Algures na cidade de Tóquio, existe um pequeno café — outrora popular, agora esquecido pelo mundo — onde é possível viajar no tempo. Essa experiência está limitada por uma série de condições, entre elas a principal: o viajante tem de regressar ao presente antes que o café que lhe é servido arrefeça.
Esta é a premissa contada por Toshikazu Kawaguchi através de quatro capítulos que contam quatro histórias de personagens diferentes que, ao longo do livro, se vão cruzando de alguma forma.
Before The Coffee Gets Cold deixou um sabor agridoce para muitos leitores pela estrutura da narrativa, densamente descritiva e com pouco espaço para a imaginação; todos os detalhes, todas as cores, todos os pormenores são relatados por um autor profundamente ligado ao teatro e cujo o currículo é evidente na sua escrita (sendo o próprio livro uma adaptação de uma peça de teatro). E embora isso coloque algum distanciamento entre o leitor e as personagens, eu confesso que gostei, senti que a leitura foi mais imersiva (vi e imaginei através da visão do próprio autor) e senti, na mesma, empatia pelas personagens.
Aquilo que poderia ser um livro de ficção científica rocambolesco é, na verdade, um realismo com toque de magia que nos fala sobre relações humanas e como a vida mexe com elas. É fácil e rápido de ler, mas há qualquer coisa que fica até muito depois de o pousarmos, uma sensação de que aquelas personagens e histórias não estão assim tão longe de nós, do que reconhecemos. Se a memória não me trai, a segunda e a última história foram, para mim, as mais especiais e que despertaram algumas lágrimas.
É um livro para ler enroscado e com uma chávena de chá (ou café). Um livro para nos deixarmos levar pela história e deixarmos a bebida quente arrefecer por esquecimento. Sem consequências.
Esta é a premissa contada por Toshikazu Kawaguchi através de quatro capítulos que contam quatro histórias de personagens diferentes que, ao longo do livro, se vão cruzando de alguma forma.
Before The Coffee Gets Cold deixou um sabor agridoce para muitos leitores pela estrutura da narrativa, densamente descritiva e com pouco espaço para a imaginação; todos os detalhes, todas as cores, todos os pormenores são relatados por um autor profundamente ligado ao teatro e cujo o currículo é evidente na sua escrita (sendo o próprio livro uma adaptação de uma peça de teatro). E embora isso coloque algum distanciamento entre o leitor e as personagens, eu confesso que gostei, senti que a leitura foi mais imersiva (vi e imaginei através da visão do próprio autor) e senti, na mesma, empatia pelas personagens.
Aquilo que poderia ser um livro de ficção científica rocambolesco é, na verdade, um realismo com toque de magia que nos fala sobre relações humanas e como a vida mexe com elas. É fácil e rápido de ler, mas há qualquer coisa que fica até muito depois de o pousarmos, uma sensação de que aquelas personagens e histórias não estão assim tão longe de nós, do que reconhecemos. Se a memória não me trai, a segunda e a última história foram, para mim, as mais especiais e que despertaram algumas lágrimas.
É um livro para ler enroscado e com uma chávena de chá (ou café). Um livro para nos deixarmos levar pela história e deixarmos a bebida quente arrefecer por esquecimento. Sem consequências.
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Bertrand
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Parece-me interessante. Quando referes a estrutura narrativa, Não sei se não será semelhante à que encontrei em "Morte de Um Caixeiro Viajante" de Arthur Miller. Estranha-se mas gosta-se e acaba por fazer todo o sentido.
ResponderEliminarBeijinhos
Coisas de Feltro
A premissa deste livro deixa-me super curiosa. Depois da tua opinião ainda fiquei com mais vontade de o ler :D
ResponderEliminarOlá Inês. Estou de chavena de chá na mão, a começar o livro...
ResponderEliminarObrigada pela sugestão.
Que comentário amoroso, Fernanda! Espero que gostes <3
EliminarEstou muito curiosa com este livro :)
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