Localizado mesmo em diante do St. Stephen Green, encontra-se The Little Museum of Dublin, um museu que promete contar a História da cidade em 29 minutos e com muita boa disposição. Embora estejam em projeto de alargamento do museu, passando a ser ‘The (not so) Little Museum of Dublin’, como brincou a nossa guia, The Little Museum of Dublin despe-se se todas as regras e convenções de museus, revelando-se acolhedor, tanto no espaço, quanto nos funcionários.
Já partilhei convosco que não sou particularmente fã de visitas guiadas. Gosto de fazer a visita ao meu ritmo e de observar tudo na velocidade que desejo, além de que, normalmente, sinto que os guias são muito impessoais. Porém, no The Little Museum of Dublin, todas as visitas são guiadas. São eles que contam a história de Dublin em 29 minutos. No entanto, algumas salas podem ser visitadas sem qualquer tipo de acompanhamento.
A sensação que temos quando estamos neste pequeno museu é de que entrámos numa casa em que cada divisão tem uma temática associada e onde nenhum detalhe da decoração ali existe ao acaso. Todo o espólio do museu foi gentilmente cedido por dubliners, o que, por si só, torna todo o museu mais pessoal. Na nossa tour, ficámos com June, a nossa simpática guia, cheia de bom humor. Todos eles fazem questão de nos conhecer, saberem de onde somos e encontrar elos em comum com os restantes visitantes. Se pertinente, também aproveitam as nossas origens para fazer perguntas ou enquadramentos da História de Dublin.
A nossa guia foi excecional, tornando toda a visita mais íntima e interessante. Ao longo da tour, ela passeia pela divisão contando os detalhes mais relevantes da História da cidade com recurso à decoração da divisão, fotos, quadros, artigos de jornal ou outras variedades que vão poder encontrar no museu. Todo o contexto histórico, económico e social de Dublin é relatado e contextualizado de uma maneira sucinta, estimulante e repleta de coincidências, ironias e detalhes curiosos. Senti que terminei a visita sentindo-me mais por dentro da cultura de Dublin.
As restantes salas, que podem visitar livremente, também são temáticas; uma sala inteiramente dedicada à banda de maior sucesso irlandesa, U2, outra dedicada à companhia aérea irlandesa, Ae Lingus e, por último, uma que representa uma antiga editora de jornal.
Todo o museu é muito interativo; podem mexer no espólio, fotografar e até participar em algumas ideias engraçadas – como criar uma manchete de jornal ou experimentarem um aparelho dos anos 20 que vos indica, conforme a vossa força, qual o emprego mais adequado para vocês.
Uma vez que o museu assim se promove como pequeno e breve, a visita é bastante descontraída, informal e rápida, pelo que não vai roubar muito tempo do vosso dia e roteiro. Foi uma das melhores surpresas de Dublin e recomendo vivamente que a façam para conhecerem de maneira ligeira a cultura da cidade. De preferência, com a amorosa June!
Estou a adorar ver um bocadinho de todos os locais bonitos que visitaste e admiro a tua capacidade de organização. Eu já estou a planear a próxima viagem e ainda tenho imenso conteúdo em stand by da road trip do verão passado :/ Que vergonha...
ResponderEliminar