FILMES | Agosto • 2022


Talvez seja importante começar esta review com a declaração de que Top Gun nunca esteve no meu TOP de filmes preferidos. Nunca foi um filme inesquecível, para mim. Mas o mesmo não se pode dizer do meu pai – ou de qualquer homem que tenha seguido aviação nos anos 80/90, passando a generalização – portanto, coube-me fazer de companhia neste regresso. 

Sequelas de filmes – especialmente de obras que marcaram o cinema – carregam sempre às costas a pressão do sucesso, mas diria que Top Gun: Maverick conseguiu entregar uma sequela muito competente: nostálgica o suficiente para o seu verdadeiro público (pegando em alguns elementos da primeira história para dar seguimento a esta nova aventura), mas com um elenco e narrativa frescos, que conseguem convencer uma nova geração de espectadores. E há que reconhecer a teimosia notável do Tom Cruise em manter esta produção com a menor intervenção possível de CGI e green screen. O grande defeito a apontar? O trágico bigode do Miles Teller. 

Confesso que tinha tentado assistir a Enola Holmes na altura em que tinha saído na Netflix e que desisti ao fim de uns minutos. Uma tarde de férias e a moleza do pós almoço fizeram-me ceder a mais uma tentativa de assistir a esta história onde descobrimos que Sherlock Holmes tem uma irmã astuta que procura a mãe – que desapareceu inesperadamente. 

Um facto que acho que nunca ficou muito evidente no Bobby Pins: eu sou muito fã de Sherlock Holmes. Mesmo. Um gosto que começou quando a minha amiga Raquel me ofereceu a coleção completa de histórias de Sherlock Holmes (obrigada!) e que devorei num sopro. Custa-me, por isso, ver um filme onde tudo está… errado! Onde se inventam personagens que não existem naquele universo, onde o traço de personalidade das personagens originais é infiel (…). Enola Holmes aproveita a sombra do sucesso de Sherlock Holmes para criar uma história centrada numa personagem feminina e com uma mensagem feminista. E sinto que a história, pela protagonista carismática e pela mensagem relevante, não precisava de nenhum Sherlock ali, sabem?

Admito que possa ser uma atitude um pouco conservadora com os clássicos da literatura. É um filme leve, perfeito para um domingo pachorrento e com uma mensagem importante. Se conseguirem ignorar que o Sherlock Holmes é a maquilhagem do filme, é perfeito para entreter. 

Já sabem que eu e o cinema estamos numa constante relação de descoberta e aprendizagem, mas cada vez mais consigo solidificar o meu tipo de filmes preferido, e Bullet Train encaixa na perfeição neste género. 

Bullet Train apresenta-nos várias personagens com histórias e origens tão discrepantes que a única coisa que as parece ligar é terem apanhado um TGV no Japão. Toda a história decorre durante aquela viagem de comboio e começamos a perceber de que forma é que todas aquelas personagens interferem na vida umas das outras.

Aquele que seria um filme banal de ação, tiros e muitas lutas, tem uma pitada de comédia que abrilhanta toda a história, seja pela dinâmica divertida com que tudo acontece, seja pelos diálogos non-sense das personagens. 

Bullet Train é um filme da escola de Tarantino, mas prende-nos do início ao fim, faz-nos rir e deixa-nos sentados na ponta da cadeira para perceber o que vai acontecer de seguida. Ouvi dizer que a crítica arrasou-o com comentários destrutivos, mas não consigo mesmo compreender como: foi um dos meus preferidos do ano.

Que filmes assistiram em agosto? O que recomendam?

2 comentários

  1. Olá!

    Da tua lista só me falta ver o "Bullet Train". Obrigada pela sugestão.

    Beijinhos,

    https://sobomeuolhar7.blogspot.com/

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  2. Quero imenso ver o Top Gun. Adorei o primeiro.

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