Agosto! Vagaroso, fresquinho, luminoso e salgado, como nós queremos. O mês mais lento do ano, sempre, e que passou por mim de forma leve e tranquila num coração que tem andado desassossegado. Embora não tenha uma lista interminável de artigos que usei e amei, este mês tenho muitos momentos bonitos que valem a pena ficar registados, o que me deixa verdadeiramente feliz. Significa que a minha ansiedade não me pára, a minha incerteza não me demove. E isso é tão refrescante e delicioso como uma bebida fresca ao Sol.



Este mês, tive dois favoritos de corpo tão bons que não resisti em dedicar-lhes publicações exclusivas, pelo Bobby Pins!


O primeiro, um after sun que me deixou maravilhada. O Nivea After Sun Bronze. Já usava o protector solar e decidi apostar no complemento da mesma gama. Fiquei rendida ao toque da minha pele; suave, hidratada, aveludada e bonita, nunca tive a minha pele tão cuidada e sedosa. Sobre a manutenção do bronze em si, é difícil de determinar em mim mas salvou uns quantos escaldões da companhia de viagem e a pele ficou fantástica.


O segundo foi uma agradável prova cega. Embora adore o meu cabelo, nem sempre gosto que ele seja tão liso. O meu cabelo, naturalmente, não tem volume, corpo ou movimento, que é algo que adoro e que acho que dá um pouco de vida. Porém, nunca tinha experimentado nenhuma espuma de volume por ser um pouco céptica de que funcionasse. Decidi fazer apontar para o escuro e experimentar a Big Volume da Fructis Garnier e fiquei absolutamente surpreendida. O meu cabelo ganhou um volume natural, com corpo, movimento e sem secar ou embaciar o meu cabelo. Dá aquela sensação fantástica quando saímos do cabeleireiro e não podia estar mais contente, além de que tem um cheirinho maravilhoso.
Os sabores do meu Agosto foram particularmente especiais. Não que os outros não o sejam, mas o meu regresso a lugares felizes contribuiu para que este Bom Garfo fosse mais gostoso e familiar.

O meu regresso a Aveiro trouxe três sabores muito familiares e intimistas. Consegui, uma vez mais, cumprir a tradição e visitar os meus lugares de sempre, a começar pela Confeitaria Ramos, onde me deliciei com os meus adorados pastéis de nata acompanhados com um ice tea de limão. Há coisas que nunca mudam, e ainda bem!

Claro que tive de me deliciar com uma tripa de Aveiro. Vi o dia a acabar, a hora de regresso a chegar e nenhuma tripa nas minhas mãos. Algo estava muito errado e necessitava de ser corrigido imediatamente! Os meus sabores recaem sempre para o universo Kinder, que é sempre tão delicioso. Às vezes penso no quanto seria feliz a viver em Aveiro. Outras vezes penso que teria este doce — o meu preferido! — à minha disposição ad aeternum e concluo que não iria conseguir controlar-me.

Houve espaço, claro, para um regresso à Pizzarte. Tenho memórias muito boas na Pizzarte porque grande parte das pessoas que amo muito estiveram à mesa, comigo, lá. Quando acrescemos esse factor ao elemento 'comida deliciosa', está tudo reunido para ser o meu lugar. Desta vez, não regressei para as pizzas — das minhas preferidas — mas sim para a Carbonara. Quando penso em Carbonara, é o prato da Pizzarte que me vem à cabeça, carregado de memórias. Era o que pedia em miúda. Já em adolescente, transitava entre pizzas mas, volta e meia, regressava sempre à Carbonara. E ela mantém o sabor, a qualidade, o toque refinado e cremoso. Já comi muitas Carbonaras — em Itália, até! — e nenhuma se compara à da Pizzarte. Se têm oportunidade de lá ir e querem variar a carta, apostem neste prato (eles têm duas Carbonaras, uma com natas e outra original, eu peço a com natas).

Mas não só em Aveiro se provam sabores memoráveis. Lisboa também teve direito ao seu momento, especialmente pelo meu brunch no The Mill. Ainda hoje penso na minh'A Grande Queijada acompanhada com bacon e chá 'The Mill' e salivo!

Por vezes, encontramos boas recomendações nos lugares mais improváveis como, por exemplo, num vídeo sobre rótulos — que recomendei nos últimos Favoritos. A Alice usou a sua bebida vegetal como exemplo para o propósito do seu vídeo e confesso que, como já conheço tudo o que ela apresentou, a minha atenção recaiu para a dita cuja bebida, que tive curiosidade em provar. Gosto imenso de sabores de coco, portanto, fiquei com a pulga atrás da orelha.

Um dos factores que me conquistou à primeira vista foi a cor da bebida vegetal. É branco opaco, tal e qual o leite. Confesso que este tom aproximado ao do leite dá-me um certo conforto familiar inexplicável. Mas o que realmente é um favorito é o sabor. Que. Bebida. Maravilhosa! Tem um leve sabor a coco, mas a sensação principal é a de que misturaram leite magro com raspas de coco. É muito, muito bom.

Não sou intolerante à lactose ou ao leite nem os cortei da minha rotina alimentar. Mas gosto de experimentar e ver que ofertas é que podem, ou não, me agradar. Quase sem querer, dei por mim a incluir esta bebida da Rude Health na minha rotina, e não só adoro como consigo introduzir a bebida nas outras coisas que costumo consumir com leite — cereais, chá (coisa que não acontecia com a bebida vegetal de amêndoa, por exemplo). O único senão é que a minha carteira chora um pouco, portanto, faço sempre uma reflexão mental de quantos dias estarei em casa para calcular se compensa a compra (adulting af).

Travessuras da Menina Má | "É uma leitura que não deixa ninguém indiferente. Todos nós teremos uma opinião ou sensação em relação à história de Ricardo com a menina má: angústia e esperança; empatia e fúria; frustração e compaixão; impaciência e tristeza. Todos ao mesmo tempo." — Consulta a review completa aqui.

O Tigre Branco | "Se procuram uma leitura que vos introduza para este lado mais real da Índia, recomendo-vos esta leitura como estreia absoluta. Parece quase paradoxal que a narrativa consiga ser tão leve. Mas, tal como a história de Balram, a ambiguidade é possível." — Consulta a review completa aqui.

Seguramente, a app do meu mês foi a SLOWLY. A melhor descoberta que poderia ter feito e que já acrescentou tanto!
Para quem não leu a publicação detalhada, SLOWLY é uma aplicação que traz de volta o conceito de pen pals de uma forma actualizada e possível de sobreviver neste mundo digital. As nossas 'cartas' demoram tempo a chegar (proporcional à distância entre países) e a informação que partilhamos no nosso perfil é muito controlada e segura. Pelo caminho, coleccionamos selos e conhecemos pessoas, países e culturas incríveis. Quando fiz a publicação a recomendar a aplicação, tinha correspondência para a Índia e Turquia. De momento, o número de países aumentou substancialmente e, além das já referidas, troco cartas com Austrália, China, Eslováquia, Finlândia, Hong Kong, Polónia, República Checa, Suécia, e Tailândia!

Sempre desejei ter uma andorinha de cerâmica. São tão bonitas, portuguesinhas, remetem ao fado, à delicadeza do nosso país, ao tom preto melancólico... E são um elemento decorativo absolutamente lindo. Um punhado delas numa parede ou apenas uma a dar graça a uma mesa, não era esquisita. Namorava qualquer uma das opções de brilho no olhar.
Foi um miminho da minha mãe. Ofereceu-me uma para as mãos que eu tenho todo o prazer em colocar na minha cómoda. Dá-lhe a graça esperada e é absolutamente linda. Faz-me pensar que, por muito que carreguemos um fado melancólico às costas, há sempre força para bater asas rumo a um destino mais bonito e luminoso.

Agosto trouxe tanta música boa...! Da que nos faz ouvir uma e outra vez, até sabermos as letras de cor. As Anavitória fizeram a surpresa do ano, regressando com um novo álbum que, embora não supere o primeiro, traz óptimas músicas com letras mais maduras e arranjos mais pop. A Yuna voltou e trouxe toda a sua doçura consigo; e as músicas de verão regressaram também, animadas, cheias de ritmo, que combinam com as viagens de carro rumo a uma praia qualquer. Da minha playlist, destaco a Canção de Hotel, Night So Long, Leaving, Pensando Bem e When We Were Lovers. Esta última é de uma banda chamada Studio Killers, que me foi recomendada pela minha pen pal da Suécia, portanto, o mérito é inteiramente dela (mas fiquei totalmente viciada!).

Agosto foi quentinho, não só pelo tempo de Verão absolutamente abrasador que tivemos mas também porque todos os meus planos bonitos na agenda foram feitos com pessoas a quem eu quero bem — e elas a mim. E isso tornou o mês preenchido, agradável, bonito e cheio de sensações boas e de conforto. Foi um mês muito familiar, com idas à praia, mergulhos na piscina, passeios pela cidade, lanches gostosos...


Houve lugar para um concerto amoroso da Carolina Deslandes e para pequenos-almoços e brunches tão doces quanto a companhia.


Entre momentos menos bons e que me deixaram explorada e indignada, houve espaço para ir respirar a brisa pura da Comporta e para regressar a Aveiro. Regressar a casa, à família que eu gosto tanto, à sala de jantar que só é usada em ocasiões especialíssimas — como esta — aos sabores. 


Rumei para a Pampilhosa da Serra e, entre viagens de caiaque, mergulhos nocturnos, explorações do céu nocturno e banhos frescos numa margem qualquer onde parávamos o carro, pude encontrar alguma paz no meio do caos que abandonei. Numa casa pequenina e amorosa, desconectada do mundo, mas muito conectada com a minha companhia e com o que me rodeava. Recheada de aventuras e de carinho, regressei um pouco mais leve.


Agosto é sempre sinónimo de aniversários como só nós sabemos celebrar. De estar com as amigas de sempre e vivermos juntas sessões de cinema em Santa Cruz, maratonas de Cluedo ou de filmes da Disney. Regresso sempre de cada encontro com elas cheia. Da alegria delas, da dinâmica delas, da força delas, da motivação delas. Vale a pena ter amigas assim, certo?


A fechar com chave d'ouro, alguns registos especiais do meu mês como a noite de cachorros quentes improvisados e o regresso ao Átrio (que se tornou um dos meus restaurantes preferidos de Torres) para garantirmos que o Daniel é, efectivamente, um chef extraordinário e atento a todos os pormenores e detalhes. Agosto foi muito recompensador.



Obrigada à minha família por me apoiar sempre em todos os acontecimentos. Sabem sempre como melhorar a minha disposição e deixar-me um bocadinho mais alegre nos dias mais cinzentos. Com eles, tenho sempre um carinho, uma palavra forte e sincera e colo. São a minha harmonia.

Obrigada, Diogo e Jorge pela aventura tão incrível. Gargalhei muito, passeei muito, diverti-me muito. Não teria sido a mesma coisa sem vocês.

Obrigada, Bia, Joana e Matos. Pelo que me faltar agradecer. Temos sempre mais uma gargalhada, uma piada, uma história aleatória, um sorriso, uma fatia de pizza, um dorito ou uma goma para partilhar. Não nos falta carinho, temas de conversa, ideias e vontade umas pelas outras.

Juro que preciso de fazer este agradecimento. À minha dentista, porque é uma guerreira. Que me conhece desde que sou uma criança e que sabe que tenho ansiedade com todos os aparelhos que fazem parte da sua profissão. Toda a vez que lá vou sofro por dentro e fico de mãos a suar, toda a vez sinto-me ridícula, infantil e a pior paciente do mundo, mas elas (porque tenho de incluir a simpática assistente) são sempre amáveis comigo e prometem-me que não, não sou a pior paciente. Obrigada à minha dentista por, depois de me instalar, como quem não quer a coisa, meter um vídeo de um desafio de dança entre dentistas qualquer a dar para me fazer relaxar subtilmente, para eu não entrar em pânico e rir um pouco. Obrigada por discutirem Anatomia de Grey enquanto estou a passar pela minha 'tortura'. Obrigada por toda a gentileza e cuidado com que tratam de mim cada vez que lá vou. Tenho pânico de dentista — pânico sério — e tenho a certeza de que se elas não tivessem toda esta paciência e compreensão, eu não conseguiria lá entrar.

Agradeço também à mãe da minha dentista, que me deu o mais adorável dos elogios. 'Gosto muito desta miúda, é um amor. E sorri com os olhos de uma maneira linda'. Dá para não adorar, corar, e ficar sem o que dizer?

Obrigada, Lyne, pelo brunch flash. Gostei muito de te ver mais solta comigo, mais à vontade, menos tímida e mais participativa. Não sei se teve algo a ver comigo mas, se teve, agradeço por te teres sentido confortável comigo o suficiente para o fazeres e partilhares comigo uma conversa tão deliciosa quanto o nosso brunch. Espero que este segundo encontro tenha garantido que a primeira impressão estava correcta (a minha estava)!

Obrigada, Carolina Deslandes, pelo concerto maravilhoso! Foi tudo de bom!

Setembro, sê a boa notícia ao virar da esquina. Aquela notícia boa mesmo.

6 comentários

  1. Só pelos agradecimentos dá para perceber o quão boa pessoa és e o quão fantástica és não só para com os outros, mas para contigo também. Aceitas e és compreensiva e isso é raro nos tempos de hoje! Adoro!

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  2. Tenho que experimentar essa espuma. Por vezes aborreço-me com a falta de volume do meu cabelo.

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  3. Nunca carrego tão depressa em nenhuma publicação como nos teus favoritos! Como sempre, fantásticos! Gosto imenso das instastories que pusestes no separador "Momentos"!

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  4. Eu adoro os teus favoritos!
    Beijinho
    anaasmonteiro.blogspot.com

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  5. Tenho a certeza de que Setembro será essa boa notícia MESMO! :)
    Beijinho*

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  6. As coisas menos boas e os momentos mais ofegantes também fazem parte e é sempre bom ver como consegues ir respirando nos intervalos e nos entretantos. Fico mesmo feliz por saber que guardas essa essência dentro de ti e a minha parte favorita destas publicações vai ser sempre Os Agradecimentos, porque são muito tu.
    Quanto à bebida de Coco, siiiiim, é tão boa e um chuto tão grande na carteira por apenas 1L... Mas, quando gostamos mesmo, vamos daqui ali para adquirir 😊
    Também gostava muito de ter uma andorinha de cerâmica.... pode ser que um dia comece essa colecção, tendo em conta que há padrões variados e inúmeros tamanhos.

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