VÍDEOS || Preferidos de Abril

Nós, mulheres, estamos doentes | Neste vídeo, a Karol Pinheiro traz para conversa Daiana Garbin, uma jornalista que durante 20 anos sofreu de distúrbios alimentares. A conversa é ligeira e muito sincera, mas toca num ponto que acho importante frisar: ainda olhamos para os distúrbios alimentares de um só prisma. Muito por culpa dos trabalhos de escola que fazíamos sucessivamente sobre anorexia e bulimia, ainda acreditamos que uma pessoa só pode sofrer de distúrbios alimentares se tiver uma composição corporal muito emagrecida, uma pele desidratada e macilenta ou então se for vomitar todas as vezes que comer. Está errado. Um distúrbio alimentar enquadra-se em qualquer pessoa que tenha uma relação obsessiva e desequilibrada com a alimentação. E um bom exemplo disso é precisamente a protagonista da conversa, que nunca esteve num grau de magreza extrema e sofria de distúrbios.
Temos de estar mais sensíveis ao assunto porque há sinais que não são físicos. Nem toda a gente diz as palavras-chave que nos habituámos nos trabalhos de escola. A purga nem sempre é através do vómito. Os distúrbios alimentares não reconhecem idade, IMC, peso, sequer a cor dos olhos. Não existem pessoas mais 'indicadas' para ter esta doença ou não. Tal como na depressão e na ansiedade, não existem pessoas 'sortudas demais para ter essas coisas'.

Mark Manson vendeu 7 milhões de livros | Continuamos com as conversas da Karol, desta vez, com o autor do livro A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se F*da, que já li e opinei aqui. Há certos livros que acho importante conhecermos um pouco melhor o autor para compreendermos a sua forma de pensar e reagir, especialmente em livros de não-ficção. Tendo em conta que ele dá poucas entrevistas, adorei que esta fosse conduzida pela Karol. Se já leram o livro ou ainda estão na dúvida entre ler ou não — já que é um livro com opiniões tão dividas — recomendo que assistam!

Piores nomes | Numa onda mais bem disposta, o Felipe Neto esteve a apreciar alguns dos piores nomes de sempre, alguns deles muito divertidos! Eu fico sempre surpreendida pela capacidade humana de inventar num momento tão importante como atribuir o nome a um filho. Resta-nos rir com a ousadia de alguns pais. Se procuram algo descontraído (e absurdo!) para assistir, esta é a minha recomendação!

Dream Crazy | Gosto de ir acompanhando as campanhas publicitárias e geralmente estou a par das mais controversas, porém, ainda não tinha chegado a assistir ao vídeo que originou o boicote à Nike, onde clientes decidiram queimar as sapatilhas da marca. Recentemente, numa das nossas aulas de curso, o vídeo foi abordado e, finalmente, assisti. É brilhante.
A Nike aposta já há alguns anos em anúncios emocionais e encorajadores, que representem os valores da marca: qualquer um pode ser um atleta, desde que tenha um corpo. E este é só mais um vídeo que se enquadraria perfeitamente no esquema da empresa, porém, foram audazes e decidiram usar como protagonista de campanha Colin Kaepernick, um jogador da NFL que foi afastado da liga após ter-se ajoelhado durante o hino em protesto contra a violência policial para indivíduos de raça negra. O gesto foi considerado um desrespeito à nação e à bandeira americana. O jogador perdeu o patrocínio de múltiplas marcas, excepto da Nike, que continuou a apoiá-lo e que o usou como bandeira de campanha. "Acredita em algo, mesmo que isso signifique sacrificar tudo". O boicote não foi bem sucedido, produzindo, ironicamente, o efeito contrário. Há uma razão para isso: o propósito da marca nunca se alterou com a campanha. A Nike sempre se apresentou como uma marca que apoia atletas, do amador ao profissional, de todas as etnias e raças, de todos os géneros e isso significa apoiar a sua visão, as suas convicções e o seu talento. A campanha simplesmente limitou-se a corroborar com o que a Nike tem vindo a dizer há anos. Tornou-se mais credível quando aplicou a sua mensagem num momento crítico e desafiador. O mesmo não aconteceu com a Gillette, por exemplo. Como referi, não tinha assistido, até à data, ao vídeo e acho fantástico, portanto, tinha de o destacar de alguma forma.


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