Sinto que novembro esforça-se por mudar a nossa relação; faz algumas surpresas boas, leva-me a sair, esforça-se por criar memórias comigo. Mas a pontaria é certeira: em novembro, recebo sempre notícias desanimadoras, respostas agridoces, eventos inesperados que estragam o possível tratado de paz. Por vezes, injustamente, mas quando coloco tudo na balança, o peso dos dias desanimadores e a taxa de esforço demasiado elevada para o que já consigo suportar supera os dias bons.
Não me dou bem com novembro e começo dia 1 a desejar que corra depressa, que não se alongue, que nada de importante ou determinante seja marcado nestes 30 dias que se alongam demais, pesam demais, são demais.
Talvez seja contraproducente começar o mês já com os dentes cerrados e em posição defensiva. Que a superstição pode estar a falar mais alto do que os factos. Eu respondo que os pontos se marcam no ataque, mas que o jogo ganha-se na defesa. É preciso saber escolher os meses para marcar pontos e os meses onde é necessário recolher e defender, sem zona. 1 para 1.
E novembro puxou por mim. Fez faltas antidesportivas. Esteve mais do que 3 segundos no garrafão e o árbitro fingiu que não viu. Bloqueou as minhas melhores jogadas e deixou-me arrasada. Não nego que, quando novembro estava de costas, posso ter desejado coisas pouco simpáticas. Mas sei que os palavrões que lhe dirigi tiveram mais justiça do que as provocações que me fez. Não peço desculpa.
É difícil quando ouvir o som de fim de jogo traz mais alívio do que celebração. De que acabou, em dezembro o jogo é outro, outra equipa, outro árbitro. De que não tenho de jogar mais neste, o que traz alívio, mas que sei que não saio de cabeça erguida e sim a implorar por água e por um banco para me sentar, um banho quente e uns minutos para refletir onde falhou. O que é que escapou, o ângulo morto que não previ. Que não muda o resultado, mas que pode trazer algum contexto no agora e algum alento com o tempo, com mais distância.
Este mês, dezembro, o jogo é outro. Mas, em novembro, saí do campo de meias e com as sapatilhas na mão. Em 2025, o apito voltará a soar e o resultado, talvez, seja diferente. Tenho jogadas novas para experimentar.
(a versão luz de novembro escorri-a aqui)
Vamos aos destaques?
Digo-vos uma delícia da vida adulta: dicas de amiga para supermercado. Por exemplo, se não fosse a minha amiga Joana, não sabia que o ketchup do Mercadona sabe exatamente ao mesmo do da Heinz. E são estas as dicas que fazem a diferença!
O Nívea ‘da latinha’ é o meu creme corporal de eleição para o inverno – principalmente a praticar natação -, mas quando prefiro uma forma mais fluída e com absorção mais rápida, esta edição em particular é a minha favorita para a pele seca.
É uma desnecessidade, mas faz-me feliz: tenho um perfume que só uso em casa. Sem extravagâncias, costuma ser algo acessível e simples. Sou introvertida e gosto de regressar/estar em casa, por isso, voltar de algum lugar, vestir a minha roupa de casa e sentir aquele perfume em particular traz-me uma sensação de acolhimento e segurança. Este é o meu, de cereja e pistachio - tão doce quanto conseguem imaginar, e eu delicio-me com isso.
Um dos meus objetivos de 2024 era beber mais água e, por recomendação da minha amiga Daniela, instalei o Waterllama para ter um elemento externo que me responsabilizasse de cumprir esta resolução. Confesso-vos que a minha única compra da Black Friday foi para ter versão completa desta app – que, com a campanha, estava mais barata que uma garrafa de água 😅 – e foi a primeira vez na vida que comprei uma versão vitalícia qualquer de uma app (e foi das melhores aquisições do meu ano).
É possível que esta lip mask de cereja dê a mesma sensação de passar um rebuçado nos lábios.
Se os dias pedirem uma comida de forno de conforto, abóbora hokkaido não falha. Em meia-lua, com azeite, sal e ervas aromáticas. Não precisa de mais para ser perfeita.
Uma delícia de bolachinhas a um preço proibitivo, no Porto. Mas, de vez em quanto, nem o estômago nem a carteira precisam de reclamar. A minha favorita foi de chocolate branco e nozes de macadâmia.
Se estiverem à procura de um dip diferente do convencional, este é facílimo de fazer e uma delícia – uma tostinha atrás da outra.
Foi o meu presente de aniversário para a minha mãe e recomendo vivamente: reservámos uma manhã de sábado para ir à Puraceramica pintar juntas, cada uma com a sua peça de cerâmica de eleição. A certa altura, a minha mãe confidenciou-me ‘realmente, percebo a popularidade destas coisas, estamos aqui e não pensamos mais nada, é uma atividade tão tranquila’. Há melhor sensação que esta?
E a graça: da mesma experiência na Puraceramica resultou a chávena que a Daniela carinhosamente pintou para o meu aniversário. Para os saudosos dos Favoritos de Segunda-Feira, a mensagem não passará despercebida ✨
É tão bom que repito a menção: Brasão. E com dor no coração por não poder ir lá comer sempre que o desejo bate à porta.
Do Porto ainda tenho muito por explorar, mas os meus croissants brioche de eleição têm sido os da pastelaria Tupi e Sabores da Invicta. Para mim, sempre com queijo e mais nada.
Dezembro é o jardim secreto e gentil descrito na letra da Taylor Swift. Excecionalmente, podemos todos entrar 🗝️
Espero que Dezembro seja mais doce contigo querida Inês 🥹✨
ResponderEliminarEspero que Dezembro esteja a ser um mês mais doce :)
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