Dei por mim a ser convencida pelo meu primo a assistir a um filme de super-heróis — que, como já sabem, não sou apreciadora. As críticas fantásticas e o Óscar (merecido) para Melhor Filme de Animação acabaram por me deixar curiosa em relação à história de Miles Morales, um adolescente que acaba por receber os super-poderes do Homem Aranha e que descobre que não está sozinho na jornada.
Acho que a forma mais fácil de vos mostrar que o filme é bom é a seguinte: eu não suporto filmes de super-heróis e amei. O argumento é bom, a fotografia é maravilhosa e adorei que a edição do filme fosse tratada como se estivéssemos a ler uma banda desenhada. O filme é dinâmico, interessante e divertido, e as personagens são carismáticas, prendendo miúdos e graúdos ao ecrã. É a escolha certa para um serão em família. Podem apostar.
O filme acompanha Christine — auto-apelidada de ‘Lady Bird’ — no seu último ano de Secundário. Lady Bird é uma adolescente carismática, rebelde e com uma enorme necessidade de aceitação e auto-afirmação. Ao longo do filme, vamos observando a sua crise de identidade, o seu sonho de sair de perto das suas raízes, as suas primeiras relações e as mais mirabolantes histórias que inventa para se tornar mais interessante e desejável aos olhos dos outros. Embora se apresente como um filme sobre uma adolescente em processo de amadurecimento, Lady Bird é, na verdade, um filme sobre a relação disfuncional entre mãe e filha, onde o amor de uma pela outra é exteriorizado de uma forma reacionária, acutilante e nem sempre saudável. Gostei muito do filme (especialmente esta relação mãe-filha) e embora não seja a história mais dinâmica — tem um narrativa um pouco parada — é um ótimo filme se quiserem algo para assistir num domingo à tarde mas que vos agregue alguma coisa.
Tenho de começar por referir que este filme deixou-me mais desconcertada do que alguma vez esperei. Não há nada mais perturbador do que observar como é que uma figura cheia de potencial e talento arruína por completo a sua vida por conta das pessoas com quem está rodeada. O filme é uma biografia de Tonya Harding, patinadora artística que durante os anos 90 deu cartas na patinagem, sendo a primeira mulher americana a executar um triplo salto e desafiando os costumes e tradições conservadoras da patinagem artística através do seu figurino, das suas escolhas musicais, da sua atitude e do seu talento desmedido. Tinha tudo para ser uma atleta pouco convencional e bem sucedida, mas uma série de polémicas giraram em torno de Tonya e arruinaram a sua carreira, chegando mesmo a ditar-lhe um ponto final.
Ao longo do filme, vamos conhecendo personagens que pouco tiveram de secundárias na vida de Tonya e que rapidamente percecionamos que tiveram uma enorme influencia na sua vida, carreira e na própria forma como encarava a patinagem. Eu, Tonya, arranca o nosso coração em pedaços ao observarmos o declínio de alguém que apenas precisava do apoio e amor certo para vingar e ser melhor. A mensagem que fica na nossa cabeça é clara e dura: escolham bem as pessoas que querem manter do vosso lado. Mesmo as que não escolheram que entrassem na vossa vida, podem sempre escolher que saiam. De destacar a prestação brilhante de Margot Robbie.
Já assistiram a estes filmes? O que acharam deles? Qual têm mais curiosidade para assistir? Contem-me tudo!
A primeira mulher americana a conseguir o triplo salto, porque a primeira foi Midori Ito :)
ResponderEliminarObrigada pela chamada de atenção, já está corrigido <3
EliminarOs dois últimos são daqueles que quero ver mas que nunca me lembro - já o primeiro, confesso, surpreende-me vê-lo aqui ahah! Talvez lhe dê uma hipótese também :p
ResponderEliminarJiji