Parece ser do consenso geral — principalmente, dos dias que correm — de que os seres humanos têm propensão para a maldade, o egoísmo e deslumbramento de poder. Há poucas coisas no mundo que reúnam a concordância da ciência, psicologia, filosofia e política quanto isto. O nosso mundo, a nossa política, economia e constituição alinham-se nesta máxima: não confiar no bom senso. Não cair na ilusão de que as pessoas farão o que está certo.
Rutger Bregman faz aquilo que eu acho de mais admirável em Humankind: abraça o espírito crítico e científico com que todos nós fomos ensinados a trabalhar e explora toda a documentação, experiências e literatura que parece corroborar com a maldade humana, apenas para mostrar o quanto estamos errados.
Não vou mentir, este foi um livro que li em constante resistência. Se por norma tento sempre ter espírito crítico nas minhas leituras, a minha sensibilidade para ler Humankind foi ainda maior. Mas em todos os capítulos, o autor tirou-me o tapete e refutou todas as minhas ideias. Confesso-me uma pessoa otimista, mas não há nada de otimismo neste livro: é realista, científico, articulado e meticulosamente estudado. Só assim o autor poder-se-ia defender por escrever um livro que vai contra a perceção global da sociedade.
Humankind não se limita a provar que o ser humano é bom, mas também demonstra como o nosso sistema político, económico e social está a perder e a prejudicar-nos por não reconhecer este facto. Embora não exista nada nas palavras de Bregman que seja inusitado — muito pelo contrário, todas as suas argumentações têm uma lógica e um raciocínio —, todo o conceito do livro é revolucionário. Iniciava cada capítulo com um pé atrás, mas terminava com uma onda de alívio e esperança, que me deu alento nesta altura em que os media e certas redes sociais aproveitam-se, oportunisticamente desta ideia enraizada do egoísmo humano. Terminei este livro a encerrar a minha conta no Twitter e a ter mais esperança no mundo — uma esperança realista, não idealista. Mas podemos fazer melhor. Começar por ler o livro pode ser um ponto de partida. Dos melhores que li este ano.
Rutger Bregman faz aquilo que eu acho de mais admirável em Humankind: abraça o espírito crítico e científico com que todos nós fomos ensinados a trabalhar e explora toda a documentação, experiências e literatura que parece corroborar com a maldade humana, apenas para mostrar o quanto estamos errados.
Não vou mentir, este foi um livro que li em constante resistência. Se por norma tento sempre ter espírito crítico nas minhas leituras, a minha sensibilidade para ler Humankind foi ainda maior. Mas em todos os capítulos, o autor tirou-me o tapete e refutou todas as minhas ideias. Confesso-me uma pessoa otimista, mas não há nada de otimismo neste livro: é realista, científico, articulado e meticulosamente estudado. Só assim o autor poder-se-ia defender por escrever um livro que vai contra a perceção global da sociedade.
Humankind não se limita a provar que o ser humano é bom, mas também demonstra como o nosso sistema político, económico e social está a perder e a prejudicar-nos por não reconhecer este facto. Embora não exista nada nas palavras de Bregman que seja inusitado — muito pelo contrário, todas as suas argumentações têm uma lógica e um raciocínio —, todo o conceito do livro é revolucionário. Iniciava cada capítulo com um pé atrás, mas terminava com uma onda de alívio e esperança, que me deu alento nesta altura em que os media e certas redes sociais aproveitam-se, oportunisticamente desta ideia enraizada do egoísmo humano. Terminei este livro a encerrar a minha conta no Twitter e a ter mais esperança no mundo — uma esperança realista, não idealista. Mas podemos fazer melhor. Começar por ler o livro pode ser um ponto de partida. Dos melhores que li este ano.
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Bertrand
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Não conhecia :)
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