SÉRIES || The Last Dance


Cresci a ver Michael Jordan na televisão — de uma forma e época completamente diferentes da minha mãe, é certo — e, para mim, tornou-se desde cedo uma inspiração e um símbolo de empenho e dedicação. Não é só no mundo do basquetebol que ele é uma referência mas, por ter convivido com esse universo, a sua marca ficou ainda mais presente no meu quotidiano. Claro que fiquei radiante quando a Netflix anunciou um documentário sobre o próprio. 

The Last Dance é uma série documental de 10 episódios que explora a carreira de Michael Jordan e a diferença que fez no mundo, no desporto e num clube que se encontrava à beira do abismo. A série conta com gravações exclusivas da sua época no Chicago Bulls entre os anos 80 e 90 e talvez isso seja o ponto alto da série, uma vez que estes clipes estão extraordinariamente bem encaixados com as entrevistas atuais ao jogador e a outros intervenientes de máxima importância na carreira de Jordan e no sucesso dos Bulls, como Pippen, Rodman e o treinador Phil Jackson.

É fácil demais dizer que esta é puramente uma série sobre basquetebol (e, em muitos aspetos, é). Mas é também uma série sobre sermos obcecados por aquilo que temos paixão em fazer, sobre escolher batalhas — e assumir as consequências das que descartamos — e sobre o quanto nenhuma equipa, nenhum colectivo (em qualquer vertente e não só apenas na desportiva) brilha só com um homem talentoso. As curiosidades, escândalos e desabafos que envolveram um jogador que, mesmo com a carreira encerrada, ainda inspira milhões de pessoas é absolutamente fascinante para uma miúda como eu, que sempre cresceu a admirá-lo. A série prima também por ser uma verdadeira obra de arte de fotografia e edição que merece uma oportunidade da vossa parte.

Ainda não a terminei mas tenho a tradição de assistir com a minha mãe. A culpa é inteiramente dela que, quando eu era pequenina, dava-me o iogurte do lanche enquanto assistia aos recaps dos jogos, que me passou todas as t-shirts dela, que, inclusive, me ofereceu uns Air Jordan, que me passou os posters todos destas individualidades que, embora não sejam do meu tempo, para mim e para o universo em que cresci, é como se fossem. Eu cresci com Jordan, Pippen, Rodman, Bird e Magic Johnson e vê-los neste registo tão sincero, profissional e bem executado é um privilégio.

1 comentário

  1. Michael Jordan para mim significa isto: "Space Jam". Adorava o filme é as músicas, até tinha o cd. Numa altura em que se compravam as OST!

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