MoMA


Lembro-me de ter o MoMA na minha mira com a determinação de quem tem de ir lá. Do aborrecimento que era descobrir obras de arte lindíssimas e ver na legenda “localização: MoMA”, como se o museu fosse uma criança mimada com todos os brinquedos. Bom, talvez possamos questionar isso – certamente faz sentido que questionemos isso. Não será, no entanto, o intuito deste artigo. 


Para mim, que adoro arte – e, se me acompanham há algum tempo, sabem que não digo isto levianamente – foi o culminar, o epicentro de todas as obras que há tanto tempo queria ver. 

Tenho de confessar que fui apanhada de surpresa duas vezes: o MoMA é muito mais pequeno do que imaginava e escondido no meio de Manhattan. Para quem está acostumado à imponência dos monumentos de Londres, descobrir que o MoMA estava escondido num arranha céus foi uma experiência… não diria dececionante, mas definitivamente surpreendente. Ou sabem que vão ao MoMA, ou poderão passar por ele dezenas de vezes sem dar conta. 



Foi inaugurado em 1929 e teve o importante contributo de trazer artistas como Cézanne, Van Gogh, Gauguin e tantos outros nomes de peso na Europa para Nova Iorque – onde, na altura, não os encontraríamos com a mesma facilidade. A partir daí, o museu foi expandindo a sua extraordinária coleção, tornando-se, hoje, casa para mais de 200 mil obras de arte que podemos visitar por segmentos nos vários pisos do museu, sempre com uma linha que privilegia o contemporâneo, o surrealismo e outras correntes artísticas mais modernas. 



Embora seja um museu labiríntico, dei por mim a acabar a visita muito mais cedo do que esperava. Mas isso não me impediu de ver as tão aguardadas obras com calma e paciência para os detalhes. Entre as mais conhecidas, estão A Noite Estrelada de Van Gogh, A Persistência da Memória de Dali, As Meninas de Avignon de Picasso, As Latas de Campbell do Warhol, A Broadway Boogie-Woogie de Mondrian, o Autoretrato de Frida Kahlo, Os Amantes de Magritte, (mais um) Azul de Klein, A Dança de Matisse e, acreditem, a lista não termina aqui. 




Para mim, cada um destes momentos era um confronto monumental, da mesma forma que alguém espera a vida inteira para conhecer um ídolo: estar ali, frente a frente e ver as técnicas com os meus olhos, a textura que as páginas e as fotografias não conseguem captar, a realidade da dimensão destas obras cuja escala da sua grandeza e das suas reproduções nos livros nem sempre lhes é fiel – e partilhei muitas curiosidades sobre alguns destes quadros no meu perfil de Instagram, visitem os destaques de Nova Iorque, se quiserem! 




Existe, também o famoso painel de Monet, de uma beleza e dimensão extraordinárias. No entanto, o que está no MoMA, infelizmente, é uma reprodução. O original que ali figurava ficou totalmente destruído num incêndio em 1959. 


Recomendo a visita ainda de manhã, com a cabeça e a disposição frescas para verem e apreciarem tantas obras monumentais, porém, todas as sextas-feiras às 16h, a entrada é gratuita. Pode ser uma opção de poupança, mas alerto que as filas e o volume de pessoas poderão prejudicar a experiência.

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