Agarrei n’A História de Roma sabendo apenas 3 coisas: 1) que estava absolutamente intrigada com o título e com o seu contexto na história; 2) que não fazia ideia do porquê de a capa ter um feto de elefante e 3) que o livro estava a ser muito aclamado entre os leitores. Parti às escuras e gostava que vocês fizessem o mesmo.
A História de Roma é uma homenagem aos caminhos que não aconteceram; A todos os cenários e escolhas hipotéticas para onde a nossa vida poderia ter seguido, mas não seguiu. É uma história de amor sem romance, de maternidade sem filhos, de viagem sem coordenadas. E mesmo que a narrativa que se desenrola – com saltos temporais – não faça parte da nossa realidade, são várias as passagens que tenho a certeza de que se vão rever (ou, pelo menos, eu revi-me em várias).
Não foi uma experiência de leitura consistente e consensual para mim, admito: a escrita da Joana tem uma prosa poética da qual sou apreciadora, mas pouco acessível e foram várias as vezes em que tentei equilibrar-me numa corda que balançava entre a erudição natural da autora e uma certa pretensão que não aproxima, categoriza o leitor. A própria história em si despertou muitos sentimentos contraditórios, mas acho fascinante quando isso acontece: ver, diante de mim, que entre as minhas experiências e as da protagonista existe um abismo sulcado pelas nossas formas de escolher e viver. É especial quando os livros servem de ponte e permitem atravessar esse abismo e ver uma forma totalmente diferente de viver, escolher, sentir e enfrentar.
Já o li há várias semanas, mas, de uma forma ou de outra, tem convivido e alugado espaço na minha mente. Às vezes na forma de uma passagem, outras vezes num episódio qualquer que está descrito no livro e que me vem à memória. Não me deixou indiferente e acho que não vai deixar em nenhuma mulher.
Conheço de nome, mas ainda não me senti tentada a ler.
ResponderEliminarÉ um dos meus favoritos do ano. Li-o em ebook e a minha mente tem voltado tantas vezes a ele que sei que vou querer comprá-lo em versão física e reler.
ResponderEliminarA Joana tem uma escrita muito própria e sinto que, para mim, ajudou ter lido o "Ecologia" antes e já estar preparada para algo nem sempre acessível, mas sempre bonito.
daylight