2018 || TOP18 Músicas de 2018


2018 foi um ano em que, embora tenha explorado algumas particularidades musicais, me mantive fiel aos meus artistas de sempre. Em parte, porque foi um ano de novos lançamentos e trabalhos mas também porque a música é um grande refúgio para mim e acabo por abraçar os que já conheço e adoro. No entanto, há surpresas, artistas que nunca julguei que fossem parar a um TOP meu — especialmente um anual — e descobertas que me conquistaram e que acredito que vos podem convencer também — afinal de contas, mesmo quando me mantenho leal aos de sempre, o meu ouvido está sempre à procura de novas sonoridades. Estão curiosos para saber quais foram as dezoito músicas, lançadas este ano, que mais gostei?

18 | SAMBA DA MATRAFONA
Susana Félix, Zeca Pagodinho, Emicida
Talvez julguem que estou a fazer piada, mas pensem nisto: o nosso Carnaval é tão bom, tão único, com tantos elementos que lhe conferem uma identidade inimitável — Matrafonas, Túnel, Praça da Batata, Caravela... — que até já existe uma música que lhe é dedicada! Não só acho isto extraordinário como também prova a dimensão que este evento tem — não só para os locais, como eu, como também na própria dimensão turística.
O Samba da Matrafona foi transmitido até à exaustão, durante Fevereiro e Março, mas a verdade é que nós até adorámos e sentimos a familiaridade da letra. Talvez as Matrafonas — embora saibam o que são —, o Túnel, a Caravela, as praças, não vos digam nada (e este ano vi uma série de pessoas a demonizar as Matrafonas, como assim? Que pachorra...) mas para nós é uma canção que conta a história de sempre, que vivemos desde que somos miúdos. É especial, de um evento que vivemos com muito carinho. Faz todo o sentido aqui estar.

17 | THE MAN WHO CAN'T BE MOVED - ACOUSTIC
The Script
No ano em que finalmente pude assistir a The Script ao vivo, seria inglório não os incluir neste TOP tão especial. Escolhi esta versão acústica por ter sido lançada este ano e porque continuo a achar a letra amorosa, não importa quantos anos passem. Sempre que escuto esta versão, recordo-me do concerto incrível que pude viver e um sorriso desenha-se no meu rosto.

16 | DON'T SHOOT
Isaura
2018 marcou o regresso de Isaura e este seu novo trabalho está repleto de canções que me conquistaram, mas Don't Shoot acaba por ganhar um lugar mais carinhoso. É uma canção sóbria mas cujo refrão me apaixonou e que ouvi on repeat durante dias a fio. Isaura não é uma artista para todos os gostos — o seu registo vocal e sonoridade são muito próprios — mas eu gosto desta irreverência que não precisa de extravagâncias para vingar.

15 | ALIBI
Bradley Cooper
Creio que posso afirmar que Alibi foi uma verdadeira surpresa, enquanto assistia a 'A Star Is Born'. O talento escondido de Bradley Cooper revelou-se neste filme e esta canção foi uma das que mais gostei e que continuei a ouvir muito depois de ter saído da sala de cinema. O género country com um toque de rock, a voz despretensiosa, a letra rebelde e a sonoridade cativante fizeram com que fosse uma das músicas que mais ouvia de manhã para despertar e querer fazer o meu dia acontecer. O refrão, esse, é de querer cantar a plenos pulmões.

14 | LEAVING
Yuna
Leaving foi a forma mais fácil de matar saudades de Yuna. Com um novo álbum prometido já para 2019, aproveitei todas as 'migalhas' para voltar a ouvir a voz doce desta artista malaia. Leaving é uma música que se enquadraria facilmente no seu álbum Nocturnal, pelo ritmo, letra e cariz animado. Por favor, fiquem fãs de Yuna para que ela descubra Portugal!

13 | FORGOTTEN LOVE
Aurora
Aurora tem sempre o poder de me conquistar com a sua voz candida a contrastar com a música e letra fortes, e Forgotten Love não foi excepção. Uma música com força, um refrão catchy e um poder vocal que nunca deixa de surpreender. Forgotten Love faz-me recordar os dias de outono e os céus nublados, mas luminosos, que eu tanto adoro. Imagino-me a rodopiar no meio de um monte de folhas, sempre que a escuto.

12 | MALAMENTE
Rosalía
2018 foi um ano em que sinto que não explorei tanto novos artistas mas, sim, novas línguas. Despi-me um pouco do inglês e experimentei novos dialectos que, por consequência, mostram novas sonoridades. Palavras que, cantadas, introduzem-nos para novas melodias e formas de cantar. Ouvi música em estónio, alemão, grego, espanhol e isso abre não só o nosso conhecimento musical, como fonético. Enfim, uma nerd da música aprecia sempre estes pormenores e descobertas.
Uma delas foi Rosalía, que já tem alguma da sua — merecida — popularidade, mas que acredito que só em 2019 vai bombar. Decorem este nome, vão ouvi-lo certamente.
Rosalía é uma artista espanhola e o que a diferencia é, precisamente, a exploração musical. É uma artista pop, com sonoridade pop e muito atual, mas que resgata alguns dos sons tradicionais do flamenco e que conferem à sua música um cariz intemporal e rico. Malamente é um exemplo perfeito, uma música sensual, super pop mas com influências de flamenco geniais e que dão um novo corpo e tom à música.
Ouvi muito esta canção, dancei, cantei o refrão sem parar e sentia-me sempre no topo, quando a escutava. Maravilhosa!

11 | THE END OF LOVE
Florence + The Machine
Esta é, para mim, uma das entradas no TOP mais surpreendentes porque admito que não sou a maior ouvinte de Florence + The Machine, no entanto, The End of Love ficou-me no ouvido e não saiu da minha rotina. Não sei o que a diferencia do restante reportório mas gosto do poder vocal, do tom melancólico e da essência outonal da canção — embora a letra se posicione, temporalmente, no verão. Acho que, no fundo, gosto da música porque tem um estilo muito London Grammar, não acham? Imagino a Hannah Reid a fazer um cover desta música e a arrasar — BBC Radio 1 agilizem!!!

10 | DON'T MATTER TO ME
Drake, Michael Jackson
Esta canção é um case study no meu gosto musical porque nunca fui entusiasta de Michael Jackson. Gosto de algumas músicas mas, regra geral, os seus agudos icónicos não me chamam a atenção. Curiosamente, gostei de tudo nesta música do Drake mas, principalmente, das misturas; adoro a voz do Drake, gosto do sample e o refrão com o segmento de música do Michael Jackson, a meu ver, resulta super bem. É uma música com um ritmo muito próprio mas infeccioso — como diria o Ricardo. Sempre que a escutei, sentia-me com vontade de dançar. É uma música que puxa o astral de forma sóbria e subtil.

9 | OK
Namika, Lary
Uma das coisas que mais queria fazer quando comecei a aprender alemão era ouvir música nessa língua. Tenho muita facilidade em decorar letras e a minha ligação forte com a música fez-me acreditar que, ouvindo alemão num outro contexto — neste caso, mais musical — ajudar-me-ia a aprender novas palavras, a compreender a dicção e a entender alguma da sintaxe da língua de forma divertida e despretensiosa. Foi muito difícil encontrar um artista alemão de que gostasse — alemão não é a língua mais bonita do mundo, há que concordar — mas recomendaram-me ouvir Namika e, desde então, escuto-a de sorriso no rosto.
Namika é uma artista pop/hip pop já com um bom repertório e com o poder de cantar em alemão e fazer músicas dançáveis, animadas e giríssimas. De entre várias que já sou fã, Ok é a minha grande favorita e já dou por mim a cantá-la sem medo — já traduzi a música, fiz ditado... Por vezes sou apanhada em público e ficam a olhar para mim do género 'que raio estás a dizer?' mas adoro esta canção. Dá vontade de dançar!

8 | ALWAYS REMEMBER US THIS WAY
Lady Gaga
Fiquei totalmente rendida a esta música ainda antes de ter assistido ao filme, 'A Star Is Born'. A voz orgânica de Lady Gaga, a simplicidade dos instrumentos e a pureza da letra convertem-se na fórmula perfeita para ficar de coração cheio, cada vez que a oiço. Acho que tem um fundo muito honesto, à semelhança do filme.

7 | ANOTHER FRIDAY NIGHT
Ben Howard
As saudades que eu tinha de Ben Howard...! Ainda não foi um regresso mas, este ano, ele lançou algumas músicas e Another Friday Night foi a que mais me conquistou, talvez por ter um sabor dos seus primeiros discos, com a aposta na guitarra acústica, as canções simples, a voz orgânica... O momento instrumental deixa-me sempre arrepiada!

6 | GOD IS A WOMAN
Ariana Grande
Eu sei que a música que toda a gente fala e delira é a que ela dedicou aos seus ex-namorados mas, na verdade, a música dela, para mim, é God Is a Woman. Fiquei arrebatada desde a primeira vez que ouvi e foi o meu power hit de 2018, sem sombra de dúvida. É uma música com energia, ritmo, girl power e fazia-me sentir um mulherão, sempre que a escutava. É o tipo de canção que sei que vai ficar nas minhas playlists durante imenso tempo e que vou sempre gostar de ouvir.

5 | VOODOO
Stargate
Coldplay tem destas, e os verdadeiros fãs já estão acostumados. Do nada, mudam de registo, lançam um EP, um hit, mudam de nome para realizar um trabalho de beneficência... Resta-nos partilhar com os restantes fãs mais desatentos, para que não percam novas músicas. Desta vez, transformaram-se nos Los Unidades e lançaram um EP de 4 músicas que, tenho de admitir, não me cativou por aí além, à excepção de Voodoo, pelo qual estou viciada desde a primeira vez que o ouvi. Tem uma sonoridade familiar com o último álbum que lançaram, A Head Full of Dreams, tem energia, ritmo... Sempre que a oiço, tenho vontade de dançar e cantar alto o refrão. A minha opinião será sempre inflamada porque eles são a minha banda favorita de sempre mas a música, realmente, é gira que se farta.

4 | OUTRÓRIA
Anavitória
A dupla surpreendeu todos com o lançamento de um novo álbum surpresa! Num registo mais maduro e que explora novos sons, confesso que fiquei com um pouco de saudades da sonoridade country e da letra mais pura do primeiro trabalho mas este novo lançamento também me convenceu — e muito! Das favoritas, fica a Outrória, alegre, desafiante e que marcou os meus dias quentes e luminosos de verão. Sempre que a oiço, lembro-me dos dias maravilhosos de praia que tive!

3 | A MIÚDA GOSTA
Carolina Deslandes
2018 foi o ano em que fiquei fã de Carolina Deslandes. Admito: não era fã dos seus registos anteriores, mas assim que adotou esta veia acústica, sem grandes floreados, e a cantar músicas de letra transversal e pura, rendi-me automaticamente. Casa foi, talvez, um dos álbuns que mais ouvi em 2018 e isso reflete-se na minha dificuldade em apenas escolher uma música preferida. No final de contas, não podia ser outra; eu amo a canção A Miúda Gosta, por ser tão simples e real. Por ter tanto carinho à vista. Por a ter dançado tantas vezes a dois. É docinha.

2 | NÃO FAZ SENTIDO
Maro
Maro foi, definitivamente, a minha artista de 2018, e escolher uma favorita das tantas que me encanta é difícil, porque amo uma bateria delas mas Não Faz Sentido é uma das músicas que eu mais gosto dela. A mensagem, a musicalidade... Tudo me encanta nesta canção. A título de curiosidade, uma das coisas que fiz com os meus pen pals foi partilharmos músicas nacionais que gostássemos, um pouco para dar a conhecer novas músicas, culturas e sonoridades. Eu enviava sempre esta canção em particular e, de todas as que referia, esta tinha sempre um carinho especial, ao redor do mundo. Maro é maravilhosa.

1 | SENECA
Novo Amor
Mais conhecida, por aqui, por Midnight Sun Song. Se me acompanham assiduamente, a presença desta música no TOP não é nenhuma surpresa. Novo Amor lançou mais um álbum maravilhoso — eu não consigo encontrar defeitos em nenhum dos seus trabalhos, que genial — e escutei Seneca enquanto observava um dos fenómenos mais marcantes do meu ano: o Midnight Sun. Estar no porto, sentada, sem vivalma ao meu redor, com o som do mar da Noruega e a luz dourada do Sol a pôr-se e a nascer, escutando esta música... É, sem exagero, um dos meus momentos preferidos, da vida. É uma memória que recordo com carinho e sempre ao som desta melodia. Seneca será sempre, por tudo isto, uma música emocionante e especial, para mim. Se a puder ouvir, ao vivo, em 2019, será um momento muito importante, para mim.

Na playlist abaixo podem escutar todas as músicas que referi neste TOP!


Qual foi a vossa música de 2018?

2 comentários

  1. Adorei imensas músicas da tua lista, mas ai Inês, essa fotografia deu cabo de mim! Tens imenso talento e a tua estética é incrível!

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  2. Maro!!! Descobri-a porque o meu primo me contou uma noite dele - uma verdeira aventura! - que acabou numa reunião de amigos, com conversas animadas, guitarras a tocar, vozes de embalar e cervejas nas mãos, onde estava precisamente esta artista maravilhosa. Lembro-me que ele estava abismado com o vozeirão dela e me apresentou logo as músicas. Depois, descobri que também ouvias. Desde aí que é semanal a presença dela nas minhas playlists.

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