FILMES || Outubro • 2019


Hereditary
Considerado o melhor filme de terror de 2018, Hereditário revelou-se um filme desconfortável e estranho — mas creio que era precisamente esse o objetivo. A história centra-se nos inusitados comportamentos e momentos que acontecem após a morte da matriarca da família e a confusão pode estender-se até muito depois dos créditos. Não é um filme de terror típico de blockbuster; diria que apela mais ao desconforto do que aos jump scares — embora as cenas em plano único escondam pequenas 'surpresas' que nos fazem arrepiar com pavor. Confesso que tive de ir pesquisar alguns pormenores para compreender o filme já que a história em si é rebuscada. Não achei mau mas... não voltaria a assistir.

Joker
A evolução do meu interesse para ver este filme foi caricata. Inicialmente tinha-o descartado automaticamente por fazer parte dos 'filmes de super heróis e vilões'. No entanto, à medida que chegavam novas críticas, imediatamente me apercebi de que Joker tinha muito pouco de narrativa típica de super heróis e focava-se numa questão importante: a saúde mental. Em Joker, observa-se o quanto a falta de apoio social pode agravar uma doença do foro psicológico. O filme já recebeu algumas críticas negativas e concordo que pode ser redutor olhar para uma doença psicológica simplesmente assistindo a Joker — nesta altura do campeonato, o ideal seria não ajudarmos as pessoas a reduzirmos as doenças mentais a alarmes para potenciais assassinos ou destruir a empatia do público em geral para ajudar pessoas com transtornos mentais. Um indivíduo com doença mental não se reduz à hipótese de criminoso. Porém, numa perspetiva global, eu achei o filme muito bom e que levanta questões importantes sobre o quanto precisamos de apoiar e quebrar o tabu da doença mental. É um filme muito melancólico e angustiante — não recomendo que assistam se estão numa fase de vida mais agitada — com uma banda sonora de luxo e uma fotografia extraordinária. Recomendo muito e, embora seja uma afirmação demasiado antecipada, espero que seja este o filme que vai garantir a Joaquin Phoenix o tão merecido Oscar de Melhor Ator.

BlacKkKlansman
No início dos anos 70, Ron Stallworth — um jovem polícia negro — decide infiltrar-se no Ku Klux Klan — uma organização que se apresentava com ideais públicos que procuravam ocultar os seus reais propósitos — para expor toda a organização. Para o plano dar certo — e tendo em conta as óbvias circunstâncias — o polícia precisa da ajuda de uma equipa de detetives brancos que dará vida e força a toda a investigação. A melhor parte desta premissa? É baseada em factos reais! BlacKkSlansman tem uma componente humorística inesperada e que torna um filme muito agradável de assistir, além de todo o fascínio por vermos cada uma das ideias arriscadas a ganhar vida. O filme ganhou o galardão de Melhor Argumento Adaptado nos últimos Oscars e, agora que assisti, comprovo que foi mais do que merecido.

Veio atrasado mas com carinho!

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