Tenho tentado fazer o exercício de partilhar mais o meu entusiasmo com a música, mesmo quando não é o tema mais interativo. Estar num concerto a cantar um refrão com outras milhares de pessoas é o mais perto que alguma vez vou estar de algum tipo de espiritualidade, um sentido comunitário que nos transcende. Um dos meus maiores privilégios é poder pensar e concluir que já assisti à maioria dos meus artistas preferidos ao vivo, mas ainda existem alguns na lista com que ainda não me cruzei. Venho falar sobre eles, numa esperança de que funcione como manifesto, tão em voga agora.
Taylor Swift | Ela, a única. A minha relação com a Taylor Swift não foi linear – tenho, claramente, álbuns que prefiro – mas sou uma fã leal e quero muito poder, ainda, cantar as suas músicas ao vivo e participar do seu espetáculo. As datas para a tour europeia parecem nunca mais chegar – e a minha esperança de que passe por Portugal é muito escassa -, mas todos os meses tenho um budget de emergência para quando a nossa amiga quiser lançar (inesperadamente, como já é seu apanágio) a tour internacional.
LANY | LANY foi uma daquelas descobertas em que adorava algumas músicas, sem prestar grande atenção à banda. E quando finalmente decidi mergulhar na discografia, apercebi-me de que tinham várias músicas que queria adicionar nas minhas playlists. Desde então, vou acompanhando os seus lançamentos e, embora eu sinta que não são uma banda muito popular, ainda, cá em Portugal, mantenho a esperança de que figurem um festival e possa ouvir as suas letras fantásticas ao vivo.
Ólafur Arnalds | Às vezes, custa mais quando um artista já passou por nós do que quando nunca pisou solo nacional. Temos estado desencontrados – e nada me dá mais FOMO do que isto -, mas estou determinada a que os nossos caminhos se cruzem, até porque adoro concertos instrumentais e imersivos (pese embora não tenha tido boas experiências com o público nos últimos concertos a que fui – no Ludovico Einaudi, parecia estar num cenário de tosse convulsiva. Que alergia é esta que as pessoas têm ao sossego?).
Adriana Calcanhoto | A voz da Adriana Calcanhoto fez parte da minha infância, das viagens de carro e, mais crescida, das minhas playlists que trazem um pouco do sotaque do outro lado do atlântico. Oiço, muitas vezes, a sua discografia ao vivo e transporto-me até lá. É mais um das artistas que orbita tantas vezes por Portugal, mas que tem escapado da minha mira. Tenho a certeza de que, quando tiver a sorte de a assistir, será um espetáculo intimista e especial.
Ethel Cain | Foi a minha descoberta de 2022 e fiquei assumida. Sei que Ethel Cain não é o cup of tea de toda a gente - quer pela sonoridade, quer pela sua história inusitada -, mas confesso-me rendida a este eterismo sombrio, a espiritualidade da Florence & The Machine e a melancolia dos London Grammar. Está confirmada no MEO Kalorama, este ano, e espero poder estar lá para assistir.
Que artistas é que ainda querem assistir, um dia, ao vivo?
Nenhum destes está no topo da minha lista. Este ano vou riscar alguns dessa lista de desejos (Harry Styles, Hans Zimmer e Ludovico Einaudi) e espero continuar a ter experiências destas 🥰
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