Top of The Rock

Para mim, não houve momento mais cliché e simbólico de que estava em Nova Iorque do que quando cheguei ao topo do Rockfeller Center e vi o Empire State Building erguido diante de mim, num céu azul que não foi, de todo, apanágio desta viagem. Existem vários momentos nas minhas viagens em que apenas ocorre um pensamento: ‘Estou aqui. Estou mesmo aqui’ e este foi o meu na cidade que nunca dorme. 

Localizado numa das áreas mais movimentadas de Manhattan, o Rockfeller Center foi edificado em 1933 e é um dos marcos turísticos da cidade – não só pelo seu observatório no topo, mas também porque é casa de muitos talk shows adorados um pouco por todo o mundo. 

Toda a experiência tem um grau de grandeza que, ainda hoje, não consigo digerir ao certo – e parece-me impossível que este edifício seja apenas o 14º prédio mais alto da cidade; ao entrarmos no elevador, subimos os 70 andares em apenas 50 segundos (recomendo que masquem pastilhas nessa subida) e depois… depois, sentimos o mundo, literalmente aos nossos pés; compreendemos porque é que lhe chamam de ‘concrete jungle’; e temos uma perceção real do quão impressionante é Central Park. 

A vista é de 360º e há espaço para poderem absorver todo o momento sem multidões ou sensação de claustrofobia – o observatório é bem grande e com dois níveis. A altura do dia com mais movimento é, sem dúvida, o pôr do sol (guardámo-lo para outro observatório). 

Recomendo muito que marquem com antecedência e online, sem medo do clima. No dia em que tínhamos agendado, a visibilidade era zero no topo e bastou-nos dirigir à bilheteira e trocar por um outro dia, gratuitamente. E embora seja absurdamente caro, através de passes como o CityPass (vou explicar mais sobre ele na segunda parte de dicas de Nova Iorque), conseguem gerir um pouco os custos e fazer a visita de uma forma ligeiramente mais económica. 

No entanto, a pergunta mais feita é sempre a mesma: qual o melhor – Top of The Rock ou Empire State Building? Pelas minhas pesquisas, decidi-me logo em casa que só subiria ao Top of The Rock, precisamente porque temos a vista do Empire State Building (um dos mais marcantes de Nova Iorque e protagonista no recorte da cidade). Mas a minha companhia quis ir aos dois para tirar as teimas e confirma que o Top of The Rock, pela vista, compensa mais. E podem poupar o preço exorbitante do Empire State Building para uma outra atividade Nova Iorquina!

Num regresso (e quero tanto voltar) irei prescindir desta visita, se puder. Mas não dá para apertar a mão de Nova Iorque pela primeira vez sem subir a cidade para compreender a sua escala.