Necessito de introduzir esta publicação com uma confissão um tanto quanto polémica: nunca fui super entusiasta por Queen. Na verdade, a minha relação com a banda é um tanto quanto curiosa porque nunca me assumi como fã mas sei as letras de todos os seus sucessos. E isso deve-se não só à popularidade inquestionável das canções, como também a duas culpadas principais: a minha mãe e uma das minhas melhores amigas, Raquel, ambas fãs incondicionais. Cresci com a minha mãe a cantar todos os refrões a plenos pulmões e a introduzir-me no mundo do Rock e a Raquel... bom, o seu mp3 só tinha músicas dos Queen, assim como a sua escolha no Singstar era sempre previsível. Criei uma amizade cordial com a banda, sem emoções particulares à exceção de uma música que sempre gostei muito e não me deixava indiferente: nada mais, nada menos do que a que dá título ao filme, Bohemian Rhapsody.
Bohemian Rhapsody procura contar a história de como nasceu e cresceu uma das maiores bandas do mundo, cujas músicas ainda hoje são escutadas, comovem os seus ouvintes e geram novos fãs de todas as gerações.
Numa produção que não procura ser biográfica — e que tem sofrido duras críticas relacionadas com a invenção de alguns momentos da história ou com a desordem cronológica que, na minha opinião, não compromete a narrativa da história ou a credibilidade da banda — e que faz uma caracterização de mestre, não só em todo o elenco, como também naquilo que Queen sempre se definiu, dentro da ausência propositada de definição: uma banda muito experimental, com forte paixão pelo instrumental e com um Freddie Mercury irreverente (na personalidade e na voz) a protagonizar os palcos e a dar a identidade louca e lendária que predomina no DNA do grupo.
Com os principais êxitos a servir como elementos-chave de cada capítulo da história, admito: foi a minha parte preferida de um filme incrível. A produção de melodias sempre me fascinou, e saber como nasceram estes hinos intemporais é absolutamente intrigante, para mim. Com um balanço harmonioso entre a história da banda e a história de Freddie, reconheço que assistir a este filme permitiu-me escutar as músicas com outro carinho e atenção: criei, finalmente, empatia com Queen.
Bohemian Rhapsody torna-se, assim, imperdível para assistir no cinema — ou num qualquer lugar com um equipamento de som extraordinário —, não só pelas cenas de concerto e estúdio totalmente arrepiantes mas também para nos deixarmos prender com a história de quatro elementos carismáticos e extravagantes que acreditaram que podiam mudar o mundo com a sua música. E conseguiram.
Como admiradora da banda, achei o filme incrível!
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