LIVROS | MAIS LEITURAS 3★


This Is How You Lose The Time War 
Durante o encontro do clube do livro da Litulla, partilhei que livros muito mais focados em atmosfera do que em enredo deixavam-me desconcertada. Gosto de acompanhar logicamente a narrativa e encontrar sentido, mesmo quando me deixo envolver com a mensagem principal.

This is How You Lose The Time War é um exemplo disso. Apesar da escrita sublime e das cartas arrebatadoras  partilhadas entre as duas personagens principais de diferentes linhas temporais, a falta de clareza em relação ao resto da narrativa deixou-me insatisfeita. Terminei o livro por estar absolutamente rendida à escrita, mas não à história. Achei muito interessante que fosse também escrito entre dois autores, o que torna a dinâmica das cartas ainda mais realista.


The Storyteller 
Foo Fighters é uma das minhas bandas preferidas e, por os acompanhar – umas vezes mais perifericamente, outras mais presente – já sabia que o vocalista, Dave Grohl, tinha muito carisma. Por isso, quando decidiu lançar um livro de memórias, confiei que seria, tal como diz o título, um bom storyteller

Adorei o tom, carisma e humor com que prima as suas peripécias de infância, a sua entrada nos Nirvana e o crescimento de carreira nos Foo Fighters. No entanto, embora tenha apreciado as suas histórias, senti falta de mais insights sobre o seu processo criativo e a sua vida enquanto artista. Não creio que fosse esse o intuito do livro; estou convencida que a sua ideia era mostrar-nos quem era Dave Grohl fora dos holofotes, mas confesso que isso fez-me terminar a leitura com a vontade de que tivesse sido mais profundo na esfera criativa da sua vida. 


Criaturas Extremamente Inteligentes 
Dêem-me um livro onde o protagonista principal é um polvo gigante e lá estarei a devorá-lo – ao livro, salvo seja o polvo. 

Criaturas Extremamente Inteligentes apresenta-nos Marcellus, um polvo gigante com uma mente extraordinária e que está alojado num aquário de exibição. É aqui que forma uma improvável amizade com a funcionária das limpezas - e ela não imagina o quanto isso será transformador.

Contada através de múltiplos pontos de vista, gostei muito da história principal, deixando-me intrigada principalmente a partir da segunda metade do livro, mas sinto que o excesso de personagens e a excessiva descrição de detalhes (sem contributo para a narrativa) tenham prejudicado o impacto final do livro sobre mim. Talvez se a história tivesse menos 100 páginas, teria sido uma experiência muito mais satisfatória.

Em discussão no The Characters Club, alguns membros partilharam que, como foi uma leitura de verão, não sentiram que o ritmo da narrativa tivesse impacto na experiência. Como o li no Natal, acho que vou partilhar a recomendação de que guardem a leitura para dias mais soalheiros, onde o ritmo calmo é mais apreciado.


Falar Pela Noite Dentro 
Vamos aos factos: não esperava mais do que isto. Não escolhi este livro esperando uma leitura transcendental, apenas algo leve e reconfortante para me distrair durante uma época muito intensa de trabalho e mudanças. E cumpriu a sua missão na perfeição.

A história segue um casal de adolescentes separados por uma tragédia que os traumatiza irreversivelmente. Ao longo do tempo, vamos acompanhando o seu crescimento marcado pela culpa, falta de comunicação e tentativa de atender às expectativas dos outros, sem deixarem de se manter na órbita um do outro.

Não sendo uma obra memorável - pelo menos, não o é para mim - é uma escolha acertada para o verão ou momentos de maior cansaço no dia a dia, onde tudo o que precisam é de uma leitura simples. 


Homework 
Julie Andrews sempre foi uma presença marcante na minha infância, protagonizando filmes que guardo com carinho até hoje. E quando soube que o seu memoir estava disponível em audiobook narrado pela mesma, não resisti - e acho que é mesmo assim que devem partir para este livro.

Descobri ao longo da leitura que a maior fragilidade deste livro era a sua falta de proximidade. Embora Andrews não se poupe a partilhar as suas experiências de vida – em frente às câmaras e fora delas – os relatos pareceram-me impessoais, num distanciamento estrategicamente imposto pela própria o que, claro, é respeitável, mas não cria ligação com o leitor. 

O audiobook ajudou-me a contrariar um pouco essa sensação, embora não completamente. Se são fãs de Música no Coração, Mary Poppins, etc, vão gostar de algumas das passagens deste livro.

Já leram algum destes livros? O que acharam?

2 comentários

  1. Ainda não li nenhum desses mas fiquei curiosa. Não tenho andado tanto pela net mas tenho lido bastante. Tenho que voltar às reviews.
    Beijinhos

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  2. Olá!
    É muito bacana sair da nossa zona de conforto e entrar em diferentes histórias. Gostei de conhecer esses livros e ainda não tive longas experiências com audiobook porque acabo me distraindo com muita facilidade.
    Beijos.

    www.parafraseandocomvanessa.com.br

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