha malhada e descobri este truque à pressa nas receitas cosméticas da Bimby, corremos para experimentar e resultou na perfeição.
Diz adeus à areia em casa: Se tiverem uma mãe como a minha, entrarem em casa com areia nos pés é assinarem uma sentença de morte. Mas às vezes é inevitável, já passaram por aqueles momentos em que estão constantemente a passar a toalha nas pernas e nos pés e há partículas de areia que simplesmente não saem e em vez disso só arranham a vossa pele e é quase tortura? É horrível, especialmente se não querem encher o carro de areia! A minha mãe descobriu um truque genial e agora deixa no parapeito da entrada de casa um pó de talco para eu colocar quando chego. Basta deitarem um pouco de pó de talco na zona da areia e sai instantaneamente. Claro que podem tratar disso com mangueirada, como eu espertinha tentei fazer mas depois continuam a assinar sentença de morte porque vão "patinhar com água" a casa toda. Vão por mim... pó de talco é o vosso novo melhor amigo. Especialmente se tipicamente as vossas praias são de areia fininha.
Óculos que escorregam: Pessoal com visão de toupeira, esta é para nós! Na verdade foi a minha mãe que me deu este truque (meu Deus, ela devia ter assinado este post, ela vai processar-me por lhe roubar créditos) porque recentemente ela começou a usar óculos para pequenas tarefas que exigiam mais concentração e descobriu um problema que todos nós com óculos passamos; O calor começa e automaticamente os óculos começam a escorregar no nariz, a deslizar pela cana, coisa que eu achei que era um facto condenado até ela aparecer com um daqueles cremes tipo BB Cream, que agora toda a gente usa (é maquilhagem, eu não sei precisar muito bem o que é mas torço para que percebam o que é) e colocou-me um pedacinho na zona do nariz onde fixo os óculos e resultou super bem. E não deixa marca! Para as alturas de exames em que morro de calor e basicamente enterro a cabeça na mesa, é um truque excelente!
Para o carro: Se conduzem bastante no Verão, sabem o que é pegar no volante e sentirem uma carícia do Inferno porque ficou exposto ao Sol. Quando estacionarem, depois de ajustarem o carro, simplesmente virem o volante 180º ou mais, se quiserem, para um lado qualquer e deixem-no ficar assim. Vai ficar abrigado do Sol e, quando voltarem, não queimam as mãos e têm o volante fresco (ou a temperatura normal).
Água nos ouvidos: Eu sabia que ter um pai e um namorado mergulhadores ia dar jeito no futuro. Eu tenho propensão garantida para apanhar água nos ouvidos e normalmente tenho um truque para a tirar imediatamente, mas nem sempre resulta e fico com água nos ouvidos, o que é desconfortável e terrível. Os dois automaticamente disseram ao mesmo tempo um truque que costumam usar para treinar nas primeiras aulas de mergulho que é soprarem para um balão. A água garantidamente sai e não prejudica os vossos ouvidos. Não façam aquilo de tapar o nariz e a boca e depois fazerem força para o ar sair porque não é saudável para os ouvidos de todo. Obrigada pai, obrigada Diogo!
Bom, e termino os meus truques aqui. Espero que sejam úteis, espero que tenham encontrado algum que seja mesmo aquilo que precisavam e espero que vos permita ter um Verão mais simples e divertido!
quarta-feira, 24 de junho de 2015
É a história mais clássica do mundo quando descobrimos que as pessoas têm, no mesmo comportamento, acções diferentes e ainda mais clássico é discuti-las para ver qual o mais comum ou o mais típico. Mas este Tumblr elevou esse jogo a outro nível com um design tão, tão giro que só tenho pena que as publicações sejam tão espaçadas. Deixo as imagens falar por si e a garantia do meu follow. Já conheciam?
terça-feira, 23 de junho de 2015
Desde miúda que sou apaixonada pela instrumentalização. Fui aprender a tocar violino por ter encontrado um cd perdido cá em casa de Vanessa Mae, ouvia (e oiço) música clássica como quem ouve o novo hit de rádio e ainda hoje procuro sempre artistas que me tragam músicas incríveis sem a necessidade de voz. Acho que há um grande afastamento das pessoas para este tipo de música porque é como música clássica e é chato, aborrecido, não tem piada nenhuma (coisa que não concordo, mas é uma questão de gostos, claro!). Mas quero tentar reverter essa ideia com alguns dos artistas que mais me encantam nesta área instrumental. Este não será um post para todos os gostos. E não, não vai incluir bandas sonoras originais.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia |
- Gosto de muita pouca fruta;
- Quando estou a conduzir adoro ouvir Cranberries;
- Detesto rotundas, acho as rotundas um perigo;
- Odeio palhaços;
- Quando tinha 5 anos, num casamento, roubei a noiva em boneco do bolo porque era o Mickey e a Minnie e fiquei maravilhada. Demoraram uma hora a descobrir o furto e a noiva ofereceu-me a boneca porque eu comecei a chorar quando percebi o que tinha feito (não foi por mal, obviamente);
- O meu sonho em miúda era ser caixa de supermercado (KEEP IT REAL GIRL!);
- Eu detesto ver-me com o cabelo molhado saída da água, acho que fico horrível;
- Ganhei um concurso de Holla-Up no Resort da República Dominicana;
- Quando tinha 8 anos quis participar numa procissão. Eu achava que aquilo era como no Carnaval de Torres porque era exactamente o mesmo processo: as pessoas ficavam à beira da estrada a ver pessoal mascarado a andar. A minha mãe lá alinhou no meu pedido e disse que eu tinha de escolher aquilo que queria mascarar para a procissão: pastorinha, anjo... Eu perguntei-lhe se podia ir de diabo. A minha avó teve um ataque e olhou para todos os lados para ver se as suas amigas da missa tinham ouvido. Não, eu não percebi a ofensa religiosa que estava a fazer na altura, eu só queria poder mascarar-me de Diabo, tal como faria no Carnaval de Torres;
- Eu não consigo dormir com as mãos ou os pés fora dos lençóis a não ter que alguém da minha confiança esteja a dormir do meu lado;
- Eu gosto de fazer mergulho mas não gosto de nadar à superfície sem sentir o fundo nos pés;
- Eu gosto de fazer arborismo, explorar florestas e até iria alinhar em selvas mas acampar deixa-me com a sensação de vulnerabilidade;
- Eu comecei a escrever histórias e contos em cadernos a meio do meu 2º ano de ensino primário;
- O meu sentido de orientação é fraco, fraquérrimo, perco-me com muita facilidade;
- O meu passatempo favorito quando não tenho absolutamente nada para fazer é comer bolachas no sofá enquanto vejo o que está nos Iphones das youtubers ou ver room tours e chorar porque o meu quarto não tem uma bandeja cheia de cremes Victorias Secret nem um pug escondido nas cómodas;
- Quando tocava violino, no final do ano havia sempre um recital para irmos ao palco fazer um solo, cada um. A minha professora marcou o meu para as 17:30h e eu percebi que o recital começava por volta das 17:30h. Eu literalmente corri pela planeia de violino na mão até ao palco enquanto o pianista fazia improvisos para segurar o público;
- A comida de cor verde afasta-me. Alfaces, legumes verdes, maçãs verdes... Não sei, se tiver mesmo, mesmo de comer eu faço o esforço e consigo mas geralmente repugna-me. Agora dizem-me "Então como é que comes quase 90% dos legumes para te armares em Nutricionista??", eu meto tudo na sopa e junto cenouras e batatas à bruta para o creme não ficar verde mas ter legumes verdes. Sim, sou uma espertalhona;
- Os cd's no meu quarto estão ordenados como um TOP, desde o que oiço com mais frequência até ao que está mais esquecido;
- Eu julgo muito os livros pela capa e não estou a falar da metáfora, estou a falar mesmo de livros. A edição tem de me conquistar e se não acontecer são raras as vezes que me consigo motivar a ler os livros. Um exemplo de um autor que conseguiu sobreviver a isso foi José Saramago, as suas edições eram péssimas. Agora são giras mas também já os li, não vale a pena agora...
- Já tive óculos graduados da Barbie e do Rato Mickey;
- Eu assusto-me com facilidade. Mesmo que eu veja a outra pessoa a esconder-se, se ela me fizer "Booo!" eu vou dar pulos e gritar de medo à mesma;
- Aquilo que eu mais gostava no Taekwondo eram os exercícios em que saltávamos contra a parede para dar impulso para o pontapé. E partir pedaços de madeira;
- Quando era miúda sabia os nomes de milhões de espécies de dinossauros e gravava um programa que dava sobre eles em cassetes para o voltar a ver nas 80h seguintes. Chateava toda a gente com factos sobre dinossauros. Dinossauros são fixes;
- Eu detesto plantas e detestava estudar sobre plantas, tinha notas miseráveis em tudo o que envolvesse botânica;
- Eu não consigo iniciar conversas de mesa, eu preciso de ser aquela pessoa a quem vocês começam a contar coisas enquanto como e depois eu ganho coragem para contar e desenvolver a conversa até vocês acabarem a comida há 3h e a minha comida estar fria;
- Eu sou louca por camarões. Doida. Camarões é vida;
- Não suporto Fernando Pessoa e quero poder dizer isto sem ser julgada por todos os doridos de pensar!!!;
- No cinema eu como sem problemas um menu grande de pipocas;
- Eu durmo de boca aberta;
- A minha refeição do dia favorita é o pequeno-almoço. Sentada à mesa, sem ser à pressa;
- Se disserem "fécula de batata" ou "pudim" na minha cara eu vou rir durante 10 minutos non-stop;
- Eu adoro sentar-me "à homem";
- Eu falo imenso do meu curso aqui no blogue mas, no dia-a-dia, eu sou hiper reservada em relação aos meus interesses académicos ou ao próprio entusiasmo pelo curso. Há pessoas que ainda hoje se devem perguntar porque é que eu estou em Nutrição;
- Eu não tenho guilty pleasures na música, eu oiço de tudo, mesmo que seja a coisa mais foleira de sempre, se eu gostar, eu vou ouvir;
- Uma pequena paixão secreta que eu tenho é por fotografar cavalos. Durante alguns anos eu ficava todos os finais de tarde sentada no picadeiro a brincar com a máquina e a tirar-lhes fotos. Já não faço isso há imenso tempo;
- Eu nunca usei aparelho/pintei o cabelo/fiz piercings/tatuagens;
- Eu já joguei um período de basquetebol com o pulso partido e encestei (that kind of badass, ya know?)
- Os meus primeiros ténis de basquetebol, velhos, gastos, lascados e com a tinta a estalar foram roubados quando os levei para a escola para depois os usar no treino. Ainda hoje estou para perceber quem havia de querer ténis rotos.
- Eu não bebo álcool/café nem fumo;
- Eu amava de coração trigonometria. Foi uma das minhas matérias favoritas, era barra;
- Eu toquei violino e andei num coro mas detestei a formação musical porque era a pessoa mais nova da turma (9 anos, a maior parte tinha 14, 15, 16) e a professora tratava-me mal ao ponto de eu estar a fazer ditados musicais na aula de lágrimas nos olhos. Fazia-me sentir completamente burra, ignorante e acéfala, inútil e incapaz de aprender. Mas eu amava a música e tentava aguentar-me naquelas duas horas. E aguentei.
- Eu prefiro mudanças automáticas do que manuais e eu acho que essa treta de "ah quem gosta de mudanças automáticas não tem prazer de conduzir" bullshit.
- Eu posso estar a ter o dia mais ordinário e cruel da minha vida mas sou incapaz de tratar mal um empregado num café/restaurante. Vou abordá-lo como se estivesse no topo da montanha;
- Uma das experiências mais giras que tive foi nadar com golfinhos;
- Eu uma vez recebi uma nota baixa numa apresentação (a única em toda a minha vida de estudante nas apresentações orais) porque estive "demasiado à vontade com o público a falar sobre o tema";
- Eu guardo todo o tipo de tralha que tenha um significado, há caixas no meu quarto cujo o conteúdo parece completamente inútil de guardar mas faz todo o sentido para mim. Seja um papel de chocolate partilhado ou oferecido por alguém especial, um post-it ou mesmo uma garrafa de coca-cola, se tiver significado, eu guardo;
- Eu gosto daquele hip-hop pesado, todo cheio de palavriado horrível e o pessoal todo a atropelar-se a dizer yeah. Eu adorava ir para os treinos a ouvir aqueles hits;
- Eu não sei comer com pauzinhos;
- Eu não tenho qualquer problema em partilhar as minhas piores caretas faciais porque eu acho que fazem mesmo parte de mim. Share the ugliness;
- Eu detesto batatas fritas de pacote normais, daquelas que só têm sal, para mim se é para javardar em batatas fritas têm de ter aqueles sabores que te deixam com um hálito horrível e cheiram a ração de cão. Se é para estragar, é à séria.
domingo, 21 de junho de 2015
1 - Instagram: Pelas razões óbvias. Porque gosto de fotografar e gosto da sensação de partilha de momentos. Porque gosto de me inspirar e porque me sinto mais próxima de vocês.
2 - Snapchat: O melhor método para matar saudades. Recentemente decidi adicionar algum pessoal fantástico aqui da blogosfera e abrir o meu snap para a partilha entre vocês também, desde vídeos altamente parvos, fotografias... Mas não estou bem a par de quem tem conta aqui. Se quiserem adicionar-me digam nos comentários para eu responder-vos com o username da minha conta e identifiquem-se para depois saber quem estou a adicionar, etc. Sinto que posso partilhar mais do meu dia-a-dia assim com vocês!
3 - Messenger: Pelo pessoal estrangeiro. Eu sou sincera, o whatsapp cativou-me durante algum tempo e é a delícia dos meus pais mas eu sinto que o messenger chega-me porque todo o pessoal estrangeiro com que falo tem Facebook e porque quando alguém vai para fora viajar eu consigo comunicar rapidamente com eles desta forma. Em especial por isto é que o Messenger é importante para mim. Para derrubar as fronteiras... E para mandar fotos à minha mãe dos presentes que quero comprar nas férias aos meus amigos para saber se ela acha que são giros ou se estou a meter a pata na poça (porque ela é a maior fashionista, duh!)
4 - Shazam: A música tem uma enorme importância na minha vida e qualquer momento é o momento ideal para descobrir músicas novas. Eu devo confessar que aquele método do decorar a letra e pesquisar no google resultava pessimamente comigo. Shazam, obrigada por existires na minha vida!
5 - Zomato: Como amante de comida e com um grande orgulho no crescimento do Bom Garfo, cada vez mais quero estar actualizada dos melhores sítios para almoçar, lanchar, beber um copo... E a Zomato reúne todos esses lugares, especialmente por categorias, permite-me guardar os sítios que já visitei, escrever opiniões e até fazer-me sugestões com base na minha localização. Quando queremos experimentar um sítio novo mas as ideias não surgem, é a ele que recorro. Têm perfil lá? Procurem por mim!
6 - Craze: Esta é uma descoberta incrível que ainda estou a explorar mas que me tem dado muito jeito. É uma aplicação que reúne uma série de sugestões de eventos que podem ocorrer na minha área de localização (ou numa outra qualquer que pesquise, até mesmo no estrangeiro) com base nos meus interesses e gostos. Está organizada por eventos que vão acontecer no próprio dia, no próximo fim de semana, ou nas datas futuras. Com indicações de preços, horários, podem também adquirir bilhetes lá e, se tiverem amigos com perfil lá podem ir partilhando uns com os outros os futuros eventos ou incluí-los num evento onde vão participar. É só porem o lugar e as oportunidades aparecem. Super útil e a partir dele já descobri coisas fantásticas para participar ou para combinar um dia mais divertido, já nada me escapa!
7 - Spotify: É onde a minha música mora. Entre playlists, descobertas, é a minha aplicação de música de eleição quando quero ir ouvindo sem regras as minhas músicas favoritas.
8 - Tubex: Porque é genial. Porque posso finalmente ouvir uma música no youtube enquanto respondo a uma sms ou vejo o instagram. Porque é libertadora e não vai sair do meu telemóvel.
E vocês? Quais são as que não saem do vosso telemóvel?
sábado, 20 de junho de 2015
Os meus primos australianos fascinam-me e assustam-me. Não, não eles em si, mas as suas histórias! Desde que me lembro que me convidam para ir a Sidney e a oportunidade ainda não surgiu porque quero ir lá com tempo para todas as voltas que tenho de dar. Mas se por um lado há uma parte de mim triste por ainda não ter feito essa viagem, por outro fico radiante por esse momento de superar medos ainda não ter chegado. Eles bem que dizem que, se lá for, metem os 15 mil sprays anti-aranhas para mim. Eles bem que dizem que as coisas não são como na BBC vida selvagem. Mas no minuto a seguir estão a contar as histórias mais assustadoras de sempre!
Como quando eles estavam no supermercado a fazer compras e o mesmo foi evacuado porque estava uma cobra no meio das frutas. Já imaginaram o que era estarem no Continente armados em nutris a escolher papaias e mais umas quantas frutas da moda e do nada aparecer uma cobrazorra a pedir um osso vosso? Surprise, surprise, my dinner has legs!
Ou como quando estavam na praia e o alerta típico que é lançado quando há tubarões perto da costa soou e toda a gente foge da praia como se viesse aí um tsunami. Eles fogem mesmo na areia, como se um tubarão filho de Belzebu fosse saltar por aí adentro para roubar biquínis!
Ou como têm de limpar o sótão com luvas especiais porque há "típicas" aranhas brancas venenosas lá a viver e, se forem picados, morrem!
Ouuuuuuuuu (sim, eu ainda não acabei), como apanham tarântulas horripilantes no jardim ou cobras vermelhas a vaguear nas flores e têm de chamar aqueles tratadores ou assustá-las a bala de pólvora porque se chegarem perto levam uma mordidela fatal.
Mas contam isto com a naturalidade com que vocês contam que andam há uma semana a estudar e a rir porque são histórias tão giras! O momento mais perigoso que tive cá em casa foi quando bati com o mindinho na esquina do móvel mas eles vivem no limite com aranhas noivas no telhado de suas casas! Eu iria morrer de enfarte se lá vivesse!
"Então, Nês, quando vens?", quando tiver um macacão à prova de bichos perigosos. Ou com o meu namorado à frente para me indicar a espécie e o seu nível de veneno. Ou quando deixar de ser uma galinha cagarolas cheia de medo. Algo me diz que esta última não vai acontecer, sorry aborígenes.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Mais um semestre que terminou e que posso dizer com muito orgulho e alívio que foi o semestre mais bem sucedido da minha licenciatura até agora. Posso dizer também que o 3º ano foi o ano mais tranquilo, não sei se porque apanhámos um esticão no 2º que nos deixou a todos em sentinela, se porque as cadeiras eram mais aliciantes ou se porque a minha própria postura na Faculdade foi mais descontraída a pensar noutras coisas. Mas a ideia geral do nosso curso foi que este ano foi soft. GraçáDeus.
Nutrição nas Comunidades, Política Alimentar, Projecto I, Nutrição e Desporto, Alimentação Colectiva e Gestão e Dietoterapia II foram as cadeiras que figuraram este semestre. Não posso dizer que não gostei de nenhuma ou que gostei menos de alguma porque todas me apaixonaram e aliciaram!
Nutrição nas Comunidades foi aquela onde fizemos a acção de educação alimentar nas escolas, onde contactámos o mundo real e onde tivemos de nos despir de vocabulário corriqueiro dentro da nossa área mas que para as outras pessoas é chinês, onde tivemos de simplificar, de nos preparar para questões mirabolantes ou pertinentes, onde tivemos que fazer e refazer os slides da apresentação (que parecia que nunca iriam estar prontos) e onde tivemos de treinar e treinar toda a informação que íamos dizer (e que cada vez que treinava mais parecia que ia pôr os pés nas mãos). Exigiu trabalho e dedicação mas o resultado foi tão fantástico que valeu a pena a experiência!
Política Alimentar foi uma das cadeiras que mais gostei por ser diferente das típicas que abordamos ao longo da licenciatura e onde pudemos fazer debates (coisa que adoro!). Saímos das cliniquices e começámos a falar de temas que realmente são actuais e muito importantes! Como vamos combater a fome em Portugal? Como pudemos evitar o desperdício de comida nos restaurantes e supermercados? Como podemos promover a prevenção de doenças ligadas à nutrição para reduzirmos os custos altíssimos que temos de pagar para os tratamentos? Será que as quotas ligadas à alimentação podem ser significantes no acesso de bens essenciais a pessoas mais carenciadas ou é um pontapé no ambiente? Que ideias podemos retirar de outros países para aplicar em Portugal para melhorar a alimentação das crianças? Que acções devemos ter em relação ao terrorismo alimentar? Quais as estratégias para chamar o Governo a atenção para medidas políticas ligadas à Nutrição? Eu achei a cadeira fascinante e, admito, eu gostava de ter intervenção política em Portugal na Nutrição. Gostava muito.
Projecto I é uma cadeira de preparação. Nós temos de realizar para o ano uma investigação em grupo, de um tema à nossa escolha para fazer experimentação, avaliação de resultados e conclusão. É quase como uma tese de mestrado mas num ponto de vista muito mais suave. Mas como estes projectos levam algum tempo de preparação, toda a parte de avaliação da investigação, a escolha do tema, a organização do tema e a pesquisa sobre informação ligada ao que estamos a investigar já foi feita este ano e avaliada. Basicamente foi um adiantamento para a quantidade de trabalho que teremos para o ano!
Nutrição e Desporto foi o meu grande amor. Eu escrevi aqui num post há uns meses que tinha muito medo de as minhas expectativas não se corresponderem porque não conseguia evitar não ir expectante! Eu adoro desporto e quando isso está ligado à minha área de sonho, que mais posso querer? Bati palminhas e a professora era incrível e aliciante, portanto, foi uma cadeira que pouco ou nada me custou. Abordámos diferentes modalidades e as suas necessidades (porque um futebolista, uma ginasta e um maratonista não podem fazer as mesmas coisas nem comer as mesmas quantidades!), a relação do desporto com a perda de peso (porque o desporto não serve para perderem peso mas sim mobilizar a gordura!) e a hidratação e alimentação do atleta pré, durante e pós competição ou treinos. Como saber se o meu atleta precisa de mais calorias ou mais água? Como fazer um atleta ganhar peso depressa sem o comprometer, como fazê-lo perder peso? Tudo isto na cadeira e juro-vos, se pudesse mandava um e-mail à professora para lhe pedir para voltar a assistir às aulas. Foi um sonho para mim (ela aparece imensas vezes na televisão, vocês até devem saber quem ela é).
Alimentação Colectiva e Gestão foi a cadeira que me deu um chapadão e me fez ver "helloooo? temos aqui uma nova oportunidade de carreira, não?" e lá me comecei a interessar. Cantinas e COPAS hospitalares, serviços de restauração, tudo isso precisa de um nutricionista. Garantir que os equipamentos conseguem produzir e manter os alimentos seguros, livres de contaminação e com qualidade, selecção de pessoal, gestão das ementas e das receitas, fazer os ajustes necessários para garantir um melhor serviço e mais clientes, que molhos colocar, que quantidade dispor, como fazer o meu cliente voltar ao meu serviço de restauração, tudo isso é abordado na cadeira. Dar à nutrição um sentido de empresa é o objectivo e fiquei conquistada, tentada para esta área.
Dietotepatia II fez-me temer pela vida e nos primeiros casos clínicos começámos muito, muito, muito mal. Mas não fui só eu. O curso inteiro. Passámos de dietas simpáticas para emagrecer ou engordar pessoas (que são facílimas) ou para pessoal com colesterol ou purinas para doenças a sério e não foi um primeiro contacto muito feliz porque eram contas e mais contas e mais contas e mais fórmulas e mais indicações para seguir até chegarmos à parte gira da distribuição de doses. É assustador sentir que está sempre errado e que temos de voltar com as contas todas atrás porque nos esquecemos de um passo. Há doenças mesmo complicadas ao ponto de um colega meu ter chegado a dizer "Vou meter no letreiro do meu consultório 'Nutricionista Clínico. PS: Não o atendo se tiver as seguintes doenças: A, B, C, D'" porque eram realmente chatas e poderiam colocar em risco a própria vida do meu paciente. Mas depois comecei a enfrentar isto com outros olhos e começou a melhorar um pouco, bastante até. Mas houve muita gente desconfortável com a cadeira, penso que foi a mais difícil porque não era linear, precisou de muito treino para eu estar ambientada e fez-me pensar que talvez não seja feita para clínica. Tremeu um bocado as minhas ideias mas eu adorei o desafio, sem dúvida!
Este ano não houve grandes ligações com clínica, o que me deixou ligeiramente satisfeita porque abriu portas para áreas às quais não estávamos tão familiarizados e fez-me ganhar mais gosto pela minha licenciatura e pelas cadeiras que aborda. Foi um semestre mesmo suave mas ao qual eu tive os resultados mais altos (subi a média inclusive) e onde tive a postura mais descontraída sem perder a ambição e a capacidade de trabalhar. Consegui gerir o meu horário muito melhor e tive imenso tempo para estar com quem mais gosto, para fazer trabalhos, para bezerrar no sofá, para fazer o meu desporto, para sair e para estudar. Foi o mais próximo de um pseudo-secundário mas sei que não me perdi no rumo, como era tentador. Não me encostei à sombra da bananeira nem levei a brincar as cadeiras. As temáticas começam a ser mais fáceis de assimilar porque estamos cada vez mais familiarizados com os conceitos e abordagens, as cadeiras são cada vez mais interessantes e temos professores que puxam por nós e não querem menos que a perfeição. Mas é bom podem ter gosto em ler o que tenho de estudar, em ver que consigo captar bem as coisas e estudar sem ansiedades abusivas ou sem ter de desmarcar um café com amigos ou um jantar a dois especial. Foi um ano bom mas este 2º semestre foi a cereja no topo do bolo!
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quarta-feira, 17 de junho de 2015
Quando entramos em apneia (que, por acaso foi o uns dos primeiros títulos que dei ao meu primeiro blogue antes de ser Teorema), no mar, existe um intervalo de profundidade entre os 7 e os 13m em que o nosso coração tem uma grande probabilidade de simplesmente parar, sem sintomas, sem pré-avisos. É simplesmente uma pressão tão forte que consegue fazer o coração parar de bater. E é isso que provoca tantos acidentes em pesca submarina ou em mergulhos extensos.
Eu não tenho qualquer conclusão para vos dar ou qualquer pensamento metafórico consequente deste facto que sei há alguns anos. É só que continua a espantar-me e a deixar fascinada como o corpo humano é capaz de ser o mais vulnerável do mundo contra algo tão simples como pressão. Cientificamente fascina-me. Fim.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Ao longo destas duas décadas tive o privilégio de conhecer pessoas com histórias de vida completamente opostas, com experiências e modos de viver altamente diferentes e que eu decidi amealhar todas essas oportunidades de as conhecer, de as ouvir e ajudar como uma aprendizagem constante para eu própria crescer enquanto pessoa, para me formar e para ganhar o carácter que desejava para a minha vida. Os nossos pais não podem ser os únicos culpados da nossa formação e a forma como encaramos as oportunidades (sejam elas quais forem, grandes ou pequenas) é também um passo determinante na nossa forma de ser ou, pelo menos, é nisto que acredito e defendo. Conheci pessoas que passaram grandes dificuldades, que têm histórias de vida que me metem ainda hoje de lágrimas nos olhos e pessoas que têm uma vida de topo, que atingiram metas para chegarem onde estão e na forma como vivem. Em ambas eu admiro. E não, eu não admiro as pessoas por terem tido dificuldades porque, acreditem, as pessoas de topo também passam dificuldades e devem ser respeitadas e não menosprezadas só porque têm mais uns euros na conta, isso não me diz nada. As dificuldades não me fazem admirar a pessoa mas sim a forma como as ultrapassou e na pessoa que se tornou. E sim, são coisas diferentes.
Porque se há coisa que me desilude e me faz perder o brilho por alguém é que justifique as suas más atitudes em conta dos "azares da vida". E falo nisto para quem está no fundo do poço ou no cimo, eu não quero saber. A humildade, o respeito, a boa educação, a simpatia e a compreensão não têm carteiras, moradias ou passados menos bons. Vêm connosco e cabe-nos a nós carregarmos no nosso coração o desejo de querermos ver os outros felizes e fazer algo por nós mesmos. Admiro pessoas que passaram por gigantescas dificuldades e não perderam os seus valores, não pisam ninguém, não são frias nem calculistas e têm um bom coração consigo. Porque não fizeram da dificuldade aquilo que elas são mas sim a forma como a superaram, e isso diz tudo de uma pessoa. Tenha ela passado fome ou tenha ela três pratos na mesa todos os dias. Todos temos dificuldades, todos temos problemas e eles nunca vão acabar. Metam isto na vossa cabeça: as dificuldades nunca acabam e se qualquer dificuldade vos molda para seres cada vez mais insensíveis, então sugiro que considerem os vossos valores. Porque vão ficando cada vez mais negros por dentro, menos esperançosos, mais cruéis e egoístas, mais rancorosos e vingativos e isso é o comportamento mais feio e desesperado do mundo. Isto não é sinónimo de ser forte.
Eu quero ser bem sucedida na vida e quero ser forte, todos nós queremos, óbvio. E não falo de dinheiro. Eu quero fazer o que amo, estar em paz comigo mesma de todas as opções e decisões, viver os meus sentimentos em pleno e ser uma pessoa de carácter forte. Eu quero ser bem sucedida e sei que vou ter dificuldades no caminho e nem sempre tudo vai estar a 100%. Eu sei. Mas eu não quero deixar de ter bom coração, eu não quero deixar de aprender, não quero desistir, não quero ter pena de mim nem dos outros (ninguém merece a pena de ninguém) nem quero deixar de tem empatia, boa educação e formação. Eu quero e vou ser boa pessoa por mais fundo que eu esteja no poço, por mais injusta que a minha vida venha a ser. Eu vou porque eu não quero pisar ninguém (especialmente quem goste) para ser feliz. Porque não há nada melhor para ser feliz do que sermos a melhor versão de nós mesmos ainda quando temos o touro mesmo à frente. E nem toda a gente chega a esta conclusão.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Uma das palavras de ordem quando entramos na Faculdade é truques. Aprendemos truques para tudo, para chegar a determinados blocos, fazer coisas, alcançar objectivos e... no estudo também, mesmo quando os hábitos de estudo não são os melhores. Vou partilhar com vocês alguns dos truques que não dispenso!
1. Eu estabeleço um nível de compreensão
Cada vez que tenho uma cadeira para estudar, que normalmente está dividida em diversos temas, eu coloco junto ao título de cada tema um espaço para estabelecer um nível de compreensão, que vai de 1-10 e que escrevo cada vez que leio ou exercito essa matéria. Porque uso isto? Porque normalmente estudo tudo seguido o que significa que só volto a ler aquele tema depois de ter a matéria toda estudada e a classificação serve para eu ter noção do quão bem eu compreendi aquela matéria. Normalmente escrevo a lápis para ir reformulando a classificação à medida que vou passando pelo tema e, na altura das revisões, eu dou mais ênfase nas temáticas com classificações mais baixas. É uma forma de manter o meu cérebro em estudo sempre bem mapeado!
2. Os meus marcadores fluorescentes têm um código
Se forem como eu naquele truque do "sublinhar" o mais importante, vão ter um caderno arco-íris. Para mim tudo é importante e, especialmente em momentos de ansiedade, eu perco o discernimento do que é vital salientar. Portanto, os meus marcadores têm códigos e podem fazê-lo também. Por exemplo, tenho marcadores para as datas, para as palavras mais articuladas, para microorganismos (no caso de serem de ciências vocês sabem que isto é vital) ou para as gramas de macronutrientes que tenho de dar consoante uma doença ou para nomes importantes... E simplesmente sublinho esses pormenores! Não há limites para a vossa codificação e podem usar o número de marcadores que quiserem mas o meu conselho é keep it simple e quanto menos melhor porque senão acabam por ter o efeito arco-íris na mesma.
3. Ver vídeos no youtube da matéria
Isto pode parecer a coisa mais perigosa de sempre e foi exactamente isso que pensei quando no meu primeiro ano a minha melhor amiga disse que estudava bioquímica com ajuda de vídeos do youtube. Mas dei uma oportunidade e realmente pode ser um excelente truque. Existem duas formas de verem vídeos no Youtube:
-Vídeos de explicação: em que têm um indivíduo a explicar-vos determinada matéria e isso pode ser super útil porque é uma espécie de explicador naquelas matérias mais confusas e porque geralmente eles tentam fazer render o sucesso dos vídeos com muitos exemplos e gravuras, coisa que muitas vezes escassa nos nossos materiais de estudo ou, se for como nas minhas cadeiras, muitas são as vezes que aparecem gravuras e esquemas sem nada lá explicado. Em inglês ou brasileiro não considerem a língua um entrave ou motivo de desconfiança nem considerem também como um único meio de estudo mas sim como um suporte de estudo e compreensão. Acompanhem o desenrolar da explicação com os vossos apontamentos e, em espírito crítico, verifiquem se está de acordo com o que vos leccionaram e anotem os pontos em que tinham mais dúvidas. Já sabem que há terminações diferentes mas em coisas como bioquímica, fisiologia, biologia celular, química vocês têm carradões de vídeos muito bons e que valem a pena ver!
-Vídeos de animação: como referi, muitas vezes aparecem nos meus slides imagens ou esquemas sem nada a explicar e, muitas vezes confusos e isso acontecia-me n vezes em fisiologia, patologia, biologia, bioquímica... E eu gosto de ser uma estudante que aponta todo o processo portanto, se não está lá escrito, eu faço questão de o fazer e nem sempre a imagem é assim tão linear. Outra coisa que pode acontecer é eu ler o processo e não estar a conseguir visualizá-lo, o que dificulta a minha compreensão e o que faço é pesquisar precisamente o nome desse processo e vocês não têm ideia da quantidade de animações que existem com explicação. Tive grandes ajudas especialmente nos processos de DNA/RNA e PCr mas têm de quase tudo e é um auxílio fabuloso. Eu foco-me mais nas ciências porque é a área onde estou mas tenho a certeza de que para o pessoal das letras e social e matemática (imensos!!!!!!) vai encontrar muitas ferramentas de ajuda também, give it a shot!
4. Treina a escrita rápida
Quanto mais rápido conseguires escrever, mais apanhas nas aulas. Usa e abusa das abreviaturas, aprende a escrever sem ver, deixa-te de complexos por os apontamentos de aulas não serem todos bonitos, o importante é sacar o máximo de informação. Tudo é permitido!!!
5. Desenha
Perde tempo a desenhar. Por vezes achamos que é uma engonhice mas pode ser uma grande ajuda para visualizarmos o processo. Não é desenhar com corzinhas e tudo a nível de Picasso, é desenhos feios mesmo, todos tortos com milhões de setas mas que, no final da gatafunhada, olhas para aquilo e pensas "okay, já percebi".
6. Não tenhas problema em ligar a alguém a dizer que não percebes "puto" da temática
Quase todos somos reticentes a estudar em grupo e todos sabemos porquê, o que acaba por ser um bocado o entrave-chave para não ligarmos uns aos outros quando temos dúvidas, ou até enviar mensagem. Eu confesso que isso não me aconteceu muitas vezes e as pessoas ligavam e ligam-me tal como eu o faço e trocamos mensagens pela simples razão de que muitas vezes estamos tão inebriados com uma forma mecânica de pensar que não conseguimos sair dali, ganhamos uma pala ridícula nos olhos e não há volta a dar. E ligar a alguém pode fazer a diferença. Não é ligar sem perceber nada da matéria nem é ligar 300 vezes para 300 perguntas, tenham respeito pelo estudo da outra pessoa também. Mas se estão há horas a empancar numa parte do estudo não metam na cabeça que têm de compreender tudo sozinhos. Liguem ao número de pessoas necessário até apanharem bem a matéria. Por vezes a forma irreverente de outra pessoa pensar pode ser a chave para vocês conseguirem tirar essa pala e dar a volta. Um truque? Optem sempre pela pessoa mais comunicativa. Porque o que vocês querem é uma explicação simples e esclarecedora, alguém que vos exemplifique ao máximo e consiga conversar com vocês em meios como o telefone. A última coisa que vocês precisam é de um punhado de folhas de apontamentos, isso só traz mais ansiedade. Se for último recurso, aceitem, mas se puderem recusar digam que preferem que vos expliquem isso oralmente e só depois aceitam apontamentos para anotações futuras.
7. Gravem-se a falar
Pessoal com carro, mp3, e que tem aqueles textões infinitos para marrar, esta é para vocês! Por muito que a vossa voz seja horrível em gravação, borrifem para isso porque só vocês mesmo é que se vão ouvir. Gravem-se a ler a matéria e não se esqueçam que não pode ser monocordicamente, leiam com ênfase e entoação e, se quiserem adicionem explicações improvisadas no final da leitura. Nos tempos mortos como as viagens para casa, as esperas por alguém ou outras situações em que os livros não estão por perto, é só pôr no play. Em anatomia o rádio do carro era a minha voz. A nossa memória acaba por apanhar inconscientemente certas ideias e memorizá-las, especialmente pelo tom da vossa gravação, vocês acabam por decorá-la como uma melodia e vão apanhar-se a repetir as coisas tal como quando começam a ouvir uma música nova. Desinibam-se e comecem a declamar!
Espero que vos ajude! Bons estudos!
domingo, 14 de junho de 2015
Celebrar o dia da criança da melhor forma: Quando fui ter com ele enviei-lhe uma mensagem dizendo "Friendly reminder de que hoje é o meu dia" e ele respondeu que obviamente estava preparado para isso e tive direito aos meus desejos de criança, incluindo pizza, uma tarde de estudo que podia perfeitamente não existir, um serão a ver Ridiculousness e muitos miminhos!
From Prague, with love: Não é o ursinho mais adorável? É tão bom quando se lembram de nós em viagens...
Galinha com Amêndoas para sempre: Eu raramente recuso convites para jantar em vésperas de frequência. Pode parecer contra-producente mas aquele tempinho que eu tenho com pessoas adoráveis serve justamente para relaxar, acalmar o estômago e falar sobre outras coisas. E com uma família sempre pronta a livrar-nos das ansiedades, nada melhor do que roubando o camarão de surra!
Mimar-me: Há imenso tempo que não punha os pés num centro comercial pelo simples capricho de andar e mexer em tudo. Os trabalhos e frequências tiram-me sempre esse tempo em que posso tentar subir o meu nível feminino e aproveito-o assim que me vejo de tempo livre para trazer miminhos como aquela t-shirt, a bolsinha de Londres e ainda outro que vão ver mais abaixo!
Polaroid Family: O meu amor pelas fotografias em papel já começa a ser tão grande que não cabe nos meus quadros. Já não há ímans ou pinos que suportem tantos bons momentos e isso não é, obviamente, um motivo para parar de as ter nas mãos, portanto, a tela desta vez é a parede e acho que até consegui fazer um bom trabalho, mesmo com aquele ar torto eu acho que isso lhe dá ainda mais piada. Estão tantas boas memórias ali...
From Azores, with love: Mais miminhos maravilhosos de uma ilha que visitei há precisamente 10 anos atrás e que adorei. Gostava de poder lá ter voltado mas desta vez apanhei uma frequência pelo meio e uma coisa é estudar a viajar outra é faltar a avaliações para viajar, coisa que é impensável para já para mim. Por isso trouxeram-me estas coisas todas fantásticas para me alegrar e matar saudades, incluindo os m&m's birthday cake que já aqui tinha falado na minha visita à ALS, umas pulseiras com basalto (a pedra vulcânica típica da ilha) e ainda um livro relacionado com a cozinha típica açoriana. Adorei!
Fim das aulas, can I get an Ámen?! Estava nervosíssima de manhã com a minha última avaliação e, enquanto tomava o pequeno-almoço, disse-me: "Quando saíres vamos comemorar a tua pseudo-liberdade e vamos beber uma bebida fresca num dos teus lugares favoritos, combinado?". O prometido foi devido e pude aproveitar um meio da tarde na melhor companhia e com uma pepsi com um gosto fantástico a limão e a sensação de dever cumprido (ou esperemos que sim!)
Biologamos? Fiquei mesmo feliz por sentir que o podia ajudar quando ele me perguntou se podia auxiliá-lo no seu trabalho de investigação. Não sou do seu curso e, apesar de em muitos assuntos e cadeiras termos as mesmas bases e conseguirmos conversar sobre essas áreas, há muitas outras coisas que me passam completamente ao lado, especialmente as mais ligadas à vida animal e menos à vida humana. Por isso, sentir que consegui fazer aquilo que eu lhe pedi com sucesso e até ajudá-lo a pensar de uma perspectiva diferente fez-me sentir que a minha ajuda foi realmente útil e que conseguimos trabalhar em equipa... E saímos de lá com umas histórias bem caricatas e umas fotos incríveis! Ah e 1% mais de consideração da minha parte por pássaros. O Diogo matar-me-ia se não escrevesse que agora gosto 1% mais de pássaros.
Manta minion: Conhecendo o meu primo e o meu namorado, eu sei que esta manda não vai durar. Estou a contar os segundos para ver quem é o primeiro a roubá-la. Mas foi a minha compra mais cobiçada de sempre pelos dois e não é para menos, I mean, é uma manta minion, o que não há para adorar?! E é tão gira e amorosa! Só havia uma, mesmo a sorrir para mim, à minha espera, e a garantir a sua exclusividade à minha pessoa. Mas sei que um dia vou acordar sem a amarelinha perto de mim. Vou ter de me zangar com os dois.
A juntar a este post quero dar-vos mais dois favoritos sobre aplicações, coisa que não costumo fazer porque as minhas apps são muito banais mas descobri este mês estas duas que me fizeram apaixonar e que acho que valem a pena partilhar. A primeira é a 8tracks que eu desconfio que não deva ser uma novidade para vocês mas é para mim por sempre ouvir falar dela mas nunca ter dado uma oportunidade. Basicamente é uma aplicação de música onde podem criar playlists ou ouvir playlists de outras pessoas mas sem a parte chata do Spotify de terem número limitado de skips ou da publicidade. É perfeita para esta fase em que estou agora em que estou a ficar cansada das músicas que tenho e ando à procura de novas mas simplesmente quero deixar as músicas correr sem me preocupar em fazer grandes pesquisas. Eu ainda não fiz playlist nenhuma por enquanto e tenho-me divertido a ver as temáticas das pessoas mas sei que não vai durar muito até eu criar uma. Se começar a fazer querem que partilhe o meu user para pesquisarem as minhas escolhas musicais?
A outra eu acho que é a dádiva que todos precisamos e se vocês já a conheciam eu oficialmente odeio-vos por não me terem dito: Tubex. E o que é o Tubex, Inês? O Tubex é o Youtube, precisamente o Youtube mas deixa-vos sair da aplicação e mexer no telemóvel sem travar a música, como acontece no Youtube. Milagre??? Sim, podem agradecer-me erguendo-me um altar com bolo de brigadeiro lá. De nada.
Por fim, e agora sim, as minhas músicas on repeat deste mês!
Stranger In a Room - Jamie XX
Qual foi o favorito de que gostaram mais?
É triste que estejamos em pleno século XXI e o elogio entre mulheres seja visto ainda como algo irreverente e revolucionário ou, visto por más línguas, falso. Que as mulheres são artificiais umas para as outras quando dizem que outrem está bonita ou fica bem em determinada coisa ou que até apreciam a sua companhia. Que fiquem felizes pela felicidade das amigas. É triste que em pleno século XXI ainda se oiça "eu tenho mais amigos rapazes porque tenho más experiências a fazer amizades com raparigas".
Há aqui uma particularidade muito entranhada no mundo feminino desde milénios que é a comparação. O universo da mulher é fortemente empurrado para uma reflexão do que é que nós temos e não temos em comparação às outras. Porque as morenas é que são as melhores, porque as baixinhas é que são as mais apetecíveis e porque mulher tem é curvas. Todas estas atrocidades são baseadas numa só palavra: comparação. A mulher compara-se de uma forma medonha e absurda e fica mal resolvida consigo mesma quando os resultados não são positivos. Muitas das vezes o facto de ficar mal resolvida é o que a faz ter um comportamento mesquinho infundamentado, egoísta e feio, em que tem de fazer elogios artificiais ou comentários maldosos ou até puxar à má educação aos outros para se sentir melhor. Porque aquilo que ela fez a outra pessoa sentir comparada com o que ela já é fá-la sentir-se melhor. Porque não partilhar a felicidade da amiga seria submeter-se ao facto de que ela tem uma vida muito melhor e muito superior à sua e não pode compactuar com tal comparação. Basta!
As mulheres são incrivelmente fortes e especiais e é ridículo que canalizem tamanho dom para comportamentos tão infantis e egoístas! Vamos parar de rebaixar as outras mulheres porque ninguém é melhor que ninguém. Somos tão únicas, tão irreverentes, tão chatas, tão complexadas, por que razão vamos querer ser tão cruéis também? Por que é que não podemos encorajar as mulheres que estão do nosso lado? Por que é que não podemos enxergar as nossas qualidades e reconhecer as qualidades de quem está ao nosso lado, por muito diferentes que sejam?
Aqui me confesso: eu não tenho problemas em elogiar e nunca fui desonesta nos meus elogios. Eu fico feliz pelas minhas amigas estarem felizes (mesmo quando sou eu que estou no fundo do poço), eu torço por elas! Eu sei apreciar a beleza de alguém e evidenciá-la a essa pessoa mesmo quando sou uma batata de categoria C, eu faço por passar força e coragem para outras mulheres. E não me podia ser algo mais natural, tudo isto que faço. E o que de mal estiver com a minha vida, é com a minha vida, sem culpa dos outros e eu mesma resolvo, sem crueldade alheia. Eu quero ser simpática e estabelecer empatia com raparigas e quero sentir que isso é um acto natural e importante e não algo revolucionário porque ser simpático não devia ser um acto revolucionário mas sim imperativo na sociedade. E eu estou a falar de simpatia genuína. Vamos parar de deitar as pessoas abaixo, vamos parar de ter inveja, vamos parar de nos compararmos e olharmos ao espelho com desdém de nós próprias porque, por muito que tal possa ser difícil, nós não merecemos tamanho sentido crítico em nós próprias. Dêem-se uma chance de serem lindas e deixem as mulheres à vossa volta serem lindas também. E, se o sabem, digam, sem artificialidades ou mesquinhices e poupem-se de picardias e comentários feios. Sejam belas pelos vossos valores! Sejam o melhor de vocês mesmas! E se são assim, orgulhem-se por serem incríveis!
Este é um desafio que daria pano para mangas, já que sou uma pessoa tão musical e onde a música faz, realmente, parte da minha vida, mas decidi escolher uma parte bastante exclusiva da minha vida para ser nostálgica: viagens. Como sabem (já escrevi no Bobby sobre isso, pelo menos) as descolagens marcam-me sempre, especialmente porque vou acompanhada por música e, de uma forma quase mágica, a música que ouvir, seja ela qual for, da qualidade que tiver, fica para sempre na minha memória como a-música-que-ouvi-quando-descolei-de-X-para-Y. E, claro, fico sempre nostálgica. Por isso decidi, dentro das músicas que tenho, três descolagens com músicas agora inesquecíveis! Acompanham-me?
Don't Let It Break Your Heart - Coldplay (Lx-Edimburgo) [2011]
Heartbreak Dream - Betty Who (Lx-Barcelona a estudar Patologia e Toxicologia) [2014]
Bright Lights - 30 Seconds to Mars (Veneza-Lx a estudar Microbiologia) [2013]
sábado, 13 de junho de 2015
Não sou uma pessoa muito feminina numa quantidade gigantesca de detalhes e normalmente a minha mala está sempre cheia de comida. Se me virem na rua, a não ser que tenha a, segundo o meu namorado, minha imagem de marca que é uma mochila castanha às costas, as minhas preferências de mala são sempre grandes, não porque guarde o mundo inteiro lá dentro mas porque preciso para levar para a Faculdade com a lancheira do almoço lá dentro e ainda as pastas de casos clínicos, dá jeito para não ter trezentas coisas na mão.
Mas agora que fiz uma limpeza e tirei de lá as coisas típicas que uso no Inverno (luvas, um termo para levar chá) e ficou tudo muito mais arranjadinho, pensei porque não?
Levo comigo a minha agenda para todo o lado porque é mesmo o meu disco externo que se lembra de compromissos inadiáveis e de datas que nem ao Diabo lembraria se não as apontasse e tenho também um bloquinho vermelho mais especial onde faço anotações de coisas que me inspiram. Tenho ainda duas bolsinhas, a de Londres e uma transparente do Mickey onde levo os batons do cieiro todos, os brufens alheios, soro (o pessoal das lentes e dos dramas todos oculares percebe bem este essencial), escova de dentes portátil, lenços de papel... Tenho sempre esta tralha toda comigo! As carteiras, o telemóvel e as chaves de tudo basicamente, com aquele chinelo que já tem imensos anos para me fazer lembrar o Verão. No fim ainda um pacote de bolachas Maria com a dose certa de pão e equivalentes. Este pacote nem é tanto para fazer de lanche porque eu como bem mais que esta dose mas eu faço questão de ter sempre algo comestível na mala eternamente (de preferência doce e rápido de comer) para uma possível emergência, um ataque de fome provocado por muitas horas sem comer ou se alguém precisar e se sentir mal. Enfim, ossos de nutricionista! Uma coisa que não está aqui mas que vai sempre comigo também é uma garrafa de água, é infalível e geralmente fica na lancheira e pastilhas, mas como só as costumo ter em alturas de stress, já não estão aqui.
E vocês, que levam nas malunfas?
Acho tanta piada a esta disparidade de estilos de vida em diferentes pontos do mundo... Uso o Snapchat para conseguir estar próxima dos meus amigos, ver o seu dia-a-dia e isso significa que tenho uma amiga na Suíça, Irlanda e ainda Brasil, mas vou falar em especial das duas primeiras. Enquanto os típicos snaps dos meus amigos portugueses são as cervejas e as gravações de vídeos à noite com a música, eu raramente recebo snaps delas na noite (também recebo, mas são raríssimos) e recebo imensas vezes snaps a tomarem o pequeno-almoço com os amigos em cafés super giros, brunchs, passeios.
Eu acho que a cultura portuguesa é muito borguista e isso é algo com que nunca me identifiquei muito. Eu preferia mil vezes acordar à nove da manhã e ligar a uma amiga para irmos experimentar um novo brunch ao café do que ficar até às 4h da manhã num arraial. Mas eu sei que se ligasse a quase qualquer amigo meu às 9h da manhã ele ia mandar-me bugiar porque teve uma noitada "agressiva" e tinha de dormir. E, nesse sentido, eu não sou portuguesinha de todo.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Fiz o cadeirão do semestre ontem. Fiquei tão nervosa a abrir o email que até tive de me sentar nas escadas, tal era a falta de confiança. Depois, com as mãos todas a tremer gritei-lhe "EU FIZ, EU CONSEGUI FAZER!" e ele só espreitou da cozinha com um prato cheio de nuggets estendido para mim e fingindo cara de desdém respondeu "Óbvio que fizeste, qual é a novidade de que és fantástica?" e piscou-me o olho.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Cada vez mais a blogosfera quer passar uma mensagem a quem lê o seu blog. Ou seja, querem ter um blog útil, interactivo, pessoal mas não intimo. Querem que as pessoas recorram-no para saber coisas e, possivelmente, simpatizar e identificar-se com quem escreve do outro lado. E a minha opinião de leitora? Cada vez mais há uma aproximação e preferência por bloggers não anónimos. Eu lamento amigos, e não vos estou a atacar. Mas é uma ligação quase involuntária e humana, associarmos o rosto e uma possível conexão à sua vida pessoal (não íntima) e temos uma abertura mais simples para criarmos empatia por quem nos escreve. Ou talvez seja só eu, mas também já fui anónima e sinto isso agora.
As pessoas querem ler menos diários sobre chatices com a família e arrufos com o namorado e querem mais experiências positivas e pequenos momentos simpáticos. Menos intimidade, mais pessoal, repito-o vezes sem conta porque acho que nem toda a gente compreende a diferença. Eu posso falar aqui sobre a minha família, amigos, amor de uma forma genuína, pessoal, minha. Mas não aprofundo questões que têm de ficar entre nós, entre os nossos olhos, as nossas memórias, conversas, desaforos, momentos e declarações. Isso é nosso e não é útil para quem nos lê. Só alimenta más interpretações, conflitos e exposições em coisas que não queremos. Ou bisbilhotices, como a maior parte tem medo.
Eu tinha medo de sair do anonimato porque achava que iam gozar por escrever um blog e fiz um filme. Mas depois percebi que não passava mesmo de um filme porque ninguém me chateia, ninguém me liga 300 mil vezes cada vez que publico algo e até têm orgulho no que faço. É um hobby meu, escrever, fim. Não é um drama e ninguém conhece-me mais ou sabe mais da minha vida por ter gostado de ir ali ao cinema ou por o meu namorado dançar comigo ao som de Singing in the Rain ou por gostar de cheesecake. São detalhes de mim que as minhas pessoas já sabem e que são através deles que vocês conseguem ligar-se comigo, não num sentido de pormenorizar e mapear a minha vida mas no sentido de nos ligarmos, de estabelecermos experiências conjuntas, histórias e momentos partilhados, de nos identificarmos. De nos ligarmos. E por isso sou bastante feliz por poder assumir qualquer sucesso do Bobby e de poder partilhá-lo sem pudor.
É claro que qualquer blogger anónimo consegue fazer isto. As experiências estão lá, eu posso identificar-me à mesma e quem está confortável desta maneira é do lado que durmo melhor e, sim, eu vou continuar a espreitar esses blogs e a melgá-los com comentários, não podia ser mais simples. Mas, da minha experiência, esta ligação foi muito mais fácil quando "sai do armário". Foi mais natural, mais real. Não sei se perceberão o que quero dizer. Também sinto que isso fez com que conseguisse pôr um travão quando quisesse falar de cabeça quente e que me fez pensar "Okay, estás aborrecida com X mas vamos pensar em coisas boas para partilhar, não vamos descarregar na Internet, vamos dar a volta" e isso faz com que quase sempre o meu blog seja ar fresco para mim e reflicta coisas positivas mesmo em dias mais nublados. Mesmo no fundo do poço, em Novembro e Dezembro, eu tentei focar os meus posts em força e optimismo, eu tentei tirar coisas boas. E é o melhor exercício que podia fazer, ajudou-me imenso.
Não dispersando mais, eu acho que a blogosfera tem cada vez mais identidade, seja ela como for. Não se ofendam, eu não me dirijo a ninguém e tomem este post como uma experiência pessoal e uma reflexão da minha estadia por aqui, que já vai longa. Muito sucesso para todos vocês, é o que desejarei sempre, com a maior honestidade!
Desafio do Blogger Summer Challenge
domingo, 7 de junho de 2015
Sinto que a nossa cultura musical vê a música brasileira num canudo onde só o funk e as baladas sertanejas existem, o que não podia ser um tiro no pé maior. Sim, eu conheço os dois lados da música brasileira, o que ainda agora referi em especial por causa do Carnaval mas longe estou de me referir a esse estilo quando digo que gosto, e que vale a pena apreciar a música brasileira.
Culpem os meus pais que têm um reportório de cd's e música infinitos cá em casa e que sempre iam alternando cd's nas viagens de carro (a não ser as cassetes da Barbie, em pequena eu detestava música infantil) e por isso conheci gigantes como Caetano Veloso muito além do Leãozinho, Adriana Calcanhoto bem antes do "avião sem asa", Maria Betânia e tantos outros. A música brasileira tem qualidade e algo que só a eles lhe pertence: calor. As músicas, seja em que ritmo forem, têm um quente na alma que nos aquece também e nos faz embalar em bons pensamentos e num sotaque que puxa os 40 graus Celsius. As letras são envolventes e muito bem trabalhadas e eu penso realmente que perdem um tesouro quando remetem a música brasileira para os Piradinhas e Ai Se Eu Te Pego. Lamentavelmente a perda é vossa.
Deixo-vos aqui algumas das minhas músicas favoritas. Espero mudar um pouco o prisma! Continuo a ficar fascinada com a qualidade das letras das músicas.
sábado, 6 de junho de 2015
Em Edimburgo havia um centro de exposições completamente dedicado a ilusões do cérebro. Foi lá que vivi uma das experiências mais cómicas e mind fuck de sempre. Havia de tudo lá, desde figuras que te criavam ilusões para outras figuras, experiências científicas, quadros que, quando te punhas frente a frente ficavam a 3D (havia um de uma tarântula gigante e não vamos falar do berro que dei). Havia também um labirinto de espelhos, entre muitas outras coisas, mas a diversão alvo da experiência que vos disse ali em cima que vivi foi um túnel.
Estava num canto e era um túnel com uma ponte normalíssima de ferro, rendilhada no chão para vermos o que estava por debaixo dela. Estava envolta por um cilindro que tinha projectado uma espécie de estrelas, como se estivesses a ver o universo e as estrelas circulavam à volta do cilindro no sentido dos ponteiros do relógio. Se nos colocássemos à entrada ficávamos maravilhados porque parecia um túnel do tempo, algo que nos convidava a atravessar e a querer viver todo um mundo galáctico no interior. Era sedutor e fascinante. E isso fez com que não lesse a placa que explicava o objectivo do túnel, portanto, quando eles me disseram para ser a primeira a entrar não via, de todo, a malícia escondida naquele acto tão cavalheiro.
Assim que entrei dentro do túnel, aquilo começou a andar para o lado direito. A ponte estava a inclinar-se e tudo começava a rodar e eu, em pânico, agarrei-me imediatamente ao corrimão à espera que a ponte parasse. Mas não parava e quanto mais eu esperava, mais se inclinava e mais tonta me sentia. Num acto de reflexo, fechei imediatamente os olhos e encostei-me no canto da ponte para não embater contra o corrimão. E só aí tive concentração suficiente para perceber que todo o meu grupo ria. E para me aperceber também que, de olhos fechados, a ponte não se mexia. Lá abri os olhos e vi-os quase a chorar a rir e a ponte a andar outra vez. Voltei para trás (que nem foi muito, só dei um passo antes de aquilo tudo rodar) e finalmente percebi: as estrelas.
As estrelas rotativas no sentido dos ponteiros dão a ilusão ao teu cérebro de que tudo à tua volta roda e perdes o equilíbrio. Completamente, começas a andar para a direita e nem por sombras consegues equilibrar-te de forma a prevaleceres para a esquerda. Vês a ponte girar e sentes a necessidade inata de te agarrar, até porque as tuas próprias pernas estão a falhar. Quando vi de fora todos eles a entrar, fiquei parva a ver a figura, tudo direito e eles a andarem para o lado como se tivessem despejado 3 garrafas de vodka. É mesmo de chorar a rir e nem todos conseguiram atravessar a ponte. Mas eu quis, e de olhos abertos, portanto, arranjei balanço e estômago e atravessei aquilo em marcha o mais rápido que pude, e quanto mais andava, mais aquilo inclinava para o lado ao ponto de tropeçar nos meus próprios pés. Mas consegui chegar à outra ponta!
Foi das experiências de ilusão mais loucas que tive e mal posso esperar por um dia voltar a ver aquele túnel, era sensacional.
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